terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Batman: O Longo Halloween



Como é que eu posso explicar isto... É um grande livro, tanto na arte como na história! É a minha opinião...)

"Batman: The Long Halloween", vem depois de "Batman: Year One", e antes de "Batman: Dark Victory" e" Catwoman: When in Rome" . Os eventos destes dois últimos livros acontecem no mesmo espaço de tempo, cronologicamente falando. Para saber mais sobre "When in Rome", é só clicar no link anterior.

Para quem não sabe, o filme deste herói, "The Dark Knight",é baseado nesta série limitada a treze revistas. Este livro segue a tradição de "Batman: Ano Um", o anterior volume desta colecção, ou seja, o "filme negro" continua, mas agora mais negro que nunca.

É apresentada a origem do Two-Faces, o procurador Harvey Dent, e o fim do império "mafioso" de Carmine Falcone. Aliás, o livro começa mesmo por aí, mostrando a luta de Harvey Dent contra o crime organizado. Este, mais o capitão da polícia Jim Gordon e Batman, celebram uma aliança para pôr este "Padrinho" da máfia dentro de uma cela.

No meio das contrariedades inerentes a uma tarefa deste género aparece um novo vilão ou vigilante, Holiday Killer, que começa a abater nos feriados Americanos, membros ou aliados de Carmine Falcone. Este começando a ficar encurralado, contrata uma série de vilões como o Scarecrow, Penguin, Poison Ivy, Riddler, Catwoman, e por arrasto de Two-Faces vem Solomon Grundy! No meio disto tudo o Joker vai fazendo das suas...

A Catwoman, ou Selina Kile, tem um papel muito seu neste livro, que vai culminar em Catwoman: When in Rome .

Achei a história de Jeph Loeb muito boa, quase viciante em muitos momentos! A trama está muito bem escrita e nunca se consegue saber, nem no final, quem é o Holiday Killer! Existem três suspeitos, mas nunca se consegue deslindar se é um deles (e qual), se serão dois deles, ou os três! Gostei mesmo.

Em relação à arte de Tim Sale, esta fica a "matar" neste argumento. As cenas de movimento estão excelentes, consegue criar grande profundidade na expressão facial dos personagens envolvidos, e a cor faz realçar toda a expressão do lápis, embora o traço típico de Sale seja um pouco estranho... mas como alguém já disse: no princípio estranha-se, mas depois entranha-se!






























Para saberem mais sobre esta série da Levoir, cliquem no link em baixo:
Lançamento Levoir / Sol: Batman 75

Boas leituras!

Hardcover
Criado por: Jeph Loeb e Tim Sale
Editado em 2015 pela Levoir

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Blame!



Alucinante. É a palavra que me vem à mente. Alucinante, no bom sentido, adjectivo que me serve para descrever o estado de espírito em que me encontro após ter lido a obra Blame!, por Tsutomu Nihei.


Talvez porque, feita quase de um só fôlego, a leitura, tem a capacidade de nos transportar para uma dimensão paralela à da realidade: a da imaginação, quase onírica, a do autor. Este é um dos livros que andava há muito para ler e que, agora, por intermédio de renovada necessidade pessoal de me esclarecer, o decidi fazer. E não me arrependo. Antes pelo contrário.

É evidente que a temática cyberpunk é um aspecto muito importante do trabalho artístico. Se não o fosse, provavelmente não me teria chamado à atenção como chamou. O tema é importante porque nos direcciona a pesquisa, assim como o gosto. No limite, à obra de arte, o tema nem deveria estar em causa «porque o artista, independentemente de tudo, para ser completo, de forma explícita ou implícita, deve conseguir falar um pouco acerca de tudo, da melhor, mais "bela", maneira possível». Esta é a minha opinião, e como qualquer opinião minha... deixo em aberto a possibilidade de se poder discordar dela.

