sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lançamento Kingpin Books: Inspector Franco - Caos e Ordem (Redux)



O livro Agentes do C.A.O.S. – Nova O.R.D.E.M. tem agora uma versão Redux. Tamanho superior, apresenta apenas os cinzas originais e tem retoques em várias páginas (tanto no desenho como em alguns diálogos). E e merecia uma edição destas sim senhor. Aliás sempre achei que este universo criado por Fernando Dordio dava para um excelente série de policial negro!

Uma história está bem construída, e como eu acho que tudo é uma questão de treino, espero que Fernando Dordio não largue estes seus policiais bem negros, porque se fizer um próximo volume com certeza será ainda melhor. Acho que ele poderá atingir um patamar bem elevado neste tipo de registo! Violento e negro!

Osvaldo Medina esteve como um peixe na água! O seu traço presta-se a este tipo de história, deu grande expressividade às personagens e a montagem/construção das páginas está muito boa!

Esta história traz de novo um Inspector Franco resiliente e implacável! Depois de um grande atentado no Metropolitano de Lisboa um grupo terrorista rapta três detetives para servirem de moeda de troca a determinadas informações secretas. Mas será que isto não é tudo um engodo para algo maior? Será que a nossa Polícia Judiciária andou ao engano?
Franco vai provar que está velho, mas os seus ossos são muito duros e não é qualquer terrorista que os consegue roer…

FRANCO: CAOS E ORDEM


Argumento de Fernando Dordio (com Mário Freitas)
Desenhos de Osvaldo Medina
Pintura de Mário Freitas


 

Franco, um veterano Inspector da PJ, amargo e semi-aposentado, é chamado para uma última missão de alto risco, cujo fracasso poderá representar o desmoronamento dos frágeis alicerces do sistema. Um policial cru e brutal sobre o advento cínico de uma nova ordem e o caos que visa lançar sobre a velha ordem instalada; sobre velhos terroristas com velhos sonhos e novos terroristas com os vícios de sempre; sobre velhos polícias com velhos hábitos e jovens polícias com novas manias; sobre velhos hábitos que não mudam e novos hábitos que teimam em ficar na mesma; no fundo, sobre o velho fado português e canções intemporais que permanecem actuais. CAOS E ORDEM é sobre o novo; mas também é, e será sempre, sobre “O Velho”.

Quatro anos depois da publicação original, “Agentes do CAOS: Nova ORDEM” regressa numa versão Editor’s Cut totalmente restaurada, num formato maior e nos tons cinzas em que foi originalmente pintado, com nova legendagem, diálogos revistos e várias páginas remontadas e redesenhadas. Uma edição ambiciosa que amplifica todo o ritmo e energia do clássico hard-boiled de Fernando Dordio, Osvaldo Medina (Roleta Nipónica, Hawk) e Mário Freitas (Super Pig: Roleta Nipónica; O Impaciente Inglês), sem desvirtuar a sua pureza seminal.





Uma edição KINGPIN BOOKS
ISBN: 978-989-8673-09-1
Cartonado, 19,1x26,8cm.
80 páginas, tons cinza.
PVP (c/IVA): 16,99EUR.






















































De notar que esta é uma 2ª versão do 2º livro da série. O primeiro tem o título "Agentes do C.A.O.S. – A Conspiração Ivanov", e todos eles estão à venda no stand da Kingpin Books neste 25ª Amadora BD.
Um livro de boa BD portuguesa, e já agora, parabéns pela capa. Gostei muito.

Boas leituras

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lançamento Levoir: Universo Marvel Vol.17 - Hulk: Cinzento


Saiu o vol.17 da colecção Universo Marvel editada pela Levoir.
Desta vez a personagem principal é o golias esmeralda, só que em cinzento...
:D

Foi um livro bem aceite pela crítica e que dá um tom (literal) nostálgico ao Hulk.
Deixo-vos com a informação da Levoir e algumas páginas deste livro



HULK: CINZENTO

Antes do mundo saber que Bruce Banner era o Hulk. Antes de Banner ter confessado o seu amor a Betty Ross. Antes do Hulk ser verde... A vida de Bruce Banner foi destruída pela explosão de raios gama que o transformou no Hulk, e neste volume revisitamos a origem do Golias Esmeralda quando ele ainda era cinzento, nos primeiros dias do Universo Marvel, e descobrimos um segredo que mudará para sempre a maneira como olhamos para ele.

