sexta-feira, 18 de outubro de 2013

24º Amadora BD: Nomeados para os Prémios Nacionais de Banda Desenhada


São conhecidos desde hoje os nomeados para os PNBD.
Assim de repente podemos verificar imediatamente que a Kingpin Books é sem dúvida, neste momento, a maior editora de autores portugueses.

No que toca à produção nacional as escolhas do júri não deixaram grande dúvida quanto à qualidade desta editora, inclusivamente para Melhor Álbum Português apenas existem livros da Kingpin.

Não posso deixar de salientar a falta de um livro na categoria Melhor Álbum de Autor Estrangeiro, o extraordinário "Três Sombras" de Cyril Pedrosa, publicado pela Polvo. Para mim seria o vencedor...!

Já agora... não coloquei imagem da história do Relvas, Rosa Delta sem Saída, na categoria Clássicos da 9ª Arte porque nunca saiu em álbum. Foi publicada na revista Tintim há muitos anos, sim, mas que eu saiba para ser nomeado tem de ter formato livro. Não percebo.

Agora recebi a informação que afinal existe livro... lol
Já não é a primeira vez que acontece irem livros da Polvo aos PNBD que não saíram para o público. A organização dos prémios não tem culpa, visto a a data que consta no livro é de Julho de 2013.
Posso pensar qual é a intenção com que a Polvo faz isso, mas como não tenho a certeza nem vou falar do assunto. Em relação ao Três Sombras... bem, ficou no limbo, a data de edição que consta no livro não permite que seja nomeado este ano!
Mas como é lógico, continuo sem imagem para o livro Rosa Delta sem Saída porque não existe, apenas foi entregue ao CNBDI para concurso...

Fiquem com os nomeados:
(Se clicarem nos links irão ser dirigidos para as minhas críticas aos respectivos livros)


Melhor Álbum Português




Melhor Argumento para Álbum Português


Pedro Leitão, As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho - Regresso ao Castelo Violeta, Gailivro


Melhor Desenho para Álbum Português


Pedro Leitão, As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho - Regresso ao Castelo Violeta, Gailivro


Melhor Álbum de Autor Estrangeiro

Ar Puro e Água Fresca, Pero, Polvo - Rui Brito Edições
Morro da Favela, André Diniz, Polvo - Rui Brito Edições



Melhor Álbum de Tiras Humorísticas


Há Piores 2 - Ainda mais Profundo!, Derradé (des) e Geral (arg), Polvo - Rui Brito Edições
Enorme, Brutal, Colossal 2012!, Henrique Monteiro, Edições ASA


Melhor Ilustração de Livro Infantil (autor português)


Bernardo Carvalho, Olhe, por favor, não viu uma luzinha a piscar? - Corre, coelhinho, corre!, Planeta Tangerina
Yara Kono, O Tesouro do Palácio, Caminho
André da Loba, Bestial, Pato Lógico
Madalena matoso, O que há, Planeta Tangerina
Catarina Sobral, Achimpa, Orfeu Mini
Maria João Worm, O Amor Perfeito, poema para descobrir e construir, Quinta de Jade


Clássicos da 9ª Arte


Rosa Delta sem Saída, Fernando Relvas, Polvo - Rui Brito Edições (Sem imagem)
Corto Maltese - As Helvéticas, Hugo Pratt, Edições ASA
Surfista Prateado: Parábola, Moebius e John Buscema (des) e Stan Lee (arg), Levoir/Público
A Política segundo Mafalda, Quino, Edições ASA
Demolidor: Renascido, David Mazzuchelli (des) e Frank Miller (arg), Levoir/Público


Fanzine


BDLP nº2, João Mascarenhas (coord), Grupo Extractus Extractus e Estúdios Olindomar
BDLP nº3, João Mascarenhas (coord), Grupo Extractus Extractus e Estúdios Olindomar
Espaço Marginal nº0, Marco Silva (coord), Laboratório de Arte e Comunicação Multimedia do IP Beja

O júri foi constituído por Nelson Dona (diretor do AmadoraBD), Luis Salvado (jornalista e especialista bedéfilo), Sara Figueiredo Costa (jornalista e comissária da exposição de Ricardo Cabral), Ricardo Leite (colecionador e amante da 9ª Arte) e Filipe Melo (autor), que por motivos profissionais não pode comparecer.

Brevemente saberemos quais os vencedores destes PNBD!