Ora, o cyberpunk é um subgénero da ficção científica que se caracteriza pelo desenho de sociedades altamente distópicas, em que se debatem as consequências de uma qualquer revolução pós-industrial, seja ela uma revolução em que as fronteiras entre o ser-tecnológico ou o ser-paranormal e o ser-humano se esbatem. Eu posso avançar que o meu interesse no tema vem, nas suas origens, da leitura de autores de ficção científica como Philip K. Dick, pelo que vos remeto para obras como "Do Androids Dream of Electric Sheep?" (inspiração do filme Blade Runner) ou "Ubik".



"Blame!" é uma obra de arquitectura monumental, no sentido literal da asserção. De cortar a respiração. O autor descreve-nos um ambiente agorafóbico, uma cidade inserida dentro de uma estrutura «net sphere» que pode ser vista quase como que alusão a uma «esfera de dyson» mas de contornos bem mais virtuais. Para quem não sabe o que é uma esfera de dyson, passo a explicar: refere-se a um conceito científico segundo o qual, um passo evolutivo natural de qualquer espécie avançada, seria construir uma mega estrutura à volta de uma estrela para que, desse modo, pudesse tirar o máximo proveito da energia disponível no sistema. No caso de "Blame!" não é certo que essa fonte de energia seja o sol, mas isso nem sequer interessa, deixa-se à especulação.

Admito que, numa nota pessoal, como muito acontece com este género de ficção, a manga de teor cyberpunk ou fantástica, me incomode que a acção se minimize (quase e somente) ao verbo «destruir». A obra é extensa, e ao fim de várias destas cenas «de destruição», quase gratuitas, quase que rogo para que se aprofunde a psicologia das personagens; em vão. Elas são: Killy, agente secreto de um sistema anterior ao actual, sistema esse que agora é gerido por contra-medidas «safeguards»; e Cibo uma ex-cientista de uma organização denominada corporação, acompanha Killy na sua demanda, a de procurar um marcador genético «net terminal gene». As outras personagens são, mais ou menos «carne para canhão», à medida que a dupla atravessa o espaço, aqui e ali pontuado por mega-estruturas, onde habitam: seres humanos; trans-humanos; ciborgues; construtores.



Depois, é uma obra totalmente cinemática: o autor oferece-nos uma visão dinâmica «a 360º» da viagem que é do nosso personagem através do labirinto. Sempre com um olhar de admiração ao desenho de um mundo adverso, a da leitura ao imaginário, como se o leitor estivesse a jogar um jogo de computador, a ver um filme ou, na realidade, a movimentar-se como Killy, de um lado para o outro, através de um mundo de extrema beleza, inquietação e maravilhamento.

Alucinante. Deveras.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Maus



Apresento-vos o novo contribuidor do LBD: o Ricardo Rosado.
O seu primeiro artigo é sobre a obra-prima de Art Spiegelman, Maus!


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Maus


Terá sido por volta da mudança de milénio que li pela primeira vez a obra (Maus : a história de um sobrevivente, Art Spiegelman). Maus em Português tem um significado quase que irónico. Em alemão significa rato. Quanto ao livro; o livro, pertença do meu irmão mais velho, em formato chegado ao A5, era uma terceira edição da agora extinta editora, a Difel. Andava eu então na casa dos meus vinte «anos», ele «o meu irmão» era a minha grande referência cultural, referência para o meu gosto artístico, até porque, felizmente, assim o ditava.

A verdade é que a minha intenção nem era esta. Falar da obra, Maus. Quando me propus escrever sobre BD, primeiro pensei: não sou um crítico, mas gosto de trabalhar a minha experiência, aquilo que li, ou o que fiz; depois, conhecendo o blog leituras de BD como conheço «como é que posso contribuir?», quando «tudo acerca do que queria escrever já está escrito»; finalmente, pensei «e o Persepolis da Marjane Satrapi?», daí a descobrir que nem tudo já foi dito... que ao blog, lhe faltava falar acerca do Maus «foi um pequeno salto».

O desenho de capa é o de dois ratos (uma mulher e um homem) agachados, em posição de defesa, encimados por uma suástica que contém um gato. Se, quando estive na Alemanha durante um ano na sequência do meu curso superior, tivesse levado comigo o livro... teria que o esconder. A segunda guerra mundial «não é coisa do passado», em Hamburgo contava-se a história - não era incomum encerrarem uma feira, ou outro qualquer evento semelhante, pelo simples facto de algo se vender e ter o aspecto, nem que vago, do símbolo nazi.

