terça-feira, 29 de abril de 2014

Ilustração: Beijo por Chico Shiko


Eu era romântico, poético, tarado, viado, sapatão, louco, psicopata, (...) umas pessoas ficam ofendidas, outras encantadas...
Shiko

Autor brasileiro nascido em Patos, cidade a 300 km de João Pessoa. O seu nome de baptismo é Francisco José, mas adopta como artista o nome de Shiko, sendo conhecido na internet também como Derby Blue.

Intenso e marginal adora a vida nocturna de onde tira muitos dos seus temas, como o álcool, a pornografia, música e cinema.

Qualquer plataforma lhe serve para transmitir a sua arte, pode ser papel, tela, uma parede ou qualquer outra coisa em que ele possa aplicar um lápis ou um pincel. Flexível é o seu nome do meio, porque até escultura e tatuagens faz!

Neste momento é um artista reconhecido, e um exemplo disso foi o convite para ser o artista de serviço no livro da Maurício de Sousa Produções, na nova linha Graphic Novel desta editora. O livro é Piteco: Ingá.

Achei este beijo lésbico lindo, daí vir parar ao Leituras de BD!
:)

Boas leituras

Lançamento Goody: Simpsons #1


A Goody continua a diversificar a sua oferta aos portugueses!
Depois da publicação de "Real Life" direccionada para o público juvenil feminino, agora chegam o Simpson!
Sai na 4ª Feira, dia 30 de Maio, para as bancas e quiosques portugueses.

A revista de banda desenhada Simpsons chega a Portugal

A revista de Banda Desenhada Simpsons é editada pela primeira vez em Portugal pela editora Goody, S.A.
A partir do dia 30 de Abril, data em que é lançado o número 1, podemos contar mensalmente com a presença desta edição que nos vai trazer sempre histórias completas nunca vistas em televisão.

Neste primeiro número, o autor Matt Groening assina as histórias “Homer, O Colosso”, “Bart, O Presidiário”, “O Colecionador”, “Romance Fatídico” e ainda uma pequena brincadeira Patty & Selma – tudo em 64 páginas que prometem divertir todos os fãs dos Simpsons com o tão esperado humor irreverente e ácido.

Em “Homer, O Colosso” Mr. Burns tenta desenvolver um raio rejuvenescedor, mas, em vez de reaver a sua juventude, transforma Homer num gigante à solta em Springfield… Na história “Bart, O Presidiário”, os atos de vandalismo de Bart vão levá-lo a encontrar um velho inimigo, em “O Colecionador” os corações vão gelar com um história saída da imaginação tortuosa de… Bart Simpson e, finalmente, o “Romance Fatídico”, uma história sórdida e embaraçosa entre Selma e Homer!

A campanha de comunicação inclui spot de TV nos canais FOX e FX, campanha online com Google Adwords e Facebook Ad direcionando para o mini-site http://www.goody.pt/bdsimpsons (disponível a partir do próximo dia 30 de abril) onde uma história inédita foi criada especificamente para o lançamento da edição portuguesa dos Simpsons.

A revista tem um total de 64 páginas e o formato de 19,5 cm x 28,5 cm. Está em banca a partir do dia 30 de Abril de 2014 e tem a periodicidade mensal com uma tiragem inicial de 20.000 exemplares. A edição é da Goody S.A. e contém sempre 4 histórias nunca vistas em televisão.





Os Simpsons são uma criação de Matt Groening, e a sua primeira publicação em revistas iniciou-se em 1991 no magazine Simpsons Illustrated, onde servia como acompanhamento à série animada. Em 1993 foi publicado com enorme sucesso a primeira revista solo desta família desestruturada. Aí Matt Groening e os seus colaboradores formaram a Bongo Comics para publicarem neste suporte os Simpsons! Até hoje.
;)

Parabéns à Goody por mais este produto!

Boas leituras

segunda-feira, 28 de abril de 2014

75 anos de Batman com Pedro Cleto no Gaia Shopping



Pedro Cleto vai estar no Gaia Shopping no próximo Domingo, dia 4 de Maio, para falar sobre Batman no âmbito das comemorações dos seus 75 anos.
Mais abaixo a nota de imprensa:


Os 75 anos de Batman na FNAC


O Homem-Morcego faz 75 anos e, para celebrar o seu aniversário, a FNAC convida Pedro Cleto, crítico e divulgador de banda desenhada, para uma conversa sobre as aventuras do icónico super-herói, criado pelo autor norte-americano Bob Kane.
Será uma oportunidade para revisitar a estreia de Batman na revista Detective Comics #27, em Maio de 1939 e a forma como a sua mitologia se desenvolveu ao longo dos anos bem como para descobrir algumas curiosidades a ele associadas.


