domingo, 29 de março de 2009

Peter Pan

Esta série, iniciada pela Bertrand e continuada pela Booktree, põe a nú alguns dos problemas mais graves de difusão e continuação de séries no mercado português. Quando quis obter o tomo nº4 dirigi-me à livraria Bulhosa onde o encomendei, visto que os exemplares que lá se encontravam tinham sido vendidos recentemente.

Até aqui tudo normal, mas quando passados cinco dias me dizem que o livro está esgotado e eu entro numa Bertrand e me dizem o mesmo, na FNAC não consegui acrescentar nada de novo a esta situação; eu entro em contacto com a Booktree! Pergunto porque é que se os livros estão esgotados, não são editados os dois últimos números desta série... resposta: 

"Contrariamente ao que muitos leitores poderão julgar, os nossos livros, bem como os de muitas outras editoras que se dedicam/dedicavam habitualmente à edição de BD, não estão esgotados. Seria muito bom sinal se essas edições estivessem realmente esgotadas pois isso significaria que o mercado teria absorvido essas tiragens e haveria margem de manobra para a continuação dessas séries e até para novos lançamentos. O facto de nem sempre ser fácil encontrá-los disponíveis nas livrarias, prende-se com razões ligadas à distribuição (assegurada por outra empresa independente da editora) e/ou à própria política do ponto de venda (primazia e privilégio da novidade, conferindo um tempo de vida cada vez mais curto ao livro que é rapidamente devolvido ao fornecedor)."

Esta foi parte da resposta de Maria Yashmin Gonçalves, Booktree. Ou seja, como se pode comprar se os distribuidores não distribuem? E sim, é uma pena que os leitores portugueses não tenham sequer tentado descobrir uma das mais maravilhosas adaptações à Banda Desenhada, sim porque numa série de seis livros, dois foram premiados no maior festival de BD do mundo: Angoulême! Este reconhecimento premeia uma série de grande qualidade, pena que nós sejamos tão "curtos"... 

Esta série tem como autor Regis Loisel, que conhecemos neste blog com outra excelente série, Em Busca do Pássaro do Tempo , e contêm os seguintes livros: 

- Londres (Bertrand) 
- Opikanoba (Bertrand) 
- Tempestade (Booktree) 
- Mãos Sujas (Booktree) 
- Crochet (Vents d'Ouest) 
- Destins (Vents d'Ouest) 

Loisel diz, antes de iniciar a sua adapatação de Peter Pan, que é "Inspirado, muito livremente, em personagens de Sir James Matthew Barrie." 

Apesar disso Loisel recupera muito da original e censurada estória de Barrie. Este teve de a reescrever várias vezes até ser aceite, e Walt Disney ter feito dela uma excelente estória de crianças para crianças. Bem, se pensam que conhecem tudo de Peter Pan, limpem o vosso cérebro porque esta é a estória de Peter, criança Londrina na época Victoriana, tudo num ambiente tipo "Oliver Twist", com ruas porcas e muita prostituição . Peter é pobre, odiado pela mãe mas nem tudo é desgraça... tem um amigo, o senhor Kundal, que o ensina a ler e conta-lhe estórias maravilhosas, que Peter por sua vez partilha com os seus amigos orfãos da rua Londrina, estes que futuramente vão ser os Meninos Perdidos, o exército de Peter! Peter odeia os adultos, daí a sua dificuldade em aceitar o crescimento... prefere sonhar com grandes aventuras de piratas! 

Um dos grandes achados desta adaptação é a fada Sininho, Loisel acertou em cheio quando criou esta ciumenta e irascível fadinha. É Sininho quem leva Peter para a Terra do Nunca, onde encontra a sua futura némesis, o Capitão Gancho. É também aqui que conhece o seu melhor amigo, um fauno chamado Pan, que lhe apresenta todas as criaturas mágicas daquela ilha. Aconselho vivamente esta série, que tem a particularidade de explicar várias coisas da mitologia criada por Barrie, como por exemplo como o crocodilo engole o relógio, ou o porquê de Peter cortar a mão ao capitão pirata! O cenário é bem diferente da estória que toda a gente conhece, até "Jack, O Estripador" tem entrada na estória! Não é um livro para oferecer a crianças com menos de 14 anos... será incompreensível para estas. 

Gostaria de contar mais, mas não seria justo estragar a surpresa de quem quiser adquirir estes livros. Espero que os distribuidores comecem a fazer o seu trabalho (a Booktree disse que ia mudar de empresa distribuidora), e que os portugueses não deixem passar ao lado esta excelente série de Banda Desenhada, sim em França é posta nos píncaros, tanto como estória, como artisticamente! É a obra-prima de Loisel e gostaria de a ver um dia toda editada em português! 

Boas leituras. 

