terça-feira, 5 de junho de 2012

A Palavra dos Outros: Pluto por Mário Freitas



Este post provoca duas situações inéditas no Leituras de BD. A primeira é que desde que criei esta rubrica "A Palavra dos Outros" é a primeira vez que alguém fala de uma obra oriunda do Japão, ou seja Manga. A segunda é que será a primeira vez que uma obra neste blogue tem direito a dois posts! Porque Pluto merece todo este destaque, aceitei pacificamente esta escolha do Mário Freitas. Assim terão a minha visão sobre a obra, e agora a de Mário Freitas.
O meu post sobre Pluto já foi feito há bastante tempo e podem vê-lo aqui: PLUTO. De qualquer modo as imagens que eu coloquei nestes dois posts foram ajustadas, de modo a não repetir as mesmas.
Será também a primeira vez que Mário Freitas, editor da Kingpin e proprietário da loja com o mesmo nome (Kingpin), participa neste blogue, e espero que não seja a última!
Fiquem com as palavras de Mário Freitas:


PLUTO

Naoki Urasawa - Monstro do Século XXI

O que faz de nós verdadeiramente humanos? Será a nossa capacidade para raciocínios elaborados ou antes para emoções extremas? Para amar, sofrer, e, sobretudo, odiar? Foi esta questão primordial que Naoki Urasawa, o mais premiado autor japonês de BD dos últimos 20 anos, colocou no seu penúltimo épico, «Pluto», que a Viz editou em inglês entre 2009 e 2010.

Num futuro indeterminado, humanos e robôs coexistem pacificamente num plano de aparente igualdade, graças a legislação criada ao longo dos anos que conferiu aos robôs direitos e garantias comparáveis às de qualquer cidadão. É então que os robôs mais sofisticados e poderosos do planeta, assim como activistas humanos dos direitos dos robôs, começam a ser misteriosamente eliminados e o Agente Gesicht, da Europol, ele próprio um desses robôs, é encarregado da investigação desses crimes.

Numa visão simplista, “Pluto” (Plutão, o deus romano da morte), é um remake, e a simplicidade aparente da trama é herdada da história original de Osamu Tezuka, o pai do manga, que criou na década de 60 "O Maior Robô na Terra", aquela que se viria a tornar a aventura mais popular de sempre de Astro Boy (Tetsuwan Atom). Mas onde Tezuka dirigia Astro Boy objectivamente para um público infantil – não é por acaso que foi alcunhado de “Walt Disney do Japão -, a abordagem de Urasawa é adulta e de uma complexidade fascinante, tecendo uma teia de intriga social, política e até geoestratégica, com paralelismos evidentes em acontecimentos reais. No “Pluto” de Urasawa, os robôs a abater (onde se inclui o próprio Astro Boy) fizeram parte da força de manutenção de paz que interveio na 39ª Guerra Centro-Asiática, um conflito iniciado pelos Estados Unidos da Trácia – liderados pelo Presidente Alexander, o mero testa de ferro de uma força sinistra -, sob pretexto da existência de robôs de destruição maciça na Pérsia do Rei Dário XIV; e os humanos visados formavam a equipa de observadores internacionais que procurou, sem sucesso, a existência dessas armas. Mas em “Pluto”, como na realidade, a guerra é inevitável haja ou não pretexto para ela, e as forças de paz acabam sempre elas próprias por se tornar nas armas de destruição maciça que se destinavam a combater. A analogia às invasões americanas do Afeganistão e, sobretudo, do Iraque, é clara, mas Urasawa não cai no cliché e na crítica fácil à administração Bush (então responsável por essaas invasões), antes usando a premissa para narrar um conto sublime sobre a humanidade e a natureza do que é ser-se “humano”, seja esse “humano” feito de carne e osso ou portador de uma inteligência artificial avançada. Aliás, a impossibilidade de distinguir a olho nu um humano “normal” de um robô avançado fica bem marcada no nome do protagonista, o polícia-robô Gesicht (cara, rosto, em alemão), um agente de fato e gravata aparentemente comum.