Afinal, o que mais nos chama a atenção, é a forma como o autor distribui um aspecto animal às personagens (os judeus são ratos, os nazis gatos, e os polacos porcos). Fazendo jus à tradição cartoon americana, o próprio autor, Art Spiegelman, utiliza Walt Disney como referência. Em determinadas situações, eu próprio consigo imaginar o Little Nemo, de Winsor McCay, a levantar-se, prancha a prancha, ou capítulo a capítulo, para o horror que foi o holocausto. Os limites entre a realidade e a imaginação são, deveras, inadequados para se descrever o trabalho do artista, aqui, em Maus, pois o seu significado esbate-se na controvérsia: jornalismo; família, vida pessoal.

Depois, sendo este um trabalho em que o próprio autor se relata incapaz de entender «o seu próprio pai», numa história em que se desenha a vida dele «do pai», mais se entende que seja incapaz de realizar o horror que é, ou foi, Auschwitz e o predicado judeu. Mais ainda, e numa nota que consegue ser ainda mais intimista, desenha o suicídio da sua mãe, assim como toda a dor e incompreensão que daí advém, de modo mestre. Assim, resulta uma obra que prima pelo seu carácter pungente. Um trabalho que deve, ou pode, estar no topo da necessidade de enriquecimento de um escritor: seja argumentista; ilustrador; artista, de qualquer idade ou feitio. Aqui, a história transcende a imaginação.
A ler.


Nota (Nuno Amado): A capa apresentada é a minha e não a que o Ricardo fala no texto, que é capa portuguesa. As páginas também são da minha publicação (Complete Maus) por isso estão em inglês.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Lançamento Castor de Papel: Armandinho Zero & Armandinho Um



A editora Castor de Papel está a iniciar a publicação em Portugal de "Armandinho", uma criação do brasileiro Alexandre Beck.

O título Armandinho insere-se no género Cartoon (tiras humurísticas), e diga-se, com bastante sucesso no Brasil.
É uma aposta para Portugal do selo Castor de Papel pertencente à "4 Estações Editora", e deixo-vos com a informação da editora:

Armandinho Zero & Armandinho Um




ALEXANDRE BECK nasceu em Santa Catarina, Brasil em 1972. Com 13 anos recebeu o seu primeiro prémio como desenhista na Bienal Internacional de kanagwa, Japão. Ilustrador das tiras República desde 2000, época em que se iniciou com quadrinhos educativos, produziu mais de 50 revistas educativas na área ambiental com tiragens superiores a 5 milhões de exemplares.

Em 17 de maio de 2010 foi publicada a primeira tirinha Armandinho, um menino de cabelo azul e ainda sem nome, sendo este escolhido mais tarde pelos próprios leitores. É um menino rebelde e refi lão que
enfrenta o pai e a mãe, dos quais só aparecem as pernas.

As tirinhas Armandinho são hoje publicadas em vários jornais brasileiros. Os 4 livros já publicados no Brasil são um imenso sucesso, atraindo um publico juvenil e adulto, com longas fi las de fãs para autógrafos em livrarias do Brasil de Norte a Sul.Este ano O Castor de Papel apresenta o Armandinho Zero e o Armandinho Um, e em Fevereiro de 2015 o Armandinho Dois e o Armandinho Três.

Título: Armandinho Zero
ISBN: 978 -989 -8761 -02 -6
PVP s/ IVA: 9,00 € • PVP c/IVA: 9,54 €

Título: Armandinho Um
ISBN:978 -989 -8761 -03 -3
PVP s/ IVA: 9,00 € • PVP c/IVA: 9,54 €

Edição: Mário de Moura e Ione França
1.ª Edição: outubro de 2014
Aresentação: Brochura
Formato: 21 x 15 cm
Páginas: 96 – PESO: 160 g

Apresentação da editora:

A editora 4 Estações é o mais recente projeto de Mário Mendes de Moura, editor durante 60 anos em Portugal, Espanha e Brasil. Em Portugal é de referir o seu legado na Pergaminho, Arte Plural, Bico de Pena e Vogais & Companhia. Editor que lançou o famoso escritor Paulo Coelho, Mário de Moura editou, até à data, mais de três mil títulos, que venderam para além de quarenta milhões de exemplares.

