sábado, 10 de dezembro de 2011

O Diário de K.


Comprei este livro por curiosidade no último Amadora BD.
Curiosidade porque era o único representante da BD portuguesa na lista de Paul Gravett dos "1001 Livros de BD que Precisas de Ler Antes de Morrer".
Bem... posso dizer que não preciso.
Não gostei. Ponto.
É tudo o que eu não gosto num livro de BD.
Vou ser muito simples. A adaptação da obra de Raul Brandão "A Morte de um Palhaço" para este "Diário de K." não a considero muito bem conseguida e fica muitas vezes confusa, isto para além de não ser uma obra de que eu goste especialmente.
O registo artístico de Filipe Abranches é feio, confuso e sujo de mais. Há quem goste com certeza, mas digamos que "não é a minha praia" de certeza...
Eu também tenho BD alternativa nas minhas estantes, mas isto é passar muito para além do meu limite. Pronto... podem dizer que eu sou um ignorante e que não percebo a arte apresentada. Não me importo! Mas digo a minha opinião, que será igual à dos muitos leitores de BD quando abrem este livro: susto, medo!
E não tenho medo de dizer o que penso, só porque as individualidades com presença neste livro são de top na BD portuguesa.
Nem sequer falaria deste livro aqui neste blogue, se não tivesse sido escolhido para essa lista de que falei anteriormente. Por norma não digo mal de livros aqui no Leituras de BD, a única razão para referir este livro foi a apontada anteriormente.
Agora eu faço a pergunta...
Aqui em Portugal não existe um livro melhor que este????????
Ou estão metidos ao barulho outros "negócios" que não a BD?
E... xiça! este livro até foi subsidiado através de uma Bolsa de Criação Literária, na categoria BD, pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e pelo Ministério da Cultura. Isto é que me custa! Com tantos talentos que temos, e muitos deles sem trabalho, foi "isto" que subsidiaram????
Como? Porquê? Como é que os autores são escolhidos para estas bolsas?
Não quero ofender ninguém, apenas não gosto do livro, não gostei que este fosse o digno representante da BD portuguesa. Acho que outros artistas, que conseguem fazer "coisas" maravilhosas, deveriam ser informados de como obter estas bolsas, sim, porque tenho quase a certeza que apenas meia dúzia de individualidades sabem que/quando existem estes apoios.
Não vou falar mais sobre isto. As imagens falam por si!

Boas leituras

Softcover
Criado por: Filipe Abranches
Editado em 2001 pela Polvo
Nota : 4 em 10

20 comentários:

  1. 4 ??? exgaerado.

    Querias dizer -4 ?? Essa seria uma pontuação mais justa.

    Tendo em conta esta obra, começo a achar que me posso dedicar ao desenho. ]:-/

    enxofre

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  2. Diabba
    No meu tipo de pontuação, 4 não abona nada o livro (na minha óptica, claro)!
    :\

    Mas podes sempre dedicar-te ao desenho! Já vi algumas coisas bem interessantes desenhadas por ti!
    :)

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  3. Nunca li o livro, não posso opinar em relação à adaptação do conto.

    Mas no que toca aos desenhos eu gosto muito, adoro o estilo sujo que referes :)

    Mas agora mais que nunca tenho de o ler até porque é o único que nos representa no 1001 comics you must read before you die :P

    Abraço

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  4. Loot
    Eu também gosto do estilo "sujo" em muitas BDs. Mas não gostei nesta. Não gostei do encadeamento da estória, de como estão construídos os painéis, enfim do produto como um todo.
    Gostos não se discutem, mas continuo a perguntar, esta é a nossa melhor BD? Pergunto isto para além do meu gosto, que como gosto que é pode ser facilmente refutado.
    ;)

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  5. Loot
    Vou fazer um post mais logo, só para contrapor a este, sobre um fanzine que tem todos estes predicados (alternativo, sujo e feio), mas que acho muito expressivo e não confuso. É um fanzine, e não teve ajudas do Estado Português!
    Até mais logo!
    (Reject_zine #3 is the name)
    :)

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  6. Eu até lhe dava menos para ser sincero...
    Só não gostei da maneira como quase te desculpaste por dizer mal do livro, parecias constrangido por falar mal do livro.

