sábado, 30 de agosto de 2008

Giuseppe Bergman


Esta é uma obra notável de Manara, e penso que por cá foram todos editados, excepto as "Aventuras Africanas". Esta é a obra onde Manara se revê, pois Giuseppe Bergmam na sua busca por aventura e por largar as correntes que o amarram ao mundo real, poderá ser considerado o seu alter-ego. De notar que a construção deste personagem, se baseia em viagens protagonizadas pelo próprio Manara um pouco por todo o mundo. Em Bergman, Manara põe todos os seus sonhos, desventuras, luta contra tudo o que está estabelecido, enfim... todos os seus conflitos e emoções da altura, por isso se torna uma série tão "verdadeira", inclusivamente cenas da sua vida real da altura são incluídas nesta série (intimação para ir ao Juiz de Lucca). Os primeiras capítulos são editados numa época conturbada ao nível das ideias e rompem com o que o "staus quo" daquilo que era aceitável, até na maneira de desenhar... estávamos na transição da década de 70 para a de 80!
Nos dois primeiros volumes, editados pela ASA (uma bela edição) e anteriormente na série "Clássicos da Banda Desenhada" do jornal Correio da Manhã, Manara começa a odisseia das "aventuras" de Giuseppe Bergman, num livro dificil de acompanhar, em que é feito um tributo a uma grande amizade: Hugo Pratt (HP na estória). Originalmente "HP e Giuseppe Bergman" foram editados pela Casterman como um único livro, sendo esta aventura dividida em dois pela Les Humanoïdes Associés. Isto sucedeu com os outros livros desta série... originalmente mais volumosos na Casterman, divididos por dois ou três volumes depois. Em português estão editados:
- HP e Giuseppe Bergman: O mestre de Veneza (ASA) (Correio da Manhã)
- HP e Giuseppe Bergman:O Caminho para Macondo (ASA) (Correio da Manhã)

- Giuseppe Bergman: As Aventuras Asiáticas (Correio da Manhã) (Edições 70)
- Rever as Estrelas ou: As Aventuras Urbanas de Giuseppe Bergman (Meribérica)
- Giuseppe Bergman: A Odisseia de Giuseppe Bergman (ASA)
Ou seja, falta apenas "Giuseppe Bergman: As Aventuras Africanas" para estarem todos editados por cá!
Algumas notas... "Giuseppe Bergman: As Aventuras Asiáticas" também foi editado pelas Edições 70 com o nome de " O Perfume de um Sonho", e a "Odisseia de Giuseppe Bergman" é o livro nº9 na numeração da ASA, ou seja, pela ASA estão editados o nº1, nº2 e nº9. Ao princípio achei estranho, mas agora percebi que a ASA segue a numeração da editora francesa "Les Humanoïdes Associés". Segundo esta numeração falta o nº8 ... ainda não editada pela chancela francesa.
Em relação à arte desta série, é toda a Preto & Branco excepto o nº9 (maravilhosamente colorido), mantendo a construção de quatro tiras por prancha, excepção aos desenhos de página inteira em todos estes livros e com nova excepção para o último e colorido nº9 (três tiras por prancha). Em relação ao estilo, varia um pouco mas eu quero salientar o maravilhoso pontilhado, abundante por quase toda a obra. Em relação aos personagens, será dos poucos títulos em que há um protagonista masculino e várias personagens secundárias femininas, umas mais proeminentes que outras, mas sempre atrás da aventura de Bergman.
Já escrevi muito... espero que a ASA edite o que há para editar desta série e ... boas leituras!

Hardcover / Softcover
Criado por: Milo Manara
Editado entre a década de 80 e 2006 por Edições 70, Correio da Manhã, Meribérica e ASA
Comprados na FNAC, Bulhosa e FIBDA
Nota média da série: 8,5 em 10

