sábado, 31 de agosto de 2013

Ilustração: Zakarella por Carlos Alberto dos Santos

Imagem com direitos © de Nuno Amado e Aida Teixeira

Ilustração de Carlos Alberto dos Santos para a série Zakarella dos anos 70.
Um grande mestre português do desenho e da pintura, que pouco destaque tem tido nos blogues de nostalgia que praticamente, e apenas, mostram artistas vintage...

De notar que 80% das criações de Carlos Alberto dos Santos estão na posse de particulares estrangeiros.

Mais uma ilustração para a série Zakarella original:

Imagem com direitos © de Nuno Amado e Aida Teixeira

Boas leituras

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Top 10 Comics em 1993 e 1994



Como muleta da rubrica Os Comics e os Anos 90 vou colocando aqui os Top de vendas de revistas e compilações na década de 90.

Assim depois dos anos de 1991 e 1992, logicamente vamos ter os dois seguintes.
Podem fazer comparações!
;)

1993

Revistas:


Comic-book Title Issue Price Publisher
1 Action Comics 687        $1.95 DC
2 Adventures of Superman 501        $1.95 DC
3 Superman 78        $1.95 DC
4 Superman: The Man of Steel 22        $1.95 DC
5 Adventures of Superman 500       $2.95 DC
6 Turok: Dinosaur Hunter 1       $3.50 Valiant
7 Batman 500       $3.95 DC
8 Darker Image 1       $2.50 Malibu
9 Deatblow 1       $2.50 Image
10 Deatmate Prologue
$2.95 Valiant

Livros:


Trade Paperback Title
Price Publisher
1 WildC.A.T.S.
$9.95 Image
2 Batman/Houdini: Devil's Workshop
$5.95 DC
3 X-O Manowar
$9.95 Valiant
4 Batman: Legend of the Dark Knight Halloween Special
$6.95 DC
5 X-Men Survival Guide to the Man
$6.95 Marvel
6 RAI
$11.95 Valiant
7 Wolverine: Blood Hungry
$6.95 Marvel
8 Savage Dragon
$9.95 Image
9 Batman: Sword of Azrael
$9.95 DC
10 Warriors of Plasm: Home for the Holidays
$5.95 Defiant



1994



Revistas


Comic-book Title Issue Price Publisher
1 Violator 1        $1.95 Image
2 Spawn Batman     $3.95 Image
3 Stryke Force 1       
Image
4 X-Men 30      
Marvel
5 Spawn 17      
Image
6 Spawn 18      
Image
7 Generation X 1       $3.95 Marvel
8 Spawn 21      
Image
9 Spawn 22      
Image
10 Gen 13 1      
Image

Livros:


Trade Paperback Title
Price Publisher
1 Superman: Under a Yellow Sun
$5.95 DC
2 Wolverine: Evilution
$5.95 Marvel
3 Wolverine/Fury: Scorpio Rising
$5.95 Marvel
4 Batman: Bloodstorm HC
$24.95 DC
5 Cain/Vampirella Flip Book
$6.95 Harris
6 Lady Death: The Reckoning
$6.95 Chaos
7 Shadowman
$9.95 Valiant
8 Solar, Ma of the Atom
$9.95 Valiant
9 Batman: Ten Nights of the Beast
$5.95 DC
10 Mr. Punch HC
$24.95 DC


Concluindo, em 1993 a DC Comics dominou a tabelas de Comics, e em 1994 dá-se a explosão de vendas da Image. A Marvel andou a "apanhar papéis" estes dois anos...

Podem ver a tabela de vendas dos dois anos anteriores no link em baixo:
Top 10 Comics em 1991 e 1992

Boas leituras


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Os Comics e os Anos 90: DC Comics - Sidekicks [15]


Quinta-Feira é dia de "Os Comics e os Anos 90", a cargo de Hugo Silva.
O assunto hoje é Sidekicks e Young Justice!



Sidekicks DC Comics

Nem tudo nos anos 90 foi mau, nem tudo foi sombrio ou duro, existiram comics mais “leves”, divertidos e com personagens novos ou a continuarem a tradição de algum herói já existente. Esse era os casos dos Sidekicks da DC, com 3 nomes em destaque, Robin, Impulse e Superboy que no final da década formaram ainda uma equipa com outros sidekicks, a Young Justice.
























