Já há uns tempos que ando calado mostrando uns livros e umas imagens e o blogue tende a tornar-se monótono.
Assim lá vou hoje arranjar mais uns tipos que vão ficar chateados comigo! É a vida…
Primeiro quero falar de coisas agradáveis.
Existem alguns protagonistas neste meio que têm decididamente o meu aplauso. E porque não tenho medo de falar em nomes posso enumerar dois por razões diferentes. Atenção, outros que primam pelo amor que têm à Banda Desenhada também têm o meu respeito! Nada de confusões…
Primeiro quero salientar o papel editorial da Maria José Pereira que, contra todas as dificuldades que tem dentro da ASA/Leya, tem conseguido trazer-nos livros de qualidade europeia, com capas desenhadas pelos autores apenas para NÓS portugueses (sim, os franceses já ficaram com inveja de nós…).
De notar que apesar do corte editorial da ASA no departamento de BD, esta continuou a publicar séries on-going, iniciar outras e muito importante: estar aberta aos autores portugueses.
Não publica Comics? Não. Outros o façam, não é a especialidade “da casa” portanto outros que se cheguem à frente. Críticas antigas? Séries canceladas, pois, pelos vistos (devagarinho) o departamento de BD da ASA tem andado a continuar, conforme deixam na Leya ou conforme as vendas para o público: Bouncer, Murena, Armazém Central, Thorgal, Escorpião, Gato do Rabino, Águias de Roma para dar alguns exemplos. Reedições com roupagem nova como o Corto Maltese, que esgotam apesar do preço, Asterix de cara lavada para o filme de Outubro, Alix e o Vagabundo dos Limbos para os nostálgicos. Bom… já perceberam, não vou ser exaustivo!
Fora dos livros, esta responsável editorial conseguiu o feito de arranjar um espaço EXCLUSIVO para a BD numa livraria da Leya, a Buchholz, só dedicado a pequenos eventos de Banda Desenhada. Parece fácil? Então tentem fazer o mesmo!
Numa vertente comercial bastante agressiva, mas com qualidade e garra, destaco Mário Freitas o responsável da Kingpin. Chamou a si um dos grandes festivais de BD em Portugal, iniciativa própria, e sem apoios monetários de ninguém, conseguindo a diálise entre a Manga/Anime e os Comics. Isto está impresso no nome. Mas isso foi o início! São apresentados livros, exposições e debates com autores estrangeiros de qualidade, e autógrafos. Mas… e os autores portuguese? Passam por lá também praticamente nos mesmos moldes. Como juntar e colar isto tudo? Muita animação proporcionada por Cosplayers e muita juventude! É uma festa na BD portuguesa!
As lojas de BD estão mal? A Kingpin não se queixa. Grande marketing e agressividade comercial levam a marca a uma posição não de sobrevivência, mas de vivência. A Kingpin está em todos os eventos (ou quase) sempre com boas bancas, e incrivelmente… vende! Porque será? Talvez porque se esteja sempre a reinventar cada vez que é necessário. Edição de livros? Pois, a Kingpin também o faz. Com as limitações de uma pequena empresa, não entra em loucuras e vai pondo o seu símbolo nas lombadas de alguns livros de qualidade (infelizmente com tiragens pequenas), mas estranhamente ignorados no nosso meio bedéfilo. Porquê? Eu até podia dizer, mas ficava-me mal. Mário Freitas pode ser um dínamo em pessoa, mas como é lógico boa parte do seu sucesso é saber rodear-se das pessoas certas nas alturas certas, mas para fazer isso também é preciso saber cativar e motivar os colaboradores!
O meu “prémio resiliência” vai para o Paulo Monteiro!
Um festival organizado por uma Câmara Municipal tem destes problemas… falta o dinheiro no país, e a torneira fecha-se para este tipo de eventos culturais. O Paulo Monteiro conseguiu ao longo dos anos fazer um dos festivais mais agradáveis a que eu já fui. Já falei bastante noutras alturas sobre as características únicas deste festival (basta clicarem na “tag” FIBDB), e fazer um festival internacional de BD numa cidade muito interior de Portugal é obra!