 Hardcover 
Criado por: Régis Loisel 
Editado entre 1993 e 2002 pela Bertrand e Booktree 

terça-feira, 24 de março de 2009

Guardians of the Galaxy Vol.1: Legacy


Este grupo de heróis teve a sua primeira aparição em Marvel Super-Heroes nº 18, Janeiro de 1969. A partir daqui apareceram ao longo dos anos, esporadicamente, em várias revistas da Marvel. São originários de um universo temporal alternativo, Terra-691, ajudaram os Avengers e os Defenders em várias batalhas contra vilões cósmicos, Badoon e Korvac. Este grupo era composto por: Major Astro (Major Victory), Charlie-27, Martinex, Yondu, Starhawk, Nikki, Firelord, Replica, Talon e Yellowjacket (Rita DeMara). Tiveram no passado apenas uma compilação, Quest for the Shield, estando previsto para este ano outras duas compilações: Earth Shall Overcome e The Power of Starhawk.
Fazendo ligação para o universo “normal” da Marvel, Terra-616, e sendo sequela da mega saga Annihilation/Annihilation: Conquest, surge um novo grupo de heróis formado por Star-Lord, que tem como objectivo reparar os estragos causados no tecido espacial pelas duas invasões cósmicas, que foram tema nessas duas megas sagas. Estas duas mega sagas também já foram "faladas" neste blog, para ver clicar nos links:
- Annihilation
- Annihilation: Conquest Book 1 HC
- Annihilation: Conquest Book 2 HC
Star-Lord decide formar um grupo de heróis cósmicos para defesa da Galáxia, e decidido a prevenir qualquer crise antes de acontecer. Para isso “convence” os heróis de Annihilation Conquest a formar um grupo independente que não responda perante ninguém. Convida Adam Warlock, Drax the Destroyer, Gamora, Phyla-Vell (Quasar), Rocket Raccoon e Mantis (esta como suporte a toda a operação). Groot ainda não pode integrar o grupo visto que ainda se encontra minúsculo. O aliado de Star-Lord nas duas crises anteriores, Nova, recomenda que se sirvam da estação Knowhere como base de operações. Esta estação é chefiada por Cosmo, um cão super inteligente e com poderes mentais bastante fortes, tem um sistema de teletransporte que funciona para qualquer lado do universo, sendo que isto é utilíssimo para quem se quer transportar imediatamente para qualquer lado.
Não há nada como umas missões para o grupo começar a criar e cimentar laços entre componentes tão díspares, e logo na 2ª missão dão de caras com o Major Victory, em vida suspensa no meio de um bloco de gelo, e vejam lá, com um escudo igual ao do falecido Capitão América! Este é o único spoiler a que vocês têm direito :P
Depois disto temos o grupo em luta contra a Universal Church of Truth, e contra um estranho Starhawk que tenta eliminar o Major Victory (ambos pertencentes aos Guardians originais). É aqui que o grupo que ainda não tinha nome, descobre como se havia de chamar: Guardians of the Galaxy. Joe Quesada não podia deixar de meter a “colherada” e temos um pequeno “tie-in” com a “Secret Invasion”… e é nesta parte que o grupo se começa a desagregar, visto que quando se descobrem Skrulls infiltrados, começa-se a desconfiar de toda a gente! Mais não vou contar…
Dan Abnett continua a dar-se bem com estas crises cósmicas, e este livro está acima daquilo que eu estava à espera. Como apresentação muito bom, e foram lançadas sementes para uma excelente série… resta saber se vão ser bem aproveitadas! Paul Pelletier tem uma boa intervenção ao nível artístico, bem secundado pelo colorista Rick Magyar.
Não podia deixar de fazer menção aos excelentes “diálogos” entre o Rocket Raccoon e Cosmo :)
Boas leituras!

Hardcover
Criado por: Lanning, Abnett, Pelletier, Magyar e outros
Editado em 2009 pela Marvel Publications
Comprado em Book Depository
Nota : 9 em 10

sábado, 21 de março de 2009

Cavaleiro Ardente


"Deus dotou o meu jovem pupilo com um caracter pouco fácil...é arrebatado... impertinente... colérico... caprichoso...mas, afirmo-o, tem uma natureza recta, uma bela alma, que só eu compreendo."
E assim o capelão caracterizou o muito jovem Ardente, filho do senhor de Walburge.
Mais uma série da minha adolescência, inacabada, claro, como tudo neste país.
Em Portugal saíram em formato livro apenas cinco dos vinte livros que compõem esta série. São eles:
- O Cavaleiro Negro (Bertrand)
- Os Lobos de Rougecogne (Verbo)
- A Lei da Estepe (Verbo)
- A Trompa de Névoa (Verbo)
- A Harpa Sagrada (Verbo)

