sexta-feira, 30 de maio de 2008

X-Men : Messiah Complex


E agora o X-Men mega-crossover, anunciado há uns posts atrás... Messiah Complex!
Para uma melhor compreensão do "complexo de messias" vou dar uma defenição deste estado psicológico:
Condição mental na qual o indivíduo acredita que ele ou ela é ou está destinado a ser o salvador de um grupo, evento, período de tempo ou até mesmo do mundo inteiro.
Posto isto tenho de dizer que quando fazem mega publicidade a um mega evento, eu tenho como primeiro instinto desconfiar! Se é tão bom não necessitaria de títulos tão bombásticos, como "Melhor estória dos X-men da década"... bom, eu acho que é! Foi tudo bem bem feito, desde House of M , passando por Decimation : X-Men - The Day After, X-Men : Endangered Species , Supernovas e Blinded By the Light foi tudo bem encadeado. Estes dois últimos títulos não tiveram post, não porque fossem piores, mas porque optei por outros livros ou eventos. Penso que existe pelo menos mais dois ou três livros antes deste crossover pertencente à série Uncanny X-Men, que eu não possuo pois optei pelos livros da série X-Men.
Para quem não conhece os antecedentes deste evento pode clicar nos links acima referidos, pois para a compreensão desta estória é necessário saber o que está para trás. O livro começa com o primeiro nascimento mutante desde House of M, e foi de tal maneira a explosão de energia que conseguiu queimar a própria máquina Cerebra, sendo de notar que os poderes mutantes por norma só se manifestam na adolescência! O nascimento deu-se no Alaska, levando a que fosse formada uma equipe imediatamente para procurar a criança. Aqui verificaram que não eram os únicos a procurar a criança, pois a povoação encontrava-se completamente destruída e todas as crianças tinham sido vítimas de um hediondo massacre! Encontraram corpos pertencentes a dois outros grupos: Marauders de Sinestro e membros do clube anti-mutante "The Purifiers".
Imediatamente Cyclops passa a lider incontestado, organizando todos os grupos mutantes de maneira a seguir o rasto da criança. O Profesor Xavier põe em causa os métodos de Cyclops e este "põe o Professor no sítio" dizendo-lhe que tinha sido treinado por ele, para agora ser lider na altura mais crítica, e até de sobrevivência da raça mutante... a "missão" do Professor X passa a ser apenas tentar por a funcionar novamente Cerebra, em conjunto com McCoy, "The Beast".
Como o livro é para ser lido e não contado, fico-me por aqui no que toca à narrativa!
Posso enumerar algumas consequências que ficam deste evento, como: Cyclops passa a ser o lider absoluto e incontestado dos mutantes, Rogue fica curada e tenta matar a sua mãe adoptiva (Mystique), Os X-men deixam oficialmente de existir por uns tempos, o Instituto Xavier fica completamente destruído, e... mais consequências só lendo!
Adorei o livro, ponto fraco, a arte de Bachalo... é completamente descabida neste livro! Este livro não é de "bonecos". Sinceramente, e ainda não percebi o que é que a Marvel viu em Bachalo e Leinil Yu para os manter nas séries principais... nós por cá acho que temos artistas mais talentosos... Felizmente que a sua intervenção (Bachalo, porque Leinil Yu não entra aqui) não é muito grande nesta compilação!
Esta compilação é composta por:
- Messiah Complex one-shot
- Uncanny X-Men 492-494
- X-Men 205-207
- New X-Men 44-46
- X-Factor 25-27

Hardcover
Criado por: Mike Carey, Ed Brubaker, Craig Kile, Christopher Yost, Peter David, Marc Silvestri, Billy Tan, Scot Eaton, Chris Bachalo e Humberto Ramos
Editado em 2008 por Marvel Publications
Comprado Amazon
Nota : 9,5 em 10