Jeph Loeb e Tim Sale são uma das maiores duplas dos comics, e assinaram muitos dos grandes clássicos modernos dos super-heróis.
Hulk: Cinzento faz parte de uma aclamada trilogia de volumes que examinam as origens e primeiros passos de alguns dos mais populares heróis da Marvel (e que inclui também Homem-Aranha: Azul e Demolidor:
Amarelo).































Boas leituras

Lançamento Polvo: Cachalote



Mais uma novidade para este 25º Amadora BD. Trata-se do livro Cachalote de Daniel Galera (argumento) e Rafael Coutinho (desenho).

É mais uma incursão da Polvo em terras brasileiras!

Fiquem com a nota de imprensa, muitas imagens e um trailer:

CACHALOTE
DANIEL GALERA
RAFAEL COUTINHO

O LIVRO
Um astro decadente do cinema chinês incriminado pelo suposto suicídio de um colega, um escultor endurecido pela dedicação à sua arte e um playboy mimado que é expulso de casa procuram encontrar sentido nos acontecimentos drásticos ou misteriosos que abalam o curso de suas vidas. Um vendedor de uma loja de ferragens e uma linda e frágil rapariga tentam não ser destruídos por aquilo que os une, enquanto um escritor deprimido e a sua ex-mulher se mantêm unidos por aquilo que os separou. Cachalote é um mosaico de cinco histórias, que alternam mas não se cruzam, e falam de um único mistério, obviamente sem solução. Nessas narrativas — que
transitam constantemente entre o realista e o fantástico, o dramático e o cómico — tudo é o que parece, mesmo que seja uma baleia emergindo das águas de uma piscina.

OS AUTORES
Daniel Galera nasceu em São Paulo, em 1979, e vive em Porto Alegre.
É escritor e tradutor. Publicou o livro de contos “Dentes guardados” (2001) e os romances “Até o dia em que o cão morreu” (2003), “Mãos de Cavalo” (2006), “Cordilheira” (2009), pelo qual recebeu o prémio “Machado de Assis de Romance” da Fundação Biblioteca Nacional e “Barba ensopada de sangue” (2012), vencedor da categoria de Melhor Livro do Ano no “Prémio São Paulo de Literatura 2013”. Tem livros e contos adaptados para cinema, teatro e banda desenhada. No estrangeiro, encontra-se editado em países como Inglaterra, Estados Unidos, França, Itália, Argentina, Portugal, Roménia e Holanda

Rafael Coutinho nasceu em São Paulo, em 1980. Formado em Artes pela UNESP, tem no currículo inúmeros trabalhos nas áreas de animação, pintura e ilustração. As suas histórias em quadradinhos foram publicadas nas antologias “Bang Bang” (2005), “Irmãos Grimm em Quadrinhos” (2009) e “Muchacha” (2010). Tem ainda editado o álbum “Drink” (2010).

TEASER
Um teaser animado de Cachalote produzido pelo Estúdio Birdo para a edição original do livro poderá ser visionado aqui:





Rafael Coutinho estará presente no 25º Amadora BD, nos próximos dias 01 e 02 de Novembro, no âmbito da exposição central, "Galáxia XXI: o futuro da banda desenhada é agora", onde estão expostas algumas páginas de "Cachalote".

Dia 01 encontra-se agendada, pelas 16H30, a apresentação de "Cachalote", com a presença do autor, da jornalista e crítica Sara Figueiredo Costa (Comissária da exposição central) e do editor da Polvo, Rui Brito [Auditório do Piso 0].



































Sessões de autógrafos com Rafael Coutinho estão previstas para dia 01, das 15 às 16H e das 17 às 18H e para dia 02, das 16 às 19H [Zona de autógrafos, Piso -1].