Este ano o Paulo Monteiro viu inicialmente este festival ser praticamente cancelado devido à crise… Baixou os braços? Não. Desistiu? Não! Foi para a frente com os amigos que arranjou ao longo do tempo fazendo um festival com a “prata da casa” e curtíssimos apoios financeiros. Não teve o brilho de outras alturas, mas não deslustrou em nada a BD. Conseguiu um programa diabólico, sem parar, e sempre ao minuto para que tudo o que organizou estivesse no ar a horas e de acordo com o programa. Coragem e empreendedorismo! É o Paulo Monteiro!
Outras editoras para além das que já falei neste texto também merecem referência. A Devir não publicou muitos livros, mas conseguiu pôr à disposição dos portugueses uma grande obra da BD mundial: Blankets! Os meus parabéns por isso, foi uma grande edição em capa dura mas temo que os portugueses na sua generalidade não mereçam obras deste calibre. Espero sinceramente que tenha vendido bem para talvez Habibi ser publicado também. Quanto às restantes publicações desta editora tenho a dizer o seguinte… Publicar o excelente Manga Death Note em português é bom! Muito bom! Mas… uma série que já foi terminada no original e em inglês há muito tempo, e nem sequer tem muitos volumes, tem de ter um ritmo certo de publicação. Isso não acontece. Uma série destas tinha de ter pelo menos três volumes publicados por ano num ritmo constante. Outra grande série que esta editora se propôs a publicar foi Walking Dead. No original vai no Vol.16, e aqui está a ser publicada ao ritmo da série de TV! Ou seja… nunca mais chegamos lá, a não que comecemos a comprar em inglês!
Qual é o aspecto negativo desta irregularidade de publicação, para não falar na míngua que é um livro por ano? O fantasma do cancelamento! Sobretudo no que respeita a Death Note. Nunca mais sai o próximo, e algumas pessoas que não costumam comprar em inglês começam a atrever-se agora! Isto é muito pernicioso para o nosso mercado, e para as outras editoras. As pessoas descobrem que podem comprar facilmente importados e não é assim tão difícil de ler!
A Contraponto surge no mercado com outra grande obra autobiográfica: Persepolis. Num único volume, que pareceu um golpe de mágica, eis que surge esta obra premiada em todo o mundo. Mas a Contraponto depois disso já publicou mais dois livros de BD! Vamos a ver se é para continuar.
Mas não foi só a Contraponto a surpreender, a Saída de Emergência depois da obra de David Soares “É de Noite que Faço as Perguntas”, com que iniciou o seu catálogo de BD (corrijam-me se estiver enganado), publica O Cavaleiro de Westeros! Espero que esta editora também inicie a série principal de George R.R. Martin em BD (não sei se é pedir de mais…)!
A Booksmile dá a ideia que apanhou um susto comercial com o excelente Scott Pilgrim, e penso que abandonou a BD…
Falando de concursos, eventos e festivais.
Tivemos festivais que sobreviveram (Beja) felizmente. Esperemos que para o ano tudo corra ainda melhor a este festival. O Amadora BD não sei se vai continuar na mesma, se se vai modificar, melhorar, piorar, enfim daqui a um mês vamos descobrir! Gostaria que este festival ouvisse mais os diferentes agentes que o tornam mais interessante na medida do possível, como lojas e editores. Aliás, vou cobrar aqui o que o seu director disse em Novembro do ano passado: “Quando o festival acabar, passado um mês vou reunir com os lojistas e editores para delinearmos uma estratégia comum de modo a tornar o festival melhor e mais apelativo”.
Que eu saiba isto nunca aconteceu, o Nelson Dona que me desculpe, mas acho que só disse aquilo para calar o pessoal que estava dentro da sala e depois não pensou mais no assunto! Não é a melhor maneira de lidar com os problemas. Por isso o festival da Amadora pouco tem evoluído desde que me lembro dele…
Anicomics. Exactamente o contrário! Sempre a inovar, a maturar novas ideias, dinamismo, velocidade, horários razoavelmente cumpridos. Um festival cada vez maior, embora eu gostasse que o peso dos comics fosse maior na animação ao redor deste festival de Lisboa!
Faço um repto aos Cosplayers, para o ano em vez de representarem figuras Manga, tragam personagens dos Comics!
