domingo, 9 de outubro de 2011

IX Troféus Central Comics: Apresentação de alguns Nomeados e outras considerações (1)


Este ano os Troféus Central Comics sofreram uma remodelação de modo a adequar o panorama actual às categorias existentes. Assim nasceram novas categorias, outras foram aglutinadas, e ainda outras foram simplesmente eliminadas.
Foi também reduzido o número de categorias de doze para oito.
Penso que isto levará a uma maior competição, e ao mesmo tempo uma maior justiça nessa competição pois antigamente livros de pequenas editoras e tiragens mais reduzidas competiam com as grandes editoras e as suas “grandes” tiragens. Continua a haver o prémio especial do júri como categoria extra concurso.
Assim, as categorias agora são:
Melhor Publicação Nacional (TCCN),
Melhor Publicação Estrangeira (TCCE),
Melhor Publicação Clássica (TCCN),
Melhor Publicação Independente (TCCI),
Melhor Publicação Humor (TCCH),
Melhor Publicação Técnica (TCCT),
Melhor Obra Curta (TCCO) e
Melhor Autor (TCCA)

Melhor Publicação Independente surgiu devido à necessidade, e justiça, de reconhecer pequenas edições que neste momento proliferam no nosso mercado devido à facilidade do “print on demand” e das impressões digitais. Como quase todos os autores de fanzines já editam com uma certa qualidade passando a ser chamados “prozines”, deixando o antigo formato quase manual, resolveu-se o problema desta antiga categoria “Fanzine”, eliminando-se. Não fazia muito sentido a sua existência porque a sua quantidade e distribuição super reduzida retirava a esta categoria o seu significado. Se por acaso os fanzines recuperassem de maneira a justificar uma categoria, esta será reposta de imediato!
Melhor Publicação Clássica é o reconhecimento por parte do júri de uma importante parte da produção nacional ser virada para reedições, ou simplesmente, edição de obras mais antigas (mais de 20 anos).
A categoria Melhor Autor é o resultado da fusão entre todos os antigos prémios que visavam o reconhecimento dos autores, e agora apenas focado em autores nacionais. O prémio será entregue a um autor que assine a totalidade da obra, ou então a dupla (ou o nº de autores envolvidos) responsável pelo livro.
São eliminadas também as antigas categorias “Melhor Revista”, “Melhor Editora” e “Melhor Projecto em BD”.
O Júri continua a ser o mesmo dos últimos anos:
HUGO JESUS, co-fundador e administrador do Portal Central Comics (também argumentista e letrista/balonador)
DANIEL MAIA, ilustrador e autor de BD, e também editor da Arga Warga Edições
PEDRO VIEIRA MOURA, critico, pedagogo e argumentista de BD, também autor do blogue Ler BD
PEDRO CLETO, critico e jornalista no Jornal de Noticias, e autor do blogue As Leituras do Pedro

NUNO AMADO (eu…), coleccionador e autor do blogue Leituras de BD

Para o post não ficar muito longo vou apresentar hoje apenas as primeiras quatro categorias:

Melhor Publicação Nacional (TCCN)






As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy – Volume 1 (Tinta da China Edições)











Destruição! (Associação Chili com Carne)













Eternus 9 – A Cidade dos Espelhos (Gradiva Editorial)













New Born – 10 Dias em Kosovo (Edições Asa)











Sai do meu Filme (Calendário de Letras/Ao Norte)








Melhor Publicação Estrangeira (TCCE)






As Cidades Obscuras Vol.11: A Teoria do Grão de Areia Tomo 2 (Edições ASA)











Blacksad: O Inferno, o Silêncio (Edições Asa)














Bórgia Volume 3 - As Chamas da Pira (Edições Asa)












Passageiros do Vento Vol 7 : A Menina de Bois Caiman Livro 2. (Edições Asa)












Scott Pilgrim Vol.1: Na Boa Vida (Booksmile)












Sin City 5 – Valores Familiares (Devir Edições)







Melhor Publicação Clássica (TCCC)







Astro Boy Vol. 1 (Edições Asa)