Toda a polémica em torno da legislação sobre robôs e a própria vivência quotidiana destes servem igualmente de alegoria às minorias raciais e sociais, e Urasawa não foge a questões como a adopção de crianças-robôs, a utilização destes como “carne para canhão” para fins militares ou, até, as condições de encarceramento de robôs criminosos, personificados no frio Brau 1589, o (aparentemente) único robô que alguma vez matou um humano, contrariando a sua programação elementar. Isso é habilmente usado por Urasawa como forma de reforçar a convicção que outro dos traços realmente humanos é a nossa capacidade de autodeterminação e livre arbítrio e de nos libertarmos de condicionamentos psíquicos e sociais.

Outro tema recorrente na obra de Urasawa é a forma como os acontecimentos na infância moldam o carácter e definem a personalidade futura; acontecimentos que definem a formação de heróis e definem, sobretudo, a formação de monstros. O próprio vilão aparente de “Pluto” é como uma criança influenciável, moldada por actos que a ultrapassam e cuja abrangência não compreende. “Pluto”, aliás, é todo um jogo de manipulações cruzadas em que o mestre bonecreiro se vê muitas vezes reduzido ao estatuto de um mero fantoche. Em “20th Century Boys” (o magnun opus de Urasawa, adaptado ao cinema no final da década passada, numa trilogia com o orçamento mais caro de sempre do cinema japonês), toda a narrativa girava em torno de um símbolo criado por um grupo de crianças durante uma brincadeira comum. Já em “Monster”, a saga em 18 volumes que Naoki Urasawa criou durante a década de 90, a personalidade do “monstro”, Johann Liebert, havia sido, aparentemente, formatada pelos seus mentores no orfanato na antiga R.D.A. onde fora criado e educado para se transformar na simbiose perfeita entre os super-atletas fabricados por essa antiga potência do bloco soviético e o übermensch, o ariano perfeito, idealizado por Nietzche e sonhado por Adolf Hitler. Porém, em mais um traço narrativo marcante do autor japonês - a ligação quase umbilical entre os antagonistas - , o destino de Johann nunca se cumpriria em adulto, não fosse a intervenção do brilhante cirurgião Dr.Kenzo Tenma, que o opera e salva, em criança, de uma bala alojada no cérebro. O mesmo Dr.Tenma, que dedicará a sua vida futura à perseguição incessante do tal “monstro” em que Johann se virá a tornar. Dr.Tenma, o protagonista de Monster, é, aliás, outra homenagem a Osamu Tezuka, usando o nome do cientista criador de Astro Boy (que tentou recriar um robô igual ao seu falecido filho Tobio), e cruzando-o com “Black Jack”, outra criação de Tezuka, precisamente sobre as deambulações e dilemas éticos de um cirurgião super dotado.

A grande riqueza das personagens de Urasawa está precisamente nesses dilemas éticos com que se deparam e na forma como todas encerram dentro de si uma grande capacidade para o bem ou para o mal. E aquilo que separa um homem (ou um robô) comum de um monstro cruel é muitas vezes apenas a capacidade de controlar as emoções extremas. E é notável a perafernália de personagens secundárias que Urasawa vai introduzindo ao longo da narrativa e que se tornam elas próprias no motor dessa narrativa, ao ponto dos protagonistas das histórias serem dispensados durante vários capítulos, sem haver a sensação de desconexão da trama principal. E o certo é que essa desconexão, de facto, não existe: cada capítulo, cada personagem aparentemente menos relevante que surge e desaparece logo a seguir, são peças imprescindíveis de um puzzle imenso que se vai formando na mente do leitor e que constrói, quando terminado, um edifício estruturado de solidez narrativa ímpar.


