quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Máquina do Tempo: Pelezinho


Pelezinho foi uma das personagens mais interessantes do Maurício de Sousa. Baseado no grande jogador Pelé, as histórias mostravam um grupo de crianças bem divertido e interessante, e com aventuras diferentes do resto do núcleo do autor Brasileiro. Em Portugal tivemos direito a ver essas revistas, trazidas até nós pela editora Abril.

Foi em 1976 que o criador de BD Maurício de Sousa reúne-se com o astro do futebol Pelé, e ambos acham que seria uma boa ideia lançar uma revista com o futebol em destaque e com o jogador como protagonista. Começa então a sair em tiras de jornal as aventuras do Pelezinho, mostrando a infância do craque e em 1977 sai então a primeira revista pela Editora Abril, mantendo-se nas bancas até 1986.

Mas o processo criativo não foi fácil, Pelé pensava num personagem à sua semelhança, quando ele ainda jogava e estava no Cosmos de Nova York, contra a ideia de Maurício que achava que uma personagem criança atingiria uma faixa de público importante para a perpetuação de sua marca-imagem. O autor pensava nas possibilidades de fabulações e mensagens bem humoradas e positivas que os quadrinhos infantis permitem, mas esbarrava sempre na intransigência do futebolista e que levava a viagens constantes em Nova Iorque, onde só conseguiu o que queria quando ele rabiscou o Pelezinho, e pediu ao Rei para mostrar aos seus filhos.

Eles adoraram e foi um sucesso, com Pelé a render-se às evidências e passando a reunir-se mais vezes, contando histórias da sua infância e dos seus amigos da altura para o Maurício criar a turminha. A sua primeira namoradinha, Neuzinha Saka, o frangueiro Frangão, a Samira, dos quibes, a Bonga namoradeira, o perna de pau Cana Braba Ou seu fiel cãozinho Rex, que ajudava até a cavar o buraco para as traves. até exista uma turma rival com um invejoso do talento de Pelé.

Fora do núcleo duro das personagens de Maurício, foi o primeiro a ter assim revista própria e a sua turminha de apoio foi muito bem aceite por todos. Além da revista mensal, a editora lançava também almanaques, algo que chegou ao fim quando as criações de Maurício passaram para a Editora Globo, que descontinuou a mensal e publicou apenas alguns almanaques.

Já com a editora Panini passou a ser lançado uma revista com a compilação das melhores histórias da personagem, que causou alguma polémica pelo facto de as figuras serem redesenhadas e perderem alguns dos seus traços visuais. Foi lançada também uma colecção histórica, e essa sim mantinha tudo como antigamente.

















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