O conceito de sidekicks não era estranho na DC, já tinham existido vários e até uma equipa constituída por jovens parceiros de outros heróis, os Novos Titãs. Mas na década de 90 esses estavam já noutras fases da sua vida, e depois da saga Zero Hora, achou-se que era altura de regressar com comics solo destes jovens heróis, mostrando assim outro lado da vida de um super herói. Saído das páginas do Batman vinha o novo Robin, Tim Drake, que andava pelas páginas do morcegão desde 1989, tendo já tido direito a mini séries de qualidade e começava já a firmar-se como um herói com uma forte personalidade.

Tim Drake foi criado por Marv Wolfman e Pat Broderick, aparecendo pela primeira vez na mini série Batman: Ano 3 e introduzido de forma inteligente no universo do homem morcego, com o jovem herói a ir pedir permissão e “bênção” a Dick Grayson (o 1º Robin) e a cair nas boas graças deste, e do mordomo Alfred. Isto foi uma ideia do editor Dennis O’Neill que achava que assim os fãs iriam aceitar melhor este novo Robin, evitando assim grandes polémicas e uma pouca aceitação do público. E isso veio-se a comprovar, depois de três mini séries de sucesso, teve direito a uma revista própria (o único Robin com isso) que esteve nas bancas de 1993 a 2009.

Aos 9 anos provou toda a sua inteligência e capacidade de dedução, descobrindo as identidades de Batman e Robin, e como vivia no mesmo meio social de Bruce Wayne (devido aos seus pais serem ricos), estava sempre por perto deste e viu a sua degradação após a morte do segundo Robin, achando que era necessário esse contrabalanço na vida do herói e candidatou-se a essa posição.

Com um design moderno, a personagem começou a destacar-se nas páginas de Batman, com uma forte personalidade (nem sempre aceitando as ordens de Batman de olhos fechados), uma moral acima da média e uma grande inteligência que foram explorados na perfeição na sua revista a solo. Chuck Dixon é o autor que se deve destacar na escrita da personagem, e na arte o sempre competente Tom Grummet ajudou também a que o herói ganhasse outra dimensão.

Dixon complementava a vida do herói com a vida de jovem estudante, várias vezes mostrava a dificuldade que Drake tinha em conciliar as suas duas vidas, o constante sono e encontros desmarcados à última da hora, o problema em manter relações de amizade e românticas, tudo isto foi mostrado de uma forma leve e bem estruturada.

A arte na revista foi constante, mesmo quando o artista mudava o design da personagem, os cenários e afins mantinham-se mais ou menos os mesmos, transmitindo sempre uma grande jovialidade e a escuridão necessária para mostrar que era na noite que este herói actuava mais.

Vilões como o Cluemaster ou o Charada eram presença regular na revista, e para além dos amigos da escola, Tim tinha com ele uma jovem heroína que servia muitas vezes como sua parceira, a Spoiler. A dada altura, juntou-se com outros 2 amigos e formou a equipa Young Justice.

Um desses amigos era Bart Allen, o Impulse, parente de Barry Allen e por isso mais um herói com o poder da super velocidade. Impulse foi criado por Mark Waid e Mike Wieringo, aparecendo nas páginas de Flash como um verdadeiro empecilho já que era um jovem hiperactivo que não conseguia parar quieto (e sempre a grande velocidade). Nunca pensava antes de agir o que por vezes piorava as situações. Wally west perdia várias vezes a paciência com este jovem herói mas o mesmo ganhou algum destaque, e teve direito à sua própria revista, com o artista Humberto Ramos a ser um dos principais artistas a moldar esta nova personagem.
























Na revista mostrava-se como o mentor dos velocistas Max Mercury tentava ensinar Bart Allen, um jovem vindo do futuro e que não tinha a noção de como se devia comportar no século XX, nem como devia se acalmar e não estar sempre em super velocidade. Também aqui mostrava-se o contraste entre a sua vida de herói e a da escola, como era complicado conciliar as duas coisas, especialmente pela falta de paciência que Bart tinha e pela sua vontade em estar sempre a fazer as coisas em grande velocidade.