E falar de edifício estruturado na obra de Urasawa assume outra particular significância: a riqueza arquitectónica dos cenários que desenha, desde a Neo Tokyo City futurista de “Pluto” ao classicismo marcante do traço de cidades europeias como Praga ou Düsseldorf, palcos privilegiados de “Monster” cujas ruas e gentes Urasawa retrata de forma verosímil, revelando bem a mentalidade de um autor culto e viajado que rejeita a aversão ao exterior muito típica dos autores japoneses. O próprio traço artístico de Urasawa demarca-se claramente do manga mais estilizado, associado a olhos e bocas grandes e a expressões exageradas, e é de uma elegância e de uma falsa simplicidade notável. A solidez da caneta de aparo, marcada aqui e ali por toques de pincel e de aguarela, confere à arte uma clareza e um toque polido que servem na perfeição os intuitos narrativos e a fluidez da história. Urasawa exibe a marca ímpar do autor completo e isso é bem visível no ritmo, na cadência perfeita, implacável, da composição das suas páginas, livres de confusões visuais ou artefactos estilísticos supérfluos.

Cimentada a sua carreira e o seu prestígio no Japão, durante a última década do século XX, Naoki Urasawa já não é apenas um dos mais premiados e conceituados autores japoneses da actualidade. Aos 52 anos, o argumentista, ilustrador e músico nascido em Tokyo está a tornar-se igualmente um nome incontornável na Europa e nos Estados Unidos e é hoje, indiscutivelmente, um dos grandes “monstros” da BD mundial neste início do século XXI.


Obrigado ao Mário por esta primeira colaboração!
Apenas faço o comentário sobre Pluto, o Deus. É minha opinião que o nome de Pluto dado ao robô tem mais a ver com o Pluto de Arístofanes, e neste caso o Deus da Riqueza dessa peça de teatro. Pode-se ler também uma dualidade oscilante entre estes dois registos "Pluto", visto que na série ele é usado como destruidor mas também é dito que a função original era tudo menos essa! (Tenho de reler Pluto...).
São estes os pormenores e diferenças de interpretação que fazem desta obra uma das melhores que eu já li!

Boas leituras

33 comentários:

  1. Nunca li esta BD, mas adoro estas temáticas no seio do Manga.
    Existem muitas coisas boas no Manga e no anime e esta dualidade homem/máquina é deveras interessante.
    O texto do Mário está fantástico.
    Uma coisa que eu vejo a falar-se pouco em Portugal do mundo da Mangá é o Lone Wolf and Cub. (claro que é completamente diferente desta temática, mas é muito rico a todos os niveis e sente-se nesta obra um pouco da influência portuguesa no japão feudal).
    Continua com esta rubrica Nuno que é excelente.
    Abraço

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  2. Oneiros
    Este Manga é uma obra incontornável da BD. Quem gosta de BD tem "obrigatóriamente" de ler Pluto.
    Só lendo e visualizando é que se pode ter a noção de como esta obra é boa! Qual Watchman... pfff
    :D

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  3. Vendo a tua paixão e o excelente texto do Mário (parabéns) fico com pena de não conseguir gostar disto lol

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  4. Hugo Silva
    Não podes não gostar daquilo que nunca experimentaste... tens de reformular a frase...
    :P

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  5. Hugo Silva
    E se quiseres, podes ler a minha crítica também, e só clicar no link. Tem mais imagens lá!
    ;)

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  6. Boas.

    O Mário tem razão: O Urasawa é um dos grandes "monstros" da bd mundial! Adorei tudo o que li dele até agora.

    Oneiros,

    Se gostas da dualidade homem/máquina, tens o Ghost in the Shell. Já leste? Também é bom. (Embora o Pluto seja muito superior)

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  7. Miguel Antunes
    Ghost in the Shell foi o primeiro Manga que li!
    :D

    http://bongop-leituras-bd.blogspot.pt/2007/10/ghost-in-shell.htm

    ;)

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  8. Olá Miguel,
    Li o Ghost in the Shell e adorei.
    Assim como os filmes:)
    Nuno... Vou ter de ler esse livro:)Acho que vou adorar.. (mas não te esqueças que eu não acho o Watchmen grande espiga, logo para mim de certeza que o Pluto será bem melhor:))

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  9. Oneiros
    Não é um livro, é uma série de 8 livros baratinhos!
    Falei no Watchman porque é marco na BD, e tido por muitos como o máximo... pois, toda a gente que Watchman o máximo deve ler Pluto.
    ;)

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  10. Não conhecia esse Mangá, me parece bastante interessante.