O MAB. Por razões já amplamente debatidas não funcionou. Seria um bom festival de BD se tivesse uma organização mais estruturada e experiente, apoiada em pessoas já com algum “know how” de tudo quanto rodeia um festival, um festival de BD não é só autores. Se houver novo MAB, que tenham isso em conta!
Pequenos festivais de BD que vão aparecendo nalgumas cidades mais pequenas. Bom, eu admiro o gosto que estas pessoas têm pela BD e provavelmente fartam-se de trabalhar para que as exposições sejam as mais apelativas possíveis. Eu respeito mesmo o que fazem, porque merece respeito. Mas faço a pergunta, no figurino em que estão a ser apresentados ao público acham que funciona mesmo? As temáticas são ao gosto de quem? Pois. Eu tenho como certeza absoluta que neste momento de crise das Câmaras cada evento de BD TEM de contar! Não é só fazer porque gostamos. Temos de escolher um público-alvo que dê continuidade ao nosso trabalho, ou seja jovens. E os jovens não querem neste momento admirar obras de autores já passados! Foram importantes e devem ser respeitados, mas as temáticas, autores e figurinos de exposição têm de ser adaptados para outras pessoas. Dizem-me… “Áhh… tu és só garganta! Diz-me tu como fazer isso!” Eu digo. Com muita imaginação! E cada caso é um caso, portanto quem se propõe a fazer estes eventos que ponha a imaginação a funcionar, e dinâmica em cima! Não vale a pena fazer mostras de BD apenas com autores que já passaram e com exposições (não estou dizer se são boas ou más) nos moldes tradicionais. Assim só terão uns quantos visitantes com mais de 35 anos de idade, ou 40! E os mais novos vão-se apercebendo dessa situação e deixam de ligar mesmo: “Áhh, aquilo é tipo uma cena póhs cotas…”.
Por isso eu digo, façam contar cada evento, sejam certeiros. Criatividade é a chave! Há que chamar a juventude para a BD e não é com certeza dentro daquele figurino tradicional que se aproximarão de uma dessas mostras de BD. (Estou a ser generalista, claro).
Depois temos outros tipos de eventos que se pretendem como eventos de BD, mas acabam por não o ser. Posso falar do Portusaki nesta categoria. Evento com duas edições este ano, em que a primeira foi praticamente toda orientada para a cultura oriental, e a segunda tentou ser mais abrangente com alguns autores de BD a darem autógrafos e a entrega dos Troféus Central Comics. Pelo que vi das fotos e ouvi de pessoas que lá foram isto não foi conseguido. A parte BD não funcionou! Para aliciar as pessoas que gostam de ir a eventos de BD é necessário ter nomes que chamem e ter uma programação à volta delas que funcione, por exemplo boas exposições, e debates participativos. Não é por dizer aqui estão o Jorge Coelho, o Filipe Melo e o Sama que as pessoas vão a correr para lá. Ou seja a parte BD deste evento ficou completamente escondida pelo resto do cartaz de actividades. Podem dizer “não estiveste lá”… é verdade não estive, mas tenho a informação de pessoas que lá estiveram! Comercialmente parece que não correu muito bem, e ao nível das actividades de cartaz apenas não tenho informação daquelas de cariz oriental e Cosplay, mas pelas reacções nas redes sociais não me pareceu que tivesse aquele entusiasmo pós-evento normal. Para todos os efeitos, o estigma de ser um evento virado para a cultura oriental ficou, e a parte de BD (que é a que interessa para mim) não teve a expressão desejada. Logo, e na minha opinião, é um evento falhado na vertente BD, logo não o considero sequer representativo como festival desta arte.
Em relação a lojas de BD activas no mercado existem poucas, infelizmente. Desapareceram algumas por várias razões, outras pelas razões contrárias continuam no mercado.
Para uma loja especializada em BD subsistir tem de trabalhar muito bem. Tanto na apresentação do seu produto, inovação criativa de modo a chamar a atenção e conseguir colocar as pessoas dentro da loja. Umas não precisam tanto disto devido a uma boa localização e tradição, caso da BD Mania, outras trabalham para “obrigar” as pessoas a entrar, caso da Kingpin e do Mundo Fantasma. Fazem-no com festas, exposições e lançamento de livros. Um livreiro tem de ser muito imaginativo para vender este produto. A Dr. Kartoon de Coimbra penso que também andará a trabalhar bem, visto que nunca ouvi ninguém queixar-se dessa loja. Aqueles que não trabalharam bem com certeza não tiveram o sucesso pretendido, o que acabou por nalguns casos a obrigar ao fecho da loja.
