sábado, 11 de outubro de 2014

Comic Con Portugal: Notícias da Banda Desenhada - Marcos Martín, Javier Rodríguez e Randy Stradley


A organização da Comic Con Portugal continua a libertar nomes de autores e desenhadores de BD ligados à indústria dos comics norte-americanos.

Assim vamos ter:


Javier Rodríguez

Dado o gosto do seu pai por todo o tipo de banda desenhada, desde a infância que teve contacto com este meio: das leituras super-heróicas pelas quais optou logo de início, até ao material de Richard Corben ou Will Eisner publicado pela editora Toutain, passando por Milo Manara, Nazario ou Wally Wood, entre muitos outros.

Desde cedo sentiu a necessidade de desenhar histórias de banda desenhada, participando em diversos concursos e fanzines; uma primeira etapa que foi reconhecida com um segundo prémio na Semana Negra de Gijón. Formado na Escola de Artes e Ofícios de Oviedo, tornou-se um dos fundadores do fanzine “Froilán” juntamente com Germán García, Marco Recuero, Arturo Arias e Fran Pérez; uma publicação que incluiu “Panowsky”, aquele que acabou por ser o seu projeto de fim de curso.

Na auto-edição, encontrou o modo perfeito de canalizar a sua ânsia criativa, destacando-se a este nível “Anselmo Ensombras” e especialmente “Love Gun”, minissérie de ambientação futurista e crítica social que, reeditada pela UnderCómic, lhe valeu uma nomeação na categoria de Autor Revelação nos Prémios do Salão Internacional de Banda Desenhada de Barcelona de 1998. A partir de 1997 tornou-se colaborador habitual da revista El Víbora, em que durante um quinquénio criou séries como “Paraíso Punk Rock Bar”, “Comprovando a realidade”, com guiões de Mauro Entrialgo, e “Tenebro”. Obras nas quais se nota a influência de autores como os Hermanos Hernández ou Jamie Hewlett, e de outra das suas grandes paixões: a música.

Mas para além das suas colaborações com a famosa publicação, começou a participar em histórias editadas em formato álbum: primeiro “Wake up”, como autor completo, e posteriormente “Medo”, escrita por David Muñoz e Antonio Trashorras. Após criar a série “Crononautas” para a Mister K revista infantil da El Jueves, aproveitou a oportunidade de desembarcar no mercado franco-belga: escrita por Delphine Rieu e publicada pela Les Humanoïdes em formato manga, “Lolita HR” centrava-se numa jovem e rebelde estrela de rock; uma prometedora história de ficção científica que no entanto foi travada por problemas da editora francesa.

Paralelamente à sua carreira como desenhista, começou a desempenhar tarefas de colorista em títulos como “Batgirl: Year One”, “Breach” ou “Human Target”: coleções da DC Comics em que se encontrou com amigos como Marcos Martín ou Javier Pulido. Com resultados notáveis, rapidamente foi requisitado pela Marvel Comics, retomando a colaboração com Martín em “Doctor Strange: The Oath”, ficando incumbido de dar cor a desenhistas da dimensão de Alan Davis, e participando em coleções como a multipremiada “Daredevil”, em que se encontrou com Mark Waid, o próprio Marcos Martín, Paolo Rivera e Chris Samnee. Colorista proeminente, teve a sorte de contar com um editor, Stephen Wacker, que soube reconhecer a sua qualidade como desenhista, de modo que de algum tempo a esta parte desenhou diferentes fill-ins de “Daredevil” e histórias publicadas em destaques do Homem-Aranha como “The Amazing Spider-Man” ou “Superior Spider-Man.

Marcos Martín

Interessado desde tenra idade em contar as suas próprias histórias, cedo optou pela banda desenhada como o meio adequado para isso. Leitor inveterado de BD, na altura de decidir a sua formação académica optou pela licenciatura de Belas Artes na Universidade de Barcelona, com o objetivo de alargar horizontes “e experimentar outro tipo de técnicas”.

Os seus primeiros trabalhos foram feitos em Espanha, realizando ilustrações e capas para as edições espanholas da Marvel Comics, então publicadas pela Planeta DeAgostini; apesar de um par de projetos da linha Labirinto desta editora ter estado perto de ver a luz, o fecho do dito selo acabou por gorar as expectativas do autor. Perante a dificuldade de se impor na quase inexistente indústria espanhola, Martín centrou atenções no mercado americano, berço das suas principais influências culturais; e munido de um sólido portefólio, aproveitou uma estadia de três meses em Nova Iorque para se apresentar diante das grandes editoras: Marvel Comics e DC Comics. Tal talento não passou despercebido, com o autor a assumir os seus primeiros fill-ins em destaques como The Batman Chronicles, JSA, Robin, Birds of Prey, e em séries limitadas como Robin: Year One e Joker: Last Laugh.

