quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Murena Vol.6 e Vol.7 - O Sangue das Feras / Vida dos Fogos
Há séries que me dão um enorme prazer em ler e em ansiar pelo próximo volume.
Murena é uma delas!
A ASA pegou o ano passado a sério nesta série, com a publicação de dois volumes (um deles duplo) e estamos quase a apanhar os franceses em tomos publicados, falta apenas um único volume para “estarmos em casa” com o título original em francês.
Os criadores de Murena são Jean Dufaux (argumento) e Philippe Delaby (desenho). A cor tem variado bastante desde o início da série, porque já passaram por Murena nada mais que quatro coloristas! Falo nisto porque a arte volta e meia ressente-se da qualidade do colorista, mas para já Jérémy Petiqueux têm-se mantido nos últimos quatro livros, o que não deixa de ser bom por uma questão de homogeneidade de imagem apresentada livro após livro.
Este livro é também um álbum duplo e compila os volumes 6 e 7 da série, ficando apenas por publicar o oitavo volume, "Revanche des Cendres", que fecha o 2º ciclo da série: o Ciclo da Mulher.
Dufaux tem construído uma história ambientada no Império Romano de Nero com uma consistência impecável. A linha condutora não tem falhas, a acção passa-se em diversos locais simultaneamente, cruzando-se entre si constantemente conforme a intriga assim o exige. Coloca personagens novas com um excelente à vontade, sem parecer uma situação forçada, vai buscar pormenores passados para cenas emocionalmente fracturantes no presente e consegue uma intriga palaciana do mais alto nível. Dufaux em grande mesmo!
Philippe Delaby está sempre melhor, livro após livro, e sempre com uma arte muito bonita. Nada parece forçado nas suas vinhetas e construção de página.
Os detalhes são excelentes, aliás, ambos os criadores de Murena se socorreram de bastantes livros Históricos para a recriação desta Época Histórica. Parece-me perfeita em todos os detalhes, seja na construção dos espaços como no desenvolvimento das personagens à luz da época. Tenho de fazer uma referência à cor nestes últimos livros. Muitas páginas e vinhetas são apesentadas numa palete de cores quentes propositadamente, antecipando o célebre incêndio de Roma. Muito inteligente! Prepara-nos para o clímax de fogo que se seguirá. Nesta história de Dufaux não é Nero que pega fogo a Roma, mas isso fica para a vossa leitura!
Murena está louco de revolta e paixão. Desde o castigo de Nero engendrado por Popeia, que lhe retirou Acté dos braços e a entregou a um militar Romano estacionado na Gália, que Murena só pensa em vingança. Mas há mais gente a pensar em vingança, o ex. escravo Balba e a enigmática gaulesa que o acompanha também têm a sua agenda de vinganças contra Nero e Roma. Murena vai-se transformando aos poucos…
A acção vai de Roma à Gália, e volta novamente a Roma! Murena e os seus amigos não param. A tragédia abate-se sobre algumas cabeças, e infelizmente também sobre uma de quem toda a gente que acompanha a série ama de certeza… Façam o vosso juízo!
Para clarificar algumas comparações com a série Águias de Roma… não tem nada a ver! São histórias completamente diferentes, o único ponto comum é mesmo o grande palco ser o Império Romano. Aliás, atrevo-me a dizer que esta série é a melhor de sempre passada neste período histórico!
Entradas anteriores desta série:
Murena
Murena: Vol.3 - A Melhor das Mães
Murena: Vol.4 - Os que Vão morrer...
Murena Vol.5: A Deusa Negra
O Leituras de BD aconselha esta série! Excelência espalhada no papel!
Boas leituras
Hardcover
Criado por: Jean Dufaux e Philippe Delaby
Editado em 2012 pela ASA
Nota: 11 em 10
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Linda BD, o Leituras d BD aconselha ler as aventuras de Murena? Mesmo que a a arte e o enredo não fossem incríveis, eu daria uma chance, só por causa de vocês!
ResponderEliminarVenerável Victor
ResponderEliminarAconselho vivamente!