Foram vários os vilões e os heróis que passaram pelas páginas desta revista, e todos eles tinham algo em comum, ficam completamente doidos com o comportamento louco e sem sentido do jovem herói. Até vilões “doidos” como o Joker, perderam as estribeiras com a hiperactividade de Bart e gritavam e acabavam por perder devido a eles próprios não pensarem bem antes de agir, tão furiosos que estavam com Impulse.

Nessa aventura Bart alia-se a Batman, e descobriu-se que tinha sido ele a dar o nome ao jovem herói, apesar de não ter sido com intenção. As aventuras de Impulse eram cheias de altos e baixos, mas mesmo assim a personagem continuou na ribalta e uniu-se a Robin e a outro herói para formarem a equipa Young Justice.

O terceiro elemento dessa equipa foi o Superboy, a nova encarnação desta personagem mítica da DC, vinda das páginas da mega saga a Morte do Super-Homem e a querer afirmar-se como um verdadeiro herói, apesar de ter uma mentalidade muito jovem e um temperamento muito forte.

Fiquei fã da personagem, até do nome que mais tarde lhe deram, Kon-El. Achei que a personagem estava muito bem construída, e a dupla Karl Kesel e Tom Grummet souberam criar um universo ao seu redor bastante interessante. Afinal Superboy tratava-se de um clone, numa tentativa frustrada do Instituto Cadmus se aproveitar da ausência do Super-Homem, mas no final provou ter uma personalidade própria e alguém com direito a construir a sua própria vida, mas desta vez como Superboy.
























Com um parceiro do Cadmus, e um agente divertido e ganancioso, a personagem vai viver para o Hawaii durante uns tempos e tem ali aventuras bastante divertidas e interessantes. Dos três era a personagem que vivia mais abertamente, não tinha identidade secreta e para ele só a vida de herói que interessava. Mesmo assim tinha amigos, e paixões, fora desse mundo e isso ajudavam a que mantivesse os pés assentes na terra e não entrasse em grandes loucuras.

Outra parte interessante era descobrir que tinha poderes diferentes do Super-Homem, acentuando assim as diferenças entre as personagens e mostrando que não era só um simples clone do herói. Vários vilões e heróis passaram pelas páginas da revista, desde companheiros próximos como o Aço ou a Supermoça, a equipas como o Esquadrão Suicida ou a defender-se de esquemas do instituto Cadmus.

Na revista aparecia o amor de Kesel pelos conceitos criados por Jack Kirby, de tudo um pouco foi abordado nas páginas de Superboy quer na primeira passagem da dupla criativa pela revista, quer na sua segunda passagem anos mais tarde. Entretanto como já aqui falei, ele foi também um dos fundadores da Young Justice.

A jovem equipa foi criada em 1998, por Todd Dezago e Todd Nauck, num one shot e depois numa mini série “World without grown-ups”, que mostraram todo o potencial de uma equipa constituída por jovens heróis e fizeram com que a DC apostasse numa revista própria. O escritor Peter David junta-se então a Nauck e juntos começam a mostrar aos poucos o que podíamos esperar desta equipa, provando que não seria mais uma versão de Novos Titãs, mas sim algo com uma personalidade muito distinta.

Se quisermos podemos dizer que esta equipa foi para os Titãs o que a JLI foi para a Liga da Justiça. O bom humor foi uma presença regular! Desde a primeira revista onde os 3 heróis se decidem reunir na antiga caverna da Liga da Justiça, acabando por fazer tanto barulho que acordam o andróide Tornado Vermelho, fazendo com que este aborrecido lhes dê um bom sermão.

O veterano herói decide então manter-se como um mentor para eles, e notando como as diferentes personalidades dos jovens podiam trazer alguns problemas, decide ensinar-lhes algumas coisas apesar de os deixar com liberdade suficiente para actuarem sozinhos.

Robin assumiu-se como o líder nato, era o mais inteligente e “adulto” dos três, perdendo várias vezes a paciência com Impulse que era mais doido que o costume nesta equipa, mostrando até mais potencial para isso do que na sua revista própria. Já Superboy tomava uma atitude blasé, sempre achando-se mais importante do que os outros e que a equipa podia tomar outro rumo com ele na liderança.
