Uma pena a capa não ser a brasileira, que acho bastante melhor que esta (minha opinião particular, claro...).
Boas leituras

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Lançamento Goody: Comix #100 e Disney BIG #6



E é um grande motivo de orgulho para a Goody a publicação da Comix #100!
Muita força na Disney e que cheguem ao próximo grande número, o #500, e mais além!
:)

Sai também hoje para as bancas provavelmente a melhor publicação da Goody no que respeita à BD Disney: Disney BIG #6.

Fiquem com as notas de imprensada Goody e algumas imagens destas duas publicações:

Comix #100 nas bancas!!!

A revista de banda desenhada que todos querem ler está de parabéns! A Comix chegou à sua 100ª edição e quem vai festejar… És tu!!! Como?! Com muita BD boa, pois claro! Esta edição, especial como é, está repleta de histórias originais e únicas!

É complicado destacar uma história melhor que as outras, mas achamos que, nesta edição, há uma mais… Emblemática! É que além de contar com o Mickey, Donald e Pateta na mesma história, conta ainda com a presença mítica de… Walt Disney e Salvador Dalí!
Surpresa!!!
Uma banda desenhada que vai explorar o episódio em que os dois génios decidiram juntar-se para criar algo único! O resultado só foi revelado há cerca de 11 anos, após 58 anos da sua idealização!!! Mickey e a viagem surreal no destino, de Roberto Gagnor (texto) e Giorgio Cavazzano (desenhos), é absolutamente imperdível!
Mas não é só!

O Mickey vai ter problemas em lidar com… Problemas nas orelhas! E o Donald?! Esse vai ver-se aflito até concluir que a sua fotografia não tem nada de errado! Ou será que tem?! Descobre a solução para os problemas do rato e do pato em Mickey e o dilema parabólico e O verdadeiro rosto de Donald! Estas e muitas, muitas outras histórias imperdíveis na tua Comix de sempre!

Comix #100 é a BD que todos querem ler!

ÍNDICE
04 Amigos animais – O ajudante
05 Mickey e o dilema parabólico
38 Piadas
41 O verdadeiro rosto de Donald
59 Coronel Cintra e a pontualidade difícil
69 Os Metralha em: Procura-se esconderijo
81 Patopolenses vencedores – Gansolino
87 Tio Patinhas e o elmo de gelo
107 Mickey e a viagem surreal no destino
127 É duro ser o Superpato – Incrível
130 Pato Slurp – Uma doce lembrança

JOGOS
86 Cruzadex

























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BIG #6 nas bancas!!!

A Disney BIG #6 chega às bancas numa edição absolutamente monstruosa!!!
Para celebrar o Halloween, temos para ti a melhor seleção de histórias, pelos melhores autores BD Disney de sempre! Para começar… Fantasmas alegres!!! Um capítulo repleto de presenças fantasmagóricas! Mas não tenhas medo, eles são tão trapalhões e divertidos que ainda te vais conseguir rir a valer!
Vê, por exemplo, a história Mickey e o erro corrigido, de Giampiero Ubezio… O que é aparentemente uma história de assombrações, acaba por ser antes uma história divertida repleta de mal-entendidos e revelações! Arriscas-te a entrar neste mundo assustadoramente hilariante?



























A seguir: Espadas e samurais! Os míticos guerreiros do Japão vão marcar presença no 2º capítulo da BIG #6! E se há personagem que nós não associaríamos a um samurai corajoso e destemido, seria o… Donald! Mas aparentemente ele aqui veste uma pele diferente e mostra todas as suas capacidades em Donald na terra do sol nascente, com texto de Ennio Missaglia e desenhos de Valerio Held!