Os autores que mais contribuíram para fazer do justiceiro de Gotham um dos pilares da DC Comics e as obras mais marcantes destes 75 anos serão outros aspectos a abordar numa sessão que se pretende aberta à participação de todos os que queiram comparecer.
É já no próximo domingo, dia 4 de Maio, às 17h00, na FNAC do GaiaShopping.







Boas leituras

domingo, 27 de abril de 2014

A Palavra dos Outros: O dia em que a DC tentou matar a Marvel


Mais uma crónica de Paulo Costa. Desta vez sobre a indústria dos comics na sua transição da Golden Age para a Silver Age.
:)

O dia em que a DC tentou matar a Marvel

Nunca vi nenhum historiador sério do meio da banda desenhada americana falar disto. Provavelmente, não há ninguém vivo que possa atestar a veracidade da minha afirmação. E as provas a favor são meramente circunstanciais. Mas faz sentido, à luz de acontecimentos semelhantes da época. Eu acho que a DC tentou retirar a Marvel do mercado de BD em 1957, aproveitando uma súbita fragilidade no sistema de distribuição.

Eu pensei se valia a pena escrever isto. História da BD já tem um interesse limitado, história de certas editoras parece só ter interesse quando lida com personagens mais conhecidos, e história da indústria da BD é para um grupo ainda mais restrito. Não fala da arte e não fala de personagens. Mas fala de pessoas e das suas acções, e é por isso que me interessa. Este período da Marvel, poucos anos antes da criação do Quarteto Fantástico, é um que me atrai profundamente. Mas o que tem a DC a ver com a Marvel em 1957?

Foi em 1956 que Martin Goodman fechou a sua própria distribuidora, a Atlas News Company, por motivos financeiros, assinando com a American News Company, uma companhia que tinha o monopólio da distribuição das revistas de má fama, incluindo BD, como a Dell, cuja revista “Walt Disney Comics & Stories” era a mais vendida da época. Devido à facilidade de acesso da ANC aos mercados, a escolha de Goodman, que estava habituado a fazer dumping do seu material, fazia sentido. No entanto, na época, o Departamento de Justiça tinha colocado a ANC em tribunal, sendo uma das motivações o esquema ilegal de vendas por acréscimo (ex: “Queres 10 Marias? Tens que distribuir 20 Burdas”). Era este sistema de vendas, usado pelas distribuidoras associadas às editoras de BD, pulps e soft porn, o verdadeiro alvo da comissão senatorial de investigação dos efeitos da BD na delinquência juvenil, uma vez que, ao contrário desta, era perpetrada por grupos com ligações ao crime organizado.


Martin Goodman

A fim de evitar o desfecho natural, em junho de 1957, os proprietários da American News fecharam as portas da companhia, deixando dezenas de pequenas editoras desamparadas. Uma delas era a Marvel, que ainda não se chamava Marvel (na verdade, Goodman tinha no activo 57 companhias diferentes, todas a operar no mesmo escritório e com os mesmos empregados). Goodman foi ter com o seu velho amigo/colega/adversário/concorrente, Harry Donenfeld, um dos proprietários da National Periodical Publications (mais conhecida como DC), bem como da sua própria distribuidora, a Independent News Distribution. Donenfeld não o deixou distribuir mais que oito revistas por mês.

É aqui que entro no reino da especulação. Donenfeld, o seu sócio na DC Jack Leibowitz, Goodman, Louis Silberkleit, Maurice Coyne (dois dos fundadores da Archie Comics) e Paul Sampliner trabalhavam no mesmo meio havia várias décadas, ora formando companhias de distribuição e impressão uns com os outros, ora vendendo-as (às vezes uns aos outros) e tornando-se rivais com projectos paralelos. Estas constantes trocas eram óptimas para a ‘contabilidade criativa’ que se fazia na indústria dos pulps nos anos 20 e 30. Portanto, em 1957, Donenfeld e Goodman conheciam-se há mais de 20 anos, e o primeiro estava familiarizado com as práticas de negócio do segundo. Goodman era perito em construir fortunas tostão a tostão. Se ficasse impedido de praticar o seu método tradicional de dumping, por vezes com cinco títulos praticamente iguais no que ele percebia ser o tema popular dessa semana, Goodman teria dificuldades em adaptar-se. Afinal, não mudava de táctica há décadas.

