sábado, 21 de junho de 2014
Thanos Imperative
O LBD esteve em velocidade lenta neste primeiro semestre de 2014, para um descanso que eu precisava. Acho que neste momento estou em condições de levar este blogue ao patamar que eu e vocês gostam. Tenho algumas matérias em vista, algumas entrevistas já agendadas e claro, continuarei a tratar de informar sobre lançamentos de material novo.
Vou iniciar este segundo semestre dentro de um universo que muitos fãs Marvel não conhecem bem, e como vem aí o filme Guardians of the Galaxy nada melhor que fazer a ponte entre a enorme e extraordinária run de Dan Abnet e Andy Lanning, com a entrada deste grupo cósmico no “Bendisverso”…
A determinada altura vou fazer spoilers porque o objectivo deste post é preparar um pouco os leitores para o livro que inicia a nova vida dos Guardiões da Galáxia, e por conseguinte, para o filme que aí vem.
Esta maravilhosa aventura cósmica de Abnet e Lanning iniciou-se em 2006 com Annihilation. Esta saga foi ofuscada na altura pelo evento Civil War, e a maior parte dos leitores Marvel nem reparou que algo muito melhor estava a ser desenvolvido pelos acima referidos Abnet & Lanning! Como sou fã de aventuras cósmicas (quando bem feitas…), Annihilation não me passou despercebida. A sequência de livros é a seguinte:
Annihilation (três volumes), Annihilation: Conquest (dois volumes), War of Kings, Realm of Kings e Thanos Imperative. Existiram duas séries paralelas a estas publicações: Guardians of the Galaxy (quatro volumes) e Nova (seis volumes).
Thanos Imperative fecha o ciclo de Dan Abnet e Andy Lanning nas aventuras cósmicas da Marvel (infelizmente). Esta dupla fez-me vibrar durante esta enorme saga, e Thanos Imperative teve aquilo que falta a muitas sagas: um bom final.
Thanos Imperative ainda serviu para apresentar um novo grupo, que deveria substituir os Guardians of the Galaxy, os Annihilators. Mas garantidamente este grupo nunca poderia ir muito mais para a frente porque mexia com muitos personagens de cariz muito individual: Silver Surfer, Gladiator, Quasar, Beta Ray Bill, Ronan the Accuser, Cosmo e um Spaceknight (Ikon). Aliás, penso que foi mesmo a última coisa que fizeram para a Marvel.
Voltando a Thanos Imperative.
A equipa dos Guardians of the Galaxy ainda está praticamente completa, com a excepção de Adam Warlock, que faz presença neste livro com a sua versão negra (Magus), Nova, os Kree, os S´hiar e Blastarr soberano da Zona Negativa, tentam por todos os meios fechar a fenda para o Cancerverse.
Este universo tem aliados do nosso lado, Magus e a sua Igreja da Verdade Universal! E são estes que alargam a fenda, deixando passar sere inomináveis dignos (e baseados) do universo de HP Lovecraft: Ctulhu!
Mas quem manda nesse universo cancerígeno? Áh… pois é… O nosso amigo Quasar deste Cancerverse não morreu e os Avengers chamam-se Revengers! Eles são os inimigos!
E poderosos, pois não morrem.
E o evento que transformou esse universo foi a morte de Mar-Vell não ter ocorrido, devido a rito negro em que a morte foi erradicada. Como não existe morte este universo chegou a um ponto em que tinha de expandir para outro lado qualquer.
Assim a conquista do nosso universo tornou-se primordial para estes “super-heróis”.
Mas Star-Lord tem sempre um plano (tem sempre um plano)… e o plano é mesmo usar Thanos neste Cancerverse, visto que o Titã louco é o avatar da morte! Assim os Guardiões da Galáxia e Thanos penetram no Cancerverse!
Do lado de cá a batalha torna-se gigantesca, épica mesmo! Nunca na história da Marvel se juntaram tantos super-seres cósmicos em batalha. Sim, os Celestiais, a Worldmind, Galactus, todos combatem pela sobrevivência numa batalha épica contra os seres do Cancerverse! Bem talvez em Infinity Gauntlet, mas acho que nunca com esta violência! É batalha aberta mesmo!
Dentro do Cancerverse os Guardiões encontram uma dificuldade dentro do próprio grupo: Drax, the Destroyer!
Pois… Thanos é o avatar da morte, mas Drax é o avatar da vida! E Drax quer destruir Thanos, e tenta-o! Só que Thanos sobrevive ao ataque mortal de Drax, visto que sem Morte, Thanos não morre e ao contrário as coisas já não são da mesma maneira. Thanos destrói Drax… e isso é o sinal para os super-heróis do Cancerverse abandonarem a batalha do lado do nosso universo e voltarem para eliminar os nossos heróis. Estes têm aliados dentro do Cancerverse, e quem são eles? Bem, são os heróis sem vida, ou seja Visão, Jocasta e todos os outros andróides.
No final, no final Thanos engana os heróis do Cancerverse, e mais no final os Guardiões enganam Thanos!
Final maravilhoso com um excelente epílogo. Star-Lord e Nova sacrificam-se para que Thanos não consiga abandonar o Cancerverse antes deste implodir. E têm direito a uma estátua pelo seu sacrifício.
Um plot muito bom, sem dúvida!
Vou deixar uma nota para o desenho de Miguel Sepulveda, que sem ser assombroso cumpriu com o que se esperava, mas considero que a cor estragou o seu trabalho. Cores muito saturadas e escuras demais. Fraco aqui, na minha opinião.