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Zakarella: Homenagem


Este post apenas pretende ser uma pequena homenagem a um herói Português que deu o nome a uma revista de Banda Desenhada.
Depois de 30 anos ainda me lembro desta revista, que eu só ousava ler às escondidas pois tinha 12 anos na altura! Editada pela Portugal Press, a revista Zakarella, durou uns excelentes 28 números, apenas findando em março de 1978 porque o Banco de Portugal não autorizou o pagamento dos direitos de autor em Dólares !!!!!!
O primeiro número saiu em 1 de Março de 1976, coexistindo com outra revista do género: Vampirella. A Vampirella, também editada pela Portugal Press e da qual eu tenho os números todos, acabou em Outubro de 1977, ficando assim apenas Zakarella como revista de "terror".
Como seria lógico , a revista para além de conter alguns contos curtos e algumas rúbricas relacionadas com o género, continha sempre uma estória da autoria de Ross Pynn (pseudónimo de Roussado Pinto) e ilustrada pelo fantástico Carlos Alberto dos Santos: Zakarella !
Esta heroína extraterrestre, mas bem portuguesa, lutava contra ou favor da malandragem de Lisboa e arredores (dependia da vontade de Satã), sempre com uns trajes diminutos (por vezes nem diminutos eram) e com muitos monstros à mistura. Pode-se dizer que era uma Vampirella portuguesa, mas não acho isso correcto, pois as únicas parecenças são a falta de roupagem, e nesse campo a Zakarella ganhava (tinha menos roupa ainda), e uma extraordinária arte como podem verificar pelas ilustrações aqui presentes... para além disso, Zakarella não era Vampira...
Era "giro", quer dizer... eu achava "giro" e interessante que alguma editora deste País se lembrasse de fazer uma colectânea das estórias desta personagem, pois a revista Zakarella foi um marco da BD em Portugal e nunca nenhum editor se lembra destas coisas! Eu tenho a certeza que venderia, pois existem duas gerações que têm bem presente esta heroína sexy portuguesa, a minha geração e a dos meus pais, e sempre que por acaso se fala disto toda a gente diz:
- É pahh! A Zakarella... era tão fixe... (ao ler isto façam um ar nostálgico, para dar ambiente...)
De notar que Carlos Alberto dos Santos, nesta revista, mostrou uma faceta dele até então escondida, visto que ele era um ilustrador de motivos históricos! Zakarella foi o libertar amarras deste artista (penso eu...).
De notar que arte de Carlos Alberto dos Santos no interior desta revista é a preto e branco, apenas as capas são coloridas. A revista ao início era quinzenal, passando a mensal alguns meses depois.

sábado, 24 de maio de 2008

Conan Vol. 5: Rogues In the House


Quem não conhece Conan, "O Bárbaro"?
Este bárbaro e bruto salteador já começou a ser protagonista na BD desde o inicio da década de 70, isto para além de alguns filmes de sucesso. A editora Marvel Comics publicou este herói desde essa altura até 2004, ano este em que os direitos de Conan foram adquiridos pela Dark Horse. E é sobre esta publicação mais recente que vou falar!
Esta série já conta com cinco livros, a saber:
- The Frost Giant's Daughter & Other Stories
- The God in the Bowl & Other Stories
- The Tower of the Elephant & Other Stories
- The Hall of the Dead & Other Stories
- Rogues in the House & Other Stories

Como a revista (comic) nº 50 ainda não saiu, o último livro previsto apenas tem nome:
- The Hand of Nergal & Other Stories (ainda não publicado)
A obra de Robert E. Howard foi adaptada com grande sucesso para a nona arte por Kurt Busiek (texto) e Cary Nord (desenho). Conan começou a ser retratado na BD como ele é nos livros... bruto, selvagem e sanguinário. Aquela parte cavalheiresca do tempo da Marvel aqui pouco existe, assim como a arte de Cary Nord é muito mais "rude" que a de John Buscema, um dos grandes artistas de Conan da época Marvel.
Esta série on-going foi prevista para 50 revistas compiladas em seis livros, sucedendo-se em aventuras muito bem adaptadas, descrevendo as viagens de Conan "O Cimério", através de toda a Hibórea passando por Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea, Zamora, Zíngara, Koth, Stygia, Hirkânia, Aquilônia e por tantos outros locais daquela época pré-glaciar!
É uma leitura muito recomendável para quem gosta deste herói bem selvagem!