A DC podia ter algum interesse nisso, para se livrar de alguma concorrência. Muitas das editoras rivais tinham fechado as portas nos anos a seguir à Segunda Guerra Mundial:
-Em 1946, Harry A Chesler tinha deixado de publicar em nome próprio, passando a ser apenas um estúdio.
-Em 1948, a Holyoke deixou de publicar BD para se concentrar no ramo mais rentável das revistas para crianças.
-Em 1950, Victor Fox, um mestre da ‘contabilidade criativa’, encerrou a Fox Feature Syndicate, com dívidas de mais de 800 mil dólares. Fox já tinha estado envolvido em casos de fraude e foi o instigador do famoso caso Wonder Man, uma cópia vergonhosa do Superhomem, criado por Will Eisner por ordem de Fox em 1940.
-Em 1953, a Fawcett Publications saiu de cena devido às baixas vendas, efectivamente encerrando o conflito judicial com a DC por causa do Capitão Marvel (supostamente outra cópia do Superhomem) mas continuou envolvida noutras áreas, nomeadamente livros, uma divisão que, ironicamente, hoje pertence à Warner.
-Em 1954, Bill Gaines e a sua EC Comics foram a primeira vítima dos obstáculos comerciais causados pelas regras da Comics Code Authority, mantendo no activo apenas a revista “Mad”. No mesmo ano, o mesmo aconteceu à Fiction House, conhecida por Sheena, a Rainha da Selva. É preciso recordar que as regras da CCA foram criadas pelas principais editoras (Archie, Harvey, DC e Marvel) precisamente para retirar as revistas destes concorrentes de cena.

Harry Donenfeld e Jack Liebowitz

-Em 1956, Lev Gleason e a Ace Comics de Aaron Wyn tiveram os mesmos problemas que Gaines e foram à falência. No mesmo ano, Ned Pines encerrou calmamente a Standard Comics, continuando ligado à publicação de romances de cordel.
-Finalmente, no início de 1957, a Quality Comics de Busy Arnold também fechou as portas por vendas baixas, vendendo alguns títulos à DC. Outras editoras, como a Crestwood Publications, a Charlton Comics ou o American Comics Group, sobreviveram, mas com uma quota de mercado bem inferior.
-A MLJ já se tinha transformado na Archie Comics, a Harvey estava muito bem de saúde com os direitos dos personagens da Famous Studios (como Richie Rich, ou Riquinho, em português) e ambas tinham sucesso num nicho mais infantil. Apenas a Dell Comics, que não precisava do selo do Comics Code por ter os direitos de publicação de personagens da Disney e da Warner, dominava o mercado e era intocável para a DC, mas nenhuma destas apostava em revistas de guerra, de romance e de aventura.

Nestas circunstâncias, a única grande editora que sobrava no caminho da DC era a Marvel, na época conhecida colectivamente como Atlas. Limitado a oito títulos por mês, Goodman optou por 16 revistas bimestrais, divididas por vários géneros. Personagens permanentes eram poucos, como era normal para a altura. Os títulos escolhidos foram de guerra (“Battle”, “Marines in Battle”, “Navy Combat”), western (“Gunsmoke Western”, “Kid Colt Outlaw”, “Two Gun Kid”, “Wyatt Earp”), humor (“Homer the Happy Ghost”, “Millie the Model”, “Patsy and Hedy”, “Patsy Walker”), romance (“Love Romances”, “Miss America”, “My Own Romance”) e ficção científica (“Strange Tales”, “World of Fantasy”). Alguns destes acabaram substituídos nos anos seguintes.

Felizmente para Goodman, a quantidade reduzida de títulos era o que o editor Stan Lee necessitava para se preocupar mais com a qualidade. Surgiram algumas lendas urbanas relativas a esta época. Uma é que Goodman encontrou um armário cheio de arte não usada e impediu Stan de comprar mais material. Na verdade, com o número reduzido de títulos, havia inventário suficiente para encher as revistas durante quase um ano, não era preciso encontrar um armário. Outra é que Jack Kirby chegou ao escritório, encontrou Lee a chorar e este pediu-lhe que salvasse a companhia. Kirby tinha acabado de se desentender com o seu editor na DC, Jack Schiff, e estava à procura de mais trabalho, mesmo que fosse com o homem (Goodman) que o tinha enganado 15 anos antes, e Lee precisava de encontrar alguém para substituir o falecido Joe Maneely como criador principal de conceitos. E, finalmente, Lee tinha pensado em deixar a BD e mudar-se para objectivos mais literários. É possível, mas Lee não tinha motivos para se preocupar com alternativas de emprego. Tinha à sua disposição artistas como Kirby, Ditko, Ayers, Sinnott, Adkins e Heck, tanto Kirby como Ditko eram capazes de emprestar às antologias de terror e ficção cientifica a identidade necessária para se diferenciarem da concorrência, e Stan Goldberg continuava responsável pela arte do perene título de humor adolescente, “Patsy Walker”. Financeiramente, não fazia muito sentido para Lee sair da companhia, embora, criativamente, a presença destes artistas e o facto de não ter que se preocupar com dezenas de revistas possam tê-lo inspirado a produzir para além dos cânones de qualidade mínima impostos pelo seu patrão. E terá sido assim que o tiro da DC saiu pela culatra.