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

All Star Batman & Robin, the Boy Wonder Vol. 1 HC


Este livro ou se gosta ou se detesta, passo a explicar, os herois Batman e Robin são de tal maneira reinventados nesta série, que não dá para ter sentimentos neutros em relação a este Goddamn Batman. Mais negro do que nunca, violento até ao extremo permitido numa série deste género, e isto para além de ter "criado" um Robin igualmente violento e psicótico. Não contentes com isto, os autores decidem ter convidados: Superman, Green Lantern, Wonder Woman e o Plastic Man... bom... o Super Homem é um perfeito "tótó" que não sabe que pode voar (em vez disso corre tipo o Flash), o Lanterna Verde é tratado como burro que nem um cepo, a Mulher Maravilha é uma feminista violenta e convicta, o Homem de Plástico... igual a ele próprio, o que não é um elogio!
Os responsáveis por isto tudo são Frank Miller (Batman: The Dark Knight Returns, Sin City) e Jim Lee (Batman: Hush), como nota digo que estes três estes títulos foram editados em português pela editora Devir. Miller quis fazer uma estória diferente e conseguiu, mas penso que alguns fans se o apanhassem lhe dariam uma tremenda sova! Conseguiu subverter tudo quanto é clássico neste "All Star". Como segunda nota e para quem não sabe, os All Star da DC Comics são o equivalente aos Ultimate da Marvel, ou seja, os Super a viver nos tempos que correm. Quanto à arte de Jim Lee eu sou suspeito, pois é um dos meus artistas preferidos! E sim, eu sei... há muita gente que não gosta! Paciência. Acho que a parte gráfica está muito muito boa!
O milionário Bruce Wayne decide convidar a sua amiga Vicki Vale para uma ida ao circo. Aqui assistem ao assassinato brutal de um casal de trapezistas, deixando o seu filho em estado de choque. Bruce desaparece e passado pouco tempo o Goddamn Batman "rapta" a criança das mãos de policias corruptos, e aqui começa uma traumática lavagem cerebral ao pobre rapaz! São muitas as páginas passadas dentro do Batmobile... Depois de "aprisionar" o pequeno Dick Grayson na sua caverna, Goddamn Batman "passeia" pelas ruas mal iluminadas de Gotham partindo, torcendo, enfim ... tudo o que um "herói" sádico pode fazer a uns pobres malfeitores! Tem alguns encontros explosivos pelo caminho, como por exemplo com a Black Canary, com a qual tem sexo (???) debaixo de uma violenta tempestade! A Batgirl é também apresentada nesta estória, que tem a particularidade de ser extremamente lenta! Nem parece, não é? O Joker só é apresentado mais para o fim, assim como o Robin na sua fatiota típica. O confronto com o Lanterna Verde também está lá para fim, mesmo fim.
Não vou contar mais nada, senão arrico-me a falar de mais!
Retomando o princípio, entre gostar ou detestar, eu opto por gostar (apesar de ser um fan do Green Lantern Hal Jordan), pois gosto sempre de coisas diferentes e que quebrem algumas regras instituídas. Aparte isso, e como já disse, adoro a arte de Jim Lee.
Boa leitura!

Hardcover
Criado por: Frank Miller e Jim Lee
Editado em 2008 por DC Comics
Comprado Amazon
Nota : 9 em 10

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Terna Violeta


Decidi fazer uma crítica a esta série editada em quatro tomos pela Meribérica na década de 80, visto que existe muito pouca informação sobre ela. Irei de vez em quando falar de séries desconhecidas nos dias de hoje, mas de qualidade ou então por terem sido marcantes na altura. Terna Violeta não é uma obra prima, mas como eu gosto muito da arte de Servais decidi alargar o conhecimento desta série a leitores mais recentes. A série Terna Violeta, preto & branco, ficou concluída em França com três volumes, por cá foram quatro devido à divisão do primeiro em dois volumes. Sem o escritor de serviço nestes volumes a preto & branco, Gérard Dewamme, a série continuou a cores com desenho e textos de Jean-Claude Servais (aqui com o volume nº1 já dividido em dois), indo neste momento no volume nº 7. Editados por cá:
- Terna Violeta
- Terna Violeta: Crónicas da Província
- Malmaison: Lugar Maldito
- O Alsaciano