Rapidamente apareceram outras sidekicks femininas para se juntarem à equipa, mantendo na mesma o bom humor e dando origem a um número onde existia uma espécie de encontro “professor-pais” entre o Tornado Vermelho e os Pais e responsáveis pelos jovens heróis. Uma pedrada no charco em relação ao que se fazia na altura, uma verdadeira revista jovem cheia de humor e bem divertida, mostrando que os anos 90 começavam a ficar para trás e uma nova era de heroísmo vinha aí.

Texto: Hugo Silva

Espero que tenham gostado, e vou repetir-me outra vez, podem aceder a todas as publicações do Hugo Silva no Leituras de BD clicando no nome dele, e visitar o seu blogue no seguinte link:
Ainda sou do Tempo...

Podem ler os anteriores artigos desta rubrica nos seguintes links:
Os Comics e os Anos 90: Image Comics - Youngblood
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - A Morte do Super-Homem
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - A Queda do Morcego
Os Comics e os Anos 90: Crossovers entre várias Editoras 
Os Comics e os Anos 90: Dark Horse - Hellboy
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Onslaught 
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - Elseworlds: Golden Age
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Heroes Reborn 
Os Comics e os Anos 90: Wizard Magazine
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Os Monos da Marvel
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - Hal Jordan: Ascensão, Queda e Redenção
Os Comics e os Anos 90: Alex Ross
Os Comics e os Anos 90: A Falência da Marvel
Os Comics e os Anos 90: Top Cow - The Darkness & Witchblade

Boas leituras

Lançamento Polvo: Ar puro e Água Fresca


A segunda publicação da Polvo este ano está pronta a sair!

Obra "muda" de Olivier Perret, conhecido como Pero.
É uma história de humor negro, e porque não dizê-lo, com muito cinismo à mistura... o leitor não sabe se há-de rir ou chorar, embora isto seja tudo menos uma obra cómica.

Pero joga bem com uma narrativa gráfica sem falas, apenas com onomatopeias. Toda a narrativa gráfica é baseada num desenho simples, quase a roçar o sketch.

Fiquem com a nota de imprensa da editora Polvo:

Ar puro e Água Fresca

O LIVRO

Filho de caçador, Joshua vê-se brutalmente órfão após o ataque à casa familiar por um grupo de índios. Terá então de aprender a sobreviver sozinho e a tornar-se adulto no ambiente vasto e rude das Montanhas Rochosas de meados do século XIX.

Nesta história, o autor coloca o seu traço elegante ao serviço de uma fábula inteiramente muda que conta a natureza selvagem dos grandes espaços e a natureza não menos frustrada dos homens.

Este é um western iniciático, trágico, com toques de humor, um romance que alia uma radicalidade gráfica e de argumento, que se mantém de uma extraordinária fluidez de fio a pavio, pois Pero escolheu o silêncio para deixar exprimir a força das ilustrações.

O AUTOR

Originário de Grenoble, França, Pero, pseudónimo de Olivier Perret, começou por estudar Desporto antes de ingressar na Academia de Belas-Artes de Tournai. Acabados os estudos, dedicou-se de corpo e alma à criação e animação da revista “Cheval de Quatre”. Vive em Lille.

Com “Ar puro e água fresca”, a sua primeira obra enquanto autor completo, Pero aceita o desafio de uma história muda, onde revela um belo domínio gráfico e narrativo.

















































Ar Puro e Água Fresca
Argumento e desenho: Pero
23 x 16,5 cm; capa em quadricromia, com badanas;
128 pág. impressas a preto e branco
PVP: 11,23 euros (s/IVA); 11,90 euros (c/IVA)
ISBN: 978-989-8513-13-7

O livro será distribuído em Setembro pelas livrarias.
:)

Boas leituras

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Lançamento Goody: Mapa de Publicações para Setembro

4 de Setembro

Mais quatro revistas Comix, um Hiper-Disney e um Disney Especial!
A Goody não pára e parece que a Disney veio mesmo para ficar. Inicialmente pensei que uma revista semanal era complicado para o mercado português, mas eis que a Goody e o público comprador me provam o contrário!
Esta é uma boa notícia para mim, que já andava muito desanimado com o nosso mercado...