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  11. Grande escolha, grande texto. Pluto cedo se tornou uma obra de referência da BD em geral e do mangá em particular.

    Não tenho nada a acrescentar, o Mário disse tudo. E este mangá nem custa tanto a comprar que são só 8 volumes, por isso quem ainda não leu (quase) não tem desculpa :P

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  12. João Roberto
    Este Manga é SUPER interessante!
    ;)

    Loot
    Acho que aquela desculpa que arranjam para não ler Manga, "áhhh... isso são volumes que nunca mais acaba..." perdem-na aqui! São apenas 8 livros de grande BD.
    Pluto é sempre uma óptima escolha!
    :)

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  13. He escuchado muchos buenos comentarios de Pluto (y de 20th Century Boys), pero hasta ahora no he tenido la oportunidad de leerlo.

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  14. E esta coisa (manga não é o meu pão com manteiga :) ) lê-se da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda?

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  15. Naruto Shippuden
    Mandei-te um mail!
    ;)

    Arion
    Vê se arranjas oportunidade! Esta é daquelas obras que recomendo a todos, bem, pelo menos com mais de 16 anos... lol Acho que mais novo que isso não se conseguem tirar todos os conceitos subjacentes à estória.
    :)

    pco69
    Épá... não chames "coisa" a esta obra! :D
    LOL
    Lê-se no sentido oriental, ou seja da direita para a esquerda (ao contrário do nosso sentido de leitura), e ainda bem que assim é! Os primeiros Mangas a serem traduzidos para ingês foram publicados no sentido ocidental e ficaram estranhos, pois toda a gente é canhota... prefiro assim, e ao fim de 10 páginas já não ligas ao sentido de leitura! O teu cérebro assume rapidamente essa informação!
    :)

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  16. Tal como o Hugo Silva, não consigo gostar disto, nem de manga em geral (BD japonesa, não a fruta. Da fruta eu gosto).

    Ao contrário do pco69, o meu problema não tem a ver com ler "ao contrário". Eu consigo ler ao contrário. Mas existem vários elementos específicos do manga que me distraem, desde o tempo "perdido" com as emoções de personagens aos "short hands" visuais como a gota de suor, os movimentos frenéticos de braços ou até efeitos sonoros representados por caracteres Hiragana (semelhantes aos nossos "crash", "bang" e "thud"). Infelizmente, não consigo evitar. Não estou treinado para "ignorar o homem por trás da cortina" do mesmo modo que na BD ocidental.

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  17. Fónix....

    Vou dar uma hipoteses ao Manga.
    Mandei vir a série do Bookdepository (80€)

    Mas ó Nuno... Se não gostar, descubro onde é que moras e vou-te cobrar ;-)

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  18. PC
    Os "estigmas" a que te referes pertencem a dois tipos específico de Manga: Shounen (rapazes adolescentes), ex.: Dragon Ball e ao Shoujo (raparigas adolescentes), ex.: Fruits Basket.
    Pluto é um Seinen, ou seja um Manga adulto, e todas essas cenas que falas, tipo "a gota na testa" não existem neste tipo de Manga.
    Existem Mangas para todos os gostos, mas quem não conhece acaba sempre por referênciar o Shounen e o Shoujo. Estas duas vertentes do Manga são as mais populares, mas de longe serem as únicas! Até Manga especifico para os "velhores" existe(Gekigá)!
    Para mulheres existe o Josei e para crianças o Kodomo.
    :P

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  19. pco69
    Tou à vontade! São cerca de 1600 páginas de excelente BD!
    ;)

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  20. Caríssimos,

    Só posso agradecer a excelente receptividade que a crítica está a ter e estimo, sobretudo, que leve mais gente e descobrir esta obra-prima da BD mundial.