Mandem mail para a Leya Brasil que eles fazem seguir os livros das ASA para aí!
;)
Mais um que não irei comprar:)
ResponderEliminar(e dei uma hipótese á série), mas eu não sou grande exemplo, pois compro pouquissima coisa mesmo..:)
Bacchus
ResponderEliminarQue hipótese deste a esta série??
Leste que volumes?
:|
Nuno,
ResponderEliminarEu li os dois primeiros volumes numa Fnac a tomar um café:)
Fiquei com a ideia que não me trouxe nada de novo (talvez por ter visto muitos filmes desta era que adorei e não concebo isto em BD), mas pode ser somente um problema meu:)
Acredito que seja bom para o público em geral, a nível pessoal não me aqueceu ou arrefeceu..
Acontece-me isso frequentemente quando vejo um filme e depois vejo uma BD que não traz nada de diferente de um filme (ou mesmo uma série) e vice-versa.. Bds que são muito boas e vejo filmes a tentarem "aproveitar-se" do cocktail da 9ª arte e não funciona:(
Mas volto a FRISAR que é um problema meu com toda a certeza.. Já me aconteceu o mesmo com os livros western "Bouncer" de Jodorowski e Boucq entre outros.. os quais não achei grande coisa porque vi muitos filmes tão bons ou melhores que esta BD.. É a minha dialéctica sétima/nona arte:)
A série está a um grande nível e apreciei sobretudo o facto de Dufaux não ter enveredado pelo erro histórico de atribuir o incêndio de Roma a Nero. A última prancha do álbum é de um grande rigor. A ASA está em grande forma nesta colecção. Abraço
ResponderEliminarBacchus
ResponderEliminarOs dois primeiros livros comparados com o resto são os "mais fraquinhos"... a série começa a desenvolver é mesmo a partir daí! Esses dois são praticamente a introdução!
E tu és mais um tipo a meter restos de açucar que saltaram da saqueta num livro supostamente novo...
(Por isso não compro livros em lojas onde seja permitida a leitura dos mesmo)
:P
Verbal
Subscrevo!
Está em grande, e eu estava com uma curiosidade enorme em saber como ele iria tratar do assunto do incêndio. Muito boa solução!
;)
Nuno,
ResponderEliminarirei ler então o resto e depois digo-te de minha justiça:)
Quanto ás saquetas de açucar, os livros comigo não sofrem danos, primeiro porque nem tomo açucar com o café e segundo porque preservo demasiado o livro enquanto objecto fisico para sequer tentar o "beliscar".. (O que não quero para mim, não o farei para os outros e gosto de livros imaculados:)).
Eu acho uma vantagem essas lojas para ler os livros antes de os comprar.. É que assim não corro o risco de comprar algo que não me interessa mesmo.. (e o CASH não abunda:))
Mas acredita que tenho mais cuidado com os livros nessas lojas do que com os meus, porque respeito acima de tudo um livro que poderá vir a ser propriedade de alguém.. (e tenho um amor brutal pelos livros em geral e não consigo ler na net; senão era muito mais fácil para mim, lia na net e não tinha stresses ou preocupações com o livro enquanto objecto fisico que ADORO desde os meus 5 anos:))
Essa serie é um dos meus sonhos de consumo, mas como ela "nunca" saira aqui no Brasil, vou continuar na vontade!
ResponderEliminarE como tenho um grupo de tradução de HQs ou BDs, ate hoje não achei um tradutor que se comprometesse a traduzi-la. Como vcs estão bem adiantados ai, acho que seria mais facil tentar arrumar ajuda de alguem dai de Portugal pra scanenar ou transcrever ... kkk
A cada dia eu fico mais admirado com os títulos de grande qualidade que são publicados em Portugal.
ResponderEliminarE isso graças ao amigo Nuno Amado que nos deixa sempre bem informados.
Ter o selo de qualidade "Leituras de BD" evidencia tudo.
ResponderEliminarFechou, e se depender de mim, voo hoje mesmo para Portugal atrás dessa criança!