O autor é François Craenhals, belga, com um estilo bem marcado da chamada "linha clara" popularizada por Hergé. É ele que escreve e desenha, sendo também autor dos conhecidos por cá "Os 4 Ases". O Cavaleiro Ardente foi criado em 1966 para a revista Tintim. Em Portugal também foi editado nessa mesma revista, embora em formato álbum só tenha sido editado o primeiro volume em 1982. Na revista Tintim sairam "O Segredo do Rei Arthus", "O Tesouro do Mago", "A Princesa Cativa", "A Revolta do Vassalo", "Os Cavaleiros do Apocalipse" e "A Passagem". Ou seja, contabilizando, saíram mais de metade das estórias em português, embora estas da revista Tintim sejam quase impossiveis de adquirir na sua totalidade! Foi nesta revista que eu comecei a gostar deste herói, e como eu gostava! Ansiava sempre pelo próximo número e era uma infelicidade quando a estória acabava...
A acção passe-se na Idade Média, em França onde reina o Rei Arthus. O primeiro volume apresenta os personagens principais, heróis e vilões, e aqui o futuro Cavaleiro Ardente é ainda muito novo, mas já bastante irascível e corajoso. É aqui que conhecemos os seus dois futuros melhores amigos, o Cavaleiro Gaudin e o seu escudeiro Bradroc. Depois de ter ajudado a contento o Rei, este premeia a sua grande valentia tornando-o escudeiro da Princesa Gwendoline (aqui nasce a paixão...). O Príncipe Negro é expulso, mas retornará para infernizar a vida de Ardente e seus amigos...
No segundo livro Ardente ganha a possessão das suas terras, com bravura e inteligência: Rougecogne. Segue-se uma série de aventuras onde Ardente vai crescendo, ficando mais maduro, mas nunca obedecendo ao Rei sempre que a ordem fosse injusta, ou simplesmente por não concordar com a decisão real. Apesar de apaixonado pela filha do Rei nunca foi marioneta e sempre admoestou os seus amigos quando estes cumpriam ordem sem o mínimo de senso. Infelizmente ao fim de 35 anos não me consigo lembrar bem das estórias que saíram em revista, mas lembro-me do grande duelo em "O Segredo do Rei Arthus". Agora só possuo mesmo os livros que saíram pela Bertrand e Verbo.
Craenhals foi um mestre da BD, acho que quem quer aprender a organizar pranchas, vinhetas, descrições e diálogos deve ler o Cavaleiro Ardente, Craenhals é irrepreensível!
Boas leituras!

Hardcover
Criado por: François Craenhals
Editado entre 1982 e 1987 por Bertrand e Verbo
Comprado no Miau e FNAC
Nota média da série : 8 em 10

quinta-feira, 19 de março de 2009

Batman: R.I.P.


E assim termina a "run" de Grant Morrison na série Batman. As estória de Grant Morrison começaram com "Batman and Son", seguido de "Batman: The Resurrection of Ra`s Al Ghul" e "Batman: The Black Glove". Termina envolto em mistério, será que Batman morreu mesmo ou está simplesmente fora de circulação e aproveitou para tirar férias? Sim, porque já toda a gente sabia a sua identidade secreta, Bruce Wayne, a localização da "Batcave", enfim, toda a vida pessoal do Morcego estava devastada! O melhor era desaparecer mesmo, resta saber se morto ou simplesmente desaparecido... bem... ouvi dizer que o rapaz "morreu" também noutra série da DC, Final Crisis! DC Comics, haja uma decisão! Batman é um dos pilares do universo DC, merece um fim coerente! De qualquer maneira a estadia de Morrisson em Batman era para cinco livros, e parece que em Junho este escritor vai voltar ao Morcego para o arco final.
As estórias de Grant Morrison têm quase sempre uma intriga um pouco alucinada, e esta não foge a isso. Batman está a ser encostado à parede por um esquema altamente sofisticado, urdido pelo Black Glove, onde Morrison volta às raízes de Batman para um desfecho quase angustiante. A narrativa tem algumas falhas, ficam muitas coisas por explicar, e por vezes as sequências são algo confusas de tão intrincadas!
Neste arco Batman é desmontado emocionalmente, e dilacerado fisicamente sem dó nem piedade. Dr. Hurt (Black Glove) é impiedoso... nem o mordomo escapa à sua crueldade. O seu grupo de vilões anda atrás não só de Batman, mas também de Robin e Nightwing. Batman tem de apelar a um seu outro "eu", Zur En Arrh, um Batman alternativo guardado no seu subconsciente para o caso de um ataque à mente do Batman "normal" ser bem sucedida. Claro que o Joker não podia faltar... foi-lhe oferecido pelo Black Glove o Robin, só para sua diversão. Mas o Joker não é subalterno de ninguém e acaba por atrapalhar os planos do vilão.
A arte é espetacular, Tony S. Daniel em alto nível! Tem momentos e páginas verdadeiramente de génio neste "thriller" psicológico!
É claro que eu não vou adiantar mais... isso tirava a piada toda

Boas leituras!

Hardcover
Criado por: Grant Morrison, Tony Daniel, Lee Garbett e Trevor Scott
Editado em 2009 por DC Comics
Comprado no Amazon
Nota : 8,5 em 10

