sábado, 27 de novembro de 2010
A Metrópole Feérica: Terra Incógnita Vol.1
Livro editado pela editora Tinta da China e tem como autores José Carlos Fernandes e Luís Henriques. José Carlos Fernandes fala de seis cidades e Luís Henriques mostra-nos graficamente como as imaginou! Algumas só existem na nossa imaginação mesmo, outras sobre as quais se podem tirar comparações para cidades actuais ou do passado, ou seja, não são assim tão inventadas como pode parecer ao leitor menos atento como por exemplo: Manata e Manhattan.
Considero este um excelente exemplo de Banda Desenhada alternativa, com bons textos e com um grafismo, que em algumas pranchas, depois de as absorver bem, eu disse: Uau!
Esta dupla já tinha editado o “Tratado de Umbrografia”, vol.1 de uma série chamada “Black Box Stories”, editada pela Devir, e que tem em comum com esta (para além dos autores) o preço! Puxadito… é certo que o papel e a impressão estão o máximo, é verdade! Espero que este “Terra Incógnita I” tenha novos desenvolvimentos e não fique pelo 1 como o “Black Box Stories”…
Se entendermos feérico como pertencente às fadas, encantador ou esplendoroso os motivos de que esta obra fala, estão longe, muito longe de tal… antes fala das fragilidades humanas em diversos meios e conceitos básicos, usados em várias civilizações ao longo dos tempos ou em exercícios teóricos, da adaptação humana, escritos ou descritos por alguns filósofos!
Por norma é difícil eu ser atraído por este tipo de obras, mas houve alguma coisa que me levou a pegar neste livro e a folheá-lo… a qualidade da edição! Aqui está, como a aposta na qualidade do livro em si, faz com que um inverosímil comprador deste tipo de leitura, pegue no livro, o ache interessante, e acabe por levá-lo para casa para melhor o desfrutar!
Gostei particularmente de “Babel” e de “Khamsin”, mas “Manata” com a sua 9ª prancha (contando como prancha a página que tem o nome da estória), tem o momento gráfico que mais me agradou do livro (o tal do: Uau!).
Já agora, e porque já passaram quase três anos, onde está o 2º volume? Será que vai acontecer o mesmo que a "Black Box Stories" e a "A Pior Banda do Mundo"? Isto começa a ser recorrente...
Esta obra teve direito a uma exposição no 21º Amadora BD e posso garantir que tinha um óptimo ambiente! Todos os pormenores estavam muito enquadrados com a obra, desde a "mobília" à luz.
Assim ficam também umas fotos desta exposição.
Boas Leituras
Softcover
Criado por: JC Fernandes e Luís Henriques
Editado em 2008 pela Tinta-da-China
Nota: 7,5 em 10
Olá Bongop, já tinha opinado sobre este álbum pelo que passo a citar-me:
ResponderEliminar"Porém, não obstante ser um admirador do talento de JCF, não sou grande apreciador deste género de narrativa, preferindo na banda desenhada algo que se traduza num conteúdo mais palpável, sequencial e conclusivo, em que o leitor seja testemunha de um desenrolar e evoluir de uma história concreta, o que não se compadece com o que se assemelha a um conjunto de “contos utópicos” ainda que por vezes bem ilustrados."
Tudo para concluir que tenho dúvidas em classificar este álbum como banda desenhada ainda que alternativa!
Não obstante, a exposição dos desenhos de Luís Henriques no Amadora BD estava muito boa!
Abraço
Verbal
ResponderEliminarTambém não considero este livro um livro de BD na verdadeira acepção da palavra, mas dentro do género gostei!
E a exposição estava bastante boa.
;)
A exposição estava realmente muito boa. Aliás, ao invés de quase tudo o resto, esta edição do Amadora BD teve exposições verdadeiramente muito boas.
ResponderEliminarTambém não sou um apreciador da chamada "BD alternativa", que é um epíteto a que eu tento fugir: BD é BD, seja lá a que público se destina, mesmo que a nenhum! O que começou como "alternativo", por ser diferente do "rebanho", cedo ou tarde corre o risco de se tornar "mainstream" - para mim não contam os "mal-desenhados", isso não é BD, é apenas algo mau, ou de mau gosto. Bons textos podem ser ilustrados por maus desenhadores; perde o texto, e o mau desenho não ganha coisa alguma.
Este álbum demonstra uma qualidade superior no seu todo. O José Carlos Fernandes demonstra, mais uma vez, que é um leitor atento do mundo, e a nós trás dele a sua visão, sempre com um cunho muito próprio que eu admiro sem sempre concordar.
As ilustrações de Luís Henriques são dignas de um pesadelo a sério: daqueles que acordamos lavados de tanto transpirarmos; e isto é um elogio.
Caro BongoP, aproveito esta caixa de comentários a propósito de um pedido seu no meu blogue «Mania dos Quadradinhos» sobre a capa de «Jaguar».
ResponderEliminarEu deixei seguinte resposta no meu blogue, que aqui reproduzo: Caro BongoP, presumo que se refere à colecção Jaguar da Portugal Press. Pretende uma imagem da capa da colectânea ou de algum número em particular? Pode enviar-me uma mensagem para rezendes arroba sapo.pt, para eu lhe enviar uma imagem em boa resolução da capa.
Rezendes
Refem!
ResponderEliminarBem revindo!
LOL
Concordo com o que dizes, sem tirar nem pôr!
;)
Rezendes
Irei mandar-te um mail!
Obrigado!
:)
Depois de ,ler o artigo e de ter visto a exposição(que estava de facto muito boa), confesso que fiquei com a "pulga atrás da orelha". Um abraço.
ResponderEliminar"Esta dupla já tinha editado o “Tratado de Umbrografia”, vol.1 de uma série chamada “Black Box Stories”, editada pela Devir, e que tem em comum com esta (para além dos autores) o preço! Puxadito… é certo que o papel e a impressão estão o máximo, é verdade! Espero que este “Terra Incógnita I” tenha novos desenvolvimentos e não fique pelo 1 como o “Black Box Stories”…
ResponderEliminar"
lolo,Bongo espantoso era a há-de-vir editar os volumes 2 e incrivelmente ainda a consumidores que lhe compram coisas!!!!!!!!!!!!!
João
ResponderEliminarSe viste a exposição ficaste com certeza elucidado sobre a qualidade gráfica da obra, agora os textos... aí tens de arranjar o livro!
:D
Optimus Prime
Acho que pela Devir não haverá mais livros com o JC Fernandes... Penso que se chatearam a sério!
:(
E não foi o unico o Tratado e o Talisma tinham o rotulo de flop bem grande na capa.
ResponderEliminar"JC Fernandes... Penso que se chatearam a sério!"
É bem feito e ele não foi o unico chateado com a ha-de-vir eu conheço alguns ex-clientes que seguem a mesma bitola.