Disney Especial - Minnie e Margarida
Disney Especial - Minnie e Margarida
























Este mês vamos ter mais um Disney Especial, e desta vez tem um público alvo bem marcado: as meninas, as jovens, e porque não as senhoras que ainda continuam jovens?
As personagens centrais do livro serão a Minnie e a Margarida, como o título indica, mas pergunto...
Para quando um Disney Especial com o Superpato?
Este é o meu desafio à Goody!
:D

Disney Especial - Minnie e Margarida
Disney Especial - Minnie e Margarida
























Fiquem com a nota de imprensa da Goody, mais quatro páginas do Disney Especial, Capas e páginas dos restantes títulos, assim como as suas datas de saída.

Disney em Setembro
Chega o mês de Setembro e com ele seis edições BD Disney absolutamente imperdíveis!

As já habituais e divertidas Comix vêm acompanhadas com a dose dupla de aventuras da Hiper #10. Mas não é só!!! Este mês, para os fãs de Minnie & Margarida, temos uma edição especial reservada para elas!!!

20 de Setembro

Será um fim de verão e um início de aulas fantástico, na companhia do início do final da saga de Mágicos de Mickey e de mil e umas aventuras dos ratos e patos mais divertidos do mundo da banda-desenhada.

Na Comix #40 teremos a estreia de um dos autores mais amados das obras escritas e desenhadas da Disney: Casty! Com a sua escrita de imaginação prodigiosa, chega uma missão ultra-super-hiper-mega-secreta.

Hiper-Disney #10
Hiper-Disney #10
























Será também um mês cheio de mistérios, aventuras e ação… tudo o que de melhor tem a BD Disney, a tua banda-desenhada preferida!

Setembro vai ser marcado por finais e inícios mas há algo que é garantido… A BD Disney veio mesmo para ficar!!!

Comix #40: 4 de Setembro

Comix #41: 11 de Setembro

Comix #42: 18 de Setembro

Comix #43: 25 de Setembro

Só para dizer que a boa e longa história dos "Mágicos de Mickey" continua a ser publicada nas Comix deste mês. A data de saída está por baixo das capas de cada publicação.

Boas leituras



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Os Comics e os Anos 90: Top Cow - The Darkness & Witchblade [14]


No princípio existiam duas forças primordiais, a luz e as trevas.
Guerrearam-se desde o início do universo, mas houve uma altura que fizeram tréguas e amaram-se.
Tiveram um filho: Witchblade!

O primeiro post desta rubrica versou sobre o aparecimento da Image como uma editora diferente e concorrente das duas grandes, Marvel e DC Comics.
Como foi dito, os vários artistas que fundaram a Image criaram debaixo dela vários estúdios. Um deles chama-se Top Cow, e foi fundada por Marc Silvestri.

O início da Top Cow foi tudo menos famoso… o título inicial nunca conseguiu arrebatar o público. Este título chamava-se Cyberforce e estávamos em 1992. Como o resultado inicial não foi grande coisa, a Top Cow apresentou um relançamento da Cyberforce: Strikeforce!
Continuou a não convencer… seguiram-se inúmeros spin-offs de Cyberforce com o mesmo resultado.

Em 1995 a Top Cow recebeu na sua equipa alguns elementos que lhe vieram dar mais força e estrutura. Estamos a falar de Garth Ennis e David Wohl. A estes juntaram-se David Finch e uma pedra preponderante para aquilo que iria acontecer: Michael Turner!
As autores Brian Haberlin e Christina Z juntou-se o desenhador Michael Turner para criarem Witchblade, com a bênção de Marc Silvestri e David Wohl.

Este título teve a atenção do público e tornou-se num produto bem comercial, que a Top Cow tanto precisava para singrar! Mas não ficaram por aqui.
Em 1996 Marc Silvestri, David Wohl e Garth Ennis criaram The Darkness. Um anti-herói por natureza que também agradou ao público! Mais… em 1997 é criado The Angelus pelos mesmo criadores de Darkness, e dá-se início ao universo Top Cow!