Gostei bastante da arte, parece-me uma bd muito boa, com nota 11 então!
ResponderEliminarBacchus
ResponderEliminarAcredito que trates bem os livros. Mas iso não é o que fazem a grossa maioria das pessoas. Quando vou à FNAC e vejo aqueles livros... bem, prefiro comprar em 2ª mão (estão em melhor estado) ou comprar em livrarias virtuais. Aquilo é uma vergonha! Livros completamente desfeitos, com açucar lá dentro, manchas de gordura, pingos de café, lombada completamente arrancadas... enfim.
:(
Elicarpo
Logo se vê se se arranja alguém!
;)
João Roberto
Por aqui ficas o melhor informado possível, embora haja editoras que não me mandem material de divulgação, como por exemplo a Devir.
:D
Alex D'ates
E tem esse selo de qualidade sim!
Vem a voar ou a nadar!
:D
Guy Santos
Nota 11 sim. É uma série bem acima da média, encontrando-se para mim num patamar de excelência!
;)
Nuno,
ResponderEliminarVou-me "afastar" um pouco do livro em si e abordar mais a sua distribuição e o facto de na FNAC existirem livros com defeitos (açucar, café ou seja lá o que for).
Eu já vivi em Lisboa e gostava de entrar numa FNAC e ver pessoas a ler (fosse no café ou nos postos), assim como no Porto também.
Continuo a achar que o problema dos livros estragados pelos clientes da Fnac, deveriam ser avaliados como "ofertas" das editoras para a Fnac e nunca serem vendidos (o que acontece na maior parte dos casos, bastando para isso pedir um exemplar em melhores condições). Penso que isto seria o ideal, pois a FNAC (ou outra qualquer grande superficie) é frequentada diariamente por milhares de pessoas, logo se as editoras "perderem" dois ou 3 exemplares por titulo, não é uma grande gravidade pois os mesmos estarão expostos a MILHARES de pessoas.(mesmo que não os comprem podem passar a palavra).
Hoje em dia as grandes superficies dominam tudo em Portugal (e existe sempre a possibilidade do comércio tradicional), se os titulos não estiverem expostos nas grandes superficies perdem milhares de possiveis clientes por dia (estejam eles em bom estado ou não, o que interessa é eles existirem e as pessoas saberem que os mesmos existem). O fenómeno das compras online é interessante, mas faz com que por vezes nos percamos e por vezes focalizamos demasiado a nossa mente na margem qualidade/preço de um determinado titulo e vão-nos escapando outros titulos e novas séries que aparecem nos escaparates online devido ao facto de por vezes não os vermos fisicamente, perdendo nós com isso coisas diferentes que nos possam interessar.
Para dar um exemplo concreto, na internet com facebook,sites, blogues, recomendações a toda a hora (amazon, book depository, os próprios autores, ebay, etc).. O público ou perde-se literalmente ou segue em fila indiana a comprar aquilo que é mais sugerido.
Vendo as coisas ao vivo em grandes superficies, o público não se dispersa tanto.
É fundamental (penso eu) a colocação de inúmeros titulos nas grandes superficies e as pessoas que os folheiem e vejam e revejam (e se se estragar algum, paciência.. é o risco de ser "tocado" por centenas de pessoas diariamente).
Tenho pena de ver cada vez menos titulos de BD no grupo Fnac (é sinal que irá atingir menos público no futuro que os compre ao vivo e isso faz com que o cliente ocasional (que nem liga muito a BD) deixe de comprar uma coisa diferente, para ele, para o filho ou o neto).
Já penso isto há muito tempo, um livro (seja BD ou literatura) é estático, senão existir movimento á volta dele, fica no limbo estático (mesmo na internet)..
E nota que eu até sou a favor dos livros online (PDF'S e afins), mas para se comprar um livro temos que o ver com os seus defeitos e virtudes fisicamente.. Conheço muita gente que simplesmente não compra livros sem ser online (o que faz com que lhes passe muita coisa ao lado)..