Vale a pena mencionar um epílogo. Supostamente, em 1961, Jack Liebowitz terá dito a Martin Goodman num jogo de golfe que a Liga da Justiça, uma revista de superheróis, estava a vender muito bem. Embora tanto Goodman como Liebowitz jogassem golfe, Goodman tinha a sua própria rede de espiões dentro da distribuidora (para garantir a veracidade das vendas da Marvel reportadas pela IND) e é mais provável que os dados viessem daí. O próprio Stan Lee era contra a ideia de relançar os superheróis, depois do falhanço de 1953, e é interessante ver como brincou com o tema até que todos os novos títulos tivessem sido lançados e as suas histórias se solidificado num novo conceito, o universo partilhado. A Marvel só teve que esperar até 1965 para ultrapassar a DC na tabela de vendas e, em 1974, acabou por ser mesmo Marty Ackerman (dono da Cadence, empresa que tinha comprado a Marvel em 1967) a fazer uma oferta a Liebowitz para adquirir a DC. Liebowitz recusou.

Texto: Paulo Costa

O meu obrigado ao Paulo Costa por mais um artigo, e já sabem, para ler as outras crónicas dele basta clicar no seu nome!

Boas leituras

quinta-feira, 24 de abril de 2014

X Festival Internacional de BD de Beja: Primeiro contacto!


Não gosto de misturar e retirar a atenção entre festivais por isso me mantive em silêncio com Beja. Mas com o término do Anicomics temos aí Beja!

Para já um nome foi veiculado: Tony Sandoval! Já não é segredo pois o excelente desenhador mexicano já anunciou a sua vinda a Beja!
E com um brinde pois a Kingpin Books vai lançar em Portugal um livro deste autor: As Serpentes de Água.
E claro, Sandoval estará lá para este lançamento de uma obra sua em português!

De notar que Tony Sandoval já esteve em Portugal num Anicomics, onde me fez um espectacular sketch.
Mas haverá muitas mais surpresas para este ano em Beja!
Tony Sandoval

Deixo-vos com as palavras da organização apresentando esta 10ª festa da BD em Beja:

FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE BEJA

É impossível fazer a História da Banda Desenhada Portuguesa no século XXI sem passar por Beja. Vários vectores concorrem nesse sentido:

- Tem a Bedeteca mais activa do país.

- Beja tem ainda um número verdadeiramente impressionante de autores a trabalhar: 23 autores de banda desenhada! O que faz da cidade, a 3ª cidade com mais autores no activo em todo o país, a seguir a Lisboa e ao Porto.

- Beja tem também o Toupeira - Ateliê de Banda Desenhada mais antigo do país (desde 1996), que continua a funcionar na Bedeteca (todos os autores que referimos acima foram “formados” no ateliê). Tem ainda oficinas de formação regular, com crianças e jovens de várias idades.

- Tem o fanzine de banda desenhada mais premiado da História da Banda Desenhada Portuguesa, o Venham + 5, que conta essencialmente com obras de autores de Beja.

- Continua a ser um centro difusor desta Arte, não só no concelho, mas um pouco para todo o país, com especial incidência no Sul.

- Tem contribuído decisivamente para a divulgação da banda desenhada portuguesa no estrangeiro.

- Tem um Festival Internacional de Banda Desenhada considerado por muitos como um dos melhores festivais do país (entra este ano na sua 10ª edição).

O FESTIVAL E OS AUTORES: 9 EDIÇÕES, 147 EXPOSIÇÕES, MAIS DE 400 AUTORES, 25 PAÍSES REPRESENTADOS
Ao longo das 9 edições do Festival realizaram-se 147 exposições e expuseram em Beja (individual ou colectivamente), mais de 400 autores de 24 países (Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Chile, China, Croácia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Itália, Japão, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Sérvia, Suécia e Uruguai.)