Softcover (TPB)
Criado por: Kurt Busiek, Cary Nord, Tim Truman, Greg Ruth, e muitos outros...
Editado de 2005 a 2008 por Dark Horse
Comprado na Amazon
Nota média da série : 9 em 10

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Justice Society of America : Thy Kingdom Come (Part I)


E agora a continuação de Justice Society of America : The Next Age , Thy Kingdom Come, que terá uma segunda parte com lançamento previsto para Novembro. A saga continua com uma estória bastante sólida de Geoff Johns e a arte de Eaglesham, Pasarin e
Alex Ross, não compromete... antes pelo contrário!
A JSA continua a fortalecer os laços entre os seus novos recrutas e são contadas algumas histórias antigas (a história prévia de Damage). Mas o ponto alto deste livro livro é sem dúvida o aparecimento do Superman da Terra 22! Starman, para resolver um problema, cria um "Buraco Negro" que traz este personagem para a Terra presente desta saga. Para quem não sabe, a Terra 22 é o palco da saga "Kingdom Come" editada entre nós pela Vitamina BD em quatro volumes, com formato Franco-Belga. Johns resolve fazer uma sequela nestas novas aventuras da Justice Society of America, e resolve muito bem porque é uma estória, até agora, sem falhas!
Mas quem disse que o Superman da Terra 22 veio sózinho? Não vou fazer spoiler...
Boas leituras!

Nota: Recomendo a leitura da estória atrás referida, "Kingdom Come", que é óptima e tem uma muito boa edição da editora nacional Vitamina BD !

Hardcover
Criado por: Geoff Johns, Dale Eaglesham e Alex Ross
Editado em 2008 por DC Comics
Comprado Amazon
Nota : 8 em 10

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fábula de Bagdad


Não sei qual é o plano editorial para este ano da BD Mania, mas este livro arrisca-se a ser um dos melhores lançamentos deste ano em Portugal!
Embora digam que é um livro para leitores com uma certa maturidade, pois tem cenas bem violentas, parece-me que os nossos pré-adolescentes não perdiam nada se o lessem, pelo contrário, teriam muito a ganhar. Já que jogam GTA e vêem filmes com litros de sangue, acho que esta fábula lhes mostraria, metaforicamente, outra parte da guerra.


O contexto espacial e temporal desta fábula é Bagdad, Iraque, durante a invasão dos Estados Unidos da América em Março de 2003, já durante da fuga do ditador Saddam Hussein. As bombas rebentam por toda a cidade de Bagdad e acabam por libertar os animais do Jardim Zoológico local. Aqui, quatro leões se põem em fuga pela outrora bela Bagdad, agora completamente devastada pelos bombardeamentos dos EUA.

A cidade é mostrada vazia de personagens humanos, sendo os mortos os únicos que aparecem em algumas vinhetas. O grupo de leões também não foi escolhido à toa... uma fêmea velha e cega de um olho (Safa), uma fêmea nova que anseia, acima de tudo, pela liberdade (Noor), um macho reticente (Zill) e uma pequena e inexperiente cria (Ali).

Esta não é uma história simplista! Conta aquele conturbado período que antecede a invasão por parte dos EUA, mas do ponto de vista dos leões. Estes envolvem-se em muitas discussões sobre o que se vai fazer a seguir, visto que todos eles têm pontos de vista diferentes. Não são só os leões a serem antropomorfizados... outros animais intervenientes são-no também.

A fábula faz-nos sentir bem o preço da liberdade e a perda de entes queridos. O autor consegue ser isento ao longo da história, nunca tomando partido por ninguém, antes, mostrando todos os conflitos morais e necessidades físicas pelas quais o grupo passa. De notar que o título original tem um duplo sentido: Pride of Bagdad! "Pride" tanto pode ser traduzido como "orgulho" ou como "família" ou "grupo" de leões. Não vou contar a fábula, porque esta é para ser lida e assimilada com a excelente arte que possui e faz com que este conto passe para um dos meus livros de eleição.

A história é contada por Brian K. Vaughan, conhecido na 9ª Arte por ser o autor de "Y, the Last Man" e "Ex Machina", e é muito bem conseguida, dura e bela quanto chegue. Nunca demonizou os soldados Norte-Americanos, antes sempre mantendo um discurso neutro, embora com conflitos sempre presentes. É uma excelente fábula contada por animais!

A arte, do até agora desconhecido para mim Niko Henrichon, é "fabulástica", e transporta-nos directamente para Bagdad e arredores! Aquela paleta de cores acrescida de um traço muito bonito, dá vida ao conto de Vaughan! Muito bom!
Também é uma bela edição, pois a BD Mania editou a versão capa dura da Vertigo!
Depois disto tudo, só me resta recomendar vivamente este livro para toda a família!