As que ainda vão comprando livros em grandes superficies (ou fisicamente noutro sitio qualquer), acabam por comprar o que os levou lá e mais alguns (seja pelo formato, cheiro ou por verem movimento á volta do livro).
Eu sei que compras online e noutras lojas fisicas, mas quem dera á maioria dos autores de BD terem todos a mesma exposição que uma FNAC dá.. E mesmo editores.. (E não, não trabalho para o Fnac, nem sou advogado de defesa de grandes superficies, pois até prefiro e bastante o comércio tradicional em todas as áreas, mas sei que as grandes superficies são um aglomerado de pessoas que não devemos desprezar de todo).
Decididamente no género prefiro as Águias de Roma pois é menos como dizer estático, nas páginas do Murena, não digo em todas, falta um bocado a ilusão de movimento, os personagens são poseurs, dá-me mais a impressão de uma fotonovela do que de uma BD, sim é bonitinho mas...
ResponderEliminarSe calhar é impressão minha. Tenho o mesmo problema nos comics com o Mike Deodato por exemplo. Eu sei que é para dar uma impressão de realismo mas acho que se perde algo pelo caminho. Estou a ver gravuras, não estou a ver vinhetas de BD.
-Bladder
Francamente não vejo a FNAC como algo de especial em matéria de distribuição de BD e Comics.
ResponderEliminarÉ bom para o público generalista que compra de vez em quando, tem quase sómente material mainstream e mesmo assim apenas o mais recente. Volta e meia se calha compro algo que acabou de sair mas é raro pois posso comprar a metade do preço na net, a mesma coisa para com os DVDs pois regra geral os preços são inflacionados.
E sim, muitas vezes não compro porque os únicos exemplares existentes estão supermanuseados e não há mais em stock de momento ou dá muito trabalho, é preciso mandar vir de outra loja ou etc...
Deviam fazer como nas perfumarias em que existem "testers" para teres um cheirinho do material ficando as restantes cópias seladas.
Mas isto não é diferente nas BD Manias e quejandos, a diferença é que o pessoal é mais cuidadoso nos locais da especialidade, o utente da Fnac é capaz de se discuidar e limpar o rabo num TPB da Vertigo pensando que é papel higiénico (tanta arte fantástica num suporte merdoso...).
-Bladder
Bacchus e Bladder
ResponderEliminarIrei fazer uma crónica brevemente sobre alguns assuntos, e este será um dos abordados.
Tenho algumas coisas a dizer, irei arranjar mais alguns inimigos, outros que já não gostam das minhas opiniões ainda gostarão menos.
Vou preparar essa crónica este fim de semana para ser colocada online na próxima semana.
Irei falar de indirectas, de boa vontade, de palmadinhas nas costas, de blogues, de Portais, de coisas boas, de editoras, de pretensos festivais de BD e de lojas de BD entre outras coisas.
Já há muito tempo que não faço uma cronicazita...
;)
Caro Bladder,
ResponderEliminarEu continuo a achar FUNDAMENTAL termos livros de BD na Fnac (com "testers" ou sem "testers").
Se os livros não forem vistos pelo grande público, deixa de existir no minimo, a noção de que existe outras coisas na BD para além de Asterix, mickys e superheróis..
Se eles só têm os mais recentes e têm preços hiper-valorizados, as pessoas só os compram se quiserem.. Não te esqueças que o cliente ocasional de BD ou DVDS não anda na net á procura dos preços XPTO..
Quanto aos clientes limparem o rabo num TPB da Vertigo, digo-te o mesmo que já disse ao Nuno.. Eu adoro o papel da vertigo (e acredita que não sou o único ou faço parte duma minoria no mundo inteiro:), existem gostos para tudo).