OS AUTORES PRESENTES
Têm passado por Beja muitos dos grandes nomes da banda desenhada mundial, como Craig Thompson, Dave McKean, David B., Fábio Moon e Gabriel Bá, George Pratt, Gipi, Hermann, Jean-Claude Mézières, Lorenzo Mattotti, Lourenço Mutarelli, Loustal, Max, Miguelanxo Prado, etc., etc. (para além dos nomes mais relevantes a nível nacional, como José Carlos Fernandes, Filipe Abranches ou Miguel Rocha).
No entanto, embora a “cobertura mediática” do evento assente em grande parte nestes nomes, uma das particularidades deste Festival reside no facto de se juntarem autores consagrados, portugueses e estrangeiros, com autores que começam agora o seu percurso na banda desenhada, conferindo uma atmosfera muito especial ao evento.

UM FESTIVAL ECLÉTICO
É um Festival muito eclético, que tem a preocupação de mostrar todas as tendências e movimentos neste âmbito, da banda desenhada alternativa, à chamada “banda desenhada de autor”, passando pela manga (banda desenhada de inspiração japonesa) ou pela banda desenhada franco-belga.

A PROGRAMAÇÃO PARALELA
Outra característica do Festival é o facto de insistir numa Programação Paralela muito diversificada ao longo dos seus 15 dias de duração: apresentação de projectos, ciclos de cinema, colóquios, concertos, lançamentos, noites temáticas, oficinas e workshops para todas as idades, sessões de autógrafos, etc.

O MERCADO DO LIVRO
Outra vertente importante na Programação Paralela reside na aposta que é feita no Mercado do Livro, onde se encontram representados mais de 70 editores portugueses e estrangeiros e várias lojas especializadas.
O Mercado do Livro tem contribuído para aumentar significativamente a venda de livros de banda desenhada no nosso país, sendo Maio e Junho (altura em que se realiza o Festival) meses em que a venda de livros atinge um dos seus picos em Portugal.

OS NÚCLEOS NO CENTRO HISTÓRICO
Para além do núcleo principal, a Casa da Cultura (onde está instalada a Bedeteca), o Festival estende-se um pouco por todo o centro histórico da cidade, tendo patentes exposições (e também algumas iniciativas) em espaços como a Biblioteca Municipal, o Conservatório Regional do Baixo Alentejo, o Convento de São Francisco, a Galeria do Desassossego, a Galeria dos Escudeiros, o Museu Jorge Vieira - Casa das Artes, o Museu Regional de Beja, o Pax Julia – Teatro Municipal e a Sociedade Capricho Bejense.
Todos estes espaços estão situados a pouca distância uns dos outros, permitindo ao visitante percorrer os vários núcleos com facilidade. Para os visitantes vindos de outras paragens, é também uma ocasião para conhecer a cidade e as suas várias ofertas culturais.

O NÚMERO DE VISITANTES DESDE A PRIMEIRA EDIÇÃ0



DE ONDE VÊM OS VISITANTES DO FESTIVAL?
Nas últimas edições (com excepção da edição de 2012 – atípica em muitos sentidos) o Festival rondou os 7.500 / 8.000 visitantes. Estimamos que cerca de 1.500 a 2.000 venham um pouco de todo o país (Porto, Lisboa, Évora, Faro, etc.).
Os restantes 6.000 / 6.500 visitantes são da cidade, arredores ou concelhos limítrofes.

VISITANTES VINDOS DO ESTRANGEIRO
Todos os anos registamos vários visitantes vindos do estrangeiro, inclusivamente do Brasil, França, Polónia, Estados Unidos, Itália, etc. (propositadamente para o Festival). Embora não sejam muitos em número, marcam uma tendência muito importante. Em relação a Espanha nota-se maior incidência. Chegámos inclusivamente a receber uma camioneta de turismo com visitantes de Sevilha. Mas vêm muitos visitantes da Andaluzia e da Galiza, principalmente.

