sábado, 1 de outubro de 2011

22º Amadora BD - Prémios Nacionais de Banda Desenhada


Li no blog do Verbal que já tinham saído os nomeados para PNBD deste ano. Não lhe pedi autorização, mas sei que ele não se importa que copie a nota de imprensa do Amadora BD...
:P
Desta vez, e ao contrário doutros anos, não me vou dar ao trabalho de meter as capas dos livros todos que estão referenciados mais abaixo nos nomeados.

Antes de dar a minha opinião sobre isto, seguem os dados limpos de comentários:
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O júri de nomeação, composto por Nelson Dona (director do Amadora BD), Rui Lacas (autor de BD, vencedor em 2010 do Prémio para Melhor Álbum Português), João Lameiras (especialista bedéfilo), Carlos Gonçalves (coleccionador e amante da 9ª Arte) e Osvaldo de Sousa (comissário da exposição central) decidiram nomear os seguintes álbuns, nas diversas categorias:

Melhor Álbum Português
É de Noite que Faço as Perguntas, de David Soares, André Coelho, Daniel da Silva, João Maio Pinto, Jorge Coelho, Richard Câmara, Edições Saída de Emergência
GNR”, de Nuno Saraiva, Tugaland
Newborn 10 Dias no Kosovo”, de Ricardo Cabral, Edições ASA
O Amor Infinito que te tenho e Outras Histórias”, de Paulo Monteiro, Polvo
Sétima Legião”, de Rui Lacas, Tugaland
UHF”, de Pedro Brito, Tugaland

Melhor Argumento para Álbum Português
António Gomes D'Almeida, “Os Descobrimentos a passo de Cágado”, Bertrand Editora
David Soares, “É de Noite que Faço as Perguntas”, Edições Saída de Emergência
Hugo Jesus, “Trabalhadores do Comércio”, Tugaland
Mário Freitas, “Super Pig: Live Hate”, KingPin Books
Pedro Brito, “UHF”, Tugaland
Victor Mesquita, “Eternus 9: A Cidade dos Espelhos”, Gradiva Publicações

Melhor Desenho para Álbum Português
Alex Gozblau, “Xutos e Pontapés”, Tugaland
Maria João Worm, “Trovante”, Tugaland
Ricardo Cabral, “Newborn 10 Dias no Kosovo”, Edições ASA
Rui Lacas, “A Ermida”, Polvo
Susa Monteiro, “Jorge Palma”, Tugaland
Victor Mesquita, “Eternus 9: A Cidade dos Espelhos”, Gradiva Publicações

Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira
“Agencia de Viajes Leming”, de José Carlos Fernandes, Astiberri (Espanha)
“Forgetless”, de Jorge Coelho (desenho), Image (EUA)
“Onslaught Unleashed”, de Filipe Andrade (desenho), Marvel (EUA)

Melhor Álbum de Autor Estrangeiro
“Armazém Central: Os Homens”, de Loisel, Tripp, Edições ASA
“Blacksad: o Inferno, o Silêncio”, de Diáz Canales, Guarnido, Edições ASA
“ Bórgia Tomo 4: Tudo é Vaidade”, de Manara, Jodorowsky, Edições ASA
“Murena: A Deusa Negra 5”, de Dufau, Delaby, Edições ASA
“Off Road”, de Sean Murphy, KingPin Books
“Spirou e Fantásio 51: A Invasão dos Zorcons”, de Yoann, Vehlmann, Edições ASA

Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
“Dilbert: Atitude Positiva”, de Scott Adams, Edições ASA
“Happy Sex”, de ZEP, Edições ASA
“Manual Zits para Viver com Eles”, de Jerry Scott e Jim Borgman, Gradiva Publicações
“Zits: Não te ponhas com essa cara!”, de Jerry Scott e Jim Borgman, Gradiva Publicações

Melhor Ilustração de Livro Infantil (Autor Português)
Afonso Cruz, “A Contradição Humana”, Editorial Caminho
Ana Afonso, “O Lobo Prateado”, Editorial Caminho
José Miguel Ribeiro, “Periquinho e Periquinha: A Verdadeira História do Doutor Grilo”, Editorial Caminho
Madalena Matoso, “O Livro da Tila”, Editorial Caminho
Raquel Pinheiro, “Arco, Barco, Berço, Verso”, Gradiva Publicações