Se calhar estamos a ser um pouco injustos. O nosso pato preferido tem, na verdade, muita Arte e engenho! É esse o título da 3ª parte da Disney BIG #6! E lá, o Donald vai provar que é um super-herói a sério em Superpato e a fantomática Fantomius (texto de Riccardo Pesce e desenhos de Vitale Mangiatordi)! Tudo isto é verdade!!! As histórias que não temos a certeza serem verdade ou não são as do Tio Patinhas… É que algumas aventuras que ele relata são deveras impressionantes! Tio Patinhas e as histórias quase verdadeiras é o capítulo que vai incluir dois desses episódios. Num deles, vais aventurar-te pelo deserto e ficar a conhecer uma nova espécie de camelos com… Três bossas?! Será possível??? Confirma em Os ladrões do deserto e a caravana tribossas, com texto de Rodolfo Cimino e desenhos do Comicup Studio!



























Por último, Um professor, mil ideias! Um capítulo que vai demonstrar todo o brilhantismo do Prof. Ludovico! Numa das histórias, o Professor decide demonstrar toda a sua sapiência e põe à prova a sua teoria de que o azar não existe. O problema é que se depara com o... Donald!!! Estamos a falar de Prof. Ludovico e a inexistência do azar, com argumento de Carlo Gentina e desenhos de Luciano Gatto. Mas que história genial! Estas e muitas, muitas, muuuuitas outras bandas desenhadas na tua BIG.

BIG é a banda desenhada para quem toda a BD é pouca!

ÍNDICE

FANTASMAS ALEGRES
Mickey e o fantasma generoso 7
Tio Patinhas e a velha casa 33
Mickey e os estranhos inquilinos 59
Mickey e o erro corrigido 83
Tio Patinhas e o fantasma do depósito 113
Tio Patinhas e o navio fantasma 143

ESPADAS E SAMURAIS
Mickey e a espada do samurai 179
Mickey e o pequeno samurai 209
Donald na terra do sol nascente 237

ARTE E ENGENHO
Mickey e o enigma pintado 273
Donald e Peninha – Artistas de vanguarda 307
Gan-solino e o torneio das artes comedoras 331
Superpato e a fantomática Fantomius 353

TIO PATINHAS E AS HISTÓRIAS QUASE VERDADEIRAS
Os ladrões do deserto e a caravana tribossas 389
O exílio de Rondina e a paz das tribos 439

UM PROFESSOR, MIL IDEIAS!
Prof. Ludovico e a inexistência do azar 469
Prof. Ludovico e Brigite – O casal perfeito 491

Mais uma vez, os meus parabéns à Goody!
:)

Boas leituras

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Lançamento G.Floy: Saga Vol.1 & Tony Chu (Chew) Vol.1



Conforme já tínhamos falado anteriormente, a G.Floy tinha um plano... e eis que num curto espaço de tempo temos os primeiros volumes de duas séries míticas em português e em capa dura!

E não vale a pena dizer muito sobre o assunto, porque está tudo muito explicadinho mais abaixo! Passamos à notas de imprensa da G.Floy:

Saga Volume 1


SAGA tem sido descrito como muita coisa, um épico de ficção científica cruzada com fantasia, com romance e comédia à mistura, como um encontro entre a Guerra dos Tronos e a Guerra das Estrelas ou Romeu e Julieta no espaço. É também um dos comics independentes de maior sucesso dos últimos anos, e talvez uma das bandas desenhadas mais premiadas de todos os tempos, tendo ganhado praticamente todos os prémios Eisner e Harvey para que foi nomeado nas duas últimas edições. A sua mistura elegante de géneros, aliada a um sentido de crítica social mordaz e uma boa pitada de humor e sexo, complementada pela arte pormenorizada e elegante de Fiona Staples — que atinge um equilíbrio difícil entre o realismo das ilustrações e o lado abstracto das suas sombras, cores e cenários — tornou SAGA num dos fenómenos sem precedentes nos comics americanos, uma saga subversiva para adultos.


Sinopse:
SAGA é a história de dois jovens soldados de lados opostos de um vasto conflito intergaláctico sem fim, que se apaixonam e arriscam tudo para protegerem a vida que criaram e que terá de crescer num universo hostil e perigoso.
Alana e Marko querem apenas poder viver a sua vida em paz com a sua jovem filha Hazel — considerada uma abominação por todas as potências envolvidas na guerra — e, entre serem perseguidos por um príncipe robot com cabeça de TV, assassinos profissionais dos mais diversos planetas e serem assombrados pelos fantasmas de vítimas de batalhas passadas, a sua história irá mudar a galáxia.


