terça-feira, 31 de julho de 2012
Spirou e Fantásio Vol.50: Nas Origens do Z
Álbum polémico para os fãs do Spirou. A ASA tinha saltado este livro devido às reacções negativas dos fãs desta popular personagem, mas este ano o buraco na numeração foi tapado!
Os autores são Jean-David Morvan e Yann nos textos, José-Luis Munuera no desenho e Christian Lerolle na cor.
Esta equipa criativa não resistiu às críticas negativas… digamos que no álbum seguinte, A Invasão dos Zorcons, já não participou!
Este livro pode ser lido de três maneiras. Uma como um livro solto e não fazendo parte de uma série com muita história (o que é complicado), outra como um livro da série Spirou e finalmente como o último livro da série.
Começando pela 3ª hipótese… é impossível este livro ser o término de uma série que ainda tem muito para dar. Ponho de lado esta hipótese.
A 1ª hipótese seria a mais simpática, seria uma espécie de “What If…” e de algum modo não estaria mal se o livro entrasse nesta categoria. Apenas um livro fora de série. Sendo assim seria um livro bastante razoável com uma estória que revisita espaços históricos da cronologia Spirou, com um bom ritmo de acção e um final inesperado.
O problema é mesmo a 2ª hipótese… este livro dentro de uma série é destruidor sem necessidade! Comparo-o ao “Brand New Day/One More Day” do Homem-Aranha, ou seja, tudo o que é passado foi pagado, deixou de existir! O legado de Franquim não existirá mais, e até o trabalho de Tome e Janry seria apagado do passado destes heróis. Estamos a falar de uma série com uma larga aceitação europeia e uma enorme legião de fãs. Pessoalmente não gosto deste tipo de golpe de rins…
O mais assustador é a Dupuis ter embarcado nisto, visto que esta série é um dos títulos nobres desta editora!
Vale a pena falar da arte. Não desgosto do estilo de Munuera, embora ache que não é o melhor registo para Spirou e Fantásio. De qualquer modo as cenas de acção têm bastante ritmo e dinamismo. É talvez o melhor deste livro.
A estória assenta no triângulo amoroso Zorglub, Pacómio e Miss Flanner. Esta é o amor de juventude destes dois cientistas, que competem pelos seus favores!
Esta cientista está doente terminalmente devido a uma experiência que estes três cientistas levaram avante no passado.
Zorglub convence Spirou a viajar no tempo, e este contrariado faz uma viagem por várias épocas da história das suas aventuras até chegar ao tempo preciso da malfada experiência. Aqui tem a ajuda de Fantásio e Spip que entretanto também se lhe juntaram nesta viagem temporal.
Eles modificam o Tempo, modificando no presente tudo o que é certo para os leitores de Spirou. Não vos vou dizer o que foi modificado, o livro está aí! Tenham e transmitam a vossa opinião completando, concordando ou discordando da minha.
A nota que vou dar no final é considerando este livro apenas como um livro fora de série. A minha nota como livro cronológico na série seria 5. Como livro solto fica um pouco melhor!
Boas leituras
Hardcover
Criado por Jean-David Morvan, Yann e José-Luis Munuera
Editado em 2012 pela ASA
Nota: 6,5 em 10
Não é Brand New Day, é One More Day. One More Day é o reboot, Brand New Day foram as histórias do Homem-Aranha que vieram a seguir!
ResponderEliminarE eu avisei!
Hunter
ResponderEliminarPara mim é a mesma coisa, Brand New Day ou One More Day destruiram o MEU Aranha... portanto...
:P
ainda não tive oportunidade de ler no entanto já o comprei. Quanto à arte só posso dizer que após o franquim é das minhas versões preferidas do Spirou.
ResponderEliminarHenrikes
ResponderEliminarEu não desgosto da arte. É dinâmica mas um pouco estilizada demais para uma série com um público tão abrangente como aquele que gosta de Spirou.
;)
Despacharam esta dupla mas a dupla dos «zorcons» não é melhor...
ResponderEliminarOsvaldo
Finalmente editaram o livro "maldito". Ainda hoje não percebi este salto da Asa!! Tudo bem que ele teve um impacto muito negativo na França (um pouco exagerado na minha opinião), mas mais uma razão para editarem este livro no tempo certo... todos queriam saber o porquê de tanta celeuma!
ResponderEliminarEu gostei do trabalho realizado pelo Morvan e pelo Munuera, apesar de não ter o brilhantismo do Franquin ou mesmo do Tome e Janry, mas aceito perfeitamente que muita gente tenha torcido o nariz.
Nuno, dizes que estranhas-te a atitude da Dupuis ao editar este álbum mas devo dizer-te que esta atitude não é inédita. O último álbum da dupla Tome e Janry (A Máquina que Sonha) também teve uma reacção um pouco negativa por parte dos fãs mais conservadores e algumas revistas da especialidade deram uma nota negativa ao livro. Tudo porque fugia ao "espírito do Spirou"... sabe-se lá o que isso quer dizer!! A Dupuis tem de correr estes riscos para revitalizar a série e já agora sempre ganha alguma publicidade com a controvérsia ;).
