sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Vamos Salvar o Oceano - Let Us Save the Ocean - Sauvons le Milieu Marin - Salvemos El Oceano - Fateci Salvare L'Oceano - Lasst Uns Den Ozean Retten
Estamos em pleno Verão, e esta será uma das boas alturas para divulgar algo relacionado com esta época. Chama-se “Vamos Salvar os Oceanos” e é uma edição de 2009 de 1000 exemplares, da autoria de Luís Peres (Príncipe Ziph), e editado em parceria pela Câmara Municipal de Portimão e o clube subaquático Portisub.
Tudo isto passou muito despercebido, como de resto é apanágio das edições de Câmaras Municipais, apenas me chamando a atenção porque vi traduções em línguas, que não a nossa, desta obra. Infelizmente Portugal é assim!
Esta obra foi desenhada por métodos tradicionais, tinta-da-china, acrílico e aguarela pelo artista português Luís Peres.
O objectivo desta obra era chamar a atenção das faixas etárias mais novas para o perigo em que os oceanos se encontram, e foi distribuído gratuitamente pelo máximo de escolas possíveis.
Uma das linhas mestras desta obra era ser algo simples que pudesse depois ser usado nas próprias aulas, de modo a abordar a temática da conservação das praias e dos
oceanos com as crianças, por isso a ideia era tornar tudo o mais simples possível mas ao mesmo tempo didáctico. Este livro alerta para as consequências da poluição marinha e dos sistemas de pesca desajustados!
Luís Peres é um autor de BD, e ilustração, que passa um pouco ao lado do “nosso” circuito de BD, mas artisticamente não desmerece nada em relação a outros mais badalados, aliás, … bem... nem quero falar disso agora.
Tem um livro com o nome de Príncipe Ziph de quase 200 páginas, traduzida também para inglês, à venda no site Lulu. Utiliza por norma o desenho a tinta-da-china e aguarela.
Este pequeno livro,” Vamos Salvar o Oceano” chamou a atenção de um organismo internacional, o Project Aware Foundation, o que levou a que fosse traduzido para mais seis Línguas. Neste momento em muitas escolas europeias este faz presença na sala de aula, inclusivamente nalgumas escolas francesas estava a ser usado na sua versão original.
Devido ao êxito desta pequena publicação, Luís Peres já está a trabalhar num segundo volume, que em principio irá ser maior, embora a estrutura seja um pouco diferente, ou seja, vai ser um híbrido entre BD, livro para crianças e livro de passatempos, mantendo-se a ideia ecológica e educacional. Está neste momento à procura de patrocinadores para esta segunda aventura! Será que mais uma vez só terá notoriedade lá fora?
É aqui que eu acho que a nossa BD está podre… o nosso Estado patrocina obras de autores duvidosos (sempre os mesmos), o lugar de destaque em eventos são sempre para os mesmos e o nosso povinho apenas lê a TV Guia.
Lá fora é o caminho para quem tem qualidade, querer, e um pouco de sorte também, porque o nosso povo está muito longe destas coisas das artes.
Luís Peres trabalha essencialmente para além das nossas fronteiras.
Mais tarde falarei um pouco mais deste autor quase desconhecido em Portugal!
Boas Leituras
Softcover
Criado por: Luís Peres
Editado em 2009 pela Câmara Municipal de Portimão/Portisub e Project Aware Foundation
Nota: 7,5 em 10
Infelizmente é este o estado da nossa BD.
ResponderEliminarObrigado por apresentares este artista (Luís Peres) que, até agora, era desconhecido para mim.
Um abraço.
Lucaimura
ResponderEliminarMais tarde apresentarei outro trabalho dele, um trabalho bastante maior!
Chama-se "Príncipe Ziph"
;)
Olá Nuno.
ResponderEliminarPois, concordo contigo em relação à podridão no que concerne ao apoio estatal (mais concretamente, camarário) à bd. Mas repara que não é só à bd: é à cultura em geral!
Os nossos políticos não sabem como apoiar (e até rentabilizar) a cultura porque simplesmente são...incultos! Acham que apoiar a cultura é atribuir uns dinheiros a fundo perdido e sempre aos mesmos criadores - e o mais caricato é ver vários desses subsidiados ainda por cima queixarem-se do governo e do apoio que lhes dá (principalmente, quando falamos do teatro e do cinema...).
No que respeita a bd, a ideia de muitos dos que trabalham em orgãos camarários que decidem atribuir uns dinheiritos a uns criadores para fazerem uma bd que conta uma lenda da terra ou para promover outra iniciativa, acham que a bd é só para crianças e qualquer um faz aquilo. Não é minha intenção ofender ninguém, mas a maioria das obras de bd editadas pelas autarquias peca pela falta de qualidade narrativa (e, por vezes, artística). E é por isso que essa obras passam praticamente despercebidas no circuito de bd.