Brian K. Vaughan é um dos nomes maiores dos comics americanos, um argumentista com créditos firmados em todas as grandes editoras. Depois de ter escrito para as grandes editoras de super-heróis, DC e Marvel — para títulos tão variados como Batman, Ultimate X-Men ou Captain America - tornou-se conhecido com Runaways, que escreveu para a Marvel e que lhe granjeou enorme reconhecimento crítico (e um Eisner como Melhor Argumentista), e pelas duas séries que criou e escreveu para chancelas da DC e que o tornaram famoso: Y The Last Man e Ex Machina. Vaughan é também argumentista conhecido de televisão, e em particular conhecido pelos argumentos que escreveu para a série Lost, e para Under the Dome, a série baseada num romance de Stephen King, de que também é produtor executivo.
SAGA é a primeira série que escreveu em que manteve total controlo criativo, razão pela qual a lançou na editora Image como série independente. Foi também a série com a qual obteve o seu maior sucesso crítico e comercial.

Fiona Staples é uma artista canadiana que tem trabalhado para diversas editoras de comics americanas, incluindo a Wildstorm e a IDW. Escolhida por Brian Vaughan para ilustrar SAGA devido ao seu estilo original e diferente do esperado, o trabalho de Fiona Staples na série tem-lhe granjeado os maiores elogios. O site Ain’t it Cool News descreveu-o como “glorioso”, enquanto a MTV Geek anunciava que os leitores iriam “certamente apaixonar-se perdidamente pelo seu talento”, e em 2014 recebeu o prestigioso Joe Shuster Award como Artista de banda desenhada.


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Tony Chu Volume 1


CHEW, lançado em Portugal com o título de Tony Chu: Detective Canibal, é uma das mais aclamadas e populares séries actuais. Lançada na Image Comics em 2009, o seu sucesso foi imediato e inesperado, com o número um da série a esgotar quase instantaneamente e a ser reimpresso quatro vezes, tendo sido talvez o comic individual mais popular de sempre na Image. CHEW nasceu da mente do autor John Layman, um argumentista de comics com um percurso complexo e variado. Foi durante algum tempo editor da Wildstorm, uma das chancelas da DC Comics, antes de se tornar argumentista a tempo inteiro em 2002, escrevendo sobretudo para a Marvel (em particular a bem-sucedida série Gambit). Layman tinha um monte de ideias relacionadas com comida, todas meio sobrenaturais, todas elas cómicas de uma ou outra maneira.
E, embora nenhuma delas lhe parecesse suficientemente forte para aguentar uma série por si só, juntas talvez funcionassem.


“A ideia de uma proibição do frango por causa duma gripe das aves era divertida, mas parecia-me que não dava para muito mais que um sketch no Saturday Night Live. A ideia de uma crítica de comida e restaurantes capaz de escrever tão bem sobre comida que os seus leitores são capazes de a saborear, idem.
E a ideia de um detective capaz de receber impressões psíquicas depois de comer carne de algo que tivesse sido morto, e usar isso para resolver crimes, era mesmo meio maluca. Mas todas estas ideias tinham de facto um tema comum – a comida – e acabaram por se juntar numa só história... que assim ficou mais maluca ainda!”.


O resultado foi muito para além do esperado e, em menos de nada, CHEW foi considerada a Melhor Série Independente pelo site IGN (batendo The Walking Dead!), a Melhor Nova Série pela MTV, e as suas duas primeiras colectâneas foram parar ao New York
Times Bestsellers List.

