sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Lançamento Goody: Disney Especial - Todos os milhões do Tio Patinhas



Querem saber onde o Milinário mais avarento de sempre conseguiu os seus milhões?
Está tudo neste Disney Especial!
Ora vejam lá:



Especial Todos os milhões do Tio Patinhas nas bancas!!!

Aí está a edição que vai resolver, de uma vez por todas, a questão que toda a gente tem em mente: como fez fortuna o Tio Patinhas??? A resposta será dada, com o relato de como ganhou este pato os seus primeiros dez milhões!!! Acompanha esta odisseia monetária ao longo de dez capítulos, ouvindo do próprio bico do pato mais avarento do mundo, os episódios que levaram ao seu enriquecimento! Quem também estará certamente atento são os seus sobrinhos, que ouvem embevecidos as suas aventuras. Junta-te a eles! Além disso, terminamos a edição em beleza, com mais uma resolução de um mistério antigo: afinal, como se conheceram o Tio Patinhas e a Brigite? Esta seria uma memória que o Tio Patinhas não gostaria certamente de reavivar… Ou será que é o contrário?! Descobre tudo em Tio Patinhas e as origens da Brigite!



Esta será, com certeza, uma edição RICA em boas histórias! Não percas!!!




ÍNDICE

7 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu primeiro milhão

35 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu segundo milhão

60 Estilo para vender – A verdadeira natureza

61 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu terceiro milhão

95 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu quarto milhão

119 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu quinto milhão

143 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu sexto milhão

169 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu sétimo milhão

198 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu oitavo milhão

227 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu nono milhão

255 Todos os milhões do Tio Patinhas – O meu décimo milhão

285 Tio Patinhas e as origens da Brigite

































Boas leituras



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Street Art: Icy & Sot



Icy e Sot são dois artistas de rua iranianos. Nasceram em Tabriz e especializaram-se na técnica de stencil.

Desde 2006 que vêem espalhando a sua arte pelas ruas do Irão ( a partir de 2008 profissionalmente). Os seus trabalhos foram reconhecidos, tendo  sido alvo de exposições não oficiais no Irão e também no estrangeiro.

Os seus trabalhos têm como temas, a guerra, o desespero, o ódio, a esperança, o amor, as crianças, enfim, temas que pse usados da maneira certa podem ser fracturantes.
Diga-se que é preciso ter coragem para fazer graffiti num país muçulmano...

Fiquem com alguns dos seus trabalhos:



















Podem aceder ao site desta dupla no seguinte link:
ICY AND SOT

Boas leituras




domingo, 23 de agosto de 2015

26º Amadora BD: Normas do Concurso de BD e Cartoon



Pela 1ª vez a informação foi dada atempadamente (do que eu me recordo), e desta vez fui a atrasar a informação. Não sei porque carga d'àgua este mail foi parar ao spam (só hoje o descobri)... as minhas desculpas a todos.

Assim, e rapidamente segue a informação prestada pela organização do Amadora BD. Este ano há tema a criança na BD.


AmadoraBD 2015 tem como tema A Criança na BD
Regulamentos dos concursos

O AmadoraBD 2015 - Festival Internacional de Banda Desenhada - organizado pela Câmara Municipal da Amadora - acontece de 23 de outubro a 8 de novembro, no Fórum Luís de Camões e outros locais da grande Lisboa – e tem como tema A Criança na BD. O tema assinala a efeméride que comemora o centenário das personagens Quim e Manecas, da autoria de Stuart Carvalhais, um dos precursores do modernismo português, considerado o autor das melhores bandas desenhadas de crítica e sátira social, nos anos 10 e 20 do séc. XX, sendo a vanguarda europeia da época.

Neste âmbito, também os concursos organizados pelo AmadoraBD 2015 pretendem assinalar o tema e prestar uma homenagem a estas duas personagens, recordando a sua importância e contribuindo para a sua redescoberta e reconhecimento, sobretudo pelas novas gerações.

Assim, o Concurso Nacional de Banda Desenhada tem como tema "Uma nova aventura de Quim e Manecas", enquanto o Concurso Nacional de Cartoon e o Concurso Municipal de BD e/ou Ilustração da Amadora se dedicam ao tema "Os Direitos das Crianças", tendo como base os princípios da Declaração dos Direitos da Criança.

Todos os interessados em participar nos concurso devem entregar os trabalhos até 21 de setembro (Concurso Nacional de Banda Desenhada e de Cartoon) ou até 14 de outubro (Concurso Municipal). Os trabalhos premiados estarão em exposição no Festival, no Fórum Luís de Camões.

Todos os anos, o Festival atribui também os Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD), distinguindo edições e personalidades nacionais e estrangeiras cuja atividade se desenvolve no circuito da nova arte: melhor álbum, melhor argumento, melhor desenho, melhor álbum português em língua estrangeira, melhor álbum estrangeiro de autor português, melhor álbum estrangeiro, melhor álbum de tiras humorísticas, melhor ilustração de livro infantil, melhor ilustração estrangeira de livro infantil, prémio clássicos da nona arte, prémio fanzine, prémio juventude e troféu de honra. Os interessados devem submeter os seus álbuns a avaliação até ao dia 7 de setembro.