terça-feira, 17 de março de 2009

Bórgia Vol.1: Sangue para o Papa


Dois dos mais profícuos autores de Banda Desenhada europeia, o chileno Alexandro Jodorowsky (textos) e o italiano Milo Manara (arte), juntaram-se para criar esta série: Bórgia!
Não vale a pena estar a repetir-me em relação a este dois autores… estes já foram analisados aqui neste blog mais do que uma vez, mas para quem se quer situar digo que Jodorowsky é o autor dos texto de todo o universo Incal, também apelidado de “Jodoverso” (Casta dos Metabarões, Incal, Os Tecnopapas, Castaka, etc.) e Manara a “solo”, ou acompanhado, tem na sua lista obras como Verão Índio, Giuseppe Bergman, Clic, A Metamorfose de Lucius, Kama Sutra, El Gaucho , etc.
A obra roda à volta da polémica família Bórgia que atingiu o seu apogeu quando o Cardeal Rodrigo Bórgia sobe ao trono do Papado, tornando-se no Papa Alexandre VI. Historicamente tudo começou bem no início do seu pontificado, mas a sua ganância superior falou mais alto quando fez Cardeal o seu filho César Bórgia (com 16 anos), assim como um primo, um cunhado e vários sobrinhos… claro, ainda não falámos da sua filha: Lucrécia Bórgia!
Esta (segundo rezam as más línguas) foi filha, esposa e nora do Papa Alexandre VI. Era famosa pela sua beleza, sua capacidade intriguista e pelos seus amantes.
Estes dois autores de BD pegaram neste cocktail maravilhoso e fizeram uma excelente estória de BD baseada nalguns factos reais, nem Savonarola falta neste livro! Jodorowsky e Manara captaram muito bem o espírito da época! Estamos a meio do Renascimento, tudo com um pensamento muito livre, clérigos com filhos e grande ostentação de luxo. Toda esta corrupção no seio da Igreja Católica deu origem ao Protestantismo, que queria voltar aos verdadeiros valores Cristãos.
Já estão situados na época onde viveram os Bórgia, agora só falta dizer que a narrativa está muito boa e os desenhos com cor directa de Manara estão óptimos (excepcionais). Houve uma altura em que as relações entre Jodorowsky e Manara azedaram, penso que a seguir ao segundo livro, mas o terceiro já saiu em França (Novembro do ano passado) e assim existe garantia de continuidade na série. Houve uma informação aquando do início da série que esta era para ser uma trilogia… penso que o terceiro volume não finalizou a série, e poderemos esperar pelo menos mais um!
Livros saídos em português… apenas um. Atenção ASA, a série já vai no terceiro!
- Sangue para o Papa (ASA)
- Le Pouvoir et l'Inceste (Albin Michel)
- Les Flammes du Bûcherr (Drugstore)

Hardcover
Criado por: Alexandro Jodorowsky e Milo Manara
Editado em 2005 pela ASA
Comprado na FNAC
Nota média da série: 9 em 10

sábado, 14 de março de 2009

Gantz Vol.1, Vol. 2 e Vol.3


Eis uma série Manga que me convenceu!
História simples, mas eficiente, escrita e desenhada por Hiroya Oku. Obteve enorme sucesso a todos os níveis, sendo editado inicialmente pela Shueisha no Japão, e agora pela Dark Horse em inglês.

Este mangaka está neste momento a preparar a “Phase 3” de Gantz, depois de ter finalizado a primeira série de 24 volumes. Esta sua criação também foi adaptada para Anime em sete episódios do Manga.

Este manga insere-se no género “seinen”, ou seja orientado para um público masculino entre os 20 a 40 anos. A acção é rodada num cenário “sci-fi” com muito movimento, muitos twists, e terror. Levanta algumas perguntas como “o que vale afinal a vida humana?”, e satiriza muitas vezes os nossos modelos sociais.

Atenção que este Manga é de extrema violência, por vezes gratuita, e tem alguns nus (e depois?)… A insensibilidade e/ou indiferença de alguns personagens também pode ser chocante. A arte é muito boa, o movimento imprimido aos personagens é excelente, o pormenor e o dramatismo da acção é mesmo muito bom! Não restem dúvidas que Hiroya Oku é um verdadeiro artista!

A história começa com uma dupla morte onde são apresentados os dois personagens principais, Kei Kurono e Masaru Kato. São atropelados por um comboio ao tentar resgatar um velho bêbado, que tinha caído à linha férrea.

A partir daqui são transportados para o mundo de Gantz, uma bola negra com um cataléptico lá dentro… ficam dentro de um apartamento de onde não podem sair, nem eles nem os outros “mortos” que já lá se encontravam.
Quando a equipa já está completa, Gantz informa os presentes da missão a cumprir! Basicamente é a captura ou eliminação de extra-terrestres!

Os sobreviventes a cada missão, que são poucos por norma, podem sair do apartamento até serem transportados novamente, para nova missão. À equipa presente na sala são fornecidas as armas necessárias, fatos especiais e outros gadgets necessários à missão.

Da primeira missão apenas sobrevivem os dois heróis, Nishi (um jovem sádico e já veterano neste jogo doentio), um cão (que sobrevive sempre) e a jovem Kishimoto que tem a particularidade de por as hormonas de Kei em polvorosa… o livro nº 3 inicia a 2ª missão! De notar que a forma de transporte para a sala de Gantz e desta para o exterior é enojante, ainda bem que esta BD é a preto e branco…

Podem ver o post seguinte que eu fiz desta série:
Gantz Vol.6, Vol.7 e Vol.8

Boas leituras!

Tankōbon (単行本)
Criado por: Hiroya Oku
Editados em 2008 por Dark Horse

sexta-feira, 13 de março de 2009

QUATRO? - com o jornal "O Público"


"Quinta-feira, dia 19, o Público dá-lhe a oportunidade de apreciar um dos livros, das edições ASA, mais esperados do ano –“QUATRO?”, do prestigiado argumentista e desenhador Enki Bilal.