Uma coisa te garanto... este livro vai de certeza para a minha estante.
Um abraço.
Osvaldo, eu diria que a dupla dos Zorcons era bem melhor quando trabalhava fora da rigidez dos cânones do Spirou. Quando fizerem o "fora de série" Os Gigantes Petrificados, o Yoann e o Vehlmann criaram uma bela história, com um Spirou estilizado, moderno e edgy que, pessoalmente, adorei. Por alguma razões esses fora de série têm sido os melhores álbuns do Spirou dos últimos anos: os autores trabalham no seu estilo e nas suas ideias, em vez de passarem a vida a reciclar o Zorglub, o Champignac e afins.
ResponderEliminarOsvaldo
ResponderEliminarPelo menos os autores dos "Zorcons" não fizeram um reboot!
LOL
:D
Lucaimura
A Máquina que Sonha é um excelente livro. Diferente e mais para adultos é certo, mas não colide com livros passados, nem futuros. Ou seja, goste-se ou não, a cronologia não é beliscada com esse livro. Neste... bem, se não o tivessem ignorado o Spirou tinha acabado aqui! Este é um livro de finalização, pelo menos é a minha opinião!
;)
Mário Freitas
ResponderEliminarTambém gostei dos Gigantes Petreficados, e não desgostei do último, o tal dos "Zorcons", mas não há dúvida que se deve dar largas (dentro de alguns limites) aos artistas neste tipo de séries para não ficarem monótonas. Neste nº50 acho que deram liberdade demais...
:P
Gostei da arte, já a história pelo que fala é mesmo uma decepção dentro de uma série.
ResponderEliminarGuy Santos
ResponderEliminarÉ apenas a minha opinião, espero que haja pessoal a discordar!
LOL
:D
Eu nem considero isto um reboot. Um reboot é alguém dizer 'bem, vamos contar isto outra vez mas de uma forma mais moderna' ou algo assim. O que fizeram aqui, assim como no aranha e também como no ultimo filme do Star Trek, foi uma história que apaga da linha temporal da série tudo aquilo porque os personagens passaram :S
ResponderEliminarNão sou especial fã do Aranha, do Star Trek ou do Spirou, mas se fosse, tenho a certeza que subia paredes.
Para mim nem sequer se põe o caso de ser uma história fraca ou não. É pior, é uma história de mau gosto :S
Para quem acompanha o spirou desde os 8 anos de idade, este livro nao devia ter sido lançado pela dupuis. Após leitura atenta, com ressalva a arte, senti que quase 30 amos de aventuras foram uma mentira lol
ResponderEliminarAinda assim, gosto de o ter em português (obrigado asa) e considero-o como Hors serie.
Luis Sanches
ResponderEliminarPoderia ser um reboot, ou seja, vamos limpar tudo e agora fazer de maneira diferente!
:D
Mas tem algumas falhas graves ao nível da estória, e nem sequer estou a falar da limpeza do que está para trás. Estou a falar da estória em si.
;)
Diogosr1
Sim, também o considero particularmente como um livro fora da série. É a única maneira de entender este livro...
:P
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarNão conheço a série, mas gostei muito da arte.
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminarInfelizmente faz parte das regras deste blogue, devido a problemas antigos, que quem comenta assine o seu comentário como está descrito em:
http://bongop-leituras-bd.blogspot.pt/p/regras-de-comentarios.html#axzz21T3z3MSC
Assim, e apesar do seu comentário não ter maldade nenhuma sou obrigado a apagar. Espero que não se se sinta insultado, mas tenho de cumprir as regras para não haver mais problemas.
:(
Em princípio os outros álbuns Thorgal iniciaram a sua saída para o ano!
;)
João Roberto
É uma das séries com mais fãs na europa. Mas o Brasil é avesso aos livros europeus...
;)
Li hoje..... realmente..... não sei o que dizer :(
ResponderEliminarHenrikes
ResponderEliminarLOL
:D
Caramba, deu treta nessa edição???? Hmmmm, será que vale a pena?
ResponderEliminarConfesso que sorri (de forma cínica, vá) ao ver o Spirou "George Clooney"...
ResponderEliminarMário Freitas
ResponderEliminarA melhor cena do livro é mesmo o Spip com "a moca", completamente "gazeado"! Fez-me sorrir aqui sim!
:)
Eu li e tipo achei a historia bem escrita e tal e bem desenhada e não fiquei chocado com o "polémico" final que na realidade só serve para abrir novos portas a serie pena que já as cortaram,e não o 51 não é muito melhor.
ResponderEliminarOptimus
ResponderEliminarComo estória fora de série achei-a muito mediana.
Como álbum de série... só se fosse para acabar, pois dali muito dificilmente sairiam airosamente...
:P