    Quando um trabalho não é bom há que o dizer, senão ainda estavamos todos a ver stick figures XD.

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  7. MR.mime
    Bolas... eu não me desculpei!
    :D
    Não gosto e pronto!
    Seja quem for o autor, conceituado ou não. Tenha sido escolhido como o melhor livro português de sempre em BD, ou não. Subsidiado pelo Estado Português, ou não.
    Agora se há quem goste, eu não tenho nada a ver com isso...
    Se calhar sou a minoria!
    :D

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  8. Pois é Nuno,

    Pelos vistos este livro até "vendeu" e não aparece com muita facilidade.
    Eu adorei o livro (mas também tenho muitos gostos esquisitos).
    Acho a adaptação muito bem conseguida e o desenho genial e por ultimo, acho o Filipe Abranches um dos melhores artistas portugueses na mesma "prateleira" que o Paulo Monteiro, Miguel Rocha, Ricardo Cabral, António Jorge Gonçalves e JCF (para falarmos de autores nacionais).
    O resto das BDS de autores portugueses a meu ver são um grande fiasco que se limitam a fazer "copy and paste" do que se faz lá fora.
    Para mim, estamos muito bem representados no livro do Gravett, pois traduz o que somos como povo.
    Cump.

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  9. Oneiros
    Bem, no Amadora BD havia lá montes deles à venda.
    :)
    Temos opiniões muito diferentes! É por isso que gosto dos teus comentários!
    Não gostei, nem da adaptação, nem da arte. Mesmo! Mas é como tudo, é com certeza uma questão de gosto.
    Gosto do último trabalho do Paulo Monteiro, gosto do Ricardo Cabral, de alguns trabalhos do JCF e do Miguel Rocha! Do Abranches só conheço este, portanto nem sequer posso falar dele generalizando.
    Quanto a eu me rever (pertencendo ao Povo) no livro do Gravett através deste Diário de K., não me revejo!
    :D

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  10. Ola Nuno,
    Eu vendi bastantes deste livro a clientes meus e sugiro e posso assegurar-te que 99,9% a quem vendi adoraram-no. (e ainda foram bastantes pessoas que compraram este livro ou a mim ou por sugestão).
    Logo temos visões literalmente diferentes da Nona Arte.
    Acho que este caso é um caso deveras interessante.
    Continuo a achar que é como o Fado, poucos portugueses gostam mas os estrangeiros enaltecem-no e o povo na sua maioria gosta é de Pimbalhadas, Brazileiradas e Americanices amaricadas.
    É a minha opinião do que vejo no Porto ou em Lisboa.
    Abraço

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  11. Talvez seja como eu encaro o Fado. Gosto muito do género do Alfredo Marceneiro, do Armandinho, do Joaquim Campos, do Fado chamado tradicional. Não tenho pachorra para o Fado das constantes lamechices e estou farto de ouvir cantar a vida como que de uma inexorável fatalidade se tratasse. Agrada-me o Fado de Coimbra (que, dizem os mais entendidos, “não é bem Fado”), sendo eu bruto nos sentimentos até uma lágrima me sacam, mesmo evitando eu a nostalgia tão tradicional nos portugueses. “Lá fora” gostam muito do Fado, mas tirando alguns brasileiros e alguns, muito poucos, estrangeiros mas versados na língua de Camões saberão os outros de que gostam tanto de Fado perceber o que é cantado?

    “Era fado, mas o fado,
    Não é sempre o que se pensa”

    …Cantou o fadista bailarino.

    Eu sou um tipo tradicional e sem um qualquer pingo de sensibilidade. Deve ser isso. Também eu detestei o produto final que deu esta borrada de obra. Mas é como eu escrevo: falta-me sensibilidade e, pior, sou tradicionalista por costume (perdoem-me a figura de estilo). Quando eu nos meus tempos de estudante tinha que analisar poesia, nem me saía mal percebendo as intenções do autor nas suas alegorias, analogias e outras figuras de estilo menos óbvias. Mesmo na prosa, com algum estudo biográfico dos autores, não me era muito difícil perceber porque é que uma dada narração assumia determinadas características, tanto linguísticas como de conteúdo. Umas vezes gostava, outras vezes não gostava, mas lá ia percebendo.