Acho que a série deveria ter ficado exactamente onde ficou por cá, Servais tem uma arte que eu adoro, mas como escritor ... enfim! As criticas em França não foram nada famosas para os últimos volumes da série a cores, Servais transformou a série levando-a para o paranormal, bruxaria e com uma componente mediúnica muito forte...
Falando dos "nossos" preto & branco, esta estória conta a vida da jovem Violeta, rapariga selvagem com uma apetência especial para o álcool. Esta jovem vive sózinha na floresta, que conhece como ninguém, só conhece a sua lei e faz amor com quem lhe apetece. Neste pequeno item, enfurece as mulheres da aldeia... pois não há homem nas redondezas que não tenha estado, ou tentado estar, com a nossa heroína! Para sobreviver apanha sanguessugas com o próprio corpo, caça (faz armadilhas para coelho como ninguém),e contrabandeia álcool e tabaco entre as várias aldeias da zona.
Mas Violeta tem um coração de ouro para quem gosta e até para quem a odeia... aquando da ocupação da sua aldeia pelas tropas Prussianas (1ª grande Guerra), não hesita em prostituir-se com as altas patentes Alemãs para salvar o povo da aldeia, gentes essas mal agradecidas... quando acabou a guerra foi tratada como se fosse uma vulgar prostituta que apenas quis salvar a pele! Violeta era um espírito livre, sendo mulher isso não era nada apreciado na altura!
É uma leitura bastante agradável, lenta, mas agradável pois surpreende muitas vezes!
A arte de Servais é impressionante (eu acho), e o registo escrito de Gérard Dewamme está muito certo com a mentalidade e vida das gentes dessa época.
Estes livros só se conseguem arranjar em alfarrabistas ou nos leilões do Miau, conseguem-se por preços razoáveis... ainda.
Boa leitura

Softcover
Criado por: Gérard Dewamme e Jean-Claude Servais
Editado na década de 80 por Meribérica
Comprado no Miau
Nota : 8 em 10

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mighty Avengers Vol.2: Venom Bomb


Este é o segundo arco das aventuras do grupo de Vingadores legal (registado) e começa com a ex New Avenger Spider-Woman a entregar o corpo da Elektra Skrull ao Homem de Ferro (ver New Avengers Vol. 7 : The Trust). A Mulher Aranha confia ao Iron Man que os New Avengers pensam que existem Skrull infiltrados nos Mighty Avengers, e que um deles será ele, Iron Man! Acordam que ela, Spider-Woman, irá integrar a equipa de Vingadores liderada pela Ms. Marvel, tentando com o reboliço provocado por essa aliança repentina, fazer com que um possivel Skrull seja desmascarado.
Eis que rebenta a Venom Bomb, um virús criado a partir do simbyote Venom, é despejado em "cima" de toda a população de Nova Iorque, transformando-se esta num número infindavel de monstruosos Venom´s (o grande inimigo do Spider-Man). Os New Avengers unem-se com os Mighty Avengers na luta contra esta ameaça, enquanto pouco tempo depois chega o antídoto e o nome do culpado: Victor van Doom.
A partir daqui os Mighty Avengers levam a luta para um plano muito mais pessoal, viajando para residência do vilão na Latvéria... e não conto mais, agora posso perguntar como é que um rapazinho tão feio como o Dr. Destino, consegue viajar no tempo e arranjar uma "namorada" como a Morganna le Fey! Esta foi arrevezada! A estória continua a fluir bem e Bagley é um bom parceiro, substitui Frank Cho na arte. Gostei daquela parte em que viajam no tempo, e imediatamente a apresentação das pranchas (páginas) e vinhetas (quadradinhos) muda de aparência, ou seja voltamos para trás no tempo, em que a apresentação/ representação dos livros mais antigos fica bem presente. Ahh... gostei muito das três "splash pages" seguidas no assalto ao castelo de Victor van Doom!
As sementes para o terceiro livro estão aqui, e preparem-se para a "Secret Invasion"!
Presumo que daqui por pouco tempo haverá apenas um grupo de Vingadores, as estórias destes dois grupos, registados e não registados, cruza-se tanto que não haverá sentido para dois grupos que fazem a mesma coisa!
Boa leitura.

