sexta-feira, 27 de junho de 2014

Lançamento Arcádia: As 7 Cores de Oníris


A Arcádia entra no mundo da BD com uma adaptação em estilo Manga da obra "As 7 Cores de Onirís" de Rita Vilela. A desenhadora foi Mitsu que coloriu em conjunto com Led.
O resultado estará à vista nas livrarias, no inicio de Julho.

Neste post terão uma mini-entrevista a Rita Vilela, a argumentista desta aventura de fantasia, para além de uma pequena sinopse e várias imagens deste livro.
Fiquem com As 7 Cores de Oníris e Rita Vilela:

As 7 Cores de Oníris

Sinopse: No mundo de Oníris, as sete raças humanas criadas pelos deuses foram separadas por cadeias montanhosas. Diz a lenda: se representantes das sete raças se conseguirem entender, ultrapassar montanhas, superar provas… Oníris voltará a ser um só. Seis jovens com cabelos de diferentes cores, unidos pela amizade, partirão à descoberta daquilo que se esconde do outro lado da barreira de pedra… a grande aventura está prestes a começar!

PVP: 14.95€

E agora a prometida mini-entrevista a Rita Vilela:

Olá Rita, podes dar-nos algumas informações sobre o teu percurso como escritora?
Sei que tens formação em psicologia, como vieste parar ao mundo da escrita?

Desde pequena que criei o hábito de exercitar a minha imaginação, de criar enredos… sempre gostei de sonhar através dos livros, através dos filmes, ou só por mim.
Em 2003, decidi começar a escrever pelo prazer de o fazer, sem saber se alguma vez conseguiria publicar. Quando o meu primeiro livro ficou pronto enviei-o para uma editora e dois anos depois recebi o meu primeiro “não”. Enviei-o então para a Oficina do Livro e mês e meio depois estava a receber um “sim”… foi uma sensação maravilhosa saber que a minha história As 7 Cores de Oníris ia ser publicada e partilhada.
Depois, as oportunidades foram surgindo, as portas das editoras foram-se abrindo, apareceram desafios, e hoje são já 27 livros publicados, entre fantasia, juvenis, infantis, biografias de génios do mundo, fábulas e metáforas, novela, ficção, teatro… e há muitos outros projetos e muita vontade de continuar.
Quanto à ligação da psicologia e da escrita, o interesse pelo ser humano está no centro de ambas as atividades; as pessoas são a minha fonte de inspiração; e alguns dos meus livros foram criados para ajudar os leitores a crescer, a resolver problemas, a mudar. O Curso de Coragem para Meninos com Medo por exemplo trabalha as questões do medo e as formas de o gerir; As cenas de K ensina a usar a imaginação para atingir objetivos; a coleção infantil Perguntas à Procura de Resposta trabalha questões relevantes do universo dos mais novos; e os livros de fábulas e metáforas promovem a reflexão à volta de problemas e dificuldades que nos tocam a todos.
Mas, se quiserem conhecer melhor a minha obra o melhor é espreitarem-na aqui: http://rita-vilela.blogspot.pt/

Pela investigação que fiz o teu público-alvo parece ser o infanto-juvenil. Foi por escolha consciente ou por vocação?

Tenho a minha obra distribuída por vários segmentos etários, mas a maioria está classificada no infanto-juvenil, sim.
Tenho tido a sorte de poder escrever com liberdade, de acordo o que gosto, de acordo com o meu imaginário e ter encontrar editoras interessadas em publicar o que escrevi. Acontece que as histórias que criei ao dar asas à imaginação (e que eu pensava destinadas a adolescentes, ou a adultos como eu) foram depois classificadas como juvenis… Parece que afinal tenho um imaginário bastante mais jovem do que a minha idade :)
Mas na realidade não é só isso. Alguém me disse um dia que uma história minha tinha várias camadas, e que diferentes leitores conseguiam retirar dela diferentes mensagens, uns centravam-se na ação e na aventura, outros nas relações entre as pessoas… talvez seja esse o motivo pelo qual livros meus conseguem despertar o interesse de gente nova, mas também de gente que já viveu mais anos.
Mas a obrigatoriedade de classificar os livros (é preciso saber onde os colocar nas prateleiras das
livrarias) força a atribuição de rótulos que são muitas vezes restritivos e enganadores. As obras de fantasia, por exemplo, não se destinam só a jovens; nem as metáforas só a crianças…

Na tua opinião qual o livro que achas mais emblemático do teu trabalho, ou o livro que achas que ficou mais bem conseguido?