A 4 Estações preza pela variedade de temas e pretende atingir os diferentes públicos satisfazendo os seus mais variados gostos de leitura. Assim, o catálogo da 4 Estações terá o seu foco nos géneros de ficção, gestão, tiras e desenvolvimento humano, entre outros, bem como uma aposta no livro digital. Até ao momento, a editora já lançou sete títulos para o mercado: Ajude-me a Chorar, um livro de crónicas do autor Carpinejar, Desperte o Milionário que Há em Si, um livro dedicado à gestão de desenvolvimento humano do autor Carlos Wizard Martins, O Mapa da felicidade, um livro de autoajuda da autora Heloísa Capelas, Armandinho Zero e Armandinho Um, os livros de tirinhas de Alexandre Beck e as duas obras do autor DeMoura, O contador de estórias e O escultor de almas.








Boas leituras

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Lançamento Goody: Disney Especial Doubleduck – O Regresso e Hiper-Disney #25



A Goody presenteia-nos neste Natal com o regresso do Doubleduck em edição especial.
Para quem pedia este herói... ora aqui está!
:)
Claro que teremos também o número 25 do Hiper-Disney, ou seja, muitos patos e ratos para esta quadra Natalícia!

HIPER #25

A Hiper #25 vai saciar esse apetite voraz por BD, com o Mickey a dominar a capa e a sentar-se no trono do rei da banda desenhada! E é mesmo o teu rato favorito que vai ser o protagonista da primeira história da edição de dezembro (e envolve de facto realeza)! Mickey e a trama nos bastidores vai trazer de volta a Zenóbia, a rainha de África! O Pateta vai ficar satisfeito e nós também! Mas há alguém que a quer tramar… O Mickey resolve! É justamente por causa dos malandros que existe o Superpato! Mas… Será que ele vai ser tomado como vilão??? Inacreditável! Confere em Superpato volta a atacar! Quem está de regresso é o Indiana Pateta!!! O explorador intrépido vai arriscar-se numa viagem no subsolo, na companhia do Mickey! Indiana Pateta e a viagem ao centro da Terra vai surpreender-te com um mundo que desconhecias! Descobre tudo!!! E para os amantes da grande literatura, temos uma grande história! Não percas a adaptação de O Grande Irmão de George Orwell, em Tio Patinhas e o grande pato, com o Tio Patinhas a fazer as vezes de um personagem um pouco… controlador. Estas e muitas, muitas outras histórias na Hiper #25!

Já sabes, Hiper é BD ao quadrado!

ÍNDICE
07 MICKEY e a trama nos bastidores
40 DONALD e a foto trégua
61 HORÁCIO e o composto fantástico
85 SUPERPATO volta a atacar
149 TIO PATINHAS e a disputa do fundador
175 INDIANA PATETA e a viagem ao centro da Terra
207 GASTÃO e a sorte desaparecida
229 BAFO-DE-ONÇA e o precioso protótipo
237 TIO PATINHAS e o grande pato
279 DO LADO ERRADO

RISADAS DE UMA PÁGINA!!
148 Tudo sobre futebol – O jovem talento



























DISNEY ESPECIAL DOUBLEDUCK – O REGRESSO



O agente secreto mais eficiente (mais ou menos…) de… Patópolis, está de volta para mais uma edição dedicada exclusivamente a ele próprio!!! E desta vez, ele está mais em forma do que nunca! É que esta edição vai ser repleta de desporto!!! Desde os Jogos Olímpicos em Londres, na história Código Olimpo, à fórmula 1 em Pole Position, passando novamente por Londres para a final da Liga dos Campeões em Pontapé de saída, o Doubleduck vai ter muitas missões para cumprir! E já sabes, estas missões vão ser muuuito imprevisíveis…

Não percas a oportunidade de viajar pelo mundo na companhia do pato mais estiloso de sempre! O seu nome é Duck… Doubleduck!!!