Melhor Ilustração de Livro Infantil (Autor Estrangeiro)
David McKee, “Elmer e o Tempo”, Editorial Caminho
Helen Oxenbury, “Vai Chegar um Bebé”, Editorial Caminho
Lane Smith, “É um Livro”, Editorial Presença
Lucy Cousins, “Sou o Maior”, Editorial Caminho
Marjorie Priceman, “Paris na Primavera com Picasso”, Gradiva Publicações

Prémio Clássicos da 9ª Arte
“Adèle Blanc-Sec vol 1”, de Tardi, Edições ASA
“Astro Boy nº3”, de Osamu Tezuka, Edições ASA
“Corto Maltese: As Etiópicas”, de Hugo Pratt, Edições ASA
“Gaston 7: Mais Gafes do Lagaffe”, de Franquin, Edições ASA
“Tintin na América” (edição fac-similada), de Hergé, Edições ASA

Fanzine
“Cadernos Moura BD nº8”, Carlos Rico, CM de Moura
“Um Campeão Chamado Joaquim Agostinho, por Fernando Bento”, GICAV, CM Viseu/GICAV
“Venham + 5 nº8”, Paulo Monteiro, CM Beja/Bedeteca de Beja
“Vítor Péon e o Western de Denver Bill a Tomahawk Tom”, Salão de BD de Moura/Jorge Magalhães, CM Moura

A cerimónia de entrega destes Prémios realiza-se no dia 29 de Outubro, pelas 18.30h, no auditório dos Recreios da Amadora.
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É certo que os júris nomeiam quem querem e de acordo com os seus gostos. É assim em qualquer júri.
Mas continua a não se compreender, e os regulamentos permitem, que livros que não sejam oferecidos aos membros do júri "não prestem", ou seja, nunca são nomeados! Assim ficam fora destes prémios ditos Nacionais um monte de livros!
Em contrapartida, livros de qualidade abaixo da média, tanto em texto, como graficamente são nomeados! Ficaram de fora livros bastante melhores que a maior parte dos nomeados, como por exemplo Agentes do C.A.O.S. – Nova O.R.D.E.M., e neste ainda temos a arte de Osvaldo Medina, para além do livro em si! Ficam de fora também livros de Manuel Caldas (assim como ele) e os livros da BD Mania e Vitamina BD.
Mais... não se compreende como livros editados 3 anos atrás marquem presença nos nomeados!
Pior... o Rui Lacas fez parte do júri e está nomeado para 2 prémios! Não estou a pôr em causa a idoneidade do Rui Lacas, com certeza será uma pessoa isenta, mas esta situação de certeza que não dá credibilidade aos prémios...
E já agora quem vota nesta lista de nomeados?
Nunca percebi como isso se fazia. São os amigos? São os profissionais? Sãos os empregados da Câmara? Um leitor tem de se registar? Se sim, onde? Como?
Sim, porque deve haver gente a votar... Penso eu!

Boas Leituras...

16 comentários:

  1. Falta, como as tuas questões indicam, alguma transparência e clareza na elaboração de listas de nomeados...

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  2. Segundo os comentários ao meu comentário no Facebook são mesmo os profissionais que recebem o boletim.

    Eu nunca recebi apesar de estar batidinho desde 2006 nas mesas a dar autógrafos. E de ter recebido fotos directamente do próprio director do festival.

    Alias toda a correspondência da Amadora vai parar a casa dos meus pais.

    Este ano enviaram os boletins mas não enviaram os respectivos envelopes RSF lol

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  3. X
    Sim, seria necessária um reformulação grande nestes prémios para se tornarem NACIONAIS e credíveis.
    ;)

    Hugo
    Desculpa, mas eu acho que não... acho que há gente que vota e que não é profissional.
    Já agora... quantos profissionais de BD é que conheces em Portugal?
    50?
    (Profissional = pessoa que faz de um trabalho a sua profissão e vive dela!)
    :P

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  4. Só profissional de BD?

    Hum neste momento só me vem à cabeça 3 ou 4 pessoas e uma delas não está em Portugal por isso 3.
    Repito a viver SÓ de BD... (tirando a ilustração) :P

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  5. Hugo Teixeira
    A maior parte dos que me vem à cabeça são os editores e os que trabalham à volta dos livros... em Portugal não tou a ver muitos artistas escritores a fazer profissão da BD!
    Portanto...
    50?
    :D

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  6. Com todo o respeito pelos autores, mas ano após ano a treta é a mesma: a pouca credibilidade na selecção das obras. Além do que a divulgação continua a ser deficiente.