Nota: tenho de referir alguns prémios desta publicação:
- Obra vencedora dos prémios Harvey 2007 para "Melhor Álbum Original"
- Eagle 2007 para "Álbum Favorito"
- Nomeada para o Harvey 2007 na categoria de "Melhor História"
- Eisner 2007 na categoria de "Melhor Desenhador"
- Shuster 2007 para "Melhor Artista Canadiano

Hardcover
Criado por: Brian K. Vaughan e Niko Henrichon
Editado em 2008 por BD Mania

Nota : 10 em 10

domingo, 11 de maio de 2008

IV Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja


Dave McKean a trabalhar no meu Absolute Sandman Vol.1 !

O trabalho completo, com sketch dos personagens Death e Morpheus !


Fui ao meu primeiro Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Fixei-me apenas na Casa da Cultura de Beja, visto só poder estar presente apenas no Sábado (inauguração do Festival). A exposição espalhava-se por dois pisos, sendo o primeiro átrio ocupado pela mostra de pranchas da BD "Zé Leitão e Maria Cavalinho", para crianças e para estas também havia nesta zona mesas com papel, lápis de carvão e cor, marcadores e lápis de cera. Seguindo em frente encontrava-se um dos motivos da minha ida a Beja... os originais a Preto e Branco da BD "BRK" de Filipe Pina e Filipe Andrade! Muito bom e deixo também uma foto do painel de apresentação! Para quem não sabe, esta excelente série de BD portuguesa foi editada ao longo de várias edições do BD Jornal.
No piso superior havia exposições de muitos artistas, sendo a parte central para a mostra de originais de Dave Mckean, além de livros em que ele contribuiu com a sua arte bem peculiar (e um pouco tenebrosa também) como por exemplo de Mr. Punch, editado por cá pela Vitamina BD. Esta "zona Dave McKean" estava muito boa, pecando só por ser pequena. Fica também uma foto de uma obra desta zona.
De notar que também estavam em exposição trabalhos do premiado artista Italiano, Gipi, entre nós foi editado também pela Vitamina BD o livro "O Local". Não é propriamente um dos meus artistas de eleição, mas tem muitos admiradores e o meu respeito!
Neste piso superior da exposição, ainda constava a Bedeteca (muito boa), que serviu como sala de autógrafos e apresentações. Mais uma vez estive numa fila com o BDfanático Geraldes Lino (Divulgando BD), Diogo Campos (The Void), looT (Alternative Prison) , isto para além da "equipa" dos "Murmúrios das Profundezas " e do autor Álvaro (Sexo, Mentiras e Fotocópias).
Infelizmente não foi ser possivel assistir à apresentação de "Murmúrios das Profundezas" e "BRK", que só serão apresentados no Domingo. Neste mesmo Domingo também haverá um workshop para interessados, enquanto que na Terça-Feira dia 13, às 21h30 será exibido o filme Mirror Mask, de Dave McKean! Este festival estará a rolar até dia 25 deste mês, para quem quiser consultar o programa clique neste link, KUENTRO, e terá acesso a todas as informações on-line.
Não sei como funcionou o workshop, mas o grande defeito deste tipo de festivais continua a ser a pouca atracção que provocam nas camadas mais jovens... quem vai a estes eventos, por norma já está por dentro do mundo da Banda Desenhada ou é consumidor desta Arte. Penso que os organizadores deveriam tentar um novo meio de aproximação a novos possiveis adeptos, e não é fazendo concursos de Playstation ou com festivais de Música, que se vai promover o gosto pela leitura. Posso dar um exemplo... não levei o meu filho, que gosta de BD, porque ele ia levar uma enorme "seca", tem 13 anos! É esta camada etária que tem de ser trazida para a esfera da Banda Desenhada, ou seja, para um futuro mais risonho da 9ª Arte eles têm captados, tem de haver outro tipo de aproximação. Podem dizer:
- Ahh, e tal... é fácil falar! Então dá lá ideias!
Pois... não é fácil! Mas acho que seria possivel com mais "agressividade", do género workshop permanente com desenhadores sempre presentes, sobretudo Mangakas, que a juventude gosta muito devido aos Animes que dão na televisão, também as organizações poderiam comprar a preços bastante reduzidos livros antigos (não estou a falar de livros estragados) e oferecerem a jovens que passassem perto, mas de maneira a entrarem ... enfim, não sei, mas alguma coisa pode ser pensada para resolver a continuidade do gosto pela Banda Desenhada! Alguem dê mais ideias! Já agora... o cartaz podia ser muito mais apelativo!


Panorâmica da zona esquerda do piso inferior.



