E já se sabe quem são os vencedores dos prémios deste ano. Nada a dizer nas várias categorias, excepto na principal. Desculpem-me lá... mas para melhor álbum nacional ganha uma antologia??
É ridículo, na minha opinião. E volto a frisar, é só, e apenas, a minha opinião, que vale o que vale, pouco.
Já agora, não conheço o trabalho dos 10 autores neste livro, porque não li o livro. Acredito que seja bom, mas para mim uma antologia nem sequer deveria entrar nesta categoria. E não venham para aí fazer mimimi porque é apenas a minha opinião, que com certeza não é igual à da maioria.
De resto, eu poderia ter outros preferidos em algumas categorias, mas as escolhas não me chocam. Será tudo uma questão de gosto pessoal.
Para quem já não se lembrar dos nomeados, eles estão neste link:
Nomeados para os Prémios Nacionais de BD
Passemos aos vencedores:
AmadoraBD 2014
Vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada
Amadora, 1 de novembro de 2014 – Foram conhecidos hoje, nos Recreios da Amadora, os vencedores dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2014:
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum Português
Zona de Desconforto, de Amanda Baeza, André Coelho, Cristina Casnellie, Daniel Lopes, David Campos, Francisco Sousa Lobo, José Smith Vargas, Júlia Tovar, Ondina Pires e Tiago Baptista (Chili com Carne)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Argumento para Álbum Português
André Oliveira, Hawk (Kingpin Books)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Desenho para Álbum Português
Pedro Massano, A Batalha 14 de Agosto de 1385 (Gradiva)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira
Safe Place, de André Pereira e Paula Almeida (Kingpin Books)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum de Autor Estrangeiro
As Serpentes de Água, de Tony Sandoval (Kingpin Books)
Prémio Nacional de Banda Desenhada - Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
No Presépio, de Álvaro e José Pinto Carneiro (Insónia/Álvaro Santos)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Ilustração de Livro Infantil
Vera Tavares, Lôá Perdida no Paraíso (Tinta da China)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Prémio Clássicos da 9.ª Arte
Maus, de Art Spiegelman (Bertrand Editora)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Fanzine
Espaço Marginal, de Marco Silva (Instituto Politécnico de Beja)
Prémio Nacional de Banda Desenhada – Troféu de Honra
Carlos Baptista Mendes
O júri dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada é constituído por Nelson Dona, diretor do AmadoraBD e em representação da Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, Joana Afonso, autora de BD, Luís Salvado, jornalista e especialista bedéfilo (e comissário da exposição central), António Dâmaso Afonso, colecionador de BD e Sara Figueiredo Costa, comissária da exposição central.
Até dia 9 de novembro, os álbuns vencedores podem ser vistos no AmadoraBD, no Fórum Luís de Camões, na área dedicada ao Ano Editorial Português (piso 0) e a exposição de homenagem a Carlos Baptista Mendes, “Portugueses na Grande Guerra”, pode ser visitada na Galeria dos Paços do Concelho, na Câmara Municipal da Amadora.
Boas Leituras
Ninguém diz nada?
ResponderEliminarEntão digo eu... o Amadora BD ridicularizou-se a ele próprio. Uma antologia de fanzines que nem são nada de especial ganha o prémio máximo da produção nacional nestes prémios, livro este proposto por um membro do júri com conhecida propensão para fanzines e BD dita "alternativa", porque nem sequer estava em cima da mesa.
Tudo foi ridicularizado, o festival, a BD nacional, e o editor ainda foi gozar o pratinho para a comunicação social.
Querem mais? Olhem... podem comprar bilhetes para o circo, visto que vão estar aí em força na festa natalícia que se avizinha... lol
(Como é possível descer tão baixo...)
:(
Realmente ridículo, uma antologia!!!
ResponderEliminarA Bd nacional a dar uma passo atrás com estes números autentico de Stand up comedy, que desprestigiam este grande certame...
Quando aos outros prémios não há muito a dizer, talvez só que, por gosto pessoal, daria o premio de Melhor álbum de autor estrangeiro a "Ardalén" ou "Eu mato gigantes", talvez os álbuns que mais me "encheram" nos últimos tempos.
Embora também tenha gostado do "As Serpentes de água"...
Luís Fernandes
ResponderEliminarNuma altura em que a produção nacional está a subir de qualidade e quantidade, com apostas variadas e temas diversos, esta foi a maneira do Amadora BD premiar esse facto. Tiros-lhe o meu chapéu. Ainda vou querer ver como vão descalçar a bota da exposição para o ano... vai ser lindo...
:D
O que dizer Nuno? Não é a primeira vez que este tipo de 'coisa' acontece no Amadora. Há dois anos aconteceu algo noutro prémio na minha opinião muito, mas muito pior, que para mim só mesmo neste país é que podia acontecer. Na altura também ninguém disse nada (bem, eu fartei-me de dizer, mas quem sou eu...). Por isso, concordo plenamente contigo, mas não há nada a dizer na verdade, afinal de contas, estamos a falar do Amadora Bd. Palavras para quê?
ResponderEliminarSendo assim um pouco de opinião contrária, não me parece que seja por ser uma antologia que o livro possa ser mais ou menos um álbum e, quem sabe, vencedor do prémio.
ResponderEliminarNão li o "Zona de Desconforto" mas parece-me que uma antologia feita em torno de um tema possa vir a fazer sentido como um todo legível onde o resultado é superior à soma das partes.
Mas, na verdade, dos nomeados a Prémio Nacional de Banda Desenhada – Melhor Álbum Português só li o Hawk, sobretudo por falta de tempo/oportunidade mas também alguma falta de interesse para com os outros.
Quanto ao que se passou nos bastidores, não sei, não saberei e não quero saber.
Mas se o álbum foi colocado "em jogo" por um único elemento do júri para acabar por ser eleito por votação, se calhar é uma antologia com algum valor que estava a ser indevidamente desprezada de início.
Ou então, de facto, os restantes candidatos estavam demasiado abaixo do nível esperado.
Eu sei que a discussão está no facto de uma antologia originária de fanzines poder ser ou não considerada um álbum nacional.
Desde que cumpra com os critérios físicos/legais para tal, imagino que sim.
Não creio que fosse colocado em causa que uma antologia de contos de autores portugueses fosse um livro por direito próprio e, se bem executada, digna de ser considerada o melhor livro do ano por quem quer que dá esse género de prémios.
De qualquer maneira, vou tentar ler todos os livros e isso é que me importa.
O valor destes prémios fica a cargo de cada um, para mim são apenas uma efeméride que depois deste comentário já nada significa.
Luis Sanches
ResponderEliminarOlha, já não sei o que pensar, se era para dar um prémio à editora Chili com Carne que fosse o "Desenhador Defunto". Não seria o meu preferido, mas pronto... eu não ficava "desconfotável".
:\
Carlos Antunes
ResponderEliminarAconselho-te a leitura de todos os livros que estiveram nomeados para este prémio!
:P