AS AVENTURAS DE QUIM E MANECAS DE STUART CARVALHAIS



Nascida em 1915 no suplemento humorístico do jornal O Século designado O Século Cómico, a série As Aventuras de Quim e Manecas é uma banda desenhada "incomparável na Europa da época e a série portuguesa mais famosa de sempre", segundo João Paulo de Paiva Boléo, comissário da exposição central do AmadoraBD 2015 e responsável pela compilação, introdução e análise desta obra de Stuart de Carvalhais, Quim e Manecas: 1915-1918 (Tinta da China, 2010). Aqui, realça "o ritmo, a verve, a leveza e a agilidade gráfica, a beleza e o domínio dos recursos específicos da BD" e destaca "o traço fácil e expressivo, a construção da sequência e da prancha como um todo, a modernidade de ritmo, a qualidade leveza e a agilidade gráfica, a beleza e o domínio dos recursos específicos da BD, a harmonia estética e cromática
de muitas páginas, um humor que transparece não só do texto e dos diálogos, mas das próprias personagens, das situações, da ação, a ternura das figuras principais, tudo isso e muito mais fazem de Quim e Manecas, com ou sem balões" - Stuart é o primeiro autor europeu a utilizar os balões de BD - "uma das grandes e mais significativas obras de arte portuguesa do início do nosso modernismo e mesmo do século XX". "É na génese "estrita" da banda desenhada europeia, em conexão com as influências norte-americanas, que emerge a criação incomparável de Stuart de Carvalhais. Mas é também, e muito, no contexto de um trajeto artístico pessoal, e da realidade sociopolítica e cultural, que surgem estes dois garotos que vão percorrer meio século e tornar-se numa das obras cimeiras da banda desenhada portuguesa". 1)

Publicadas pela primeira vez n’O Século Cómico, os irmãos Quim e Manecas surgem numa altura especialmente fervilhante e preenchida em termos históricos: o fim da Monarquia e o nascimento da Primeira República, onde se assistiu a um evidente aparecimento de publicações satíricas, em que a BD (para adultos) desempenha um papel importante em complemento da caricatura e do cartoon. Segundo Boléo, "a série Quim e Manecas pode ser considerada a grande banda desenhada republicana, tanto pela durabilidade, como por estar enquadrada neste período da história portuguesa. É o Portugal político, social, cultural que está presente," nos anos coincidentes com a Primeira Guerra Mundial, acontecimento que tem uma presença central nestas aventuras. 2)

“Quim, cabelo escorrido, com as suas calças remendadas, suspensórios e chapéu de côco, mais espigadote, tem primazia no título, mas embora muito presente e importante, será um ativo companheiro mas não a figura principal. Manecas, mais novo, com aparência de bebé que no início não terá sido alheia ao Yellow Kid, com o seu bibe às bolinhas ou manchinhas, rapidamente assumirá o protagonismo, revelando com o tempo uma (matur)idade muito para lá da idade aparente (...).” Estas duas crianças vivem em Lisboa e protagonizam, essencialmente, quatro tipos de histórias, segundo a análise de João Paulo Paiva Boléo: "partidas ingénuas, aventuras "policiais" ou de espionagem, episódios de cariz político, social ou cultural e participação da Grande Guerra" e onde, fazem de tudo um pouco, desde "chauffeur a negociante, tanto de castanhas como de quadros, de actor a alfaiate ou caixeiro de chapelaria, de pintor a ministro". 3)


CONCURSOS NACIONAIS DE BANDA DESENHADA E DE CARTOON

Sob o tema "Uma nova aventura de Quim e Manecas", o 26.º Concurso Nacional de Banda Desenhada destina-se a participantes a partir dos 12 anos, que podem concorrer individualmente ou em equipa, apresentando uma banda desenhada original constituída por quatro pranchas no formato A4 ou A3. O concurso está dividido em três escalões: dos 12 aos 16 anos, dos 17 aos 30 anos e a partir dos 31 anos (neste escalão apenas podem participar os autores que nunca tenham publicado uma BD em álbum, nem tenham sido premiados pelo AmadoraBD). Para além de verem os seus trabalhos expostos, os sete vencedores (divididos pelos vários escalões) recebem um prémio individual monetário entre os 500€ e os 1000€.

O 24.º Concurso de Cartoon - dedicado ao tema "Os Direitos da Criança" - é destinado a concorrentes a partir dos 16 anos, individualmente ou em equipa e divididos em dois escalões: dos 16 aos 30 anos e a partir dos 31 anos. São atribuídos quatro prémios, cujos valores se situam entre os 350€ e os 600€. Também neste concurso só são aceites trabalhos originais e em formato A4.


CONCURSO MUNICIPAL DE BANDA DESENHADA E/OU ILUSTRAÇÃO

O 24.º Concurso Municipal de BD e/ou Ilustração da Amadora, também dedicado ao tema "Os Direitos da Criança", é destinado às escolas do Município da Amadora do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, público ou privado, e tem como objetivos promover e apoiar a utilização da Banda Desenhada nas escolas, sensibilizando para a importância da nona arte, como elemento pedagógico e veículo dinamizador dos hábitos de leitura, bem como, estimular a criatividade e a imaginação, em áreas como a escrita de argumentos, o desenho, a pintura e as artes visuais, como partes integrantes da banda desenhada. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 14 de Outubro de 2015

Os regulamentos dos concursos podem ser consultados na página de Facebook do AmadoraBD: www.facebook.com/amadorabd ou solicitados por e-mail, através do endereço amadorabd@cm-amadora.pt.