Radicalmente intimista, longe da fúria de “O Sono do Monstro” e de
“32 de Dezembro”, como se tivesse de se livrar de uma memória demasiado pesada para manter o equilíbrio, sobreviver e gostar de si próprio, o ponto final desta história é voluntariamente de interrogação. Paradoxalmente, ao fim de uma viagem como esta (tetralogia iniciada em 1995), este ponto de interrogação trai o fundo de realismo que a forma barroca podia ocultar.
A tetralogia do Monstro é uma história a três vozes. As de Nike, Leyla e Amir, órfãos de Sarajevo, dispersos pelos quatro cantos do mundo. Antes de mais, trata-se de uma obra sobre a memória. Memória individual e colectiva, onde se misturam imagens escritas da desintegração da Jugoslávia – “local” de nascença de Enki Bilal (país tão depressa desmembrado como esquecido) – e imagens desenhadas, numa estonteante conjugação passado-presente-futuro. Memória prospectiva também, potencial, dos Balcãs e alargada ao resto do mundo. Este mundo, único local, é preciso dizê-lo, que nos resta.
Da tetralogia do Monstro fazem parte as seguintes obras:
Volume 1 – O Sono do Monstro
Volume 2 – 32 de Dezembro
Volume 3 – Encontro em Paris
Volume 4 – Quatro?

“Quatro?”, de Enki Bilal
Com o Público por 14€"
(retirado do "press release" da ASA)

A ASA pretende começar a completar colecções com este parceiro priveligiado, no que toca à distribuição. Se esta edição der frutos, muito provavelmente teremos mais edições do género noutras séries (o que era óptimo!). Não sei se foi referido, mas o quarto e último volume, "Quatro?", é em capa dura como os seus antecessores.
Para além da parceria com o jornal "O Público" a ASA vai editar a "solo" o "O Cachimbo de Marcos". Segue também parte do "press release":



"La Realidad é uma aldeia em pleno coração do zapatismo em Chiapas, um lugar onde convivem indígenas e europeus “solidários”.
Mas a realidade de La Realidad não é só isso. La Realidad é um jogo de espelhos no qual se vêem e ocultam militares, zapatistas, antiglobalizadores bem-intencionados, fãs do subcomandante Marcos e pequenos sonhadores com delírios de grandeza.
Quando Vasco chega ao povoado à procura do seu amigo Juan, encontra tudo isto e muito mais: uma visão em primeira mão do que resta da última revolução da história, uma visão romântica e também desmistificada, com a dose necessária de ironia e distância.
Com Vasco, a banda desenhada recupera a figura do aventureiro clássico, desencantado, digno herdeiro de Corto Maltese, que percorre a América Latina em busca de um amigo.
As viagens de Juan Sem Terra não podiam começar melhor…"

Boas leituras!

quinta-feira, 12 de março de 2009

VII Troféus Central Comics


"O que são os Troféus Central Comics?

Troféus Central Comics é um evento privado, organizado pelo Portal Central Comics desde 2002, que visa premiar obras, autores e editores do mercado português de banda desenhada e cartoon, por produções no ano transacto. O TCC abrange todas as edições e projectos realizados, aqui inseridos em doze categorias, e distinguem-se doutros prémios no país por serem atribuídos de acordo com as preferências do grande público, determinadas via votação livre online.
Está a decorrer até dia 31 deste mês a votação para os VII Troféus Central Comics."
(Retirado do texto do Portal Central Comics )

Quem ainda não votou tem de se apressar, o prazo está no fim!
Qualquer pessoa pode votar, não tem que estar registada no Portal Central Comics .
Estes troféus são importantes pela sua abrangência, pois é feito um levantamento de tudo quanto se editou por cá, sendo posteriormente feita uma selecção de seis nomeados por categoria. Esta selecção é feita por um júri de cinco elementos e a votação final pelo público leitor.
O júri foi composto por Hugo Jesus (livreiro e administrador do portal Central Comics), Daniel Maia (ilustrador), Pedro Cleto (crítico e jornalista do Jornal de Noticias), Nuno Amado (Blog do Leituras de BD), e colaborando pela primeira vez, Pedro Vieira Moura (pedagogo e crítico, do blog LerBD).

Regras:
- Indicar obrigatoriamente o nome, morada completa (não esquecer o código postal e localidade) e e-mail no formulário
- Votar em pelo menos 75% do boletim (i.e. 9 categorias, das 12)
- Votar apenas uma vez na petição

Para votar, clicar aqui, em boletim de voto !
Será ainda sorteado pelo universo votante um cabaz com muita BD, participem!