Nuno,
Dá-lhes caçetada da grossa:)
Eu já nem tenho pachorra para escrever acerca de palhaçadas.. (tento ignorá-las e dar-lhes o valor que têm), mas se precisares de VENENO corrosivo.. Fala comigo:)
E como é óbvio irei comentar também essa crónica:)
Bacchus
ResponderEliminarTenho as ideias na cabeça, só me falta ordená-las e fazer "a escrita"...
lol
:D
Tanta coisa para comentar :D
ResponderEliminarBacchus
Penso que sinto um desinteresse parecido com o teu em relação a muitas destas séries. Também tem a ver com já ter visto isto em algum lado, mas não é bem nos filmes. Para mim a Bd Europeia era especial por ter coisas diferentes. Nas ultimas décadas acho que o género Europeu transitou para algo que tenta simular tanto a arte como alguns tipos de histórias norte americanas. É uma pena.
Em relação à Fnac, acho que sim , acho que devem estar livros expostos. Porém há uma coisa que me faz confusão na Fnac e que normalmente nas lojas de Bd não acontece tanto. 70% do espaço da Bd são para ver lombadas. Não tenho paciência. Inclina cabeça para um lado, inclina para o outro (repete 7 vezes e siga).
Claro que eles não têm espaço para mostrar mais capas, mas já não tenho paciência. Aí viva a internet.
Nuno Amado
Estou desejoso de ver essa crónica. Uma sugestão. Escreve isso em duas ou três partes. De certeza que tens muito a dizer e vai haver aqui pessoal que vai querer conversar sobre cada um desses pontos detalhadamente :D (wink wink) :D
Bladder
Concordo contigo quando dizes que a Fnac não é especial em relação à venda de Bd. Mas acho que para o publico em geral é quem faz o melhor trabalho na exposição da mesma.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLuis Sanches
ResponderEliminarNão acho que que Murena tenha alguma coisa a ver com os Comics! Não há pontos comuns, nem na arte, nem no detalhe, nem no tipo de história.
:P
Não gosto de fazer crónicas em várias partes... sinto que se perde sempre algo! Gosto de as ver como um todo.
Pessoal a querer falar... espero que sim, e até espero que alguém me mande à fava (para não ser outro sítio).
:D
Não quero falar das FNACs e afins por agora. Nã altura falarei!
:)
Nuno Amado
ResponderEliminarEm relação a Murena (particularmente) e aos Comics refiro-me apenas ao tipo de tentativa de arte hiper-realista. Em relação aos detalhes e à história claro que não pode ser semelhante aos Comics. Os formatos são diferentes e os autores têm bem mais tempo que os americanos.
De qualquer forma isto não era um ataque a Murena. Acho que é um trabalho de excelente qualidade, ponto. Estava-me mais a referir a um tipo de caracteristica que penso que se tem vindo a perder nas criações Franco-Belgas que a mim particularmente agradava-me imenso.
Luis Sanches
ResponderEliminarPois olha... agora sou a discordar!
Acho que foram os americanos a adaptar a arte mais realista aos comics, do que já se fazia na Europa.
Na BD Franco-Belga sempre tiveste uma variedade enorme de estilos, inclusivamente este! Se me disseres que os coloristas é que andam a trabalhar da mesma maneira, aí já te dou razão. Porque a "pintura" no Franco-Belga sempre foi mais "de artista" do que é agora, ou seja, o Photoshop a trabalhar a 100%. Por isso fica parecido! Essa é a minha opinião.
:)
Nuno Amado
ResponderEliminarEntão é isso :) Retiro então o que disse à cópia aos americanos. Muito provavelmente tens razão. Sinceramente a minha 'queixa' é mais em relação a:
'sempre tiveste uma variedade enorme de estilos'
Concordo contigo nesta afirmação, mas acho que esta grande variedade perdeu-se nas ultimas duas(?) décadas.
Penso que a Bd Franco Belga já não é tão variada em estilos ou histórias como era. Não sei se é apenas uma impressão minha. Já encontrei quem concordasse e quem discordasse. Já agora, o que achas tu?
Caro Bacchus,
ResponderEliminarNão me aquece nem arrefece a importância da FNAC no mercado da BD Nacional pois não dependo dela.