Hardcover
Criado por: Brian Bendis, Mark Bagley e Frank Cho
Editado em 2008 pela Marvel Publications
Comprado Amazon
Nota : 8,5 em 10

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O Guardiões de Maser


A Vitamina BD presenteou-nos no ano de 2003 com o primeiro volume de "Os Guardiões de Maser". Esta grande obra, que já vai no sétimo volume, está toda editada em português, faltando apenas dois volumes (ainda não foram feitos) para concluir esta saga. Como apontamento, esta série era para ficar pelo sexto volume, os três volumes seguintes são uma prequela da série.
Os títulos que saíram foram:
- A 2ª Lua
- A Ilha dos Anões
- O Olho do Mar
- A Torre de Ferro
- O Coração do Mundo
- A Aldeia Perdida
- A Jovem Rainha
A "A Jovem Rainha", mais os dois que hão-de sair, serão a tal prequela...
Em relação à estória, esta é para ler com cuidado para o leitor não se perder! Eu aconselho a ler duas vezes... a primeira com atenção à estória e na segunda a olhar bem para a espetacular arte de Massimiliano Frezzato! No sétimo volume a estória é de Frezzato mas a arte é do seu amigo Fabio Ruotolo, o que diga-se, não é a mesma coisa... À arte de Ruotolo falta-lhe a alma que Frezzato pôs nos seus desenhos e cores, embora não comprometa nada (tecnicamente bom). Eu não estou a dizer que "não presta", estou a dizer que lhe falta qualquer coisa. É claro que estou a falar em relação a esta série, não conheço mais trabalhos de Ruotolo. Mas não vale a pena estar a falar de Ruotolo, pois o coração da série tem um artista chamado Frezzato, que para além de ser um grande artista, conseguiu imaginar todo um mundo diferente do nosso com as suas regras, costumes, tecnologia... enfim, tudo o que é necessário para dar corpo e verosimilhança a uma ou várias civilizações diferentes, para isso socorre-se de textos explicativos nas primeiras páginas e de um conjunto fenomenal de sketch explicativos da fauna e flora, dos personagens, das raças, dos trajes, dos costumes, etc! Está muito bom!
Em relação ao fio da estória não posso contar muito, senão arrisco-me a "falar de mais", e depois não tem piada. Os humanos estão espalhados por pequenas ilhas isoladas e todos pensam que são os únicos sobreviventes do desastre ecológico, as calotes polares derreteram aumentando o volume oceânico, logo seguida de uma sangrenta guerra civil. Com o tempo perderam-se o saber e os conhecimentos tecnológicos. Habitantes de um dos poucos redutos da humanidade, tentam desde há muito descobrir o local onde se encontra a "Torre", sítio de grande poder, onde esperam encontrar os segredos há muito perdidos. Zherit primeiro, e depois a sua filha Erha partem na demanda da torre desaparecida. Zherit tem um problema... e tem de aterrar de emergência numa ilha deserta... deserta? Não! Nela habita um humano esquecido, mais o seu companheiro robot. Fango, assim se chama o sobrevivente, irá fazer a vida negra a Zherit devido à sua imbecilidade, embora sem o saber consiga resolver muitas situações dificeis...
Fico-me por aqui dizendo que esta série teve boas vendas, que inclusivamente teve direito a segunda edição, o que é caso raro no nosso mercado dos últimos anos.
Boa leitura

Hardcover
Criado por: Massimiliano Frezzato e Fabio Ruotolo (7º volume)
Editado entre 2003 e 2007 por Vitamina BD
Comprado na FNAC
Nota média da série: 9,5 em 10