    Parece-me que este ano vou "descansar" de ser sempre mais do mesmo e não vou por os pés no festival.

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  7. Miguel Antunes
    Anda lá!
    Nem que seja ao almoço de Sábado! Almoças com o resto dos "malucos da BD" (que até pode ser a melhor parte do Festival).
    :)

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  8. Não sei. Deixa-me passar o beicinho e depois vejo. :P

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  9. Miguel Antunes
    LOL
    Estás de beiça caída???
    Inscreve-te mazé no almoço:
    http://bongop-leituras-bd.blogspot.com/2011/09/porque-eu-gosto-de-conviver-porque-eu.html
    :D

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  10. A questão é mais profunda do que se possa pensar. Está também relacionada com uma gestão camarária que há muito se desresponsabilizou da realização deste festival (mais concretamente desde que o CNBDI foi criado), aparecendo apenas para a fotografia. Está relacionada com uma gestão camarária que, sendo responsável hierárquica do CNBDI, nunca é chamada à sua responsabilidade, quando as coisas correm mal, ficando sempre o problema nas mãos de quem (mal ou bem) põe no ar o principal festival de bd do nosso país. Está relacionada com uma cultura de copy-paste (que extravasa este assunto) impulsionada por certas pessoas (também na Câmara). E sobre isso, eu pessoalmente tenho uma tese, mas este não é o espaço para falar disso. Está relacionada com a falta de âmbição de alguns, em não ver que o festival precisa de mudanças profundas, precisa de regressar às origens e sair do "altar" em que foi posto (com muita justiça, mas que começa a perder essa justiça). Está relacionada com as "guerras" inúteis que se criaram ao longo dos anos com outros agentes da BD, que deveriam ser parceiros e não rivais. Está relacionado com o facto de, sendo o CNBDI um centro nacional, estar sobre a alçada apenas da CM da Amadora, quando podia ser um instrumento de responsabilidades mútuas (poder local e central). Enfim...desabafos.

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  11. João Figueiredo
    Eu tenho pena que o Amadora BD não tenha a capacidade de se renovar ou reinventar de maneira a aparecer sempre fresquinho e com pólos de interesse que levem as pessoas alegremente ao Fórum Luís de Camões.
    Pergunta-me de quem é a culpa... não sei! Não estou lá dentro.
    É claro que para mim há sempre interesse em caminhar para lá, pois eu e os outros "nerds" visionamos a BD de forma diferente, agora levar lá o grosso do possível público... isso é outra conversa!
    ;)

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  12. O júri dos prémios do festival não pode tomar devidamente em conta as edições dos editores que não mandam nada para avaliação. Se o fizesse, seria uma festa, pois nenhum editor mandaria nada e depois não havia livros grátis para ninguém. Ora, o festival não é nenhuma festa, é uma coisa muito séria.
    Não é?

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  13. Manuel Caldas
    Pois, o Festival (na minha opinião) é uma festa muito séria!
    :P
    Porquê?
    Porque deveria ser uma grande festa da BD em Portugal, e séria porque se gasta muito dinheiro.
    Ora se se gasta muito dinheiro para não haver festa algo está errado!
    No caso dos P"N"BD acho que quase tudo está errado! Por isso nunca tiveram a credibilidade que deveriam ter! As pessoas escolhidas para júri deveriam ser pessoas que pela sua ligação à BD já deveriam ter todos os livros mais importantes que se editaram em Portugal, não deveria ser preciso oferecer livros a nenhum deles! Não estou contra que as editoras lhes ofereçam os livros se assim o entenderem, mas as que assim não entenderam também deveriam ser consideradas!
    Cada um faz os prémios como quer ou pode, mas por favor... não lhes chamem "Nacionais" porque estão muito muito longe disso!
    E já nem quero falar dos problemas de livros que para mim são reedições de 2008, livros que ainda não saíram para o público estarem nomeados, ou jurados com obra nomeada.
    Desculpem, mas isto descredibiliza totalmente os P"N"BD.
    :(

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  14. Não descredibiliza nada, não senhor, pois o prémio nunca foi credível. Foi sempre assim: indigno de crédito

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  15. Alfredo Barrio
    Pois... já era tempo de se tornar credível! Já lá vão 22 anos!
    ;)

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