terça-feira, 10 de março de 2009

O Vagabundo dos Limbos


Mais uma série que começou no princípio da minha adolescência, 1978, e se prolongou até 2000, com treze volumes, sendo os primeiros três editados pela Bertrand e os restantes pela extinta Meribérica. Digamos que é das séries francesas com mais volumes editados em português, abaixo de Asterix, Blueberry, Spirou, etc, mas dentro das menos conhecidas foi talvez das mais editadas na nossa Língua. De notar que em França a série vai no número 31, ou seja, manteve bastante sucesso durante três décadas, o que é obra! São eles:
- O Vagabundo dos Limbos (Bertrand)
- O Império dos Sois Negros (Bertrand)
- Os Abutres do Cosmos (Bertrand)
- O Alquimista Supremo (Meribérica)
- Os Demónios do Tempo Imóvel (Meribérica)
- A Guerra dos Bonkes (Meribérica)
- Que Realidade, Papá? (Meribérica)
- Por Três Grãos de Eternidade (Meribérica)
- O Labirinto Virginal (Meribérica)
- O Último Predador (Meribérica)
- A Máscara de Khom (Meribérica)
- Os Lobos de Khom (Meribérica)
- O Menino-Rei de Onirodyne (Meribérica)
Não vou colocar aqui o resto dos volumes editados em francês para não ficar muito comprido, são mais 18 livros e série continua a decorrer, tendo o último, "La Planète des Prodiges", sido editado em 2004.
Esta série de "Sci-Fi" tem como criadores Christian Godard (textos) e Julio Ribera (desenho). A estória imaginada por Godard está cheia de alusões a conceitos que nós temos como certos ou acreditamos neles, desviando-lhes o sentido, tranformando-os ou dando-lhe outra perspectiva, ex. O Alquimista Supremo ou Deus Criador, que neste momento não passa de um velho bêbado, incapaz de grandes milagres encontrando-se prisioneiro porque um dos seus poucos poderes actuais é a transformação de qualquer matéria em ouro! A sua capacidade de Criar, a Omnipresença, enfim tudo aquilo que é Deus, foi perdido durante o Big-Bang, ou seja, a criação deste Universo... ficou cansado e nunca mais foi o mesmo! :D
Bem... isto foi um exemplo! Toda a estória está pejada de conceitos fortes, como mundos paralelos, imortalidade, moralidade, imoralidade, o ciclo vicioso da guerra pela guerra, etc. A estória está construída de maneira a nunca o leitor saber se esta é passada a milhões de anos-luz, se no presente, passado ou futuro, ou, como é aludido muitas vezes, do outro lado do espelho...O desenho de Ribera não compromete, mas penso que é um pouco desleixado com os pormenores, excepto no caso dos personagens principais: Musky e Axle Munshine. Não sei se é propositado para fazer sobressair os personagens principais, ou se é mesmo assim...
A estória começa com uma transgressão e um castigo: Axle Munchine viola o 13º Mandamento da Guilda: não sonharás! Para além de sonhar ainda constrói um aparelho que grava os seus sonhos, para mais tarde os analisar. É condenado à morte pela Guilda e perseguido por esta até aos confins do espaço! É no mundo dos sonhos que conhece o seu amor, Chimeer, e nada o faz parar enquanto não a conseguir encontrar, ou criar! O seu/sua companheiro(a) é Musky, principe dos Eternautas. Estes tinham a capacidade de parar o seu envelhecimento durante a adolescência até encontrarem alguém com quem quisessem envelhecer, isto para além da escolha do sexo... este tem um carácter irascível, com os nervos muito "à flor da pele", sobretudo a tudo o que fosse relativo aos desvarios de Axle na procura de Chimeer! De notar que encontramos centenas de figuras "não-humanas", revelando uma grande imaginação da parte dos autores, isto para além da nave espacial, o Delfim de Prata, ser das melhores naves espaciais da BD! É fantástica! Infelizmente a série terminou por cá quando a Meribérica faliu, e numa altura mesmo péssima... ficou num impasse terrivel!
Os livros desta série só se encontram em alfarrabistas, leilões de usados e na Sodilivros, que comprou todos os restos da Meribérica. Estes são os mais baratos, porque em alfarrabistas começam a ter preços um pouco proibitivos... era uma série que eu gostaria de ter completa :(
Boas leituras!

Hardcover/Softcover
Criado por: Christian Godard e Julio Ribera
Editado entre 1978 e 2000 por Bertrand e Meribérica
Comprado no Miau e a particulares
Nota média da série : 8,5 em 10

domingo, 8 de março de 2009

Magician Apprentice: Vol.1 e Vol.2


Nunca li o original, não tenho paciência para ler um livro todo em inglês, sem ser em BD. Apenas sei que esta obra, "Magician Apprentice", é um "best-seller" e faz parte de uma série maior que se chama simplesmente "Magician", que por sua vez faz parte de um outro ciclo maior: "The Riftwar Saga". Esta parte, "Magician", é dividida em duas partes: "Magician: Apprentice" e "Magician: Master".
"The Riftwar Saga" é por sua vez divido em três partes: "Magician", "Silverthorn" e "A Darkness at Sethanon". A Marvel, em conjunto com a Dabel Brothers, decidiu fazer a adaptação para BD desta saga escrita por Raymond E. Feist, e fez muito bem porque eu adoro estórias da chamada "high-fantasy"! Está por publicar o volume 3 de "Apprentice", para terminar esta primeira parte de "Magician".
Em relação à arte... bem, aqui começam os problemas! No primeiro volume mudam de artista exactamente a meio, e o leitor sente um choque na diferença de arte do primeiro para o segundo artista. O primeiro, Brett Booth, tem um estilo detalhado e muito adulto; o segundo, Ryan Stegman, usa um traço "grosso", muito mais infantil e de acordo com os cânones da censura Norte-Americana". Sim, porque os primeiros números foram obrigados ao sêlo "Parental Advisory", o que faz com que uma grande parte do público alvo desta estória, os menores de idade, não o conseguissem obter sem autorização dos pais! Isto tudo porque se vê sangue quando se corta o pescoço a uma galinha ou numa escaramuça de amigos se vê o sangue a escorrer do nariz de alguém... digam lá se os americanos não são obtusos! Com o segundo artista isto já não se passa (o sangue já não aparece vermelho mas sim negro, como manda a censura), e temos um problema de adaptação porque os personagens, apesar de mais velhos, são representados mais novos e com um ar mais infantil. Chega de dizer mal... Ryan Stegman vai melhorando, sobretudo ao longo do segundo volume, para acabar em bom nível.
"Apprentice" conta a estória de dois amigos, Pug e Tomas, um que vai seguir seguir o caminho da magia, Pug, outro o das armas. Pug é um órfão adoptado pela família de Tomas que exibe "magia natural", coisa que para os magos do reino já não existia há muito. Estes dois livros iniciam uma grande saga em que Pug, aprendiz do mago Kuldan em território Crydee, descobre com o seu amigo Tomas, um estranho barco, com estranhos guerreiros e um pergaminho mágico que imediatamente atrai Pug com perigo da sua própria vida. Depois de tudo analisado, e de o Mago Kuldan quase perder a vida num portal espácio-temporal provocado pelo pergaminho, Lord Borric pede ajuda aos Elfos. Estes tinham chegado à mesma conclusão... os visitantes eram estranhos àquele mundo e preparavam uma invasão em grande escala. Lord Borric fica com a missão de divulgar a noticia e pedir ajuda a todas as raças e reinos conhecidos, Pug acompanha-o porque para além de aprendiz do mago da corte, também já tinha salvo a princesa (e amada) de um perigo mortal. Para saberem o resto desta aventura e o que acontece a Tomas e Pug leiam o livro. É uma leitura bastante agradável cheia de magia, coragem , Elfos, Dragões, intriga palaciana, Gnomos, Anões e neste caso até raças "alien" entram! O terceiro livro está previsto para o fim deste ano. Penso que o nome será: "Magician:Riftwar"
Boas leituras.