Boas leituras

22 comentários:

  1. Mano Nuno, vim lhe dar os parabéns pelo trabalho e convidá-lo a visitar minha página de divulgação, eis o endereço → http://www.facebook.com/SavioChristiDesenhistaDivulgacao.

    Bem, abraços e até mais então!

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  2. Não, eu não fiz parte da organização.
    Não, eu não fiz parte do júri.

    E esta, hein?

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  3. Reaalmente a Saga da Fexix Negra não é classica suficiente ou não havia uns volumes para ofertar ao juri!!!
    Embora ache que vai ganhar o Surfista Parabola por ter Moebius quando no mesmo volume tem umA gn tão maior :D

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  4. Silver Surfer Parable es brillante. Stan Lee y Moebius logran algo maravilloso.

    Daredevil Reborn de Miller y Mazzuchelli es una de mis historias favoritas.

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  5. Sávio Morais Cristofoletti
    Obrigado!
    :)

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  6. Mário Freitas
    Ouvi dizer que pagaste uns jantares...
    :P

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  7. Optimus
    E eu acho que vai ganhar o Relvas...
    Não sei bem porquê, mas tenho essa sensação...
    :P

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  8. Arion
    Todas as obras que estão nomeadas nessa categoria são merecedoras de prémio, embora a minha preferida seja mesmo Daredevil (Demolidor)!
    ;)

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  9. Muito fracos os últimos álbuns que a Kingpin tem lançado. Mas sim, pelo menos dão sinais de vida e vão lançando coisas. Só falta que essas mesmas coisas ganhem alguma qualidade para ser uma editora de referência.

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  10. Muito fracos, porque...? Gosto sempre de saber as razões objectivas que levam a tais opiniões. Caso contrário, não é possível melhorar ou perceber que se tratam apenas de gostos divergentes. Obrigado.

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  11. H.
    lol
    Discordo.
    Mas o editor Mário Freitas está aí em cima, e sabe receber críticas coerentes.

    Mas concordo quando dizes que o sinal de vida da BD portuguesa está a ser dado pela Kingpin!
    :)

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  12. Caros,

    Parte da minha opinião que considera os últimos lançamentos da Kingpin "fracos" reflecte-se, possivelmente, em gostos pessoais divergentes como bem diz o Mário Freitas.

    Ainda que os últimos livros sejam diferentes entre si neste cômputo, não aprecio muito o traço, o tipo de estética dos últimos álbuns. Muitas vezes arcaico na forma. Claro que me poderão dizer: "Ah, não gostas mas não quer dizer que seja mau". Claro que não. Pode haver quem goste e aceito perfeitamente isso. Mas acho que o tipo de arte é muito ligeiro, muito linear, muito básico chegando alguns livros a parecerem ter sido desenhados por adolescentes imberbes. Por um lado, isto até pode ser bom porque dá vontade a qualquer pessoa de querer fazer BD pois, a julgar pelos livros da Kingpin, não é necessário ser um grande desenhador. Por outro lado, desvirtua um pouco o trabalho dos desenhadores.

    A parte da minha opinião, que talvez não seja tão pessoal mas mais global trata-se da forma como as histórias têm sido desenhadas, apresentadas e desenvolvidas. Basta agarrar nos Agentes do CAOS por exemplo, e ver como existe um certo amadorismo na projecção de páginas, balonagem e desenvolvimento da dinâmica de acção e história. Acho que isto não se trata tanto duma opinião pessoal mas sim, duma opinião mais globalizante pois, mesmo dentro dum género que talha as suas próprias regras, penso ser legítimo afirmar que existem algumas regras clássicas que definem se algo é bem escrito, bem apresentado e bem desenvolvido. Ainda assim, reconheço que mesmo em questões aparentemente mais técnicas, há sempre uma variável pessoal e abstracta.

    E com isto não quero deitar abaixo o trabalho da Kingpin. Pelo contrário até. Aprecio a forma independente como eles operam e o esforço do Mário Freitas para manter isso. Mas também acho que a evolução deve ser o caminho lógico e que mesmo que ser "bom" já seja algo muito positivo... ser "excelente" será, certamente, muito melhor e mais recompensador, quer para leitores, quer para produtores de BD. Aceitem isto como uma crítica positiva.

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  13. H.