    Mas depois aparecem coisas como esta, que me desafiam quase que completamente. Sou tradicional e falta-me a sensibilidade, insisto.

    Ainda bem que "lá fora" gostaram muito disto, ao ponto de ser uma das 1001 obras de BD (ou comics) que deveríamos ler antes de morrer, segundo o gosto de alguns, talvez doutos sujeitos (e o leque de obras traduzidas para a língua que entendem, bem-visto). Ainda bem que "cá dentro" também muitos gostaram, sem serem doutos, talvez.

    O povo, essa gentalha, é que não sabe o que quer que seja; nem sabem do que deviam gostar!

    Pois eu, com toda a minha falta de sensibilidade, digo, tradicionalmente: bela merda.

    Uma coisa, no entanto, é certa: já a li, embora tendo estado para morrer enquanto o fazia. Espero perdurar para poder ler as obras da lista que me faltam e, não tenho dúvidas, encontrarei outras que me farão desejar estar morto, pelo que assim não as teria de vir a ler.

    PS: A minha falta de sensibilidade não me faz perder o meu tradicional respeito pelas pessoas, concretamente pela pessoa que obrou isto, nem tão-pouco falhar em reconhecer o enorme gosto que tive em ler/ver outras obras por ele elaboradas.

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  12. Refem
    Esta obra não foi escolhida pelo autor da lista, foi escolhida por portugueses para figurar como representante da nossa BD!

    És um insensível!

    :D

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  13. Caro Réfem e Bongop,
    Este caso não é um caso "cliníco":)
    Uma adaptação de "a morte do palhaço" de Raul Brandão.
    As adaptações na sua generalidade são "livres" e talvez tenha sido por isso que esta não fugiu á regra.
    Quanto ao fado na sua essência é tipicamente português e é isso que nos dá a nossa identidade lá fora (seja pelo Alfredo, Amália, Mariza, os fados de Coimbra, Lisboa ou Porto (sendo estes 3 tipos de fado bem diferentes).
    Analisei friamente a questão deste livro como a identidade de um povo revista nesta BD (não tenho qualquer problemas em "identificar-me" com o Fado (apesar de não ser grande fã), mas é pelo o que somos conhecidos lá fora, como são os argentinos pelo Tango, talvez seja por estarmos tão "isolados" geograficamente do mundo (só com espanha como vizinha e o mar) que faz com que o Fado seja a nossa identidade)
    Enfim, somos portugueses e devemos no mínimo "gostar" do que é nosso (e passando ao futebol, DETESTO ver portugueses a aplaudir Messi e a assobiar o Ronaldo como vejo em alguns cafés.. O Ronaldo não é um bem falante? Mas ele só precisa é de saber jogar á bola e é português e quem dera a quase todas as selecções mundiais ter o Ronaldo)
    Depois de tantas "divagações" só tenho a dizer que muito dinheiro foi dado para outras obras de BD (assim como para a cultura em geral no "reinado" de Manuel Maria Carrilho. (umas MUITO boas, outras muito fraquitas, mas também quem é que disse que temos uma INDUSTRIA de BD nacional?)
    Mais a frio:), não sei se foi o Gravett que escolheu esta obra para figurar no livro dele (talvez duvide:)), mas também não haveria muito de GRANDE qualidade para escolher e continuo a pensar que esta BD identificava a nossa identidade e o que se vai fazendo por cá.
    Eu adoro os trabalhos do Filipe Abranches (sempre GOSTEI).. Mas foi mais UM que também teve de se virar para a animação (vejam a sua curta "Pássaros").
    Existe vida ineligente em Saturno para além dos seus anéis.. hehehehehe