Pormenor de uma zona do piso superior!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Justice Society of America : The Next Age


Voltando às reviews de comics, descobri este JSA na minha prateleira e resolvi puxar o livro cá para fora. Irei fazer uma série de reviews a vários livros, que não tiveram o "direito" a uma crítica na altura em que foram lidos... não é por não serem piores que os outros, foi uma questão de oportunidade na altura!
Não vou fazer a resenha histórica deste grupo, apenas que passaram por lá grandes heróis do Universo DC como Superman, Wonder Woman e Batman. Como é dito no princípio do livro, a Justice League of America é uma força de intervenção e a Justice Society of America é uma família...
Entenda-se esta fase da JSA como o volume III deste grupo e é escrito por um dos meus autores de comics favorito: Geoff Johns! Isto para mim quase que basta para fazer logo um bom juízo de valor em relação a esta fase desta grupo.
Começa com três dos "originais" (Green Lantern, Flash e Wildcat) a escolherem a próxima grelha deste grupo, sendo as primeiras escolhas heróis com alguma experiência, como por exemplo: Mister Terrific e Power Girl, sendo os seguintes, heróis antigos com indivíduos novos, ou seja, "reencarnações", como por exemplo: Liberty Belle e Doctor Mid-Nite. Procuraram também heróis sem experiência como Damage e o novo Starman... além do filho de Wilcat que este não sabia existir (um lobisomem...), assim a grelha ficou:
- Power Girl (Presidente)
- Wildcat
- Flash
- Green Lantern
- Mister Terrific
- Liberty Belle
- Hourman
- Stargirl
- Doctor Mid-Nite
- Maxine Hunkel
- Starman
- Damage
- Hawkman
- Sandman
- Obsidian
Este livro foca-se nos laços de sangue e familiares de super humanos, pois alguém de um passado muito longínquo quer reinar nos próximos séculos sem super heróis a atrapalhar! Assim planeia acabar com as linhas de sangue das principais famílias de heróis, no fim acabando às mãos de um pai e filho...
Esta estória, para primeiro volume, está muito boa e a arte de Dale Eaglesham não destoa da estória. As capas estão a cargo do famoso Alex Ross.
Boas leituras e espera-se o segundo volume: Thy Kingdom Come
Tenho e fazer uma nota negativa... A DC deve estar à espera que os seus leitores comprem tudo quanto sai, assim o finalizar de uma situação criada neste livro é terminada em Lightning Saga, Vol. 2 da Justice League... Isto não se faz, é feio a nivel editorial. Uma coisa são comics, outra coisa são compilações e neste caso não deveria acontecer o finalizar de arcos de estória, noutras compilações de séries diferentes! Esta é a minha opinião como leitor!

Hardcover
Criado por: Geoff Johns, Dale Eaglesham e Alex Ross
Editado em 2007 por DC Comics
Comprado Amazon
Nota : 8 em 10

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Contra o Acordo "Vergonhoso" Ortográfico

Segue abaixo, a petição para defesa da nossa Língua, para mim o único acordo possivel!
Pelo que já me apercebi, ouvindo conversas de café, nem Brasileiros nem PALOP`s estão de acordo com o Acordo... portanto... quem ganha com este Acordo?

MANIFESTO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO

(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.ºs 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º nº. 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º 6.º e seguintes, da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)

Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.
Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.

2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado), e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.
Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.

3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em “acordos” mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.
O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.

4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes “mudas” – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.
Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.
A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).

Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.

Os signatários,

Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra

Poderão juntar a vossa voz a esta causa em http://www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa/, pois todos não seremos demais.
Como já repararam eu sou contra, e outra coisa que eu reparei foi que a esmagadora maioria das pessoas que eu conheço também são contra.
O Governo, se "os tiver no sítio", que faça uma consulta popular, pois é para este tipo de decisões que existe o chamado Referendo. Provavelmte seria o Referendo mais concorrido até hoje, e de certeza que o NÃO ganharia "sem apelo nem agravo"!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Murmúrios das Profundezas