sábado, 16 de agosto de 2008

Hägar, o "Horrendo": Vol.1


O personagem criado por Dik Browne saltou para as prateleiras das livrarias lusas pela mão do conhecido restaurador de BD, Manuel Caldas! Este é o responsável pela compilação das tiras que dão origem a este livro, compila as tiras de 1973, sendo o seu trabalho na recuperação, restauro e edição (até ao sexto volume) do Príncipe Valente, o seu trabalho mais conhecido. Aqui tenho de de dizer que o sétimo volume da série Príncipe Valente já não é dele, onde se nota uma quebra acentuada de qualidade na série! Para mais informações sobre esse assunto deixo aqui o link de uma "carta aberta" escrita por Manuel Caldas:
http://www.centralcomics.com/index.php?option=com_content&task=view&id=237&Itemid=5
Passando este "off-topic", Hägar é um Viking com uma família disfuncional (para uma família Viking, claro...), em que pelo seu ponto de vista, sofre nas mãos da mulher, tem um filho intelectual e uma filha que não casa com ninguém (para além de ser levemente feminista...)! Como é que ele supera isto? Com muitas invasões, pilhagens e humor!
Como em em qualquer livro de humor, neste caso tiras humorísticas, deve-se saber quando ler o livro... não vale a pena ler este tipo de humor quando se está mal-disposto! Por isso é um excelente livro para levar para férias, e pegar nele num momento de relaxe! Apreciem este Viking, a sua família e amigos... divirtam-se!
Boa leitura!



TPB
Criado por: Dik Browne
Editado em 2008 pela Librimpress, compilado por Manuel Caldas
Comprado Bulhosa
Nota : 7,5 em 10

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Kore: Lost in Abaddon


Mais um livro para vocês dizerem: ahh e tal, lá tá ele a por aqui livros que ninguém conhece... pois, este foi daqueles que eu tive um "feeling" que ia ser engraçado! E foi um bom "feeling", nada profundo e sem grandes pensamentos filosóficos, apenas boa diversão com uma arte bastante boa e apelativa, uma estória que corre e que não é dada a grandes enredos!
Alex Crane é um personagem que vive momentos menos bons na sua vida. Foi despejado pela namorada, fez grandes dívidas de jogo e no fim do dia... grande "tareia" dada pelos gorilas do credor (clichê)! Alex resolve assaltar um museu com o intuito de roubar alguns artefactos, de preferência antigos e valiosos! Aqui o negócio corre mal quando o rapaz resolve abrir um antigo sarcófago de pedra, do qual imediatamente salta um antigo e maléfico ser, que se funde com ele, o Mantikore!
A partir daqui entram em cena os restantes personagens da estória, e o Alex/Mantikore "salta" para outra dimensão, onde coexistem figuras míticas, como elfos, anões, trolls, vampiros e fadas!
Pronto, ficam a saber que este livro existe e que é o volume nº1, estando prevista a sua continuação. Recomendo, como leitura despreocupada e leve, tal como convém de Verão.




TPB
Criado por: Josh Blaylock e Tim Seeley
Editado em 2004 pela Devil´s Due Publishing
Comprado Amazon
Nota : 7,5 em 10

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Tea Lounge, na Parede !


Hoje vou falar de chá! ehehhe
Abriu no centro da Parede, Rua José Relvas, 12 Cave em frente ao restaurante Limo Verde, um maravilhoso espaço cuja especialidade é o chá! Têm aqui todos os chás possiveis e imaginários, servidos de forma super profissional. Entrando neste espaço é como se entrasse numa casa da especialidade em Marrocos, as diferenças são o espaço mais arejado e o pessoal, que é Português. A decoração é essencialmente Marroquina, mas também tem motivos de outros regiões famosas pelo chá, como a Índia e arredores...





É claro que estou a fazer publicidade a esta casa porque o dono é o meu irmão Ricardo, outrora conhecido como Ricardo A. (arghh).
Vou deixar umas fotos para poderem aperceber-se da maravilhosa decoração, se morarem nas redondezas... experimentem!
Ahhh.... nesse estabelecimento tudo é para vender: os bules, as chávenas, o chá, as toalhas... enfim pode-se sair de lá com um conjunto completo, e "pró" de chá!




Boa degustação!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Marvel Zombies Vol. 2