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O AmadoraBD - Festival Internacional de Banda Desenhada é organizado pela Câmara Municipal da Amadora e constitui o mais importante evento na área da Banda Desenhada, a nível nacional. É também uma importante referência a nível internacional, reconhecido como um dos maiores, melhores e mais diversificados eventos de BD, integrando o calendário internacional de eventos, como o Festival Internationale de la Bande Dessinée de Angoulême (França), o Lucca Comics (Itália), o Festival Internacional del Cómic de Barcelona (Espanha), New York Comic Fest (EUA) e o San Diego Comic Convention (EUA).

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REGULAMENTOS: 26.º Concurso de Banda Desenhada e 24.º Concurso de Cartoon AmadoraBD 2015
6 de agosto de 2015 às 18:59

26.º CONCURSO NACIONAL DE BANDA DESENHADA
AMADORABD 2015


1) ENTIDADE PROMOTORA

a) Em busca de novos valores, incentivando a produção da Banda Desenhada e proporcionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora (CMA) promove o presente concurso de Banda Desenhada, inserido no 26º AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada 2015, a decorrer nesta cidade entre os dias 23 de Outubro e 08 de Novembro.


2) TEMA DO CONCURSO

a) Na edição de 2015, o tema do concurso é “Uma nova aventura de Quim e Manecas”, no ano do centenário da sua criação por Stuart de Carvalhais, marcando uma vanguarda europeia na nona arte.


3) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

a) Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 12 anos.

b) Os concorrentes podem apresentar bandas desenhadas realizadas individualmente ou em equipa, com texto em língua portuguesa.

c) Cada concorrente, ou equipa, pode participar com uma banda desenhada.

d) Os concorrentes são divididos em três escalões etários, conforme as idades, consideradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas.

e) Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites:

Escalão A: dos 17 aos 30 anos
Escalão A+: a partir dos 31 anos (sem BDs publicadas em álbum e que nunca tenham sido premiados pelo AmadoraBD).
Escalão B: dos 12 aos 16 anos

f) Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumprimento dos limites etários estabelecidos.

g) Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos.


4) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) Cada banda desenhada é constituída por 4 pranchas originais inéditas, produzidas nos últimos dois anos, e que podem ser a preto e branco ou a cores.

b) O formato das pranchas a concurso deve ser A4 (210x297mm) ou A3 (420x297mm).

c) As quatro pranchas têm de estar numeradas.

d) A primeira e a última prancha, sendo o princípio e fim da narrativa, deverão apresentar caraterísticas próprias da linguagem da 9ª arte, nomeadamente: esclarecer graficamente o início da história da primeira página com cabeçalho e título ou outra forma que o autor julgue mais adequada; o final da narrativa na última página deverá ser claro.

e) Os concorrentes devem ter a noção que, em caso de publicação, as legendas, textos de balões e restante letragem terão de ser legíveis no formato A4, em particular os que originalmente são feitos em A3 que terão de ser reduzidos para metade, pelo que o júri tomará em conta este fator na seleção dos trabalhos.

f) Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portugueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso, onomatopeias ou estrangeirismos). A legendagem tem que ser facilmente legível por todas as pessoas.

g) Os erros ortográficos e gramaticais pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes.

h) Os autores devem fazer duas fotocópias de cada prancha, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original.

i) As pranchas não podem estar assinadas. Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação.

j) No caso de se tratarem de pranchas feitas anteriormente e já assinadas, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco.

k) Todas as pranchas e respetivas cópias devem estar numeradas legivelmente e identificadas com o
pseudónimo e escalão no verso.

l) O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anteriormente pelo(s) autor(es).


5) CALENDÁRIO

a) A data limite para entrega dos trabalhos na CMA – Recreios da Amadora é o dia 21 de Setembro de 2015 até às 17:00 horas.

b) No caso das bandas desenhadas serem enviadas pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes / autores nacionais e do estrangeiro terão de se assegurar que a BD concorrente chegará à organização sedeada nos Recreios da Amadora até 21 de Setembro de 2015, independentemente da data do selo de correio nacional ou internacional.

c) Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo devolvidos ao(s) concorrente(s).

d) A CMA – AmadoraBD não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios.

e) Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes.

f) A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.

g) A partir do dia 23 de Dezembro a CMA / AmadoraBD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.


6) INSCRIÇÃO

a) Para efeitos de participação, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)].

b) Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respetivo(s) autor(es).

c) As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão.

d) As dúvidas poderão ser esclarecidas por telefone pelo 21.436.9055 ou por email para amadorabd@cm-amadora.pt

e) Os trabalhos concorrentes, devem ser enviados ou entregues diretamente até 21 de Setembro de 2015 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas), a:

26.º Concurso de BD
AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada
CMA/DIC – Recreios da Amadora – Av. Santos Matos, nº 2
2700-748 AMADORA/PORTUGAL


7) EXPOSIÇÃO DE OBRAS

a) Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-seleção do júri em função do espaço disponível para exposição.

b) A montagem e desmontagem da exposição com os trabalhos que participam no concurso e selecionados pelo júri é da exclusiva responsabilidade da CMA.

c) A exposição estará patente durante o 26º AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada.

d) A organização faz o seguro de todas as obras presentes. É também da sua responsabilidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância.


8) JÚRI

a) O júri deste concurso é constituído pelo diretor do AmadoraBD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do AmadoraBD e um professor de uma escola secundária da Amadora.

b) Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados.

c) Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar.

d) O júri reúne em Outubro de 2015.

e) Das decisões do júri não haverá recurso.