Vou fazer uma pequena ante-estreia a este projecto que nasceu o ano passado, oito utilizadores do forum da Central Comics decidiram unir-se num projecto com o objectivo de fazer um livro de Banda Desenhada, foram eles: Luis Belerique, Diogo Carvalho, Flávio Gonçalves, Diogo Campos, Ana Vanessa Bettencourt de Almeida, Rui Ramos, Phermad e Ricardo Reis.
São seis contos inspirados no universo de terror de Lovecraft e tudo apontaria para o livro estar pronto no Festival de Beja, mas devido a pormenores técnicos aos quais os autores são alheios, tal lançamento não poderá realizar-se conforme os desejos dos seus autores. De qualquer maneira eles estarão lá para apresentar o livro com posters de promoção, pranchas orignais e outros "goodies"! Como o livro não foi impresso tempo do Festival de Beja, ainda não há confirmações para datas de lançamento... mas o autores garantem que estarão presentes em Beja e que darão mais informações nessa altura!
É com muita curiosidade que eu espero esta publicação, pois já vi algumas excelentes imagens, e já pedi para me guardarem um exemplar!
Em Beja irei fica muito mais por dento, deste de certeza bom livro de BD, depois farei um melhor post!

Nota: Para melhores informações visitem http://murmuriosdasprofundezas.blogspot.com/ !

domingo, 4 de maio de 2008

Manga


Eu não sou um grande apreciador deste género de BD oriundo do Japão, mas reconheço a sua importância a nivel mundial (estou a falar ao nivel de Banda Desenhada...)! Por isso decidi fazer um post com alguma história desta corrente da 9ªArte, a partir da 2ª Guerra mundial, ou seja, tal como os conhecemos nos dias de hoje!
Na minha BDteca só tenho duas séries de Manga (lê-se Mangá), Ghost In The Shell (três volumes editados) e Mother Sarah (também só tenho três volumes da Meribérica, embora a série tenha onze volumes, os oito restantes não foram editados na nossa língua...)Os Mangakas (autores de manga), a seguir à ocupação dos EUA, sofreram influências dos desenhos da Disney, em que o nariz, olhos e boca são exagerados para dar uma maior expressão ao personagem. Foi Ozamu Tezuka quem plantou os pilares do Manga moderno, ou seja, para além das expressões faciais exageradas foram as noções de velocidade (as "riscas") e enquadramento cinematográficos, junto com as onomatopeia e efeitos gráficos próprios. Por norma, o Manga, tem a capa colorida sendo o seu interior a preto e branco (por vezes têm algumas páginas coloridas no princípio dos capitulos). Tezuca também foi o responsável pelo aparecimento do primeiro Anime (série de animação) feito a partir de um Manga existente : Astro Boy !
A partir daqui o Manga cresceu em géneros, tipificados para determinado sexo ou faixa etária, e em número (um terço da publicação editorial do Japão)! Surgiram muitos nomes, muitas séries e muitas passagens para Anime. Em Portugal todos nos lembramos do fenómeno que foi o Dragon Ball... foi impressionante na altura e continua a cativar as gerações actuais, mas tenho de dizer que considero o Manga superior ao Anime, apesar de ser a preto e branco!
O público consumidor no Japão é muito variado e extenso, e assim se criaram vários estilos de Manga :
- Shounen: para rapazes adolescentes, são de acção, amizade e aventura.
- Shoujo: para raparigas adolescentes, são na sua base acerca de sensações, sensibilidade dos personagens e do meio em que se inserem. Também existem com bastante acção e alguma violência.
- Gekigá: para adultos sendo estórias mais realistas
- Seinen: para homens jovens
- Josei: para mulheres
- Hentai: pornográficos
- Yuri: para homossexais femininos
- Yaoi: para homossexais masculinos
Estas classificações não impedem que o sexo feminino não leia revistas para rapazes e vice-versaComo já tinha referido, o interior e a preto e branco na generalidade e o papel e tipo reciclado, tornado o Manga barato e acessivel a toda gente. A ordem de leitura é exactamente a inversa de um livro tipo Europeu ou Americano, ou seja, lê-se da direita para a esquerda e do "fim" para o "princípio"!
Vou enumerar algumas séries de muito sucesso, mas vou escusar-me a avaliar, pela minha ignorância neste tema...
- Naruto
- Bleach
- Death Note
- Dragon Ball
- Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco)
- Mother Sarah
- Ghost In The Shell
- One Piece
- Samurai X
- Full Metal Alchemist
- Shounen Jump (revista de publicação de Mangas e informação sobre o tema)
E por aqui me fico, também estive a aprender enquanto fazia este post!
Tenho de fazer a seguinte nota... o ano passado foi editado pela Pedranocharco um Manga Português com o título "Bang Bang" de Hugo Teixeira. Penso que terá sido o 1º título deste género oficialmente editado por um Mangaka Português, mas não tenho a certeza!
Boas leituras!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Absolute Sandman Vol. 1