Hardcover
Criado por: Raymond E. Feist, Brian J. Glass, Ryan Stegman e Brett Booth
Editado em 2007 e 2008 por Marvel Publications e Dabel Brothers
Comprado na BD Mania
Nota : 8,5 em 10

quinta-feira, 5 de março de 2009

Umbrella Academy: Apocalypse Suite (Limited Edition)


Uma série de sucesso da Dark Horse, que cada vez mais a ocupa lugares no top de vendas, a que só a Marvel e a DC Comics tinham "direito".
A estória é escrita por Gerard Way, rocker do grupo "My Chemical Romance", e a arte tem a assinatura do brasileiro Gabriel Bá. Este artista "indie" afirma-se cada vez mais no mercado Norte-Americano, e a Dark Horse é a "casa" dos autores alternativos de sucesso, e a fazer escola, casos de Gabriel Bá e Mike Mignola.
Quanto a Gerard Way ainda lhe falta alguma coisa para ser um verdadeiro escritor de Banda Desenhada, mas mesmo assim gosto mais da estória dele, que da música dos "My Chemical Romance"...
A estória lê-se bem, mas como me alertou um conhecido meu, que também consome muita BD, tem algumas falhas de alguma pertinência! Posso dar o primeiro exemplo, logo nas primeiras páginas somos confrontados com o "Space" metido num corpo de gorila (só tinha sua a cabeça). Passo a explicar, o "Pai" Mr. Hargreeves, que é na realidade um extraterrestre, manda o seu "filho" a Marte numa missão que acaba falhada, e para salvar o filho consegue implantar a cabeça deste no corpo de um gorila... ora, ele é um extraterrestre, ou seja, veio do espaço profundo e consegue numa experiência nunca feita anteriormente salvar a vida a "Space" fazendo o transplante de cabeça... e falha numa coisita tão simples que é uma viagem a Marte!!!! Bom... aparte isto e a Torre Eiffel ser uma nave espacial que sem justificação nenhuma cai em cima da casa deles no fim do livro, gostei! Penso que a estória tem muito potencial futuro, sobretudo se colmatarem essas falhas com justificações futuras. A série seguinte já está a sair do "forno" e tem o nome de "Dallas".
Num fenómeno à escala global e sem explicação, mulheres que nem grávidas estavam dão à luz crianças que, na sua maioria, foram abandonadas à sua sorte. O milionário e inventor (e extraterrestre) Mr. Hargreeves tenta recolher o máximo número destas crianças. À pergunta "porquê?", responde: para salvar o mundo! Consegue recolher e adoptar sete, mas não se comporta como um pai, mas sim como um professor que puxa ao máximo a capacidade dos seus alunos, a quem deu números em vez de nomes! É claro que psicologicamente estes não cresceram muito equilibrados. Leia o livro para descobrir como estes se conseguem unir, para fazer aquilo que o seu falecido "Pai" lhes deu como objectivo: salvar o mundo!
Já agora, a primeira vez que folheei o livro, estes heróis numerados fizeram-me lembrar os "Os Incríveis", lembram-se do filme de animação, não lembram?
Ahh... esqueci de falar desta edição, é fabulosa! A Dark Horse começa a esmerar-se neste tipo de edições!
Boas leituras, e desculpem ao Gerad Way a nave louca Eiffel, eheheheh....

Slipcased Hardcover
Criado por: Gerard Way e Gabriel Bá
Editado em 2009 pela Dark Horse
Comprado no Comics Now
Nota : 8,5 em 10

terça-feira, 3 de março de 2009

O Quarto Poder



Juan Gimenez é um dos grandes artistas da BD mundial, tendo iniciado o seu caminho de sucesso na década de 80 em que criou "Le Etoile Noire", sua primeira obra conhecida e também "Leo Roa", este editado em português. 
O seu primeiro trabalho completamente a "solo" foi "Titania", seguido pelo já citado "Leo Roa". 

