Terceiro filme da nova série cinemática Stark Trek em exibição em Portugal
Depois de Star Trek e Star Trek Into the Darkness surge mais um filme da mítica franquia criada por Gene Roddenberry em 1966. Podem ler mais sobre a génese desta série num artigo que escrevi para o excelente e popular blogue Ainda Sou do Tempo... no link em baixo:
... de Star Trek o Caminho das Estrelas (série TV)
Este novo filme tem como director Justin Lin (Velocidade Furiosa), substituindo J.J. Abrams nesta função, embora este continue como produtor. O elenco principal continua o mesmo embora, e infelizmente, o actor que representava o navegador Pavel Chekov tenha falecido em Junho deste ano. O actor era Anton Yelchin.
O trabalho de Lin como director aproxima-se bastante do de Abrams, o que provoca uma verdadeira sensação de continuação na série, embora haja algumas diferenças na aproximação a algumas das personagens, e claro, tem a ver bastante com algumas diferenças no foco do argumento em relação à visibilidade, ou proeminência, das personagens principais.
Este filme insere-se bastante bem na tradição Star Trek, humor, piscar de olho a muitas cenas do passado, filosofia barata, imagens e cenário brutais. Por vezes um bocado cheesy, mas é mesmo assim!
A grande força, e onde eu acho que este filme bate os anteriores, é o desfoco da quase toda a acção no Cpt. Kirk. Nos filmes anteriores toda a acção era centrada nesta personagem e isso acho que deixava o filme muito plano... as outras personagens eram apenas coadjuvantes e quase decorativas. Neste filme não é bem assim. Não tenham medo que não vou falar aqui sequer do plot, ou de alguns pormenores que se passam no filme para evitar qualquer spoiler.
Depois de uma cena brutal de ataque à Enterprise (visualmente está o máximo) o grupo separa-se em três com a acção bem repartida entre todos, o que provoca imediatamente um desenvolvimento muito maior de todas as personagens envolvidas. E foi uma aposta ganha. O filme tornou-se muito mais forte assim, deixando o Kirk dos filmes passados (um jovem adrenalina-dependente) a ter de dividir com todos a acção.
E já agora... acho que Spock continua a ser a personagem menos conseguida nestes filmes.
A nova personagem Jaylah integrou-se perfeitamente, e sem pisar aqueles terrenos fáceis do aproveitamento da mulher guerreira sexy. Foi tudo usado em doses qb sem sexualizar em demasia, e sem fazer dela uma super-mulher guerreira.
É nesta personagem que acontece algo que não é tradicional na mitologia Star Trek. Por norma a maquilhagem para aliens neste universo é feito através de prostéticos, e não de pintura facial, ou corporal. Pois aqui aconteceu, e já agora... parecido demais com a personagem Caiera do livro Planeta Hulk.
O vilão.
Krall é um vilão. Mau como as cobras. Feio. Forte. E quer destruir tudo.
Mas é nele que falham algumas coisas. Nunca é bem explicado a motivação para tal, nem no final. Nunca foi bem trabalhado no desenvolvimento emocional ou psicológico, e é uma pena porque tinha potencial para ser mesmo um badass em toda a plenitude, mas faltou-lhe a profundidade para isso.
O final... bem, podemos dividir em duas partes o final deste filme. Na primeira o visual é apoteótico, mas sinceramente bastante WTF?. Na segunda, não enche tanto o olho, mas pelo menos faz algum sentido...
Já agora, foi um bom pormenor a homenagem que se fez a Nimoy/Spock, e da menção durante os créditos ao actor falecido, Anton Yelchin.
Gostei bastante do filme, sem ser excepcional, integra-se bem na tradição da série e não deixa nódoa no legado de Roddenberry.
Boas leituras
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