O público pede zombies e a indústria de Banda Desenhada norte-americana faz-lhe a vontade! Ele é "The Walking Dead", "Marvel Zombies", "Army of Darkness", "Damnation",etc... neste caso os únicos que possuo são os "Marvel Zombies", porque são uns excelentes livros de "terrir"! São eles, por ordem cronológica:
- Marvel Zombies Vol.1
- Marvel Zombies vs Army of Darkness
- Marvel Zombies: Dead Days
- Marvel Zombies Vol.2
Espera-se que comece a sair nos EUA em Outubro o terceiro volume, ainda em revistas (comics).
Estes livros são escritos pelo especialista do género Robert Kirkman, estando o desenho a cargo de Sean Phillips e do reconhecido Arthur Suydam (capas).
Estes zombies surgiram pela primeira vez na série Ultimate Fantastic Four devido à infecção por um vírus alienígena, sendo originados no universo alternativo Terra-2149. Nesta Terra alternativa toda a população foi comida viva pelos super-poderosos heróis Marvel, vítimas deste vírus! O vírus provoca uma fome imparável, para além de ausência de dor e vida practicamente infinita, excepto se a cabeça for totalmente destruída! Este grupo foi tão longe e tão poderoso se tornou, que comeram o Surfista Prateado e o próprio Galactus no primeiro volume... acabando, infelizmente para todo este universo alternativo por adquirir os poderes cósmicos de Galactus e do Silver Surfer!
Felizmente para a vida humana houve alguns sobreviventes, alguns mutantes (Acólitos de Magneto) no asteroide M liderados por Fabian Cortez , Black Phanter, Forge, a cabeça da Vespa (Zombie) e pouco mais... estes sobreviveram porque os zombies partiram em direcção ao espaço profundo para se deliciarem com toda a vida deste universo... sumariamente, assim acabou o primeiro volume.
No segundo volume a raça humana, mutante ou não tem um grave problema: falta de material genético para viabilizar a raça! A Vespa agora com um corpo cibernético, ja está livre do vício por carne humana, mas T´Challa (Pantera Negra) tem problemas graves na sua Nova Wakanda... problemas com os Acólitos liderados por Fabian Cortez que numa tentativa para (((())))! Não vou fazer spoiler :)
Bem, os zombies depois de comerem tudo o que é vivo ou exista neste universo, voltam à Terra, para ficarem estupefactos com a existência desta pequena comunidade humana, embora o retorno ao planeta mãe não tenha a ver com a existência de mais carne não comida... também não vou dizer o porquê do retorno!
A escrita de Robert Kirkman é boa, consegue manter velocidade e surpreender com situações inesperadas, a arte de Sean Phillips fica a condizer, quanto às famosas capas, que tiveram direito a um hardcover de 104 páginas, Arthur Suydam está de parabéns porque elas são excelentes e completamente fora do vulgar, muitas vezes baseadas noutras capas de heróis da Marvel e depois transformadas para zombies!
De notar que o final pede mesmo um novo volume.
Boa leitura!

Hardcover
Criado por: Robert Kirkman, Sean Phillips e Arthur Suydam
Editado em 2008 pela Marvel Publishing
Comprado Central Comics
Nota : 8,5 em 10

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Sambre


Sambre... obra de inegável qualidade em que o primeiro ciclo da série está todo editado em português. Infelizmente, a obra que abre o segundo ciclo da estória da família Sambre, não chegou a ser editado devido ao fecho prematuro da editora Witloof. Bom, também é verdade que Yslaire, o autor, há muito tempo que deixou esse segundo ciclo parado... apenas foi editado em francês o quinto título da série: "Maldito Seja o Fruto de Seu Ventre..."
Em relação aos primeiros quatro volumes, que se podem ler como se a estória acabasse no quarto, contam a estória de Bernard Sambre e Julie, ambos enredados numa grande teia de mentiras e intrigas conjugais de seus pais. Julie tinha a particularidade de ter os olhos de cor vermelha, dando azo a que a loucura do pai de Bernard culminasse nos escritos da "Guerra dos Olhos"... A acção passa-se em plena revolução Francesa, primeiro num clima rural, para depois a acção se movimentar na grande cidade, onde todo o clima revolucionário da época é retratado e representado com grande mestria por Yslaire. O autor dá um cunho bem vincado de romantismo, levado ao extremo pelos dois jovens protagonistas, tudo num ambiente onde predomina o vermelho e o negro, o amor e a dor, a loucura e o desencontro... enfim, uma estória triste, mas muito sólida, onde aliada ao grafismo de extrema beleza, tem páginas carregadas de emoção a que o leitor com um mínimo de sensibilidade não pode deixar de sentir! Quando isto acontece, estamos na presença de arte !
Os livros editados são:
- Olhos de Sangue...
- Eu sei que tu virás...
- Revolução, Revolução...
- Teremos Que Morrer Juntos?