Depois tem como desenhador séries consideradas de culto, como "A Casta dos Metabarões", editada pela Meribérica até ao seu 5º volume e neste momento a Vitamina BD, que se propôs a editar toda a série em três compilações, estando já a primeira (que inclui os três primeiros volumes) nas livrarias. 

De notar que ele é desenhador e também o colorista dos seus livros. O Quarto Poder é uma obra em que Gimenez faz tudo, textos, desenho e cor, e que foi projectada para ser um "one-shot" (livro único). 

Este livro data na sua edição francesa de 1989 e foi editado em português pela ASA em 2002. O segundo volume, nunca editado em português, tem a sua data de edição (francesa) em 2004, portanto data quinze anos depois d´"O Quarto Poder"... penso que Gimenez deve ter descoberto o potencial desta sua história, e acabou por fazer muito melhor ao nível da narrativa, do que fez neste primeiro livro. 

A história é Ficção-Científica pura, ambiente onde ele se sente muito à vontade, e conta a história do choque entre duas civilizações humanóides, a Terrestre e a Krommium, no planeta Nebulae Alpha. Existe uma voz ao longo de toda a narrativa pertencente a uma organização pacifista, a Bluespace, que conta como evoluíram desde o passado os contactos entre as duas civilizações. 

Após centenas de anos de guerra, mantida apenas para os lucros da indústria de guerra, os Krommiuns decidem partir para uma arma, que se pode chamar de "biológica", que uniria quatro super-cérberos femininos num só corpo e que teria uma capacidade de destruição total... a indústria de implantes mecânicos estava no seu auge, mas não só! 

A capacidade de manipulação do corpo humano e a ausência de limites deontológicos, aliadas a uma inteligência acima do normal, levaram esta raça a criar esta aberração! 

O Quarto Poder é uma jovem, Exether Mega, a única que ainda não havia sido capturada para esta experiência, conta a história da sua vã tentativa de escapar aos seus perseguidores, e depois a sua vingança.

 Devo dizer que a arte é estrondosa, mas a narrativa é por vezes inconsequente e desconexa... enfim dificil de seguir. Já ouvi dizer que nos três livros seguintes melhorou muito, e passou a ser uma série a ler definitivamente! 

 Hardcover 
Criado por: Juan Gimenez 
Editado em 2002 pela ASA 

Boas leituras

domingo, 1 de março de 2009

Mighty Avengers Vol. 3 e Vol. 4: Secret Invasion


Desta vez, e ao contrário do que tinha feito com os New Avengers, decidi juntar os dois números do "tie-in" da série Mighty Avengers num só post. Acho que faz mais sentido... ao fim ao cabo são "tie-ins" que não têm grande coisa a ver com os nomes das séries que lhe dão título, e sim mais com os próprios Skrull. Isto quer dizer que a receita aplicada pela Marvel em relação à série New Avengers foi seguida à risca nos Mighty Avengers... infelizmente... Bom, melhorou nalguns aspectos, tenho de reconhecer. A arte continua ao mesmo nível, ou seja boa na sua generalidade, sendo Khoi Pham a dar um toque de diferença na fórmula... pelo menos eu gostei!
Acho que todas estas pistas deixadas por Bendis ao longo destes anos têm o seu epílogo por aqui, desvendados alguns dos mistérios nestes "tie-ins" e com o evento principal a dar que falar, muita gente gosta, outros nem por isso. Eu só irei saber para o ano quando editarem o HC "Secret Invasion", não irei cometer o erro de comprar o TPB como fiz no "Civil War" que saiu agora em HC! Felizmente também não comprei o TPB "World War Hulk", e agora vai sair também em HC. Não há nada como ter paciência...
É aqui que vamos saber o que aconteceu à verdadeira Elektra aquando da sua substituição, e a moçoila não desistiu sem dar luta brava! O Vol. 1 começa com Nick Fury a descobrir qu a sua "namorada" era Skrull... e aqui o rapaz dana-se e com a sua amiga Echo forma um grupo de resistência com filhos de outros heróis, que à partida não foram substituídos, dada a sua "insignificância.
Ficamos a saber como o Dr. Pym foi substituído, e todo o mal que aquele herói pouco estável emocionalmente conseguiu fazer. Bom isto para mim foi o mais importante do Vol. 1, o resto continuam a ser as maquinações e estratégias Skrull para a conquista da Terra.
No 2º volume para além da já referida substituição e morte de Elektra, temos também os problemas de personalidade que alguns Skrull começam a sentir, pois a personalidade terrestre do herói que encarnam começa a insinuar-se no subconsciente destes. Casos flagrantes desta situação são o Dr. Pym, que tem de ser eliminado pelos Skrull, pois estava a tornar-se incómodo, e do Capitão Mar-Vell que encarna o herói quase verdadeiramente... outro problema para os Skrull!
O grupo resistente de Nick Fury começa a treinar arduamente, conseguindo num treino raptar Maria Hill, nada menos que a directora da Shield! Infelizmente para eles, era apenas um duplo artificial desta.
O livro acaba com um funeral... de quem? Leiam o livro!
Boas leituras

Hardcover
Criado por: Brian Bendis, Michael Gaydos, Khoi Pham, Romita Jr., Alex Maleev e Stefano Caselli
Editado em 2009 por Marvel Publications
Comprado no Book Depository
Nota : 8 em 10

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