Mais, existe uma situação perniciosa agarrada ao fecho destas lojas: Os seus donos para minimizarem perdas do seu mau negócio fazem uma coisa que agrada a curto prazo aos leitores, ou seja venda ao desbarato! Para além de não terem trabalhado bem enquanto tiveram a loja, estragam o negócio a quem trabalha bem. Ou seja, nestes turbilhões de saldos acabam por de algum modo arrastar o negócio de outros para trás. Isto num negócio a nível nacional (tipo venda de batata frita) não trazia problema nenhum, há muita gente a comprar e o produto é vendido em todo o lado, agora num negócio onde existem poucas lojas, pode ser mortal para aquelas que ainda estão vivas! Áhh… o leitor gosta, claro… mas se as outras lojas começarem a desaparecer se calhar não é assim tão bom!
Pegando neste assunto, e fazendo o arco para as livrarias generalistas. Continua a passar-se a mesma coisa com os restos da Meribérica. Conseguimos encontrar na mesma prateleira de uma livraria o mesmo livro de duas editoras, uma que faliu e o livro custa entre 1 a 3 EUR, e depois temos o livro de uma editora viva, que pagou os direitos desse livro, que teve de pagar gráficas e distribuidores a 12 ou 14 EUR! Isto é pernicioso falando no futuro, as pessoas deviam perceber isso. Gostam muito no presente e (incrível) chamam ladrões, como já ouvi, à editora que tem o livro mais caro!! No futuro… poderão ter mais uma editora fechada por causa do prejuízo que teve com essa edição, e depois o deserto editorial passa a ser maior…
Neste caso aponto o meu dedo às livrarias generalistas que vendem BD: FNAC, Bertrand e Bulhosa.
Para além de maltrataram a BD, não perceberem nada de BD, não quererem perceber nada de BD, escondem-na, juntam-na aos livros infantis de ilustração (e depois vemos uma criancinha de 6 anos a folhear um livro de Manara…), tem os livros de BD em más condições de acondicionamento apertando os livros na prateleira de tal maneira que lhes rebentam com as lombadas, e deixam as pessoas besuntarem completamente os livros ao levá-los para a parte de restauração para lerem enquanto comem o pequeno-almoço. Compro livros em 2ª mão em muito melhor condição que estes “novos” das livrarias generalistas!
A FNAC comete outro “crime”, esconde muita BD em português e mostra os importados de França e EUA. Lembro-me do Scott Pilgrim vol.3 em que a FNAC de Cascais tinha vários em exposição em inglês, e aqueles que estavam em português estavam dentro de uma gaveta. Isto é verdade! Aquelas gavetas que estão por baixo dos expositores estão CHEIAS de livros em português. Outros estão nas prateleiras todos misturados com os importados (em maior número) e como se isto não bastasse colocam muitas vezes os livros em francês em lugar de maior destaque que os mesmos livros traduzidos para português! Isto devia ser proibido!
Infelizmente são a maior cadeia que vende BD em Portugal, mas o trabalho que eles fazem em relação à BD portuguesa não é digno, antes pelo contrário. Nem me venham dizer que se não fossem eles não se venderia BD em português. Se calhar são quem vende mais, é certo, mas poderiam fazer muiiiito melhor o seu serviço. Uma coisa é vender, outra coisa é prestar um bom serviço à BD. A FNAC não o faz. Apenas vende a quem lá passar e por vezes em condições deploráveis de apresentação.
Relacionado com artistas. Temos bons artistas! Uns conseguiram trabalhar para fora, outros vão trabalhando cá dentro, mas infelizmente estes têm de ter outras fontes de rendimento porque a percentagem que lhes cabe da venda dos livros é insuficiente para se manterem com uma vida digna, devido às fracas tiragens e/ou vendas em Portugal.
Não vou destacar nomes porque aí teria de desenvolver um texto bem maior, o que neste momento, e para este post, é inviável. Apenas se pede que trabalhem, não deixem trabalhos a meio e os apresentem a quem possa editar. O NÃO está sempre garantido, tudo o resto é ganho!