ÍNDICE
5 A máquina das nuvens
125 Código Olimpo
235 Pole Position
295 Pontapé de saída
330 Mundo Donald – Solução de emergência






















































Boas leituras

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Comic Con Portugal 2014




1º e antes de qualquer coisa:
Nunca em Portugal se tentou fazer um evento com este formato. Ponto. Não vale a pena comparar com mais nenhum.




Posto isto posso dizer que foi um excelente ensaio/teste para os próximos que já estão marcados (penso que até 2018).
Para mim não começou bem, com problemas para a emissão da pulseira e respectivo código de barras. Apesar de não ter sofrido com filas (fui sempre a horas "boas") tive 45 minutos empancado na entrada a fazer de bola de ping-pong entre a entrada e o guichet de bilhetes.
Depois disto resolvido entrei!

Entrei e descobri imediatamente que algumas coisas para o que fui (Morena Baccarin, Pia Guerra, Vaughan... etc.) não seriam satisfeitas devido ao tamanho descomunal das filas. Sim, num evento de mais de 30 mil pessoas seria muito complicado não haver filas! Assim tive de fazer uma opção. Ou ficava numa fila no Sábado e noutra no Domingo e perdia todo o evento, ou sentia o pulso ao evento e usufruía de todo o resto que este tinha para me oferecer (sem filas). Optei pela 2ª hipótese.
Devido a isso posso fazer um post que abarca todo o evento e não me cingir a olhar para a parte de trás da cabeça dos outros (obrigado Hugo Silva por esta maravilhosa imagem).

Primeiro vou falar da afluência de público. Sempre achei um pouco ilusório que um evento destes em Portugal atingisse a meta a que a organização se propôs: 20.000 visitantes.
Ora parece que este número foi largamente ultrapassado. Parece que afinal os portugueses querem ver de perto as estrelas internacionais de TV e cinema e acorrem em massa, não se importando de ficar horas em filas para puderem entrar num auditório e ficar a poucos metros das celebridades.
As filas gigantescas, e sem paralelo neste país, para os autógrafos com autores de BD fizeram-me ficar de boca aberta. Nunca pensei que fosse possível em Portugal!




Os auditórios estavam constantemente cheios (excepto um, e já lá vou), passando filmes, apresentando artistas e as pessoas andavam num vaivém louco entre tudo isto e a área comercial.
Por falar em área comercial, estava absurdamente cheia no Sábado! E mais, cheia e com as pessoas a comprar de tudo um pouco. Penso que nenhum stand se pode queixar das vendas neste primeiro evento Comic Con Portugal (excepto de uma área, e já lá vou).

A diversidade deste evento contribuiu muito para para que o público olhasse para o que se vai fazendo, e passando pelas várias vertentes da cultura Pop apresentadas pelo festival. Só assim se compreende que vários artistas de ilustração e BD presentes no "Artists Alley" vendessem tantas prints e originais como aconteceu, e sendo certo que o mesmo não acontece em eventos focados apenas em ilustração e BD.

Os prémios da interactividade vão para Star Wars e Walking Dead. As Marchas Imperiais foram muito boas, e as suas personagens sempre a circular e prontas para tirar fotos com toda a gente. O mesmo se passou com os Zombies de Walking Dead, que podiam ser passeados por uma corda durante 15 minutos pelos visitantes que o desejassem mesmo. Sim, o título era enganador: Rent a Walker. Mas era um aluguer de borla, pois não se pagava!

O cosplay esteve muito bem. Havia de tudo, e muitos de grande qualidade. E sempre simpáticos, entretendo o público sobretudo na área comercial.

Escorregando agora para situações mais problemáticas.
A exposição de BD, ao contrário das exposições Lego e estatuetas de super-heróis, estava pobre e mal apresentada. Estava numa zona de passagem rápida, e não "obrigava" à paragem das pessoas. Ao fim e ao cabo os trabalhos expostos na "Artists Alley" acabavam por ter uma exposição bem melhor que aquela que deveria ter sido a principal. Uma exposição destas até pode ficar numa zona de passagem, mas teria de ser de "passagem lenta", e de preferência com expositores colocados a uns a 90º dos outros para "obrigar" ao abrandamento e visualização.




