Hoje temos mais uma Crónica Temática debaixo das Reflexões e Refracções...
:)
Paulo Costa decidiu ver por outro ângulo o mundo dos gauleses irredutíveis, onde vivem os nossos bem conhecidos Asterix e Obelix!
Fiquem com os pensamentos divergentes de Paulo Costa em mais uma Crónica Temática:
Reflexões e refracções II - Asterix
A pequena aldeia gaulesa irredutível perdeu a sua guerra com os romanos e os seus habitantes ainda não perceberam. Apesar de não reconhecerem a autoridade da República Romana, culturalmente, os gauleses companheiros de Astérix já estão romanizados.
Fazer com que a aldeia dos irredutíveis se submeta seria sempre complicado. A Península Armórica, localizada na província romana Lugdunensis e, nos tempos modernos, na Bretanha, era o ponto mais longínquo dos territórios gauleses, e algumas regiões eram apenas acessíveis por terra e não por mar. As tribos mais próximas, os Osmosi e os Veneti (sem relação com os Veneti italianos), chegaram a rebelar-se contra os romanos depois da área ser conquistada, mas antes de ser romanizada.
No mundo de Astérix, a aldeia sem nome pode recusar ser governada por Júlio César, mas os seus habitantes já agem como romanos em muitos aspectos. As trocas comerciais fazem-se em sestércios (uma moeda com o quarto do valor do denário), e o facto de que os gauleses conseguem entender-se com muitos povos estrangeiros parecem indicar que eles já adoptaram o latim vulgar como língua.
Abraracourcix, chefe da aldeia, tem orgulho da sua independência mas não é um homem de acção. Também parece ser mais esperto do que aparenta. Astérix viaja muito, não só pela Gália, mas por outros territórios controlados por Roma, aprendendo muitos conhecimentos sobre a civilização romana. Obviamente que uma pequena povoação localizada na ponta da Armórica não pode organizar uma revolução. Então, para que serve enviar constantemente o guerreiro mais valioso da aldeia a paragens longínquas?
Só há uma resposta possível: Abraracourcix e Panoramix estão a preparar Astérix para ser o próximo chefe da aldeia e para funcionar como parte de uma Gália romanizada. Conseguiram até passar-lhe, inconscientemente, um conceito socioeconómico não existente no seu tempo, estabelecendo relações com outros territórios sem necessitar da metrópole, assegurando um certo grau de autonomia para a Gália.
Espero que se tenham divertido com mais esta diferente abordagem! Para verem todos os outros textos do Paulo Costa basta clicarem no nome dele!
:)
Boas leituras
Epa adorei a ideia, ficou giro e não ficou brutal porque foi muito pouco.. porra sr Paulo, deixe de ser calão e disserta um pouco mais sobre isto.
ResponderEliminarSão boas considerações, mas senti falta de aprofundares um pouco a coisa, o ires aos Piratas, a outros membros da aldeia.. etc.
Como super fã de Astérix isto ficou-me a saber a pouco.
Bem, a ideia para esta coluna temática surgiu-me de duas perguntas que eu tinha. A primeira era "o que é que o Mickey faz da vida" e a segunda era "porque é que o Asterix usa uma moeda romana". Daí, a resposta poderá não ser muito comprida, mas vou tentar não dar uma resposta simples.
ResponderEliminarNeste caso, não teria muita razão para falar dos piratas, mas poderia ter incluido mais algumas justificações. Outra que me lembrei é que, apesar de estarem sob bloqueio militar (ainda que relaxado quando se ganha medo de levar alguns tabefes do tal gordo com o menir e o cãozinho), o Ordralfabetix, por exemplo, consegue encomendar peixe de Lutécia.
Outra curiosidade, os parceiros comerciais favoritos de outras terras são também eles quase todos de aldeias "irredutíveis", como se viu nos livros com os belgas, os bretões, os hispânicos e os corsos.
Seja como for, esta coluna é sempre centrada numa respostas a uma pergunta. Poderá não haver motivo para me alongar em algumas questões. Tenho uma na cabeça sobre o Fantasma que poderá ser um pouco mais longa.
Finalmente, não pretendo, de maneira nenhuma, que o tema "Reflexões e Refracções" (assim chamado por incidir sobre um tema com um ângulo de luz diferente) seja exclusivamente meu. Convido qualquer outra pessoa a usar esta coluna para responder a dúvidas que colocam a si mesmas sobre qualquer personagem ou universo de banda desenhada que tenham lido.
Paulo Costa
ResponderEliminarA mim o que sempre me fez rir em toda a situação do Astérix é que todos eles são independentes porque foram os primeiros a descobrir uma espécie de Hiper-Esteróides :D Que raio! Ainda bem que os miúdos não pensam nessas coisas, senão que raio de mensagem era passada; 'Tens problemas com bullies? Toma lá drog..hã poção mágica, uma poção magica e vai bater neles.'
E se calhar é por isso que o Astérix viaja tanto. Eu espero estar enganado, mas desconfio que o Sr Astérix anda a espalhar a substância por toda a Europa e partes de África.
Eu percebo a tua lógica Paulo, e o texto está muito bom, soube-me foi a pouco, entendes? É mais elogio que crítica
ResponderEliminarPenso e concordo que estas crônicas deveriam ter mais espaço por aqui, tanto para serem mais desenvolvidas, quanto para nosso deleite!
ResponderEliminarParabens!
Gostei, sou muito fã de Asterix, por isso que te peço que volte a tocar no tema no futuro próximo! Ficou um gosto de "quero mais"na sua matéria, legal!
ResponderEliminarLuís Sanches
ResponderEliminarO Asterix não anda a distribuir poção mágica, caso contrário o resto da República Romana estaria sempre em revolta. Existem vários problemas logísticos com a quantidade necessária para distribuição, seja como for.
Hugo
Vou escrever coisas mais curtas para escrever mais crónicas de cada vez e ultrapassar-te :-p
Alex d'Ates e Venerável Victor
Como eu disse na minha resposta anterior, o tamanho da crónica depende do tipo de pergunta que faço. Alguns temas poderão sair mais curtos por causa disso. Mas se mais alguém quiser contribuir, seja para adicionar ao tema ou para discordar completamente e oferecer uma explicação alternativa, podem responder aqui.
A minha próxima crónica deste género vai ser sobre o Fantasma. É uma das minhas tiras de jornal preferidas e provavelmente vou alongar-me mais.
Volto a lembrar que não sou dono desta temática e se alguém quiser contribuir para a rubrica "Reflexões e Refracções" estejam à vontade.
Hugo Silva e Paulo Costa
ResponderEliminarAcho que o que faltou no texto foi concluir. Acaba muito abruptamente!
;)
Alex D'ates
Desde que hajam crónicas, eu publico! Haja quem as escreva!
:D
Acho uma ideia interessante e imaginativa. Eu penso também fazer uma minha brevemente, mas ainda não escolhi a vítima...
:D
Venerável Victor
Áhhh... mas irão haver mais, como disse ao Alex, eu brevemente irei fazer uma!
:D
Luis Sanches
LOL
(Asterix entre os Traficantes)
:D
Paulo Costa
ResponderEliminarGosto desta temática que arranjaste!
Gosto do texto, mas uma pessoa está a ler e de repente acaba o texto... como disse o Hugo, soube-me a pouco!
Acho que faltou concluir!
:P
Muito boa reflexão. E concordo que saiba a pouco. Muitos parabéns, Paulo.
ResponderEliminarBoa Crónica Paulo Costa!
ResponderEliminarTexto muito bem escrito, e ao mesmo tempo provocativo, pois é um resitir que ao mesmo tempo se rende.
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