    Qual dos agentes do CAOS? O primeiro, feito entre 2006 e 2007, e compilado em 2010? Ou o segundo, publicado em 2011 e desenhado pelo Osvaldo Medina, conseiderado por muita gente como o melhor narrador visual português? É ele que é amador na "projecção" das páginas? (presumo que quisesse dizer composição ou planificação). E são esses livros que são os "recentes"?

    Quanto aos recentes, o desenho da Joana Afonso, do Pedro Serpa e do Osvaldo Medina é tosco, infantil ou blah blah? Muito me conta... Os livros que edito, cuja legendagem e design é premiada são amadores? Mais me conta ainda. Com todo o respeito, há opiniões das quais divirjo, mas posso aceitar; outras há que entram no campo da pura ignorância estética e narrativa.

    Obrigado.

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  14. Meu caro Mário Freitas.

    Não me conhece de lado nenhum portanto não lhe concedo o direito de me desrespeitar a mim ou às minhas opiniões. Não entrei por essa via porque sou uma pessoa educada. Agradeço portanto que não faça o oposto.

    Toda essa presunção de considerar que opiniões - de quem compra os seus livros, de quem segue banda desenhada há tantos anos - são ignorantes não lhe fica bem... ainda para mais se quer manter essa proximidade com o público. Eu não acordei no outro dia a pensar que me apetecia dizer mal da Kingpin só porque sim. E aliás, não considero sequer que alguma vez tenha dito mal da Kingpin, dos seus livros ou dos seus autores. Dei a minha opinião que será tão válida como a de QUALQUER outra pessoa.

    Eu sigo a Kingpin desde o vosso início. Eu comprei os Agentes do CAOS ainda em "fascículos" - se assim lhe pudermos chamar. Comprei a vossa primeira Fórmula da Felicidade e achei um álbum "flawless". Pelo menos em matéria de traço, de argumento e de originalidade. Muito bom. (E sim, sou fã do Osvaldo Medina e considero-o um dos melhores em Portugal). Fiquei desiludido com a Fórmula da Felicidade II onde achei que deixaram cair uma premissa tão boa e tão original transformando a história em algo mais mundano e juvenil. Foi a minha primeira desilusão convosco. Foi a primeira vez que achei: "Eles não são tão bons como me pareciam inicialmente". Mas desde então tenho seguido tudo aquilo que lançam. Não há um único livro que lancem que não tenha sido folheado durante bastante tempo por mim. Acontece que nos últimos livros tenho acabado por não os comprar pois - apesar da qualidade crescente das edições - as histórias parecem-me ocas, imaturas e direccionadas para um público infantil/juvenil, que não é o meu caso. Agora, "há algum problema em direccionar BD para um público infantil/juvenil?". Claro que não. Mas, é normal e expectável que não seja um trabalho tão admirado pelo público mais maduro. Parece-me legítimo.

    Também o tratamento de algumas tiras parece-me muitas vezes feito à pressa e que não recebe o devido tratamento. A composição ou planeamento ou projecção das páginas parece não muito conseguida com quebras na acção incoerentes (estou a pensar no Super Pig, por exemplo).

    Quanto ao argumento de que a Kingpin tem ganhado prémios... nada me revela. A arte vale por si e não pelos prémios que arrecada. Quantos filmes venceram Oscars que nem crítica especializada nem público aplaudiram? E isto não é válido apenas para o cinema. É válido para qualquer atribuição de prémios. É sempre algo susceptível de análises subjectivas. E já para não falar em lobbies e bajulações que vão acontecendo. Mas não preciso entrar por aí. Num mercado onde cada vez mais a Kingpin está sozinha (com todo o mérito que isso merece, atenção)... melhor seria se não vencessem prémios. É o mesmo que eu fazer uma corrida sozinho e sair sempre vencedor... apesar de ser muito lento a correr.

    Finalizando esta conversa, aprenda a aceitar e a respeitar as pessoas à sua volta. Pode até achar que certas opiniões nada têm de verdadeiro mas aprenda a retirar algo constructivo de cada opinião. E mesmo que um dia seja um Will Eisner, mantenha essa postura humilde. Verá como só tem a ganhar com isso. Até lá... há muito trabalho pela frente.

    De nada.

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  15. Caro Hugo,

    Eu próprio sou ignorante em muitas matérias e apelidar alguém de ignorante não é necessariamente um insulto. Não o foi neste caso, apenas a constatação de que as suas opiniões, apresentadas como factos, enfermavam de inverdades e desconhecimento de causa. Falou do primeiro CAOS, em fascículos ainda por cima, uma das primeiras edições que lancei e pejadas naturalmente de todo o tipo de pecadilhos que a inexperiência acarreta.