9) PRÉMIOS

a) Porque a BD é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação, a organização, realizará todos os esforços com o objetivo de editar os trabalhos premiados.

b) Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma:

ESCALÃO A
1.º Prémio – € 1.000,00
2.º Prémio – € 750,00
3.º Prémio – € 600,00

ESCALÃO A+

Prémio Único – € 1.000,00

ESCALÃO B
1.º Prémio – € 750,00
2.º Prémio – € 600,00
3.º Prémio – € 500,00

c) Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar.

d) Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus.


10) NOTAS FINAIS

a) Os originais das bandas desenhadas premiadas são propriedade da entidade promotora.

b) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organizadora, não havendo recurso das decisões do Júri.

c) A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.
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24.º CONCURSO DE CARTOON
AMADORA 2015

1) ENTIDADE PROMOTORA

a) Em busca de novos valores, incentivando a produção de cartoon e proporcionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora (CMA) promove o presente concurso de Cartoon, inserido no 26.º AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada 2015, a decorrer nesta cidade entre os dias 23 de Outubro e 08 de Novembro.


2) TEMA DO CONCURSO

a) Na edição de 2015, o tema do concurso é “Os Direitos da Criança”.


3) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

a) Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 16 anos de idade considerada à data marcada como o dia limite para a receção dos cartoons.

b) Os concorrentes podem apresentar trabalhos realizados individualmente ou em equipa.

c) Os concorrentes são divididos em dois escalões etários, conforme as idades, consideradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas.

d) Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites:

Escalão C: dos 16 aos 30 anos
Escalão C+: a partir dos 31 anos (sem Cartoons publicados na imprensa e que nunca tenham sido premiados pelo AmadoraBD).

e) Cada concorrente, ou equipa, pode participar com o máximo de 2 trabalhos utilizando um pseudónimo diferente para cada trabalho.

f) Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumprimento dos limites etários estabelecidos.

g) Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos.


4) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) Só são aceites trabalhos originais inéditos, produzidos no ano corrente que podem ser a preto e branco ou a cores.

b) O formato dos trabalhos admitidos é o A4 (210X297mm).

c) Os autores devem fazer duas fotocópias de cada trabalho, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original.

d) Os trabalhos não podem estar assinados. Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação.

e) No caso de se tratarem de cartoons já assinados, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco.

f) Todos os cartoons e respetivas cópias devem estar legivelmente identificados com o pseudónimo no verso.

g) O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anteriormente pelo(s) autor(es).

h) Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portugueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso ou estrangeirismos). A legendagem tem que ser legível.

i) Os erros ortográficos pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes.


5) CALENDÁRIO

a) A data limite para entrega dos trabalhos na CMA – Recreios da Amadora é o dia 21 de Setembro de 2015 até às 17:00 horas.

b) No caso dos Cartoons serem enviados pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes/autores nacionais e do estrangeiro terão de se assegurar que o Cartoon concorrente chegará à organização sedeada nos Recreios da Amadora até 21 de Setembro de 2015 independentemente da data do selo de correio nacional ou internacional.

c) Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo de imediato devolvidos ao(s) concorrente(s).

d) A CMA - AmadoraBD não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios.

e) Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes.

f) A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respectivas estações dos correios.

g) A partir do dia 23 de Dezembro a CMA / AmadoraBD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.


6) INSCRIÇÃO

a) Para efeitos de participação, por cada Cartoon enviado, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)].

b) Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respectivo(s) autor(es).

c) As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão.

d) As dúvidas poderão ser esclarecidas por telefone pelo 21.436.9055 ou por email para amadorabd@cm-amadora.pt

e) Os trabalhos concorrentes devem ser enviados ou entregues diretamente até 21 de Setembro de 2015 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas) a:

24.º Concurso de Cartoon
AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada
CMA/DIC – Recreios da Amadora – Av. Santos Matos, nº 2
2700-748 AMADORA/PORTUGAL


7) EXPOSIÇÃO DE OBRAS

a) Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-selecção do júri, em função do espaço disponível para exposição.

b) A montagem e desmontagem dos trabalhos que participam no concurso é da exclusiva responsabilidade da CMA.

c) A exposição estará patente durante o 26º AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada.

d) A organização faz o seguro de todas as obras presentes. É também da sua responsabilidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância.


8) JÚRI

a) O júri deste concurso é constituído pelo diretor do AmadoraBD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do AmadoraBD e um professor de uma escola secundária da Amadora.

b) Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados.

c) Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar.

d) O júri reúne em Outubro de 2015.

e) Das decisões do júri não haverá recurso.


9) PRÉMIOS

a) Porque o cartoon é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação, a organização realizará todos os esforços com o objectivo de editar os trabalhos premiados.

b) Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma:

ESCALÃO C
1.º Prémio – € 600,00
2.º Prémio – € 450,00
3.º Prémio – € 350,00

ESCALÃO C+
Prémio Único – € 600,00

c) Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar.

d) Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus.

e) No caso de ser uma equipa a vencer um dos prémios, este será entregue ao elemento mais velho da
equipa.


10) NOTAS FINAIS

a) Os originais dos Cartoons premiados são propriedade da entidade promotora.

b) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organizadora, não havendo recurso das decisões do Júri.

c) A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.


Os regulamentos e as respetivas fichas de inscrição podem ser solicitadas, no Facebook, através de mensagem privada, ou por e-mail, através do endereço amadorabd@cm-amadora.pt.