Mas os trabalhos que lhe permitiram começar a ganhar maior notoriedade foram “Batgirl: Year One” y “Breach”: a primeira, série limitada escrita por Chuck Dixon e Scott Beatty, a segunda escrita por Bob Harras; e ambas, com a cor a cargo de Javier Rodríguez. Depois de deixar sinais de classe e domínio narrativo em ambos os projetos, em 2006 começou a colaborar de forma recorrente com a Marvel Comics, até que a um par de trabalhos menores se seguiu a minissérie “Doctor Strange: The Oath”, obra de grande importância não só pela sua indubitável qualidade, mas também por proporcionar o reencontro com o guionista Brian K. Vaughan, ao lado de quem trabalhara numa história curta do Cavaleiro das Trevas (Batman: Gotham City Secret Files and Origins núm. 1) Comprovada a sua valia em A Casa das Ideias, chegou um trabalho de primeiríssimo nível: “The Amazing Spiderman”, coleção na qual brilhou com luz própria até se transformar num dos autores mais reputados do mercado americano. Não só como desenhista de páginas interiores colaborando com guionistas como Dan Slott, Mark Waid ou mesmo Stan Lee, mas também como ilustrador de capas, destacando-se pela sua elegância e originalidade compositiva.

Após a sua passagem pela coleção protagonizada pelo Homem-Aranha, encontrou-se com Mark Waid e Paolo Rivera no bem-sucedido relançamento de “Daredevil”, série transformada na grande vencedora dos prestigiados Prémios Eisner, que na sua edição de 2012 reconheceram o trabalho da equipa criativa com um galardão na categoria de Melhor Série Regular e duas nomeações para o próprio Martín como Melhor Ilustrador de Capa e Melhor Desenhista.

Finalizado o seu contrato exclusivo com a Marvel Comics, embarcou numa nova aventura, fundando a sua própria editora online em parceria com Brian K. Vaughan. Juntos, aproveitaram tal plataforma digital que parte da premissa de que o valor pago por cada banda desenhada depende da vontade do leitor para lançar o projeto de criação própria “The Private Eye”, no qual também colabora a colorista Muntsa Vicente. Uma aclamada coleção que, a meio caminho entre a ficção científica e o género negro, reflete sobre as implicações de um futuro próximo em que a Internet desapareceu.

Randy Stradley

Randy Stradley é escritor de banda desenhada e vice-presidente da Dark Horse Comics, uma das maiores editoras de BD dos EUA, a qual é responsável por títulos como Star Wars, Hellboy e Buffy.

Stradley estreou-se no mundo da BD em 1984 com um trabalho para o nº 86 da revista Star Wars, na ocasião ainda detida pela Marvel Comics. Ainda nos anos 80, conhece Mike Richardson (o fundador da Dark Horse Comics), de quem se torna amigo e colega de negócios. No início da década de 90, a Dark Horse adquire a licença de publicação da linha Star Wars e em 2002 Stradley assume o cargo de Editor Sénior da série ligada à mítica saga.

Conhecido por ter escrito várias publicações acerca do universo Star Wars, entre as quais Crimson Empire (em parceria com Mike Richardson) e Jedi Council, Randy Stradley, que assinou vários dos seus trabalhos sob os pseudónimos Mick Harrison e Welles Hartley, é o argumentista de Aliens & Predator e Godzilla, duas das principais licenças da Dark Horse, a par de Star Wars.


Estes textos de apresentação foram retirados do site oficial.
Para mais informações podem informar-se no site da Comic Con Portugal clicando no link em baixo:

http://www.comic-con-portugal.com/pt/

Boas leituras

5 comentários:

  1. Fiquei interessado em entrevistar o Randy Stradley. Vou começar por perguntar-lhe sobre fetiches.

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  2. Fabiano
    O Marcos Marín e um desenhador em ascensão, o Stradley foi muito importante para o universo de publicações derivadas de filmes publicads pela Dark Horse.
    :)

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  3. Paulo Costa
    Entrevista o tipo para o LBD! LOL
    :D
    Pode ser que ele traga as duas cosplayers (era uma mais-valia!)
    :D

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  4. O Marcos Martin é o novo Ditko. PONTO FINAL.

    É o único artista com a coragem para pegar num estilo tão original e transformá-lo em algo pessoal.

    Um verdadeiro MESTRE.

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  5. Fernando Campos
    Por acaso gosto muito do desenho dele sim. É um desenhador a observar.
    ;)

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Bongadas