Foram criadas mais personagens para este universo, como a Aphrodite IX (David Finch e David Wohl – 1996) e a Magdalena (Joe Benitez, David Wohl e Malachy Coney – 1998).


Esta foi a base para um universo muito rico e consistente que temos hoje em dia, com arcos bem estruturados, crossover perfeitos e emoção a rodos. Mas isso é hoje…
Na altura, e apesar do sucesso comercial destas personagens foram feitas muitas críticas á pouca consistência das histórias, e que a Top Cow só se preocupava com o aspecto gráfico relegando para segundo plano o resto.

Apresento-vos a Witchblade e The Darkness!

Como disse atrás, a Witchblade é o filho dos dois poderes primordiais: The Darkness (escuridão) e The Angelus (luz). Um dos seus nomes é “Equilíbrio” (Balance), visto que essa é uma das suas funções, fazer com que nunca o Darkness ou o Angelus consiga sobrepor-se ao seu adversário.
Como a Wichblade é masculina na sua natureza, apenas concede o seu poder a figuras femininas. Toma a forma de um artefacto em forma de luva, e a partir do momento em que encontra uma portadora entra em união física e mental com ela. Embora haja várias histórias do passado em que se conta as aventuras de outras portadoras, no nosso tempo é a polícia Sara Pezzini que acidentalmente consegue unir-se ao artefacto! Numa operação policial com o seu colega, Sara Pezzini entra em casa do vilão todo-poderoso Kenneth Irons. Este tinha encontrado o artefacto na Grécia, e o seu sonho era usar o seu poder. Mas o problema é que a Witchblade recusava portadores masculinos, castigando-os severamente, assim como figuras femininas que não lhe agradassem. Durante uma destas sessões os dois polícias entram no apartamento de Irons, mas acabam por se dar mal. Ian Nottingham (um dos homens de Irons) não é uma pessoa normal e Sara mais o seu colega são mortalmente atingidos por este ex oficial da RAF.

Mas a Witchblade sentiu a força desta agente da polícia e une-se a ela provocando o caos no salão. A Witchblade deu-lhe a força e curou as suas feridas…
A partir daqui começa uma relação de amor/ódio entre Sara Pezzini e a Witchblade. E no meio desta relação temos um Kenneth Irons fazendo jogo duplo para se apoderar do artefacto e poder usá-lo. Para isso serve-se de Ian Nottingham e muita magia!


No final, Sara acaba por aceitar o seu artefacto. Este tenta sobrepor-se à vontade dela, mas Sara tem uma personalidade muito forte e acabam por viver numa relativa harmonia… e Irons… bem… não acaba lá muito bem no final do arco “Origens”, publicado no nosso país em dois volumes pela Devir (2002).
























Não referi isto, deveria ter sido logo no início mas ainda vai a tempo. Este artefacto dá força e agilidade sobre-humana à sua portadora, inclusivamente torna possível o voo. Consoante o perigo forma um exosqueleto que protege a portadora, quanto maior o perigo mais fechada se torna esta protecção. Deste exosqueleto podem sair excrescências, tipo tentáculo rígido, com que ataca os seus adversários.

Sara é polícia. Logo investiga criminosos… e isto leva-nos ao mafioso Jackie Estacado!
E quem é Jackie Estacado? É apenas o portador da força primordial The Darkness!
As relações entre os dois são sempre tensas, mas existe algo que os atrai um no outro. Os crossover são mais que muitos, e normalmente como aliados.


A entidade Darkness é passada de pai para filho, mas existe um problema… a partir do momento em que o portador da entidade concebe um filho, imediatamente morre passando a entidade para a criança ainda no útero.

Pois é! Ironia do destino, o playboy mafioso Jackie Estacado quando sabe desta situação entra em pânico! Afinal o hobby dele são mulheres bonitas! Preservativos? Será que vale o risco e morrer? Tantas perguntas para Jackie Estacado quando é informado, por uma irmandade tenebrosa dedicada a esta entidade, destes problemazitos… Estes aparecem quando os poderes se começam a manifestar quando faz 21 anos!