UMA MAIS-VALIA IMPORTANTE PARA BEJA E PARA A REGIÃO, DO PONTO DE VISTA FINANCEIRO
Do ponto de vista financeiro o Festival revela-se como uma mais-valia muito importante, nomeadamente ao nível da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio. No primeiro fim-de-semana não é raro esgotarem-se a maior parte das instalações hoteleiras da cidade. Alguns visitantes já sentiram necessidade de ir dormir à Vidigueira ou a Serpa, por não encontrarem acomodação na cidade.
A exposição mediática a que o Festival é sujeito na televisão e nos jornais, também potencia enormemente a imagem da cidade e da região em todo o país (e no estrangeiro.) E não é raro alguns dos visitantes voltarem depois do Festival, para apreciarem a cidade com mais calma.
As vendas no Mercado do Livro também se têm revelado muito importantes, nomeadamente para as médias e pequenas editoras. Para dar uma ideia, no ano passado venderam-se mais de 8.500 euros em livros de banda desenhada, em Beja, durante esse período.

ALGUNS COMENTÁRIOS NA IMPRENSA SOBRE O FESTIVAL

“(…) que melhor cartaz de promoção pode ter uma cidade? O festival de Beja é actualmente o melhor festival de banda desenhada em Portugal.”
Nuno Neves, notas bedéfilas

“Aqui a dicotomia Capital / Interior não existe. Se me dissessem que estava a ver algumas destas exposições na Gulbenkian ou no CCB não estranharia. Os meus parabéns à Câmara Municipal de Beja e à equipa que organiza o Festival.”
Afonso Cruz, Reading Comics

“Pergunto se haverá festival igual no mundo? (…) é incrível em todas as suas vertentes”
Nuno Neves, Notas Bedéfilas

“(…) é o melhor Festival existente em Portugal.”
RTP 2, Programa Câmara Clara

“(…) um dos festivais internacionais mais significativos do género da Península Ibérica.”
Jornal Público (suplemento Fugas)

“(…) apelativo e estimulante (…)” Pedro Cleto, Jornal de Notícias

“(…) conseguiu afirmar-se como um dos mais importantes espaços de divulgação e reflexão da nona arte.” João Ramalho Santos, Jornal de Letras

“Uma ambiciosa programação paralela.”
Carlos Pessoa, jornal Público

“Um Festival mágico, que já nos habituou a superar-se todos os anos.” Diogo Campos, The Void

“Mais um excelente festival.”
Nuno Amado, Reading comics

“Qualquer que seja o caminho escolhido, a BD internacional passa obrigatoriamente por Beja.”
Sara Figueiredo Costa, Revista Ler

“O melhor festival de BD português.”
Comunidade Bedéfila

“Na Casa da Cultura tivemos o exemplo perfeito da arte de bem programar.”
Nuno Neves, Notas Bedéfilas

“(…) são projectos desenvolvidos por gente que tem gosto no que faz, animada por um espírito de iniciativa e uma capacidade realizadora invulgares na sociedade portuguesa.” Carlos Pessoa, Jornal Público
“(…) vem demarcar-se como o mais importante festival de bd em Portugal. (…) ultrapassa os binómios litoral/província ou norte/sul (…)”. Chili Com Carne

“(…) temos de o arvorar aqui como paradigma daquilo que se deve esperar, ou não, que seja feito neste campo da banda desenhada em Portugal.” Machado-Dias, Jornal BDjornal
“Quem não foi perdeu todo um conjunto extraordinário de exposições, irrepetíveis, e quem foi trouxe consigo a experiência de viver em directo aquele que é o mais estimulante evento do género do nosso país (…)”. João Maio Pinto, Please Patronize Our Sponsors
“Para além da crítica, tem conquistado o público (…)” Pedro Cleto, Jornal de Notícias

“Como sempre, os elogios não são demais (…)” Sara Figueiredo Costa, Beco das Imagens

COMENTÁRIOS PÚBLICOS

“Sempre que me quiserem cá, basta dizerem-me. Voltarei sempre que quiserem!”
Dave McKean (autor britânico)

“Um dos melhores Festivais onde estive!”
Jean-Claude Mézières (autor francês)

“Adorei estar cá. É um Festival único.”
Hermann (autor belga)

“Mais um dia de festival. Aqui todos respiram BD, mas sem o stress das convenções nos Estados Unidos.”
Fábio Moon (autor brasileiro), no seu facebook.

“Fantástico!”
Rufus Dayglo (autor britânico), no seu facebook.