Boas leituras


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Homem-Aranha: Tormento
Colecção Poderosos Heróis Marvel



Este livro saiu ontem na colecção “Poderosos Heróis Marvel” da Levoir, distribuído com o jornal Público.

Todd McFarlane, o “menino prodígio” dos comics nesta altura, estávamos em 1990, assumiu por inteiro o Homem-Aranha, escrevendo e desenhando este “Tormento”. Saiu na altura em cinco números, sendo compilado pela primeira vez em TPB no ano de 1992.O 1º número de Torment foi também a revista nº 1 da franquia Spider-Man.

Vou ser curto e grosso… isto foi um “tormento” para ler…
McFarlane dava cartas na altura como desenhador, não como argumentista.
Embora tenha assumido nesta revista toda a mitologia que estava para trás deste super-herói, caracterizou-o aqui num ambiente muito negro, a roçar o tétrico, perdendo o seu ar gozão e a piada fácil.

Depois, tudo o argumento é confuso… aparece o Lagarto como vilão inicial, ressuscitado do fundo do rio Hudson, porquê?? E já agora, este era um nº1! Não haveria na lista de vilões do Aranha um mais empolgante que o Lagarto? Posso estar a ser faccioso, o Lagarto nunca foi dos meus preferidos. Mas… Calypso? A feiticeira?

Bom, considero esta história bastante fraca (o Aranha tem tantas boas…). Todo o set me pareceu forçado, a narrativa gráfica é complicada demais e a certo ponto a história pareceu-me mesmo um pouco parva.

No que respeita a Todd McFarlane desenhador (que eu gosto) neste livro conseguiu um Aranha muito dinâmico sobretudo a balançar na teia. A sua visão do Aranha é forte, que eu gosto muito, fez uma excelente Calypso, e o Lagarto está de meter medo em bom!

Nas partes em que não há dinâmica, ou seja, pessoas retratadas a passear na rua, ou simplesmente Peter Parker a falar com a Mary Jane, já não é tão bom fazendo carinhas e caretas estranhas.

No final, considero este “tormento” mediano a roçar o fraco. A ver se isto melhora nos próximos números…
No que respeito ao livro em si, é mais uma boa edição da Levoir.




Boas leituras





Hardcover
Editado em Agosto de 2015 pela Levoir
Criado por Todd McFarlane








sábado, 15 de agosto de 2015

Lançamento Levoir: Viúva Negra - O Manto da Viúva
Poderosos Heróis Marvel Vol.4



Saiu na 5ª Feira para as bancas o vol.4 desta nova colecção da Levoir, distribuída pelo jornal Público. Desta vez a personagem principal do livro é a Viúva Negra (Black Widow), e friso que é uma estreia em português.
:)

Fiquem com a informação da Levoir:



VIÚVA NEGRA - O MANTO DA VIÚVA
Greg Rucka e Devin Grayson (argumento), Igor Kordey e J.G. Jones (desenho)

A vida de Natasha Romanova sempre foi muito movimentada - espia soviética, refugiada no Ocidente, assassina profissional e Vingadora, a sua carreira letal tornou-a famosa em todo o mundo. Mas agora, os seus dias como Viúva Negra podem ter chegado ao fim. Yelena Belova, a nova Viúva Negra, pretende reclamar o manto que ela acha que foi roubado à Mãe Rússia. A batalha das duas Viúvas vai levá-las das ruas geladas de Moscovo e dos desertos do Médio Oriente às ruas de Nova Iorque. Qual das duas Viúvas sairá vencedora deste confronto?

O primeiro herói desta colecção a ter uma estreia em português é uma heroína, a Viúva Negra, personagem que conheceu recentemente uma renovada popularidade, graças sobretudo aos filmes recentes da Marvel (com relevo para os dois filmes dos Vingadores), em que ela tem uma importância grande, como agente da SHIELD e como membro dos Vingadores, interpretada brilhantemente por uma das grandes actrizes contemporâneas, Scarlett Johansson.

Criada originalmente por Stan Lee, Don Rico e Don Heck em 1964, em plena Guerra Fria, nas páginas de Tales of Suspense #52, a Viúva Negra é Natasha Romanova, uma espia soviética que tinha a capacidade de sedução como arma principal para conseguir os seus objectivos, que passavam por roubar os segredos industriais de Tony Stark, o Homem de Ferro. Mas rapidamente Natasha abandona os seus antigos patrões, pede asilo no Ocidente e junta-se aos Vingadores. E é precisamente a sua presença ao lado dos heróis, seja pela sua filiação nos Vingadores, seja pelas relações amorosas que estabelece com alguns heróis como o Gavião Arqueiro ou o Demolidor, que faz com que o leitor se esqueça que a Viúva Negra é, antes de tudo, uma espia.



É todo o seu passado e história como espia que são recuperados neste volume, em duas histórias que nos lembram ao mesmo tempo, as suas origens (como membro dum programa de treino especial soviético, que tem produzido Viúvas Negras ao longo das décadas) e a sua carreira como agente especial. Greg Rucka assina uma dessas histórias (Pale Little Spider no original), lançada em
mini-série em 2002, e que nos conta como Yelena Belova, uma jovem recruta russa, se transforma na nova Viúva, num conto com uma carga erótica pouco comum no universo Marvel. Rucka conta aqui com a arte do ilustrador russo Igor Kordey, cujo estilo sombrio se revela perfeito para uma história passada no submundo de Moscovo.