Esta entidade negra sempre submeteu os portadores da família Estacado ao seu poder. Com Jackie encontra um problema! O mafioso continua com vontade própria e comanda o seu destino! Isto amedronta a tal Irmandade da Escuridão, tornando-se inimiga da pessoa que deveria proteger!

Jackie Estacado foi entregue ao “Padrinho” Frankie Franchetti por Sonatine (o big boss da Irmandade), dizendo que com aquele rapaz ele se iria tornar um mafioso importante. E assim foi! Jackie Estacado perdeu a virgindade aos 14 durante um interrogatório da polícia, e matou pela primeira vez aos 16. Mafioso playboy violento, e controlado pela família Franchetti!

Depois de vários acontecimentos Jackie Estacado afasta-se da sua vida de mafioso (acaba por se voltar contra FranchettI), sobretudo depois de ter falado com Batman.
A partir daqui passa a ser o anti-herói perfeito. Tentando fazer coisas certas, mas com muitos defeitos na personalidade. Para mais, com os ataques do Angelus ele tinha de estar em paz com boa parte da sua vida…

Com isto tudo, a entidade Darkness pela primeira vez não está satisfeita com o seu portador!
Isto dá azo a muitos arcos na história desta personagem.

A entidade Darkness cria um exosqueleto completo ao seu portador, força e agilidade sobre-humana, factor de cura elevado e cria, para além disto tudo, os Darklings! Esta foi uma excelente criação dos autores desta personagem. Os Darklings criados pelo Darkness são seres monstruosos, mas com vida própria. Pensam e são completamente loucos de cómicos! São os grandes aliados do Darkness contra os seus inimigos!
O poder do Darkness não se consegue manifestar na luz, mas este consegue criar as suas sombras…

Tanto a Witchblade como o Darkness são muitas vezes aliados em batalhas contra inimigos comuns, e no futuro acabam por… er… não digo.
O grande inimigo (sobretudo do Darkness ) é mesmo a entidade feminina Angelus. E aqui se pode dizer que nem a Escuridão é tão má como parece, nem o Anjo da Luz é tão bom como poderia transparecer!

Entre as séries destas duas personagens, sobretudo ao início, Darkness tem histórias francamente melhores que a Witchblade. Mas no futuro ambas atingirão um bom patamar de qualidade (com uns arcos melhores e outros piores...) e acabarão por se mesclar em crossover contínuo.
Foram as duas primeiras séries de sucesso da Top Cow, e lançaram bons artistas para o mercado dos comics. São emblemáticos dos anos 90 com certeza.


Posso dizer que actualmente a Witchblade já leva mais de 160 revistas on-going. O Darkness teve algumas interrupções, mas também penso que já passou das 100.

Espero que esta leve incursão pelo centro do universo Top Cow vos tenha agradado. Devido aos meus livros serem muito pesados como podem ver na foto (mais de 1000 páginas cada um), vou sacar imagens da internet em vez dos scans.

Podem ver os outros artigos desta rubrica nos seguintes links:
Os Comics e os Anos 90: Image Comics - Youngblood
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - A Morte do Super-Homem
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - A Queda do Morcego
Os Comics e os Anos 90: Crossovers entre várias Editoras 
Os Comics e os Anos 90: Dark Horse - Hellboy
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Onslaught 
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - Elseworlds: Golden Age
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Heroes Reborn 
Os Comics e os Anos 90: Wizard Magazine
Os Comics e os Anos 90: Marvel - Os Monos da Marvel
Os Comics e os Anos 90: DC Comics - Hal Jordan: Ascensão, Queda e Redenção
Os Comics e os Anos 90: Alex Ross
Os Comics e os Anos 90: A Falência da Marvel


Boas leituras

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A Palavra dos Outros: Estrelinha e Outras Páginas por Aida Teixeira


A Aida comprou um livro e quer partilhar a sua opinião. E como toda a gente que a conhece sabe, ela é sempre frontal e diz o que pensa... e ninguém a pode levar a mal por isso! É um hábito não comum socialmente.