De qualquer modo tenho de falar numa coisa que quem está de fora observa com uma certa frequência: Não é gabando trabalhos deficientes que estes se tornam bons, nem é por os amigos gabarem os nossos trabalhos que estes se tornam melhores. Eu por mim já desisti de fazer críticas (construtivas) ou apontando o que não está bem porque só me vou chatear depois, e às vezes com pessoas de quem eu até gosto. O meu repto é:
Não se gabem uns aos outros, mostrem antes o que podia ser melhorado e o que não está correcto. E não me digam que não se gabam uns aos outros, porque o Facebook e os blogues estão cheios disso…
Só vendo o que está mal para correcção futura é que se evolui.
Agora falando de divulgadores, e não vou falar de mim como é lógico (outros o façam se lhes apetecer). Não vou falar de jornalistas de BD por uma razão muito simples, não compro nem leio jornais (nem desportivos) portanto nem faço ideia se são bons artigos ou não. Vou falar do que conheço e tenho contacto diário.
Existem bastantes blogues, e cada administrador é dono do espaço que lhe é fornecido na internet para falar do que lhe apetece. Por isso não posso condenar ninguém por falar mais disto do que daquilo. São os gostos de cada um a imperar e pronto! Não fazemos negócio com os nossos blogues, somos livres de dizer barbaridades e escrever estas parvoíces, como eu neste momento.
Acho que na generalidade todos fazem um bom trabalho à sua maneira, e dentro das suas possibilidades. Os meus parabéns a todos!
Mas vou “criticar” um blogue:
O Kuentro. O seu administrador, o Jorge Machado-Dias tem algumas rubricas, e no meio delas de vez em quando opina. A minha crítica é a seguinte: porquê fazer “Recortes de Imprensa” de jornalistas que também têm blogues e fazem o mesmo neles de vez em quando. Ou seja por vezes o Kuentro tem o mesmo conteúdo do blogue do Pedro Cleto (Leituras do Pedro), e do João Lameiras (Por um Punhado de Imagens), e claro do artigo no jornal para onde estes escrevem… não sei até que ponto esta redundância dos mesmo artigos de opinião sobre algo traga uma real mais-valia. Porquê eu falo disto? Porque o Jorge Machado-Dias sabe escrever, sabe fazer críticas a livros, e tem opiniões (concorde-se com elas ou não) válidas para discussão. Mais, o Jorge Machado-Dias volta e meia diz que não se faz boa crítica a livros e diz que ele próprio vai começar a fazer, mas não faz. Por vezes quando se tocam em determinados assuntos nestes recortes diz que irá fazer um post de opinião sobre isso, mas não faz! Caramba Jorge, tu és um profissional da BD, FAZ homem! Já ninguém quer saber do “Jobat no Louletano”! Aproveita o tempo para falar de livros e escreveres as tuas crónicas de opinião!
Não entendas isto mal, isto é só para te espicaçar. Apenas acho que podias fazer muito mais e mais válido, em vez de transcreveres o que os outros escreveram.
Em relação ao Portal Central Comics. É um Portal bastante antigo sobre BD, já esteve mais activo do que neste momento, e não iria criticar o programa de assuntos e conteúdos que dão corpo ao Portal. Mas…
Mas eu tenho de falar de uma “review” recente feita neste espaço. Porque achei um mau serviço à BD portuguesa. Que praticamente não apareçam críticas a livros portugueses, isso é uma escolha do Portal e eu não tenho nada a ver com isso. Agora quando uma editora portuguesa, neste caso a ASA, fornece tudo a este Portal para eles divulgarem os seus produtos, e poderem fazer crítica se o acharem por bem, acho feio que seja feita uma “review” à edição norte-americana de Blacksad colocando um pequeno link algures a dizer que já tinham falado disto (em português). Não não falaram! Apenas fizeram a divulgação com a nota de imprensa e imagens fornecidas pela ASA, a qual foi fornecida a toda gente que divulga BD. Achei feio. Isto não é defender a BD que se edita em português e em Portugal.
Agora podem pegar nas “shotguns” e fazer fogo em cima de mim à vontade!
Sangrar prova que estamos vivos!
:D
Boas leituras