A segunda história (The Itsy-Bitsy Spider, editada originalmente em mini-série em 1999, uns anos antes da história de Rucka, mas que se passa depois dessa primeira história) é assinada pela escritora Devin Grayson, com desenho do sempre espectacular de J.G. Jones - com o seu traço elegante, rigoroso e sensual - e conta a primeira confrontação entre a Viúva Negra original, e a sua sucessora, a pretendente ao Manto da Viúva.

Viúva Negra: O Manto da Viúva
152 pgs a cores, formato comic, capa dura.

Reúne Black Widow: Pale Little Spider (Black Widow #1-3, 2002) e Black Widow: The Itsy-Bitsy Spider (Black Widow #1-3, 1999)



































Boas leituras




quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Unflattening



"Philosophy begins in wonder."
Alfred North Whitehead

A Banda Desenhada continua a surpreender-me. Acaba sempre por cair nas minhas mãos de tempos a tempos alguma obra que sai fora da caixa.
Desta vez foi este incrível Unflattening de Nick Sousanis.

Sousanis é professor universitário, crítico de arte e desenhador. Antes disso, era professor de ténis!
Em 2008 vai para Nova Iorque em busca de um grau de Doutor na disciplina de Education in Interdisciplinary Studies na Columbia University's Teachers College. E é aqui que começa a nascer esta obra.

Em 2014 defende a sua tese em forma de Banda desenhada, sendo a primeira vez que tal aconteceu. Um verdadeiro tratado filosófico, sensorial, impregnado de metáforas e referências com as quais o leitor navega e é obrigado a abrir a mente. Bem vindos a Unflattening!

Sousanis divide este seu livro em oito capítulos onde o leitor entra numa jornada epistemológica que se inicia com alguns conceitos que nos vão acompanhar durante todo o livro, o pensamento tridimensional, bidimensional e linear. Como nós somos formatados na maneira de vermos o mundo, as fronteiras impostas ao pensamento e ao conhecimento, pela educação de que somos alvo desde que nascemos.

E claro, passamos para a Flatland, clara referência ao livro de Edwin Abbot que conta o encontro entre uma figura bidimensional (Quadrado) e um tridimensional (Esfera). A Esfera mostra ao Quadrado todo um mundo de possibilidade, perspectivas e pontos de vista diferentes!

Aliás, este é o fulcro do livro, a procura do maior número possível de maneiras diferentes de ver a mesma coisa, e tudo isto é feito numa simbiose perfeita entre a palavra e o desenho. Assim como a escrita nos leva por caminhos diferentes, a construção das páginas faz exactamente o mesmo. Não temos uma regra definida nem de representação gráfica, que pode ir do desenho mais elaborado ao mais linear, como a própria condução na estrutura gráfica da página nos pode levar naturalmente da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, diagonais do canto direito para o esquerdo voltado a subir um pouco para o lado contrário. Parece complicado? Não é. Sousanis faz com que o leitor navegue graficamente em completa comunhão com o texto, sem barreiras, sem esforço.

























As referências são deliciosas, desde a cabine telefónica onde Clark Kent  se "transforma" (ou será o contrário) em Superman e de repente estamos no interior dessa mesma cabine telefónica mas já no ambiente do Dr Who.  Desde os desenhos rupestres da Pré-História à visão do mundo de Copérnico, e porque não falar das sandálias aladas de Hermes que nos levem para perspectivas do mundo que nunca conseguiríamos ter com os pés ao nível da terra?

Este livro constrói todo um mundo de possibilidades.

Alguns apontamentos que mexeram comigo. No interlúdio Strings Attached onde pontifica um marioneta (tipo Pinóquio), temos um pequena história de uma página que se repete até à exaustão (claro que isso é subentendido, representando a nossa rotina bidimensional).  Um dia em determinada altura a nossa personagem tem uma muito pequena alteração numa pequena vinheta. Repara numa lagarta, maravilhosa analogia porque essa pequena diferença transforma toda a rotina e observação do mundo pela marioneta, acabando por ter um efeito borboleta.
A lagarta tinha uma fome monstra crescendo todos os dias (alusão a The Very Hungry Caterpillar de Eric Carl). A estrutura da página vai-se tornando mais "caótica" conforme a toda a rotina é quebrada, acabando com toda a estrutura estabelecida para trás, acabando com um enorme "Who are you?" que é a 1ª frase (pergunta) da lagarta no livro "Alice no País das Maravilhas", e para logo de seguida se pendurar para a metamorfose colocando-se na posição de ponto de interrogação usado pelas lagartas da borboleta Monarca. "Quem sou eu?" é uma pergunta difícil para quase todos os seres Humanos, muitas vezes não gostamos da resposta...

Um pouco mais à frente temos a mesma marioneta cortando os seus fios. Libertação? NÃO!

"To set ourselves free, we can´t simply cut our bonds. For to remove them (if we could) would only set us adrift, detacheded from the very things that make us who we are.
The strings stay on. By identifying more threads of association, we are better able to see these attachments not as constraints but as forces to harness.
Nick Sousanis

"Emancipation does not mean 'freed from bonds' but well-attached."
Bruno Latour

Todo este texto acompanhado de imagens bastante fortes/expressivas. Nota máxima.

Este é um livro que mexe connosco se o lermos de mente aberta. Uma junção perfeita da palavra com a imagem (acessível para todos).

O LBD recomenda fortemente este livro, e já agora, se algum editor por acaso ler este meu post, por favor, pese a possibilidade de o editar em português.