    Abraço a todos.

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  21. Acabei de encomendar os 8 volumes.

    :)

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  22. Desde que descobri este blog, que ele tem sido o meu portal de informação sobre a bd publicada em Portugal.

    E a ideia do Nuno de abri-lo ao comentários de outros foi, no mínimo, excelente. Assim como têem sido excelentes, as várias colaborações.

    Mesmo quando o meu interesse é reduzido, (comics e manga sobretudo), leio as participações com todo o gosto. Porque nota-se que quem está a falar, sabe do que está a falar e gosta do que está a falar. :)

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  23. Mário Freitas
    Acho que o teu bom texto motivou algumas pessoas a olharem para o Pluto de outra forma!
    ;)

    Henrikes
    Boa compra!
    :D

    pco69
    Obrigado!
    :)

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  24. Não conhecia o autor nem tampouco tive a oportunidade ainda de ler Pluto, (sou um puto mesmo...), mas sem dúvida, após ler com calma esse ensaio de Mario Freitas, estou totalmente apaixonado pelo universo do autor, Naoki Urasawa!!!

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  25. Venerável Victor
    Áhhh... vais ter de te iniciar no bom Manga, já não tens idade para o Naruto...
    :D

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  26. Passo não leio Manga.Apesar do tema Sci-fi(mi gusta) parecer ser bem interessante mas sofro do problema do pco69,mas se um dia for adaptado a anime como Ghost in The Shell Ou Evangelion talvez veja a cores.

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  27. Optimus
    Aqui nem dás pela ausência de cor.
    Se fores como o pco69 encomendas a colecção como ele fez!
    ahahahahhaha
    :D

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  28. Nunca me interessei por mangás. Mas após sua grande influência, dei uma chance e agora levo muito em consideração os roteiros, sem dar muita importância à arte. Parece uma boa pedida... Queria era tempo para ler tudo que sai...

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  29. Tarcísio Aquino
    Tempo é uma coisa que temos de conquistar! Cada vez é mais difícil arranjar para tudo o que quero...
    :D
    Se gostas de roteiros Manga, tens aqui uma obra ímpar!
    ;)

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  30. Já falei, e repito: Sempre é bom ver FC Hard em quadrinhos, tá tudo 'soft' demais ^^

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  31. Pedro Leal
    FC Hard é bom em qualquer suporte ou registo! (desde que se goste... claro)!
    :)

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  32. Volto a comentar neste tópico para dizer que tenho estado a ler o volume 1. A experiência de ler da direita para a esquerda é... estranha.

    Primeiro, tive alguma dificuldade, sobretudo na questão dos olhos. Ou seja, o virar das páginas é fácil. Mas os olhos, institivamente, fogem para o canto superior esquerdo e não para o canto superior direito.

    Mas após duas ou três páginas, por mais estranho que pareça, os 'ollhos' habituam-se e já começam a ler do canto direito para o canto esquerdo.

    Em relação à obra em si... ainda não li o primeiro volume na totalidade, mas já posso adiantar que confirmo a qualidade desta :-)

    ---

    Gostava de acrescentar uma nota relativamente ao Blogue. Vê se há forma (caxso queiras, como é óbvio), de colocares à direita ou à esquerda do blog, os últimos comentários, Isto porque serem feitos comentários em tópicos já relativamente antigos, estes serão visto por ti (naturalmente) mas poderão falhar a outros que os possam considerar úteis.

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  33. pco69
    Ainda bem que estás a gostar!
    :)
    Quanto à caixa de comentários, vou ter de perguntar a alguém que saiba por que não vejo nenhuma aplicação para isso no blogger.
    :\

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