Se no princípio comprei esta série pela belíssima arte a roçar o gótico, rápidamente fiquei rendido à intrincada estória da família Sambre, pena que o primeiro álbum não tenha a qualidade editorial dos outros três, e pena é também que o quinto volume não tenha sido editado e que Yslaire ainda não tenha continuado o segundo ciclo da estoria!

Hardcover
Criado por: Yslaire
Editado entre 1999 e 2003 por Witloof
Comprado na Bulhosa
Nota : 11 em 10

Tenho de dar uma informação... na minha escala de pontuação, embora eu diga "#" em 10, isto não implica que 10 seja a nota máxima! Não tenho tecto máximo para dar nota, de 10 (inclusivé) para cima são livros que eu acho que qualquer leitor deve ter ou seja , imprescindíveis. De 7 a 9 serão bons, a comprar consoante o gosto de cada um. 4 a 6 são maus livros, e abaixo disto, é de evitar...
Conta na minha nota o meu gosto pessoal, o desenho e cor, a estória e a edição.
Por norma não faço críticas a livros que não tenha lido ou que tenham nota inferior a 7, só em casos excepcionais...
Boas leituras
:)

domingo, 3 de agosto de 2008

Murmúrios das Profundezas: O Livro


Este livro foi lançado nos VI Troféus Central Comics , sendo a sua apresentação um dos bons momentos do evento.
Este livro nasceu no Fórum do Portal Central Comics , onde oito utilizadores se juntaram, "tipo desafio", para fazer um livro de Banda Desenhada. Acreditaram no sonho e levaram o desafio até ao fim, aí a BD nacional ficou com a mais valia de ter um livro, que segundo consta vendeu muito bem, e com o sucesso deste, projectos para outros! Os artistas envolvidos são Diogo Campos, Diogo Carvalho, Flávio Gonçalves, Luís Belerique, Phermad,
Ricardo Reis, Rui Ramos e Vanessa Bettencourt. Criaram seis estórias curtas, a cores num papel de qualidade bastante boa, somando 68 páginas a totalidade deste livro. Oferece ainda alguns sketch preparatórios na construção de alguns personagens.
As estórias são inspiradas no universo e mitologia de Howard Phillips Lovecraft , mais conhecido por H.P.Lovecraft, ou seja, de terror, com estranhas criaturas e pessoas ainda mais estranhas!
Claro que os parâmetros de avaliação deste livro não podem ser iguais aos da grande maioria dos livros que eu apresentei aqui neste blog, visto que não têm toda uma indústria livreira a dar apoio, nem são profissionais a full-time na Banda Desenhada. É de registar positivamente, o que estes artistas conseguiram fazer "com nada"... apenas se tinham a eles, e conseguiram um livro com um mínimo de qualidade (pelo menos a lombada não se descola, como acontece nalgumas boas editoras...), diferente da normalidade da BD portuguesa (preto e branco)! Espero que este lançamento sirva de exemplo para outros artistas, ainda dentro do "casulo", para se lançarem para a frente! Está a correr tão bem para o pessoal dos "Murmúrios" que já têm um novo projecto a correr: Voyager! Parabéns e façam a segunda edição, embora eu saiba que distribuir é o mais dificil...
Para informações detalhadas, encomendas e locais de venda têm o seguinte link:
Murmúrios das Profundezas
Sem estar a desfazer nos outros, gostei muito da arte da Vanessa Bettencourt e o conto que eu mais gostei foi o "Conflito de Titãs" de Flávio Gonçalves. No geral está tudo muito agradavel, apenas se deveria corrigir a "escuridão" de algumas pranchas e aproveitar melhor as margens! Mais uma vez parabéns a todos, toda a gente espera 2ª edição para o FIBDA.

Softcover (TPB)
Criado por: Diogo Campos, Diogo Carvalho, Flávio Gonçalves, Luís Belerique, Phermad,
Ricardo Reis, Rui Ramos, Vanessa Bettencourt
Editado em 2008 por R'lyeh Dreams
Comprado na Central Comics (VI TCC, Casa da Animação do Porto)
Nota: 7,5 em 10

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