O livro é Estrelinha e Outras Páginas de José Abrantes.
Uma edição de autor deste desenhador, mais conhecido pelos seus excelentes trabalhos na BD infantil, que aqui recupera alguns dos seus trabalhos que não se englobavam na BD infantil, mas que os decidiu partilhar nesta edição connosco.

Estrelinha e Outras Páginas

Acabei de ler “ESTRELINHA e outras páginas” do desenhador José Abrantes, que nesta obra, é também o autor dos textos, exactamente como o é na maioria livros de BD já publicados, mas direccionados para um público mais infantil (porque jovens, se quisermos, somos todos, até aos 120 anos).


Acho que é público o meu gosto por determinado tipo de desenho, o tal “linha clara”, e o José Abrantes faz parte desse leque de desenhadores de cujos desenhos gosto logo à primeira, adorei os 2 volumes do Homodonte que tenho (são 4 no total), história e desenhos.

Parece-me louvável que um desenhador, às vezes se aventure em estilos mais alternativos àquele a que habitua o “seu” público, mas… não percebi porque raio é que este livro é classificado como sendo para um público mais adulto. Porque mostra uma pila e mamas?

Para ser adulto tem de ter conteúdo realmente adulto, e este livro não tem, e para além de tudo tem de ser de fácil leitura, com letras que não nos aborreçam a vista (eu vejo mal – uso óculos), e fundamentalmente, tem de ter histórias credíveis, mesmo vivendo num mundo imaginário, as histórias têm de ser credíveis.

Bom, e agora vou analisar as histórias contidas neste livro de 52 páginas, três histórias no total.

Angstrom e Ribico

É uma história completamente inverosímil, lamento dizê-lo, mas é.

Então alguém está sentado, chega um desconhecido, diz “sou o teu melhor amigo” e esse alguém segue-o até ao fim do mundo, apesar de o “instinto” (só coloquei esta palavra para não fazer spoiler) lhe dizer para não ir?

E depois de chegado ao destino faz um discurso absolutamente bacoco, armado em “galanteador da avenida” a alguém que não conhece, cheio de palavras elaboradas, e dirigido – evidentemente – à parceira do “melhor amigo”?

Só vos digo: Mereceu o destino que teve.

O desenho, apesar de fugir ao que estou habituada, é bonito, e com um texto melhor, e melhor lettering, ganhava outra vida.

Estrelinha

Lamento muito, mas aqui não gostei, nem da história nem do desenho. Demasiado preto, parece-me que só existe para preencher a página que ficaria demasiado vazia se não estivesse, às vezes, quase totalmente preenchida a negro.

Já agora, os lábios vaginais, divergem de mulher para mulher, é certo, mas quando se retrata a mesma, devem ter sempre, e proporcionalmente, o mesmo tamanho. Acho eu, que não percebo um corno de desenho.

E fiquei com uma incerteza, afinal o sacripanta chamava-se Folapão, ou Fodapão? É que de página para página o nome vai variando…
























E quando algo é fofo, como a relva fresca, diz-se que é “fofinha”, e não “fufinha”.

“Fufinha” na minha terra significa outra coisa, pode ser sinónimo de “sapatão”, “camionista”, em suma, uma “lésbicazinha”.

Revisor precisa-se.

Cheia de Chuva

Aqui o José Abrantes está no seu registo, querendo, ou não, esta é uma história para crianças, e não é por estar apenas desenhada a preto que deixa de o ser.

E esta sim, dentro de um mundo de fantasia, tem lógica, e qualquer criança lhe acharia graça. Eu achei.

José Abrantes, esta não pretende ser uma crítica destrutiva, antes pelo contrário, pense no que escrevi, olhe para o livro com olhos de leitor anónimo, e faça uma auto-critica.

Texto: Aida Teixeira

E assim tivemos mais uma colaboração dentro da rubrica " A Palavra dos Outros". Para verem todos os artigos desta rubrica basta clicar no link em cima, para ver todos os textos da Aida Teixeira cliquem no nome dela!

Já sabem, quem tiver textos interessante com base na Banda Desenhada, e que os deseje ver publicados aqui no Leituras de BD, e só submeter para nmamado@gmail.com
Claro que existe um filtro, a ter em conta: o português e o interesse do assunto.

Boas leituras

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