Sinopse:
CHEW é a história de Tony Chu, um detective cibopata. E perguntam: o que é um cibopata? Pois bem, é alguém que consegue receber as últimas impressões psíquicas da vida de um ser vivo quando... o come. Um poder potencialmente muito útil para um detective resolver crimes, mas que requer que ele se torne num... canibal! Passado num mundo em que a carne de frango (e de aves em geral) foi proibida devido a uma epidemia catastrófica de gripe das aves e em que a Food and Drug Administration se tornou na mais poderosa força de autoridade do planeta, esta aventura policial e sobrenatural de humor negro levará os seus heróis a procurar desvendar uma imensa conspiração, enfrentar ameaças extraterrestres, navegar poderes cibopatas, saboescribas, cibolocutores, e muito mais.
Uma divertida série que a MTV considerou em 2009 como a Melhor Nova Série do ano!

Rob Guillory é um artista de comics que iniciou a sua carreira em antologias indie para editoras como a Ape Entertainment e a Image Comics. Foi John Layman quem escolheu especificamente o jovem desenhador, porque queria um estilo divertido e leve, longe do realismo, para ilustrar uma história que tem muitas cenas menos... digeríveis! “Com outro artista, a coisa podia ter sido
demasiado séria, mas o Rob consegue tornar divertidas até as coisas mais nojentas” diz Layman. O estilo misto de Guillory, entre a influência manga e um traço com sabor mais europeu, já lhe valeu várias nomeações para os prémios Harvey e para os Eagle Awards, tendo-lhe merecido o Harvey para Melhor Novo Talento.
CHEW venceu o prémio Eisner para Melhor Nova Série em 2010, e em 2011 o de Melhor Série em Continuação, reconhecendo a qualidade constante da série. Venceu também dois prémios Harvey em 2010 – como Melhor Nova Série, e como Melhor Novo Talento, para Rob Guillory.

Saga e Tony Chu estarão à venda com certeza no AmadoraBD.

Boas leituras em dose dupla

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

25º Amadora BD (VI): Um passeio pelas exposições centrais


Uma das maiores dificuldades em programar uma visita ao AmadoraBD é saber em que fim-de-semana vão estar os nossos artistas preferidos ou o tema que queríamos assistir em conferência. Por vezes, isto significa ir ao festival no fim-de-semana menos apropriado e faltar quando temos mesmo vontade de ir. Mas existe algo que podemos encontrar, praticamente sem mudanças, em qualquer dia do evento: as exposições.

Ao contrário da maioria dos eventos de grandes dimensões dedicados à banda desenhada, o AmadoraBD insiste em manter as exposições como veículo motor do festival (simultaneamente, a organização do AmadoraBD insiste em colocar metade das exposições longe do local central, onde ninguém as vai ver, mas paciência...).

- No andar térreo, a primeira exposição, semi-escondida ao lado esquerdo, dedica-se ao 75º aniversário do Batman. Demasiado pequena e compactada, mas interessante com alguns exemplares de arte de nomes famosos que passaram pelo personagem, incluindo Jim Aparo, Berni Wrightson, Frank Miller, Neal Adams, Gene Colan, Dick Sprang, Joe Staton, David Mazzuchelli, Graham Nolan, Joe Jusko, Jim Lee, Klaus Janson, Ed McGuinness, Scot Eaton, Tim Sale e Norm Breyfogle. Existem também paródias e homenagens de capas famosas, de artistas internacionais como Ty Templeton, Juan Cavia e Patrick McDonnell, mas também de Filipe Andrade, Joana Afonso, Nuno Saraiva, Ricardo Cabral, Ricardo Drumond e Pepe del Rey. O restante da exposição, noutra divisória, centra-se em recriações de fan art, algumas edições antigas e vários tipos de merchandising.

















































































Paulo Costa e os "brinquedos Batman"


- A exposição do 25 anos do AmadoraBD permitem rever algumas peças de arte de todo o mundo que passaram pelo festival desde o seu início, bem como reler alguns livros dos artistas que por lá passaram. A exposição de sketches revela o lado mais humano da interacção com os fãs. Mas este espaço ocupa mais espaço (desmesurado, quando comparado com as outras exposições) com elementos decorativos do que com os itens em exposição, que quase passaram despercebidos.