Como fomento do gosto dos Comics e BD anda ela por ela pois a escolha é magríssima (um pouco disto, um pouco daquilo mais uns jogos e Mangas à mistura), sempre foi e sempre será, não é prioridade editorial, só existe para haver diversidade de oferta.
Mas isto sou em que ponho este género de edições acima de todas as outras.
Se alguém quiser mesmo entrar neste mundo tem muito por onde escolher em termos de oferta fora da Fnac, já não estamos na década de 80 e toda a gente tem acesso a um computador e internet, apesar de achar atraente (manuseio) que exista a possibilidade a presença física em lojas do género não é lá muito importante hoje em dia, é até limitativo. Só quem vive nos grandes centros urbanos é que não percebe isto.
Claro que esta é a minha opinião.
Já dizia Moebius em confissão ao Vasco Granja que a BD é cena de países ricos (ou algo assim), o interesse cá é que não mudou grande coisa senão pior em termos de Franco Belgas desde os anos 70, substituiu-se é as revistinhas das Disney pelos Paninis, ambos brasucas. Se a FNAC sair de PT continuamos na mesma.
A revista Tintim é que era um grande divulgador na altura, à venda em todo lado, com material interessante, deixou uma lacuna que nunca foi preenchida.
Francamente os comics pré-Dark Knight e Watchmen (com excepção de alguns independentes) eram uma bela bosta imatura fora raras excepções.
-Bladder
Bladder
ResponderEliminar'Se alguém quiser mesmo entrar neste mundo tem muito por onde escolher em termos de oferta fora da Fnac, já não estamos na década de 80 e toda a gente tem acesso a um computador e internet,...'
Não só a grande maioria da nossa população não faz compras na net, como também, gostaria de saber, fora dos centros urbanos, quais são essas grandes lojas de Bd que podem oferecer o que a Fnac oferece? Mais, nos anos 80 eu não precisaria de um computador para encontrar variedade de Bd por esse país fora. Encontrava muito mais variedade de Bd em Peniche, Castelo Branco, Olhão, etc, do que se encontra agora.
'...,apesar de achar atraente (manuseio) que exista a possibilidade a presença física em lojas do género não é lá muito importante hoje em dia, é até limitativo.'
Em que aspecto? Como é que a possibilidade de manuseio de uma Bd é limitativo? (Ultrapassa-me esta limitação)...
'Francamente os comics pré-Dark Knight e Watchmen (com excepção de alguns independentes) eram uma bela bosta imatura fora raras excepções.'
Esta é uma afirmação algo injusta para com muitos autores e de tal forma generalista que seria fácil demais contradizê-la.
Luis Sanches
ResponderEliminarEu continuo a aachar que a BD FRanco-Belga é a mais variada de todas!
Talvez penses que não devido ao facto de a ASA estar a publicar mais dentro de um determinado estilo em detrimento de outros, mas se fores a Angouléme um dia vais a quantidade de variedade existente! É brutal e resume-nos à nossa insignificância...
Bladder
Não queria falar das FNAC agora. Penso que tens meia razão.
Não gosto do "sistema" da FNAC, que esconde os livros em português em detrimento dos livros em francês e inglês. Aliás, acho isso uma pouca vergonha. Num próximo post hei-de falar disso.
Quanto a comprar em lojas virtuais, ok... eu faço-o em livros não publicados em português.
Mas também tens de entende que quem comprar importados não é a maioria. O leitor normal não faz compras em língua estrangeira.
POr isso a importância de termos bem à vista as edições portuguesas. Agora se me falares em importados, esses nunca compro na FNAC, compro-os em livrarias virtuais sim, têm uma variedade muito maior, e chegam em melhores condições que a maioria dos livros que se encontram à venda nas FNAC (para além de mais baratos).
;)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNuno Amado
ResponderEliminarAcho que vou ter mais uma vez de admitir ignorância :) Tens razão. A minha visão da Franco/Belga é largamente influenciada pelo que a Asa edita ou pelo que vejo na Fnac (principalmente). A verdade é que nunca fui ao Angouléme. Mas então fica aqui o meu apelo à Asa. Variem mais o estilo das vossas edições Franco/Belgas. Se sairem dessa zona de conforto talvez ganhem mais leitores (falo por mim).