Boas leituras

Softcover
Criado por Nick Sousanis
Editado em 2015 pela Harvard University Press




segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Lançamento Rudolfo: Molly #2



Mais um fanzine saído da cabeça e das mãos de Rudolfo. Depois de Molly #1, claro, o Molly #2!
:D

Fiquem com o press do fanzine Molly!


MOLLY #2

Após 9 meses de atraso, finalmente está cá fora o tão aguardado segundo número de MOLLY !
Neste número, vamos ainda mais fundo na psique do autor mas passamos também por uma lição de história do noise japonês, o ocasional puppy, escatológico...
Espectacular!

36pgs, 1cor, 16x23cm
400 exemplares

(lançamento mais exposição na El Pep de 8 a 21 de Agosto)



PRESS ETC
“O Rudolfo representa tudo o que correu mal na nossa geração.” - Gonçalo Duarte / Lobijovem & Equations

“Molly é sobre o eterno retorno das décadas, mas numa combinatória fortuita.” - João Machado / Mashnotes & Clube do Inferno

"Existe aqui uma brava, salutar e assumida dose de indulgência." - Pedro Moura / Ler BD

"Molly é um catálogo de potencial em que mostra Rudolfo cada vez mais lambido (salvo seja). Os grafismos empregues transpiram virtuosismo, técnica e experimentação, chupando a estética da BD popular que se funde com ilustração e design. (...) A acompanhar mesmo mesmo!!!" - Marcos Farrajota / blogzine da chili com carne

"Estou-me a cagar para o Rudolfo!" - Maria Reis / Pega Monstro

A história do #1, "EU NÃO ESTOU FIXE (EU PROMETO)", apareceu em italiano no catálogo da exposição dedicada à BD Portuguesa, QUADRADINHOS, com o título "NON STO BENE (LO GIURO)". Por muito surreal que seja, essa versão italiana foi nomeada para "Melhor Obra Curta" dos XIII Troféus Central Comics....

Apareci todo bonito na TIME OUT PORTO nrº60 com o #1.







Ainda dá para fazer subscrição e receber de imediato o #1 + #2. Com uns extras e tudo! Mais info aqui.

Podem ver aqui o lançamento do Molly #1

Boas leituras


domingo, 9 de agosto de 2015

Homem de Ferro: Semente de Dragão



Na passada 5ª Feira saiu o 3º número da colecção “Poderosos Heróis Marvel” pela Levoir, e distribuída pelo jornal Público: Homem de Ferro – Semente de Dragão.

Este livro compila o arco Iron Man: The Dragon Seed publicado originalmente nas revistas da franquia Iron Man #270 a #275 (1991).
O argumentista foi John Byrne, desenho por Paul Ryan (Mark Bright #274), arte-final por Bob Wiacek e cor de Paul Becton.

John Byrne é mais conhecido pelo seu trabalho como desenhador pelo seu grande Superman (ainda hoje muitos fãs dizem que foi o melhor de sempre), e também para a Marvel em X-Men e Fantastic Four. Aqui tentou fazer um revamp ao Homem de Ferro, mas já lá vamos.
Paul Ryan já se tinha mostrado aos leitores como desenhador em Títulos como Squadron Supreme, Fantastic Four e fora desta caixa nas tiras do Fantasma.
Esta dupla criativa tentou fazer algo para fazer renovar o Iron Man, mas é difícil com toda a história de sucesso que este título já tinha tido no passado.

Para mim a parte positiva deste livro não é o trabalho feito em cima do Homem de Ferro, mas sim o trabalho com os vilões: Mandarim e Fin Fang Foom (adoro este nome…) :D
O Mandarim é bem trabalhado, sobretudo no que toca ao seu passado, a origem do seu poder. Claro, a origem do dragão Fin Fang Foom também é mostrada neste livro!

De resto o livro está muito cheio de clichés políticos da época, industriais e amorosos… é o perigo amarelo, o comunismo, a tentativa de espionagem industrial (embora não muito aparente neste arco), e claro… a tipa gira do outro lado do muro que fica apaixonada pelo playboy americano apesar das diferenças de ideologia entre ambos, e claro (novamente) o amor impossível porque ela era casada… Duhh…

Devia ter sido explicado no prefácio do livro de onde era oriunda a doença do Homem de Ferro, visto que ele vai à China para ser tratado desse problema por uma das maiores sumidades em neuropatias do mundo (e neste caso passa a ser o interesse amoroso do livro também). Basicamente na Saga Armor Wars II, que foi o início de John Byrne no Homem de Ferro, os gémeos Marrs conseguem tomar controlo do sistema nervoso de Tony Stark paralisando-o e deixando-o com perdas de memória. E é também aí nesse arco que se forja a aliança entre o Mandarim e Fin Fang Foom.

O Homem de Ferro conta como aliado principal o seu amigo James Rhodes, que é quem está a usar a armadura devido ao problema neurológico de Stark, mas a sua maior aliada acaba por ser a sua própria tecnologia, a usar armaduras por controlo remoto.
De resto temos pancadaria total durante a maior parte do livro, o que não deixa de ser divertido (Paul Ryan tem um trabalho sofrível, na minha opinião), e fico por aqui para evitar spoilers (apesar disto já ser antigo…).