Aflorei um pouco a discussão sobre este grupo no penúltimo post que fiz:
Guardians of the Galaxy: The Movie
Continuamos esta conversa no próximo post sobre o assunto - Guardiões da Galáxia: Vingadores Cósmicos.
Boas leituras
TPB
Criado por: Dan Abnet, Andy Lanning, Miguel Sepulveda
Editado em 2010 pela Marvel
Nota: 9 em10
Bom regresso, e ainda por cima ao abordares uma das minhas séries favoritas de sci-fi dos últimos anos: Annihilation!
ResponderEliminarApesar de ser um dos últimos capítulos deste mega-evento, que termina nos Annihilators e antes do Bendis e a Marvel aproveitarem a balanço do filme de Avengers e de Thanos que aparece no final, não deixa de ser das melhores coisas que a Marvel fez em termos de aventuras cósmicas. Tudo o que os Guardians of the Galaxy, o Nova, o Starlord, e outros, são agora, devem-no a estes mega-eventos.
Abnett e Lanning têm um grande mérito nas séries que mencionas, mas o grande obreiro, e o percursor de Annihilation, e das séries posteriores, foi o Keith Giffen. Foi ele que arquitectou a primeira série de Annihilation. E tudo isto começou, não com o Nova ou com os Guardians, mas com uma mini-série do Drax, escrita por ele. Com o sucesso razoável da crítica, a Marvel deu luz verde ao prólogo de Annihilation e à mini série escrita pelo Giffen, assim como todas as outras mini-séries: Nova (escrita pelo Abnett e Lanning), Silver Surfer, Ronan, Super-skrull.
Giffen ainda lança as sementes em Annihilation Conquest (com a mini do Starlord, onde redefine o personagem), mas aparentemente regressou à DC. Abnett e Lanning pegaram no leme, a partir daí, com a mini-série central da saga, e com o título mensal de Nova. Mais tarde nasce a mensal de Guardians of the Galaxy, escrita pelos mesmos, onde é praticamente definido tudo o que neste momento se lê (e com muito melhor qualidade!) Nessa altura ainda faziam parte da equipa o Jack Flag, o Cosmo (the space dog que pilotava a nave Knowhere), e o Bug... personagens que desapareceram sem deixar rasto, e sem explicação, desde que o Bendis pegou na equipa.
Uma última nota para a dupla responsável pelo renascer de Guardians... Abnett e Lanning separam-se no último ano, aparentemente em conflito criativo. E assim acontece...tal como qualquer esperança de a dupla voltar a um dia a escrever Nova, Guardias ou qualquer série cósmica da Marvel.
Dinis
ResponderEliminarTudo o que dizes é verdade, mas ficaste curto no que disseste sobre o aproveitamento do Bendis... Não foi só o Jack Flag, Cosmo e Bug. Os outros componentes também foram obliterados pela sanha do Bendis em títulos "blockbuster" ou de sucesso, como a excelente personagem Mantis!
Quanto aos problemas entre Abnet e Lanning, bem... problemas de namorados! (É uma visão muito pessoal e livre minha...)
:D
Ok, talvez tenha ficado curto sobre a questão do Bendis! :-)
ResponderEliminarJá agora, o que aconteceu ao Richard Rider, o Nova original? Não foi o Bendis que lhe fez o tratamento do costume, mas foi o Jeph Loeb, com o consentimento da Marvel! Foi ele o verdadeiro herói da primeira vaga de Annihilation.
Dinis
ResponderEliminarAinda nem explicaram como o Star-Lord e o Thanos escaparam de um universo que implodiu!
:D
Mas se esses dois escaparam, não percebo porque o Richard Rider ainda não reapareceu também...
De qualquer modo, aquela bosta de Nova maquilhado (Sam Alexander) que o Jeph Loeb criou foi inserido no já famoso "Bendisverso". Não se faz nada neste momento na Marvel que não passe pela mãozinha do careca...
:P
lembro me de ler sinopse desta saga e fiquei mesmo mt curioso gostava imenso que fosse publicado em portugues :)
ResponderEliminarAlex Milhazes
ResponderEliminarGostaria muito também... mas para isso teriam de publicar desde Annihilation até Thanos Imperative.
Se assim não for a maior parte dos leitores não ia perceber nada do que se passava!
;)
(Não me importava nada que a Levoir publicasse Annihilation em 3 volumes, apesar de já ter no original...)
:D
não posso ler o texto, nao posso, não posso, nem este nem o anterior..
ResponderEliminarja tenho muito por ler e muito onde gastar o €€..
damm you Nuno :D
já agora o tpb de guardiões que saiu em maio vale a pena?
Musicslave
ResponderEliminarLOOL
Desculpa, mas quem gosta deste género TEM DE POSSUIR ANNIHILATION!
:D
E a seguir não resiste e compra os outros... lol
:P
Quanto aos Guardiões que saíram em Maio, vai ser o post de 3ª Feira. Aí vais saber a minha opinião.
;)
Adoro toda a saga cósmica de abnett e lanning. Adoro! Do melhor que saiu da Marvel recentemente. Pena que tenha acabado.
ResponderEliminarSAM
ResponderEliminarOlha-me para este link:
http://www.newsarama.com/21431-marvel-s-original-guardians-of-the-galaxy-get-ongoing-guardians-3000-series-in-september.html
Então e se metessem o Abnet na série "normal" e mandassem o Bendis para esta que não me diz nada??
Hã? Isso é que era!
Bolas, estes tipos não acertam uma... o Bendis já conquistou mais um lugar na Marvel... acho que poderiam mandar fora os argumentistas todos e ficarem só com o Bendis!
>_<