“Ao nível dos melhores Festivais do Mundo.” Fernando Gonsales (autor brasileiro), na Rádio Voz da Planície


OS PARCEIROS E OS APOIOS

São muitos os parceiros e os apoios que o Festival tem cativado ao longo dos anos. Nos últimos anos tem sido realizado com a parceria da Associação Para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja e do Museu Regional de Beja. E já contou com apoios de instituições tão representativas como o Goethe Institut, o Instituto Cervantes, o Instituto Franco-Português, ou o Instituto Italiano de Cultura, entre muitos outros.
Na internet estabelecemos uma parceria com alguns dos mais importantes blogues especializados a nível nacional (As Leituras do Pedro, BD no Sótão, Central Comics, Divulgando BD, Kuentro, Leituras de BD, notas bedéfilas, Darth MFM, tvL), que levam a informação um pouco a todo o país.

A REPERCUSSÃO NOS MEDIA NO NOSSO PAÍS

O meu sketch do Tony Sandoval
Na televisão
Também é frequente uma enorme repercussão nos media. Todos os canais de televisão anunciam o Festival em nota de rodapé durante vários dias (RTP1, RTP2, SIC, TVI) e ainda vários canais específicos (TVI24, SIC Radical, etc.).
Alguns programas dedicam ao Festival parte da sua grelha com entrevistas ou notícias alargadas sobre o Festival, nomeadamente os programa Câmara Clara (RTP 2), Cartaz Cultural (SIC), Praça da Alegria (RTP 1), Cartaz das Artes (TVI), etc., etc. A SIC Radical chegou inclusivamente a fazer a cobertura do evento durante vários dias.
Alguns Telejornais (RTP 1 e SIC) também já fizeram entrevistas sobre o Festival, dando-lhe um grande realce junto do público.
Já passou também em todas as televisões dos Postos Galp, por todo o país, e nas televisões do Amoreiras, Cascais Shopping, etc…

Nos jornais nacionais
O Festival atravessa todos os grandes orgãos de informação nacionais: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Público, Expresso, revista Visão, Jornal de Letras, etc. No Diário de Notícias, no Jornal de Notícias e no Público já saíram várias páginas dedicadas ao evento. E já foi capa em alguns jornais (Público) e capa de vários suplementos (Jornal de Notícias, Público.)
Ao nível da imprensa nacional especializada, interessa ainda referir o BDJornal, publicação que dá sempre um enorme destaque ao evento.

Nas rádios nacionais
Também é frequente a cobertura nacional através das rádios (Antena 1, Antena 3, Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM). Algumas rádios fazem a divulgação durante vários dias, inclusivamente com entrevistas (Antena 3, Rádio Comercial, Rádio Renascença) ou com directos (Antena 3, Rádio Comercial).

Na imprensa local
Na imprensa local a cobertura também é muito vasta, com notícias frequentes nos jornais. O Festival faz inclusivamente várias capas, a nível local, nomeadamente no Diário do Alentejo. Mas surge também em grande destaque em vários jornais: As Beiras, Barlavento, Correio Alentejo, Diário do Sul, Gazeta das Caldas, A Voz de Ermesinde, etc.
Nas rádios a cobertura costuma ser ainda mais mediática (Rádio Pax, Rádio Singa, Rádio Voz da Planície, etc.), com entrevistas frequentes, comentários, etc.

Na internet
Na internet a cobertura é enorme, sendo transversal a todos os sites especializados e a muitas dezenas de sites generalistas.

REPERCUSSÃO NO ESTRANGEIRO

O Festival de Banda Desenhada de Beja é talvez o evento realizado pela Câmara Municipal com maior repercussão no estrangeiro. Surgem sempre notícias sobre o Festival e sobre os autores presentes um pouco por todo o Mundo, nomeadamente na internet (a divulgação do Festival, através do site, também é feita em inglês.)
Para dar uma ideia da divulgação ao nível da internet, deixamos uma lista de países onde o Festival já foi notícia. Muitas vezes com imagens da própria cidade:

Alemanha
Argentina
Bélgica
Brasil
Canadá
Chile
Croácia
Escócia
Eslovénia
Espanha
Estados Unidos da América
França
Grécia
Inglaterra
Itália
Japão
Luxemburgo
Polónia
Suiça

A imagem do cartaz e da cidade chega efectivamente a todos os cantos do Mundo.

No Brasil, o Festival foi acompanhado em vários blogues e sites (tal como em Portugal), com destaque para o portal quadrinhos.com, que fez a cobertura para todo o Brasil (incluindo rádios, televisões, etc.) O quadrinhos.com enviou inclusivamente uma jornalista do Brasil a Beja para cobrir o evento.

Em 2010 houve inclusivamente uma peça sobre o Festival na televisão brasileira que chegou a vários milhões de espectadores. Na peça fez-se naturalmente a ligação do Festival à cidade e ao seu centro histórico.