    De resto, apresentou como factos coisas que são meras opiniões suas e em que, felizmente, está enquadrado numa pequena minoria. Mas nada disso me deveria admirar muito: até um argumentista como o Grant Morrison, por exemplo, um dos melhores de sempre dos comics americanos, de olhos fechados, tem detractores que dizem que ele não sabe escrever e que "não se percebe nada do que ele faz". Bastas vezes, é preciso um bom leitor para fazer um bom livro.

    Quanto a escutar opiniões e críticas, não cheguei onde cheguei (que por enquanto não me parece ainda nenhum lugar em especial) ignorando-as, decerto; bem pelo contrário. Mas um opinião ou uma crítica fundamentada não é, certamente, dizer que os "últimos livros são maus, a legendagem é má e os desenhos parecem feitos por crianças". Isso sim, é um insulto. Para mim e para si.

    Obrigado pela atenção.

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  16. Não sei porque colocou em aspas que os "últimos livros são maus, a legendagem é má e os desenhos parecem feitos por crianças". Não me lembro de ter escrito isso.

    "Eu próprio sou ignorante" é capaz de ser a frase mais presunçosa da história da Presunção. Mas por acaso, alguém pôs em causa que o Mário não era ignorante? Então porquê esse momento de élan? Para se justificar? Comiseração perante uma mente tão ignorante como a minha?
    Claro que todos somos ignorantes. Sem excepção. Mas partir disso para tentar - em vão - desvirtuar opiniões alheias é um tiro no pé e uma falta de respeito.

    Naturalmente que opiniões são sempre pessoais e passíveis de apresentarem concordância ou discordância por parte dos outros. Apenas temos que as saber aceitar e aprender algo com elas.

    E se é tão factual nos argumentos que esgrime porque não apresenta números concretos para tudo o que escreve e defende? Por exemplo: porque é que eu sou uma minoria na análise menos positiva que faço aos seus livros? Devido à sua opinião? Devido à experiência pessoal que tem? Devido a palavras meigas que recebe das pessoas que o rodeiam? Ou devido a prémios atribuídos por um conjunto diminuto de jurados amigos e conhecidos? Tem algum excel ou alguma recolha de opiniões autorizada e oficial sobre a opinião da sociedade portuguesa relativamente à Kingpin? Ou serei apenas uma minoria quando comparada com o conhecimento (feedback) diminuto que recolheu sobre os livros? Terá esse feedback sido real e isento? Claro que não. Mas podíamos estar aqui a explanar este tema o resto do dia.

    Parece-me que denoto alguma incoerência nessa demanda ultra-defensiva pelo fundamentalismo de opiniões e argumentos.

    Enfim, a minha opinião está dada e dei-me ao cuidado de explicar os meus argumentos. Cabe a si, aceitá-los ou não. Quem pode ganhar ou perder com isto é o Mário. Não eu.




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  17. "Muito fracos os últimos álbuns que a Kingpin tem lançado."

    - Os últimos álbuns foram lançados em Maio, Junho e Setembro de 2013.

    "Basta agarrar nos Agentes do CAOS por exemplo, e ver como existe um certo amadorismo na projecção de páginas, balonagem e desenvolvimento da dinâmica de acção e história."

    - O primeiro Agentes do CAOS foi lançado entre 2006 e 2007.

    "Acontece que nos últimos livros tenho acabado por não os comprar pois - apesar da qualidade crescente das edições - as histórias parecem-me ocas, imaturas e direccionadas para um público infantil/juvenil, que não é o meu caso."

    - Não comprou, logo assumo que não tenha lido. Daí que lhe "pareça", sem ter a certeza do que diz. De resto, os livros escritos pelo David Soares são imaturos ou direccionados a um público infanto-juvenil? Temas fantásticos que envolvem zombies e agentes da PIDE, raptos por Yazuzas e geminações de cidades são infanto-juvenis? Ou será que estamos, pura e simplesmente, perante um simples caso clássico de preconceito e de alguém que fala sem conhecimento de causa?

    E mais: estou mesmo farto dessa conversa de merda dos prémios e das nomeações se deverem a amigos e lobbies e à puta que os pariu. Como é fácil de perceber, não sou um gajo falsamente simpático, pelo que não tenho por hábito cultivar amizades por conveniência. E por mim, acabou-se a conversa. Boa tarde.