Dot & Dash (Libri Impressi)










Dragon Ball Vol.1: Son Goku (Edições Asa)













Os Meninos Kin-Der (Libri Impressi)











Peanuts – Obra Completa 6: 1961–1962 (Afrontamento)












Quim e Manecas: 1915–1918 (Tinta da China Edições)








Melhor Publicação Independente (TCCI)






A Fórmula da Felicidade Vol.2 (Kingpin Books)













Hans, o Cavalo Inteligente (Polvo Edições)













Março Anormal (El Pep Edições)













O Amor Infinito que te Tenho e Outras Histórias (Polvo Edições)














O Pénis Assassino (Associação Chili com Carne)











Zona negra 2 (Colectivo Zona)







Os seguintes nomeados nas restantes categorias irão ser apresentados na 3ª Feira.
Como nota, não pude votar nas categorias TCCI, TCCO e TCCA por ter participado como autor no "Zona Fantástica”. Os novos estatutos estarão online no Portal Central Comics dentro de dias.
A votação irá estar acessível a todos no dia 15 de Outubro, não sendo preciso estar registado na Central Comics para o fazer. Para os votos serem considerados o votante terá de votar em pelo menos quatro categorias.
Todos os livros que já foram referenciados neste blogue – Leituras de BD – terão um link que dirigirá para a página de referência.

Votem bem!

5 comentários:

  1. Olha...estou nomeado. Com a minha participação na Zona Negra 2.

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  2. Grande Nuno.
    Algumas considerações sobre os Troféus Central Comics, sobre as categorias, nomeados, etc (na minha opinião enquanto bedéfilo/autor(wanabe)/fanzinista).
    Em primeiro lugar, a importância dos Troféus Central Comics é por demais evidente. Cada vez mais se afirmam como uma alternativa com qualidade aos Prémios Nacionais entregues na Amadora. Os nomeados apresentam (geralmente) a qualidade que dignifica a atribuição de um galardão. A forma de votar (online, para todos os amantes da 9ª Arte) é bem mais democrática e transparente que os Prémios da Amadora. Mesmo que seja "votação do público", não está em causa os "favoritismos" que caracterizam votações similares (realit shows, prémios nova gente, globos de ouro da sic), porque, tirando a natural subjectividade dos amigos dos nomeados, quem gosta de BD tenta (pelo menos eu tento) ser imparcial. Fica apenas a questão de que estes Troféus merecem um grande evento que os suporte. É certo que o Hugo Jesus já tentou na anterior edição essa abordagem, com a realização do Anigacomix. É certo que essa ideia pode perfeitamente ser uma boa sugestão para outros eventos como o Anigacomix (estou-me a lembrar do Anicomics - e porque não também ter uma componente de Prémios? Mas isso fica como sugestão). É certo que Beja não tem nem concurso nem galardões. Haverá então mais do que campo para que os TCC sejam um grande Galardão Nacional da 9ª Arte, com suporte de evento. Apenas sugestões.
    Categorias! Concordo que as reduções melhoram a objectividade e, de certa forma, a justiça aquando da atribuição de cada troféu. A decisão de quem vota tende a ser mais pensada/consciente. Contudo, entendendo até a ideia de juntar o argumentista e o desenhador no prémio TCCA, não creio que seja totalmente adequado. Desde logo porque os argumentos/desenhos muitas vezes são melhores/piores que os desenhos/argumentos e o argumentista/desenhador não deveria ser prejudicado. São coisas diferentes. Por isso deverá haver sempre prémio para argumento, desenho e história (a junção). No entanto, admito que, com esta junção, haja maior vontade em se previligiar a forma como resultam as parelhas (para além do facto de que as duplas em Portugal só agora começarem a ter mais expressão). (continua)