Na Galiza aconteceu o mesmo (aquando da realização da exposição colectiva “Desde a Galiza”), o que levou o Ministro da Cultura galego a manifestar o seu agradecimento (escrito) à Câmara Municipal, pela divulgação de Portugal na Galiza e da Galiza em Portugal.
Na imprensa escrita o acompanhamento do Festival também é comum, normalmente em Espanha e em França.

Em Espanha houve também cobertura através da Rádio Galiza, da Rádio Córdova, e da Rádio Cádis, que enviou um jornalista a Beja para cobrir o evento.

AS EDIÇÕES

A edição é essencial para dar a conhecer o trabalho dos autores. Actualmente editam-se 3 publicações: A Venham + 5 (revista de banda desenhada), a Colecção Toupeira (onde se publicam autores emergentes, normalmente de Beja ou da região), e o Splaft!, catálogo do Festival.

VENHAM + 5: O FANZINE DE BANDA DESENHADA MAIS PREMIADO NA HISTÓRIA DA BANDA DESENHADA PORTUGUESA
Uma das preocupações sentidas pela Câmara na organização do Festival, é também a divulgação dos autores locais, através da publicação do fanzine de banda desenhada Venham + 5. Foram já publicados 8 números do fanzine , onde colaboram muitos autores de Beja e da região.
O fanzine já ganhou 9 Prémios Nacionais, e em 2011 o Prémio Melhor Publicação da Década.

SPLAFT! – O CATÁLOGO DO FESTIVAL
Pelo Splaft! já passaram os mais conceituados críticos de banda desenhada portugueses (como Carlos Pessoa, Domingos Isabelinho, João Paulo Cotrim, etc.), publicando artigos sobre os autores e as exposições, ou sobre temáticas mais específicas. E também muitos jornalistas da cidade, leitores, etc. São mais de 70, os autores que já deixaram a sua impressão no Splaft!, fazendo do catálogo um elemento imprescindível para se compreender a banda desenhada no nosso país neste início de século.

UMA ORGANIZAÇÃO QUE ENVOLVE TODA A CIDADE
São cerca de 80 os particulares que todos os anos colaboram na realização do Festival. Através da pintura de painéis, no apoio à divulgação, apoio ao Mercado do Livro, montagem das exposições, etc. Este número é demonstrativo da paixão que muitos destes colaboradores sentem não só pelo Festival, mas essencialmente pela cidade. E uma forma de envolvência que permite englobar a comunidade, partindo de dentro para fora.

UM GRANDE MOVIMENTO À VOLTA DA BD COM BEJA NO CENTRO
O trabalho realizado na Bedeteca ao longo do ano, e em particular durante o Festival, tem motivado um enorme movimento em volta da banda desenhada. São 34, os concelhos onde a Câmara Municipal promoveu exposições, apoio a concursos, ateliês ou conversas sobre a Bedeteca de Beja e sobre a História da Banda Desenhada:

Aljustrel
Almodôvar
Amadora
Barrancos
Beja
Cascais
Castro Verde
Coimbra
Cuba
Elvas
Faial
Faro
Ferreira do Alentejo
Guarda
Lagos
Leiria
Lisboa
Matosinhos
Mértola
Moura
Mourão
Nisa
Odemira
Oeiras
Ourique
Portimão
Porto
Serpa
Silves
Sines
Sintra
Vidigueira
Vila Franca de Xira
Viseu

E também no Brasil (Ceará, Rio Grande do Sul e Paraná), em Espanha (Ourense, Gijón), Itália (Nápoles), na Polónia (Varsóvia) e nos Estados Unidos (Baltimore).


EXPECTATIVAS PARA O FUTURO
São muitas! O Festival tem um enorme potencial para crescer. Desde logo com as escolas da região. E também um enorme potencial para atrair mais visitantes quer da cidade e arredores, quer do resto do país e do estrangeiro, articulando políticas mais incisivas ao nível da divulgação e promoção. É importante articular uma estratégia que permita atingir esses objectivos e fazer do Festival e da cidade uma referência obrigatória a nível europeu. Existem muitas ideias e muitos projectos para discutir…


Penso que é a primeira vez que a organização de Beja faz um apanhado destes, com um marketing mais aguerrido!
E 10 anos é um belo número de edições, sobretudo se considerarmos as dificuldades orçamentais que existiram num passado recente.
A edição deste ano tem início no dia 31 de Maio.


O Leituras de BD apoia o Festival Internacional de BD de Beja

Boas leituras

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