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  14. Oneiros
    Não foi o Paul Gravett que escolheu, assim como não escolheu muitas BD de países que não conhece.
    Quando o Ronaldo joga bem bato palmas, quando isso não acontece não aplaudo Messi. O Fado é a nossa música, aquela que nos identifica, mas não gosto da maior parte... não entra em mim, mas quase sempre gosto de ouvir Fado ao vivo.
    Quanto à adaptação do Abranches, já sabes a minha opinião: é oposta à tua!
    :P
    Com "os dinheiros" é que eu fico danado. Apenas porque vai sempre parar aos mesmos, e para mim isto será verdade até alguém me provar o contrário. Inclusivamente já assisti a um procurar de artistas activamente para um livro, do qual só havia o título e este afastava quase toda a gente, porque o livro já estava subsidiado!!! Sem provas, sem sketchs, enfim... fez-me lembrar o célebre filme "Branca de Neve"...
    ;)

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  15. Bongop,
    Quanto ao futebol e fado acho que estamos "conversados":)
    Quanto ao Filipe, idem idem aspas aspas (com os seus méritos ou (de)méritos:))
    Estavamos a "discutir" a identidade do que é ser TUGA:)
    Quanto a dinheiros mal parados (ou bem encaminhados:)) neste país irá sempre existir (basta ver "o homem dos submarinos" ou o nosso "presidente" e o que fez aos dinheiros da CEE enquanto ministro:)), logo isto faz-me muita mais confusão que TUDO o RESTO.
    Enquanto PORTUGUESES, sempre fomos vaidosos, a viver do passado (daí o FADO)...
    Quanto ao excelente JCM com o seu "branca de neve", acho que foi um atestado que ele passou á incompetência do governo em "julgar" a ARTE. Considero o filme mais como um "manifesto" do que uma obra de arte.
    Tenho boa memória (e sou um incondicional do JCM), pois foi este mesmo gajo que para fazer filmes teve que ir para o Estrangeiro sem dinheiro e só depois de ganhar 2 festivais de cinema no estrangeiro é que foi reconhecido em Portugal. Será que não "foi" o poder estabelecido a enviar o JCM assim como outros artistas e trabalhadores das mais diversas áreas para fora do país e depois a aproveitar o seu sucesso "além fronteiras"?
    Existem aqueles que são hipócritas e que dizem balelas de circunstância. "Grato pelo prémio.. blalalala... Fruto da minha carreira lá FORA"...
    Esse optou por um MANIFESTO para abrir um pouco a PESTANA aos portugueses que ainda hoje em dia andam á procura do D.Sebastião:)
    Portugal é um país excelente a todos os níveis, rico culturalmente, belissimo e muito acolhedor e com uma dinâmica criativa fora do vulgar (talvez só comparado a Inglaterra), mas no meu entender gostam de "embrutecer" as massas para nos fazerem crer que Portugal é um país diferente daquele em que vivemos e enquanto portugueses sofremos demasiado a perda de D.Sebastião, o domínio dos "Filipes" em Portugal e também devido ao facto de estarmos isolados (territorialmente) de outros países que talvez pudessem potenciar as nossas inúmeras capacidades.
    Achas normal o principal historiador de Pessoa ser americano ou serem os franceses a descobri-lo? Eu não acho.. Assim como outras coisas ainda mais "esquisitas" que acontecem em Portugal.
    Daí ter dado o exemplo do Futebol... Temos o Ronaldo, temos o Mourinho, o Nani entre muitos outros e o que é que interessa mais? Os estrangeiros (será que é de sermos um povo tão isolado que não reconhecemos os méritos dos nossos?)
    Voltando á BD, é um CAMPO tão pequeno no quotidiano português que ou damos valor (os poucos que somos) ao que é nosso e iniciativas nossas ou ele estagna LITERALMENTE...
    Para mim é mesmo assim, adoro a criatividade dos portugueses enquanto seres individuais...
    Quando funcionamos a nível colectivo, a coisa já se torna bem mais complicada..
    Em todas as áreas temos BONS e MAUS profissionais (mas mesmo nos maus (ou menos bons) há que dar algum crédito antes de o criticarmos e se tiver HISTORIAL vindo de trás,acaba-se o CRÉDITO (seja o "Homem dos submarinos" ou o nosso "Presidente").
    A história faz-se do PASSADO, mas este não tem que estar sempre "envolto" no PRESENTE.
    É assim que penso há quase 38 anos:)
    Dá mais uma oportunidade ao "diário de K" e lê-o com outros olhos e talvez fiques com uma ideia diferente (ou talvez NÃO:))..
    Conheço outros livros que também foram FINANCIADOS pelo estado e que não têm mesmo ponta por onde se lhe pegue:), apesar dos seus méritos e créditos na comunicação SOCIAL.
    (PORRA que EU ando literalmente a escrever TESTAMENTOS:) mas o JCM é mesmo um dos meus idolos de SEMPRE:))