A zona dedicada às crianças era longínqua e relegada "para os fundos", o que fez com que estivesse deserta quase sempre. Não havia lá nada que fizesse as crianças parar, e nada que as prendesse. Poderiam ter colocado um grande castelo Disney, ou Grayskull por exemplo. Os dois ou três stands colocados nesta zona devem ter sido os únicos a ficarem desertos de visitantes neste evento.
Penso que esta é uma situação a rever para a edição do próximo ano. Foi mesmo a parte mais fraca do evento na minha opinião.

Na sua generalidade os voluntários que deambulavam pelo evento eram simpáticos, nada a dizer disso, mas muitos estavam mal preparados para a envergadura do que se passou.



Água.
Num evento deste tamanho tem de haver pontos de dispensa automática de água. Vários. Não apenas um que "avariou" em poucas horas. Mesmo que se se fosse prevenido com uma garrafa de água para o evento esta iria acabar rapidamente devido ao calor de algumas zonas, e ao constante movimento.
E não falo de comida porque sinceramente quem se prepara para uma coisa destas só tem é de se preparar antes com um pequeno "farnel", para o caso de os pontos de alimentação estarem muito cheios, ou de falhar a venda de comida. Isso é óbvio. Agora água não. Água tem de haver e não se pode estar na fila de um ponto de venda de comida durante meia-hora, ou mais, para comprar uma garrafa de água. Um ponto a rever, na minha óptica.




Penso que o tecto dos pavilhões, sobretudo o comercial e o de autógrafos poderia estar muito melhor ocupado e não quase despido em alguns casos. Uma boa ocupação do tecto dá logo outro ar a um pavilhão.

Quanto às guerras e celeumas que se criaram devido a transportes e acessos para mim são completamente estéreis. Não se pode ir de Lisboa para o Porto para assistir a algo que se vai passar dali a 4 horas, e não pensar que não vai haver filas num evento de mais de 30 mil visitantes. E dizer mal do evento por causa das filas... na Disneyland há filas, em todas as Comic-Cons norte-americanas há filas ENORMES. Aqui se não houvesse é que seria estranho.
Quando se vai para um evento destes a 350Km de distância, a logística e programação da viagem têm de ser feitas como deve ser. E sinceramente... a Comic Con não era um evento de BD! Era um evento de cultura Pop! As pessoas que foram na desportiva à espera de uma tertúlia de BD, claro sentiram-se defraudadas...




Existiam duas maneiras de abordar esta Comic Con, ou se escolhia uma celebridade/autógrafos para um dia e não se fazia mais nada (houve milhares de pessoas que fizeram isso), ou então o visitante borrifava-se em tudo o que tivesse fila extensa e deambulava pelo evento todo usufruindo do resto. Essa foi a minha escolha. Quem foi para lá para autógrafos de BD, Morena Baccarin, Natalie Dormer e Paul Blackthorne e ainda visitar tudo e fazer compras... foi a um grande engano. No meio de milhares de pessoas que vão ao mesmo é impossível.

Resumo
Para um primeiro evento foi muito muito bom. Bastantes pequenas coisas a limar e algumas coisas mais importantes a evitar na próxima edição.
EU ADOREI!
:)






Hugo Silva

















































































































































Daniel Maia e Daniel Henriques

Jorge Coelho

Sama

Claudio Castellini


























Manuel Morgado
Ricardo Drumond



























Diogo Carvalho

























































Brian K. Vaughan
Pia Guerra



























Carlos Rocha e Aida Teixeira

Aida Teixeira, Mário Freitas e Carlos Rocha

Aida Teixeira

Mário Freitas e Fernando Dordio

Mário Freitas, Ricardo Venâncio e André Coelho



























































































































































Nuno Amado de pescoço apertado...

E aqui uma foto para a posteridade! LOL :D


Boas leituras
(E para o ano há mais!)

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