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  18. Amigo,

    Uma lição gratuita: quando se cita alguém, e se recorre às aspas... não é para se escrever a opinião, a ilação que se retira das palavras do outro. É para transcrever, tal qual foi dito ou escrito, as palavras do outro. É sempre bom tentar desenvolver isso de forma a saber comunicar melhor. Pode ser útil para os próximos livros da Kingpin.

    Apraz-me que tenha recorrido a uma linguagem mais corriqueira e violenta. Demonstra mesmo que não sabe aceitar e aprender opiniões diferentes. Lá se foram os seus argumentos factuais e teorizações à vida. Fica para uma próxima.

    Tenha um bom dia.

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  19. Ora essa, caro amigo. Eu admito perfeitamente que há várias opiniões possíveis sobre o mesmo assunto: a minha e as erradas. Um grande bem-haja.

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  21. O que aprendi nesta caixa de comentários:

    As críticas só são "objectivas" e/ou legítimas quando são favoráveis.

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  22. Pedro Almeida
    Eu não me tenho metido nesta discussão, porque o diálogo estava entre o H. e o Mário Freitas.
    Como eu disse ao H. concordava num aspecto, e não concordava em relação a outras. É inegável que eu não posso concordar com a parte de ser um desenho infantil, com a parte do design das publicações, ou com as histórias serem feitas para um público infantil. Estou a pôr de parte o Vamos Aprender que é infantil de propósito (é para crianças), ou mesmo o Super-Pig que é uma aventura de adolescentes para a frente. Não estou a falar da construção das páginas pelo Osvaldo, que é muito boa.
    Agora pergunto... Palmas para o Esquilo é para que público? O Baile é para que público? Posso concordar que muitas pessoas não gostem, mas não acho que o desenho seja mau (em ambos os casos) está de acordo com aquilo que o argumentista pretendia, e no caso do Palmas para o Esquilo se leres a entrevista saberás porque o David Soares gosta de trabalhar com o Pedro Serpa, que tem um traço naive, e não infantil. Tudo isto se resume ao gostar ou não gostar. Tecnicamente e para os públicos alvos estas publicações foram certeiras, mas não são publicações de grande público! Pode-se não gostar da história de O Baile, mas daí a dizer que não presta e outra coisa. As publicações da Kingpin nunca tiveram como objectivo o grande público, excepto o Vamos Aprender, que infelizmente foi boicotado pela FNAC. Mas sobre isso irei fazer um post... sobre esta "instituição que salvou a BD em Portugal".
    O Mário é uma pessoa de emoções, sou amigo dele e conheço-o bastante bem. Se alguém diz mal dos livros dele, ele salta imediatamente em sua defesa.
    Por vezes de forma bastante emocional. Agora quando o H. diz que o design e legendagem dos livros é fraca, ele está falar com o trabalho do próprio Mário. E se há algo com que a grande maioria das pessoas do meio bedefilo concorda, é que a apresentação nos últimos anos dos livros é muito boa.
    O Mário reagiu emocionalmente a determinados adjectivos do H.
    O H. tem a opinião dele, provavelmente se o Mário fosse mais "frio" nas respostas a discussão não tinha chegado onde chegou!
    Pedro, pegue nos livros publicados pela Kingpin desde o ano passado e diga-me se são infantis! (Excepto o Vamos Aprender).
    Como eu costumo dizer, pode-se não gostar, agora dizer que são maus, acho que não.
    É claro que a discussão não correu bem, mas isso deve-se ao carácter das duas pessoas em questão. O H. não conheço pessoalmente, sei que gosta de BD e de vez em quando comenta aqui, portanto nem sequer posso dizer que o conheço. O Mário conheço-o. É uma pessoa visceral e que defende emocionante a sua "dama". Quando se crítica a "dama" do Mário é preciso fazê-lo muito objectivamente. Aí ele aceita. O problema é que isto correu tudo rápido demais... Já fiz críticas a trabalhos da editora do Mário em que lhe disse que não gostava disto ou daquilo e ele aceitou pacificamente. Neste caso, e conhecendo o Mário tem de se ser muito objectivo na crítica e demonstrar com o livro que algo não está bem, ou precisa de ser melhorado.
    Repara, nesta discussão entre os dois me meti porque achei que já não tinha espaço para isso...
    ;)

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