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  16. Oneiros
    Nem sei como vou responder a tanta coisa...
    :P
    Vamos à Tuguice!
    Dou-te razão em quase todas as Tuguices que apontas, pois o problema Tuga impede-nos como povo de progredir naturalmente. Gostamos de dizer mal de nós e achamos que não valemos nada. SEm contrapartida somos vaidosos e gostamos de ostentação. Aliás o problema dos créditos das famílias advém daí mesmo. Gostamos de ostentar para os outros mais do que aquilo que somos.. mas em vez de ser ostentação cultural é apenas ostentação de fachada. Somos os maiores a comprar vestuário de marca, somos possuidores em média nacional de 3 telemóveis por pessoa, a mulher a dias passa férias nas Caraíbas, etc., etc....
    Comprar um livro????? Ópá isso é uma loucura financeira!! É preferível mudar de carro ao fim de 2 anos!
    O nosso Governo padece deste mal desde o século XVI, portanto o desgoverno de contas não é de agora! Os dinheiros são gastos sem norte, e neste caso foi bem feito o "Branca de Neve", foi um estalo e um gozo com certeza, mas o dinheiro acaba sempre por vir dos impostos da malta, e eu não gosto que gastem o meu dinheiro assim.
    E é claro que todas as áreas há bons e maus interpretes. Infelizmente devia-se separar águas, mas como as coisas estão é impossível! Quando os nossos representantes máximos (escolhidos pelo povo) são incompetentes e/ou corruptos tá tudo dito.
    A BD como nicho que é acaba por sofrer com isto tudo, não se conseguindo afirmar porque é muito mais cool comprar uns "tenis" de 200 EUR, do que comprar outros que custem 180 e levar também um livro! A tal fachada!
    Pode ser que esta apelidada crise rebente com a fachada toda (já começou) e as pessoas se virem para o seu crescimento interior.
    Já agora, a criatividade dos portugueses (também conhecida por deserrascanço) é outro dos factores que não nos deixa crescer. Passo a explicar:
    Quando um colega meu me diz que já se desenrrascou, eu pergunto-lhe quem é que ele lixou por se ter safado de uma situação difícil! Porque para mim desenrrasacar é sinónimo de lixar outro tipo com o meu problema.
    O outro aspecto do desenrrasca é que toda a gente se habitua a isso, e nunca aprendemos a trabalhar como deve ser (organizados e estruturados), porque há sempre um tipo que resolve a situação de maneira airosa no final.
    Eu gosto e tenho orgulho em grande parte do passado de Portugal, e tenho orgulho em muitos portugueses que são BONS naquilo que fazem, não precisam de desenrrascar nada. Normalmente emigram...
    O Diário de K. está na minha prateleira dos livros portugueses baixinhos, não o dei nem vendi. Isto chama-se dar uma oportunidade!
    :D

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  17. Bongop,
    1.000 conversas em 10.000 cafés não chegariam para descrever o quão corrupto e degradado está o estado da nossa nação desde os fabulosos "Descobrimentos".
    Mas gostei da tua argumentação e ideias livres.
    Abraço

    P.S: Não te esqueças de reler o "Diário de K"

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  18. Oneiros
    Este assunto dava para fazer testamentos de escrita...
    lol

    Hei-de reler um dia!
    ;)

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  19. Tinta a rodos, aos molhos e aos folhos:) para este assunto..
    Tens de reler:)

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Bongadas