Quanto mais tempo dedico ao desenvolvimento de uma história, quanto mais tempo convivo com as suas personagens, mais gosto delas.
Por isso, destacaria Os descendentes de Merlin, uma saga de fantasia-histórica publicada no Clube do Autor, que entrelaça a magia do mago Merlin e episódios da História europeia a portuguesa, obra que terá este ano o seu segundo volume.
Realço também Oníris, uma saga de fantasia-aventura publicada na Oficina do Livro.
Os livros destas duas sagas são os meus favoritos, aqueles em que a minha imaginação foi mais longe, aqueles que considero melhor conseguidos.
Numa dimensão mais pequena, destaco também o livro “Curso de Coragem para Meninos com Medo”, que é o meu primeiro livro publicado fora de Portugal.

Como surgiu Onirís? Queres falar-nos um pouco de como te surgiu a ideia, e já agora falar um pouco do mundo de Onirís?

Há livros que não faço ideia de como surgiram, com Oníris não é assim. A leitura do Senhor dos Anéis despertou-me o gosto por obras de fantasia e comecei a devorar livros neste segmento.
Até que um dia nasceu a ideia de criar o meu próprio mundo de fantasia. As pessoas que conhecia deram-me inspiração para as 7 raças que o foram habitar, e episódios reais e imaginários juntaram-se para originar a trama. E a saga foi crescendo: As 7 Cores de Oníris (2008); Oníris - o Grande Desafio (2009) e Oníris - a Dádiva dos Deuses (2010)


Em 2014 nasce obra a banda desenhada As 7 Cores de Oníris – A Grande Aventura que conta por imagens a história do livro homónimo:
No mundo de Oníris, as sete raças humanas criadas pelos deuses foram separadas por cadeias montanhosas.
Diz a lenda: se representantes das sete raças se conseguirem entender, ultrapassar montanhas, superar provas… Oníris voltará a ser um só.
Seis jovens com cabelos de diferentes cores, unidos pela amizade, partirão à descoberta daquilo que se esconde do outro lado da barreira de pedra… a grande aventura está prestes a começar.

Parece-me que este é o teu primeiro livro de Banda Desenhada. Embora seja uma adaptação de um romance de fantasia teu já publicado, como surgiu esta ideia de o transformar em Banda Desenhada?


Com os livros da saga surgiu o sonho de levar Oníris mais longe, para dinamizar a obra concebi um questionário de personalidade (identifique a sua verdadeira raça em Oníris); criou-se comida para as 7 raças; encontraram-se as 7 maravilhas de Oníris; fizeram-se passatempos… (ver: http://7oniris.blogspot.pt/), mas eu queria mais…
A ideia de contar a história por imagens surgiu nessa altura: avançar para uma banda desenhada ou, em sonhos mais ousados, uma adaptação para cinema.
Foi então que apareceu o João Mascarenhas, autor, formador, dinamizador de banda desenhada e cocriador dos fanzines BDLP (em que também participai com contos meus ilustrados por autores angolanos).
Num evento em que o João e eu participámos, ele ouviu-me falar sobre As 7 Cores de Oníris, e depois de o ler reconheceu-lhe potencial para ser adaptado para BD. E foi pela mão do João Mascarenhas que surgiram as condições para se passar à ação: ele colocou-me em contacto com uma jovem ilustradora, a Mitsu, e com um argumentista igualmente talentoso, o André Oliveira, que nos deu uma ajuda preciosa, embora infelizmente não tenha podido acompanhar o projeto até ao fim... E a banda desenhada começou a passar a ganhar forma.
E hoje, com a obra As 7 Cores de Oníris – A Grande Aventura já publicada, até já se podem ver personagens de Oníris a passear por aí… temos gente muito gira a fazer cosplay sobre a obra.

Os próximos sonhos são agora dar continuidade à banda desenhada (ficou muita história de Oníris por contar) e levá-la para fora de Portugal: editores estrangeiros, procuram-se!

E que achaste do resultado final?

A ilustração ficou muito bonita e expressiva e, embora a imaginação da Mitsu nem sempre coincida com o modo como eu idealizei as personagens ou os cenários, penso que as soluções por ela encontradas funcionam muito bem (melhor do que as minhas) e o contributo da Led também foi precioso. Adorei o resultado final!

Conseguimos criar uma obra mangá inteiramente made in Portugal, com 176 páginas recheadas de ação, distribuídas entre as cores e o preto e branco, e uma qualidade reconhecida por gente que percebe de BD…
Estamos mesmo felizes com o resultado

Queres deixar uma mensagem aos leitores do LBD?

Aos vossos leitores aproveito para desejar boas leituras e que as imagens desta nossa banda desenhada vos possam motivar a sonhar e a seguir os vossos sonhos.


Obrigado Rita

Eu é que agradeço a oportunidade para dar esta entrevista e faço votos dos maiores sucessos para o vosso espaço Leituras de BD.

As imagens colocadas ao longo da entrevista foram sugeridas pela Rita Vilela.
:)
Agora as páginas do livro!

































































































Boas leituras

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