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  3. (continuação) E acho acertadissimo que o TCCA seja só para autores nacionais. Por enquanto, os TCC são só uma coisa nacional (até pela questão de não estarem associados formalmente a um evento). Contudo, não compreendo como é que o Juan Cavia está nomeado nessa categoria (e a minha opinião é que ele é o que melhor desenha no conjunto dos nomeados, excluindo talvez o Victor Mesquita ou o Tiago Manuel, pois no caso do último não conheço o trabalho).
    TCCO - Ainda bem que existe esta categoria, até porque a esmagadora maioria da produção nacional são obras curtas. Bastante adequado.
    E agora vem o ponto em que tenho mais dúvidas e mais certezas. Estranho.
    Publicação Independente! Completamente de acordo em reconhecer as pequenas edições, principal forma de publicação no nosso país (na minha visão). O nome da categoria? Acertado. Não é como na Amadora, em que nenhum dos nomeados para a categoria dos fanzines é um fanzine. Agora, não concordo contigo quando dizes que "quase todos os autores de fanzines já editam com uma certa qualidade passando a ser chamados “prozines”, deixando o antigo formato quase manual, resolveu-se o problema desta antiga categoria “Fanzine”, eliminando-se. Não fazia muito sentido a sua existência porque a sua quantidade e distribuição super reduzida retirava a esta categoria o seu significado.". Ora bem: Existem ainda muitos fanzinistas a editar no formato tradicional. Muitos, mesmo. E, nalguns casos, a quantidade e distribuição é identica à de alguns nomeados. Nalguns casos até, a distribuição/divulgação/venda ultrapassa as fronteiras nacionais, coisa que (se não me engano) os nomeados ainda não atingiram. No entanto, considero que, a manter-se esta visão do Júri, obrigará os fanzinistas tradicionais a terem que dar o salto (e sei bem do que estou a falar, pois tem sido essa a minha luta, para os projectos em que me estou a envolver), o que diga-se de passagem, é mais do que bom e necessário. Por isso, vivam as publicações independentes.
    Ainda sobre isto, e sobre algum cruzamento com a categoria TCCN, não compreendo como é que há publicações que, sendo da mesma entidade, estão em categorias diferentes, ou no caso de edições de editoras (mesmo que pequenas) estarem nas publicações independentes. Na minha opinião, as Publicações Independentes são para associações, fanzines/prozines, edições de autor/autores, e a Publicação Nacional é para as Editoras, mesmo que pequenas. Pois se os fanzinistas têm que dar o salto, as pequenas editoras têm que ser consideradas como editoras, ponto final.
    Quanto à categoria Clássica, como dizes e bem, a actividade editorial é grande parte de re-edições e só nesse sentido é que se justifica esta categoria (opinião válida para o prémio similar da Amadora).
    Apesar das críticas que faço (construtivas), reconheço o trabalho transparente e meritório dos membros do júri, que fizeram um trabalho (e têm vindo a fazer) no bom sentido, para além de que acredito que não seja uma tarefa fácil e muitas das questões que levanto tenham a ver com essa mesma dificuldade.
    Grande Abraço.

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  4. João Figueiredo
    Vou tentar-te responder a pontos mais pertinentes.

    Em Autor aparece o Cavia, porque é a dupla (ou tripla, ou a equipa que for) que é premiada. Como verás nos estatutos, tem de haver sempre um português na equipa, neste caso o Filipe Melo. Isto é válido para as obras nas várias categorias, excepto Estrangeiro como é óbvio.

    Independente Vs Nacional. Existe uma série de quesitos que separam estas duas categorias, não só a tiragem. Na tiragem considera-se que para ser Nacional tem de ter uma edição superior a 500 exemplares (por exemplo) mas há mais. Quantos à eliminação da categoria Fanzine foi porque havia muito pouco por onde escolher, e era também a categoria onde havia mais votos amigos. No dia em que os Fanzines tradicionais surjam em força volta-se à categoria.

    Há editoras em categorias diferentes porque uns livros cumprem com as balizas de Nacional, e outros livros das mesmas não. É apenas isso.

    Tivemos de nos balizar por regras antes de nomear, nenhuma categoria foi balizada para fazer aquela ou outra obra... primeiros foram os estatutos e depois a escolha dos nomeados.
    Quando saírem os estatutos verás!
    :)

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