Para mim é muito dificil fazer uma review a uma obra deste calibre. Neil Gaiman e o "exército" de artistas que participou nesta obra, anterirmente compilada em 10 TPB, e agora na sua versão mais luxuosa, rearranjada, recolorida (apenas onde necessário), com uma aproximação da página impressa à originalmente criada, enfim, mais alguns "brindes" pelo meio, e temos uma grande obra de Banda Desenhada nas suas duas vertentes artísticas: narrativa e desenho, não esquecendo os coloristas e o homem que fez as capas... mas já lá vamos a nomes!
Esta obra, assim como Watchmen,fez saltar a Nona Arte do rótulo "para crianças", para uma maturidade reconhecida. Quando começou a sair nos EUA, uma grande franja de leitores não consumidores normais de BD, sobretudo mulheres, reconheceu nesta obra um brilho acima da média, e fez dela um dos maiores "best sellers" da Banda Desenhada.
O principal personagem da obra é Morfeu, o Senhor dos Sonhos, ou seja personifica os sonhos. Logo no princípio, no primeiro arco de estória, Morfeu (Morpheus) é capturado por engano num ritual em que o objectivo era capturar a sua irmã, Morte (Death), por um Mago que queria viver para sempre...! Fica prisioneiro por 70 anos e acaba por conseguir escapar da sua enfeitiçada prisão, sem nunca soltar uma palavra! É claro que durante estes 70 anos muitas pessoas passaram a padecer de doenças relacionadas com o sono... ou não acordavam, ou acabavam por ficar loucas! Depois de escapar, Morfeu teve de se adaptar a sete décadas perdidas e começar a demanda da recuperação dos seus três objectos de poder, perdidos aquando da sua captura: a máscara, o saco de areia e a sua jóia.
Este primeiro volume de Absolute Sandman contém três livros:
- Preludes and Nocturnes
- The Dolls House
- Dream Country
Como actores convidados neste livro temos John Constantine (sim... o do filme Constantine), J´onn J´onzz (Martian Hunter da Liga da Justiça), Scarecrow (Espantalho, inimigo de Batman), o Demónio Etrigan e Lúcifer (isto para além da Element Girl que procura a Morte, e a encontra...)!
Morpheus tenta recuperar a opulência do seu reino após sete décadas de ausência, e para recuperar o seu poder passa por ter de desafiar os lideres do Inferno e percorrer outros reinos dos "Endless" (Perpétuos), seus irmãos. Ocasionalmente passa pelo reino das Fadas e por Asgard!
Em Portugal foram editados, pela quase parada editora Devir, três TPB: "Prelúdios", "Nocturnos" e "Na Terra dos Sonhos". Infelizmente a Devir parou por aí, porque nós Portugueses somos muito superiores a estes arremedos de cultura.
Toda esta excelente e obrigatória obra, tão obrigatória como qualquer clássico da Literatura ou da Sétima Arte (cinema) é escrita por Neil Gaiman, estando as capas a cargo de Dave McKean (está confirmada a sua presença no VI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja 2008) e a arte está a cargo de inúmeros desenhadores e coloristas de que farei referência a todos lá mais em baixo!
Se puderem comprem... não é barato, mas é uma obra que esteve várias semanas na lista de best sellers do New York Times. Não vou enumerar os prémios que esta série ganhou porque são muitos, e podia tornar-se maçudo...
Para acabar vou só referir que a edição "Absolute" desta obra também é excepcional! A caixa, o papel, enfim... todos os pormenores são levados quase há exaustão nesta edição de seicentas e poucas páginas! Ficará completa a obra, na edição "Absolute", com quatro volumes. Estão editados dois, estando o terceiro agendado para Junho e o quarto para Novembro.
Já agora, e como curiosidade, parece mesmo que o personagem Morpheus foi desenhado à imagem e semelhança de Roberth Smith, do grupo musical The Cure...
Boas leituras!

Slipcased Hardcover
Criado por: Neil Gaiman, Dave McKean, Sam Kieth, Mike Dringenberg, Chris Bachalo, Michael Zulli, Kelley Jones, Charles Vess, Colleen Doran, Malcolm Jones III, Steve Parkhouse, Daniel Vozzo, Zylonol e Steve Oliff
Editado em 2006 por Vertigo (DC Comics)
Comprado em Amazon
Nota : 12 em 10

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