Já agora… Byrne comete várias gaffes no argumento relativamente aos dragões… nem se percebe como é que se esburaca o argumento relativamente aos amigos de Fin Fang Foom.
Claramente são 10 de início, é mostrado no livro. Também é mostrado que que um deles morre logo no início, ou seja ficariam 9, mas são desenhados 10 na luta final! Para cúmulo do desleixo, na página 105 é dito que eles eram 16, mas que 6 tinham sido mortos às mãos de humanos… MAS SÓ EXISTEM 10 ANÉIS PÁH!
Sinceramente gosto mais de Byrne como desenhador…
:D

Já agora, o sub-plot com o Capitão América, Mulher-Hulk e Viúva Negra não está lá a fazer nada... só atrapalha na compilação.

Este é um arco claramente para entreter, acharia muito mais interessante como clássico a publicar do Homem de Ferro outros títulos. Não sei quais os constrangimentos de direitos para publicação, mas Armor Wars, War Machine ou Doomquest seriam bem mais interessantes.

Boas leituras

Hardcover
Criado por John Byrne e Paul Ryan
Editado pela Levoir em 2015




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O Árabe do Futuro
Ser Jovem no Médio-Oriente (1978-1984)



Mais um Romance Gráfico, e mais uma narrativa autobiográfica traduzida para português. E aqui temos logo um problema… Logo na primeira linha de texto do livro temos um erro que retira todo o efeito e força à frase! Vou colocar a frase no original em francês, e na tradução para inglês. Depois a tradução portuguesa:

“Je m’appelle Riad. En 1980, jávais 2 ans et j´étais un homme parfait.”
“My name is Riad. In 1980, I was two years old and I was perfect.”
“O meu nome é Riad. Em 1980 eu tinha 2 anos e era um homem feito.”



Podem chamar-me picuinhas, mas quando li esta primeira frase do livro achei que estava parva e não tinha a ver com a parte gráfica, assim resolvi ver como estava noutras traduções…
O tradutor provavelmente queria ter escrito “perfeito” e não “feito”, mas a gralha passou, e é aqui que eu quero bater. Onde está o revisor? Sim… mais ninguém lê o livro depois de traduzido??

Bom… passando este percalço (que eu espero que não tenha acontecido mais vezes no livro), a editora Teorema (grupo Leya) publica em Portugal um livro premiado este ano no festival de Angoulême para o Melhor Livro. Foi uma edição que passou um pouco despercebida na altura, infelizmente, mas espero que a qualidade desta obra do franco-sírio Riad Sattouf consiga desbravar esta falta de mediatismo da imprensa portuguesa.

O Árabe do Futuro concebido como uma trilogia, sendo este livro o primeiro tomo abarcando a primeira infância do pequeno Sattouf entre 1978 e 1984, com o subtítulo "Ser Jovem no Médio Oriente".
O segundo tomo saiu em Junho em França e abarca o período 1984/1985.

Falando um pouco de Sattouf, esta não foi a primeira vez que foi premiado em Angoulême. Em 2003 ganhou o prémio Renné Goscinny com Les Pauvres Aventures de Jérémy, e em 2010 ganhou o prémio Melhor Livro com o 3º volume da sua série Pascal Brutal. Estes dois importantes prémios também no festival de Angoulême.
Trabalhou durante 10 anos para o jornal satírico Charlie Hebdo (2004 a 2014), e para além disto tudo também é cineasta, ganhando também um prémio como realizador na Académie des Césars com o filme Les beaux gosses na categoria César du meilleur premier film.

Passando para o livro em questão neste post, O Árabe do Futuro, comecei a ler um pouco desconfiado o que em última análise (isto acontece-me alguma vezes) se demonstrou apenas ser preconceito meu. O livro lê-se muito bem e é muito interessante.
A minha desconfiança inicial adveio do traço cartunesco simples de Sattouf e de claramente ser uma autobiografia. Sou sempre desconfiado em relação ao género autobiográfico, não há volta a dar! Isto porquê? Porque para ser interessante, o autor tem de ter tido uma vida mesmo muito interessante, senão mais vale ficar quieto.
E sim, esta primeira infância (até aos 6 anos) do autor demonstrou-se muito interessante.

Sattouf é filho de um professor sírio e de mãe francesa. Não seria estranho se continuasse a viver na Europa, mas tal não aconteceu. O pai de Sattouf é um árabe orgulhoso (e com ideias de grandeza) que acredita piamente num mundo Árabe unido, e como pretexto para voltar ao mundo árabe serviu-se de uma gralha no nome dele numa carta de chamada como assistente em Oxford, candidatando-se ao invés, para ir leccionar para a Universidade de Tripoli na Líbia de Kadafi.

A família vai toda, arrastando a sua mulher e filho louros para um país completamente diferente em todos os aspectos. Abdel-Razak, o pai, era fervoroso adepto de uma liderança forte, e daí admirar Kadafi e a sua tentativa de unir o mundo árabe, mas a realidade é bastante diferente…
Podem seguir o périplo do jovem Sattouf que em seis anos de vida foi de França para a Líbia, volta a França, de seguida vai para a Síria (terra do seu pai), volta a França, e no final a caminho da Síria novamente.

O livro tem uma narrativa muito forte, quase sempre acompanhada de um humor ligeiro que quebra a profunda tristeza que está sempre presente como pano de fundo. Sattouf serve-se de variantes cromáticas ao longo do livro. Em França temos o azul como cor base, na Líbia o laranja e na Síria o rosa. Sigam esta viagem ao mundo árabe porque merece!
O Leituras de BD recomenda este Romance Gráfico.

Boas leituras


Softcover
Criado por Riad Sattouf
Editado pela Teorema em 2015

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