Abraço
Luis Sanches
ResponderEliminarA ASA já tentou editar outras coisas e não correram bem, por isso vai editando o que minimamente lhe dá alguma premissa de conforto em relação a vendas.
Isto é resultado do nosso micro-mercado.
;)
Não me fiz entender.
ResponderEliminarFalava no âmbito de divulgação defendido pelo Bacchus (já agora dou alvíssaras se alguém encontrar os TPBs do Eddie Campbell sobre o personagem na Fnac) não do processo de aquisição per se.
A partir da NET quer seja em cibercafés, na Biblioteca ou em casa podes investigar aquilo que quiseres. Não estamos num circuito fechado.
Isto é, voltando à vaca fria, defender a FNAC como grande divulgadora da 9ª arte é cagativo, altamente cagativo.
Sim, quanto aos comics referidos pré-Watchmen, fora algumas excepções à regra em termos de maturidade eram desprezíveis comparados com aquilo que existia em termos de Franco-Belga na altura. São curiosidades e giraços hoje em dia mas VALEM POR AQUILO QUE GERARAM COM O TEMPO, são história, apenas valem para os Indiana Jones da especialidade, pura Pop Art.
-Bladder
Bladder
ResponderEliminarTambém não acho que a FNAC seja divulgadora de BD, Aliás a FNAC já destruiu algumas edições portuguesas, para que conste.
A FNAC é uma grande cadeia que também vende BD. Talvez o sítio onde se pode ver mais BD numa loja generalista, apenas isso (e muita BD em mau estado).
Não estou de acordo com o Bacchus sobre a importância divulgadora da FNAC na BD.
Quanto aos pré Watchman, e pós Watchman americanos, bem, não tenho uma opinião muito formado sobre isso.
:)
Se a Fnac não é divulgadora da Bd vão me dizer se calhar que é a Bertrand,ou outra Livraria local e regional ou mesmo loja especializada local que geralmente tem menos quantidade de um produto,quando o tem claro.
ResponderEliminarAs Lojas fnacs foram das 1as a ter Mangas em Frances na lojas deles e com muito espaço,diversos expositores sempre renovados para o fb e comics,mas começaram a encolher por falta de publico comprador lá por 2004/2005.
Obviamente que a Bd é só uma parte mas era melhor como era antes nas Bertrands ao Monte e com indiçoes de Juvenil ou lá o que era,ou escondida na Livraria local ou loja especializda. :(
Optimus
ResponderEliminarA FNAC não divulga, nem faz grande coisa pela BD em português. Limitam-se a pôr os livros à venda e destacam os importados em muitos casos, com os livros em português escondidos em gavetas.
São apenas a cadeia de grandes lojas que têm mais BD à venda. Apenas isso!
:\
Bladder,
ResponderEliminarNem tinha visto estes comments teus por aqui..
Ora bem, pós-watchmen e Dark Knight não existiu mais nada nos comics de jeito?
Bem, nesse caso nem vale a pena comentar.. faz uma pesquisa pela internet (já que não te interessa muito manusear os livros)..
Novamente e relativo á Fnac, volto a dizer o mesmo:
A Fnac não tem o dever de divulgar coisa alguma mas sim as editoras, mas sim ter espaço e colocar os livros á disposição de milhares e milhares de pessoas que não andam na internet a ver onde param as modas...
Bladder, com estes argumentos estás a desprezar todo o público casual que possa entrar numa fnac e comprar uma BD... Tão simples quanto isto.. Não te esqueças que o mercado de BD deve crescer em Portugal e que quem não gosta/desconhece a BD não anda á procura de BD na net.
Eu não penso nas coisas pelo meu ponto de vista, mas sim pelo público casual e que se possa interessar pela 9ª arte.
(E eu não compro nada na Fnac há anos, mas tenho a noção da sua importância)
Saudações