- Joana Afonso, uma das estrelas em rápida ascensão da BD nacional, tem direito a uma divisória com o seu nome, com pranchas dos álbuns “Ick”, “Love Will Tear Us Aapart Again”, “Se Vale a Pena”, “Corto Maltese no Século XXI”, “Outlaw Territory” e “Living Will”, revelando o desenho expressivo de prolífica artista. Ao lado, numa divisória adjacente, está destaque uma exposição exclusiva de “O Baile”. Ao lado encontrava-se a exposição do seu parceiro em “O Baile”, o escritor Nuno Duarte, com uma exposição em nome próprio, incluindo arte desenhada sob as suas indicações, de albuns como “A Fórmula da Felicidade”, “Paris Morreu”, “Aquele Onze de Setembro” e “Fricções”.
























































- A exposição dedicada à “Mafalda” devia ter lugar de destaque, dada a sua popularidade no nosso país e a sua importância como artefacto cultural à escala mundial. Em vez disso, foi um exposição muito pequena, apenas com meia dúzia de tiras por ano, a representar os anos de 1964 a 1973, mas também explica a cronologia da sua criação e os dados de todas as personagens.

































- “Galáxia XXI” é o nome de uma exposição temática dedicada ao futuro da banda desenhada, fazendo algum esforço para mostrar artistas actuais antes de saltar para a influência das três principais indústrias mundiais e depois para uma série de material que pretende sair do pré-formatado, aproveitando novas formas de distribuição. A última parte dedica-se à influência e importância do cinema e da Internet, mas ignora por completo a melhor forma de usar a Internet para fazer banda desenhada, os webcomics.






- Passando para o (mal iluminado) piso subterrâneo, ao lado do espaço comercial e movendo-nos da direita para a esquerda, começámos a visita pela exposição dedicada ao Surfista Prateado, personagem criado por Jack Kirby. Não há arte do 'Rei', mas existem exemplares de arte de Moebius, John Byrne, Joe Staton, John Buscema, Tom Grindberg, Klaus Janson, Marshall Rogers, Alex Ross e Jorge Coelho, bem como recriações de Paulo Loureiro, Pedro Morais e Ricardo Cabral. Uma escultura de aspecto algo amador (não é fácil fazer um Surfista realista, mas há mínimos olímpicos) domina a divisória.



































- O cartunista Henrique Monteiro, um dos vencedores dos Prémios Nacionais de 2013, teve em exposição uma interessante variedade de tiras humorísticas, muitas deles como arte original, mas também alguns recortes de original.




























- Localizada paralelamente aos vencedores do Concurso Nacional de BD e Cartoon do AmadoraBD, encontra-se a exposição BDLP, que é dedicada ao fanzine luso-angolano do mesmo nome, uma selecção heterogénea de vários artistas portugueses, brasileiros e dos PALOP, incluindo Joana Afonso, Álvaro, Paulo Monteiro, Carlos Rocha e José Ruy, entre outros. Destaque também para arte do brasileiro Fábio Moon e do angolano Tché Gourgel.














- Voltando à zona central, a Kingpin tem duas exposições, na primeira divisória, à entrada, dedicada ao trabalho de Osvaldo Medina, incluindo pranchas de “Hawk”, “CAOS: Nova Ordem”, “A Fórmula da Felicidade” e “Mucha”, incluindo também elementos de referência e um ecrã a passar algum do trabalho de animação do artista. Na divisória seguinte, a exposição é dedicada ao personagem Super Pig, criado por Mário Freitas, com arte dos vários álbuns editados, dos artistas Carlos Pedro, André Pereira e Osvaldo Medina, incluindo não só arte em lápis e finalizada, como também sketches, layouts e argumentos em texto.






























































- Finalmente, o melhor ficou para o fim. A exposição dedicada ao álbum “Jim Curioso”, de Matthias Picard, é possivelmente a melhor e mais original do AmadoraBD, com um ambiente semelhante ao do Aquário Vasco da Gama, mostrando como é criado o universo a três dimensões da obra do artista francês, recentemente editada em língua portuguesa pela Polvo.








Texto: Paulo Costa
Fotos: Nuno Amado


Boas leituras