Tem de haver maior critério por parte daqueles que trabalham nas autarquias e decidem atribuir uma verba para a criação de uma obra de bd.
Nuno Lopes
ResponderEliminarNeste caso parece que o dinheiro foi arrancado a ferros da Câmara. Foi alguém da Portisub que teve de pagar a expensas próprias o livro em primeira fase.
Infelizmente, e por dizê-lo publicamente já arranjei alguns "não amigos" de estimação, acho que uma fatia de intervenientes na BD portuguesa recolhe quase todos os pequenos fundos estatais que existem para a BD, e estão entranhados em tudo o que é, ou poderá ser, importante para editar mais um livro pseudo-intelectual de amigos seja com dinheiro do estado, seja com amizades em círculos de publicação.
São sempre os mesmos, basta contabilizar. Até poderiam ser sempre os mesmos, eu não me importava, se realmente fosse para levar a BD à população portuguesa com estórias e desenhos apelativos. Mas não. O português normal e inculto não percebe aqueles desenhos (eu incluo-me).
Sad...
:(
Não acho que sejas inculto uma vez que estás atento à diversidade que se vai fazendo em bd. Incultos são aqueles que pertencem a esses núcleos fechados de pseudo-intelectuais e que acham que a bd (e a arte em geral) tem que ser só para meia-dúzia deles perceber.
ResponderEliminarParece-me que o melhor a fazer por parte das autarquias (embora, devido aos cortes orçamentais nas instituições públicas, o plafond para subsidiar uma obra de bd deixe de estar disponível na maioria das autarquias) seria fazer uma espécie de concurso público: a autarquia anunciaria um concurso público para interessados em fazer uma obra em bd sobre o assunto que eles quereriam divulgar e depois era escolher o melhor projecto tendo em conta a abordagem artística e narrativa do tema. Não é uma solução perfeita e claro que daria mais trabalho, obrigando a ter um júri e a analisar os projectos (além de levantar a questão sobre quem seriam os membros do júri). Mas, quem sabe, se não surgiriam projectos bastante mais interessantes do que aquilo que é feito no geral?
Nuno Lopes
ResponderEliminarLOL
Concordo contigo!
(E também não me considero inculto...)
;D
O problema dos concursos são os júris... e quem é que tu achas que iria fazer parte dos júris?
Esta é a pergunta que vale uma viagem às Seycheles para quem acertar! Eu acho que tinha 80% de probabilidades de acertar num júri de 3 pessoas...
Acho que ia tudo dar no mesmo!
:P
Ou seja, meu caro homónimo, concluímos que, na atribuição da verba para criação de obras de bd (fiquemos pela bd, porque no resto será semelhante) os "dados" são viciados. E que a conversa de que assim apoiam a bd e que permite a divulgação cultural é uma bela treta! :p
ResponderEliminarNuno Lopes
ResponderEliminarClaro que estão! Não estou a falar deste do Luís Peres, porque não foi viciado com certeza, nem com aqueles que o João Amaral fez para algumas Câmaras na zona da Serra da Estrela, porque não foi com certeza viciado.
Mas quando chegamos a Lisboa, ao centro do dinheiro... ó meu amigo... são sempre os mesmos, e para trabalhos inferiores a algumas das Câmaras do interior. Se tiveres oportunidade tens um bom livro de BD de uma Câmara: Salúquia: A Lenda de Moura em Banda Desenhada.
http://bongop-leituras-bd.blogspot.com/2009/12/saluquia-lenda-de-moura-em-banda.html
Apesar de ter muitos dos mesmos autores, acho que é um bom trabalho artístico e camarário!
;)
Obrigado pela sugestão, vou ver se consigo dar uma vista de olhos nesse livro da Lenda de Moura. :)
ResponderEliminarNuno Lopes
ResponderEliminarÉ a mesma história repetida muitas vezes neste livro, mas sempre contada e desenhada por diferentes autores!
Ficou bastante bem!
;)
Ora aí está algo pouco usual! Normalmente, vê-se é uma narrativa construída pelo mesmo autor (escrita e arte).
ResponderEliminarA dar uma vista de olhos, sem dúvida. :)
Nuno Lopes
ResponderEliminarSe me mandares o teu mail eu posso dizer-te como o obter. Não é fácil!
;)
Ora aqui vai o meu endereço de e-mail:
ResponderEliminarcidadaoanonimo2011@gmail.com
Obrigado. :)
Olá Bongop,
ResponderEliminarJá agora diz-me também a mim como conseguiste esse livro...
Abraço!
Nuno Lopes
ResponderEliminarJá enviei mail.
;)
Pedro Cleto
LOL
Porque houve uma alma mui caridosa que me forneceu o mail correcto, da pessoa correcta!
Thanks!
:)
Obrigado. Já vi o e-mail e já respondi. :)
ResponderEliminarNuno Miguel Lopes
ResponderEliminar;)