sábado, 5 de outubro de 2013

Exposição: 60 anos da História de Portugal em cromos, com trabalhos de Carlos Alberto dos Santos


A sério...
Eu tentei fazer aquilo a que me propus com este blogue: divulgação.
Mas gosto de fazer divulgação com um mínimo de qualidade, e que faça com que o leitor tenha vontade de "ter", "deslocar-se" ou "ver".

Por isso tento tornar os meus posts de divulgação o mais visuais possível.
Depois da troca de ideias que aconteceu no meu anterior post sobre a obra Camões: Sua Vida Aventurosa, eu disse num comentário que me iria deslocar à Biblioteca Nacional de Portugal em Lisboa. Como não costumo ter palavra vã, assim fiz!

Ia com o objectivo de tirar muitas fotografias e fazer um post que puxasse as pessoas a fazerem o mesmo, ou seja, a deslocar-se à Biblioteca ver os trabalhos magníficos de Carlos Alberto dos Santos.
Como terminei um curso de fotografia na passada sexta-feira era "ouro sobre azul"!
Levei também a minha filha, para ela visitar a Biblioteca e ver também a exposição, porque gosta muito de desenho. Claro que lhe disse que depois disso iríamos fazer um photoshoot no Campo Grande, o que lhe agradou!

Estaciono o carro, tiro uma foto à magnífica fachada da Biblioteca e depois entro.
"- O senhor tem de deixar a máquina fotográfica aqui!"
"- Como??"
"- Não pode tirar fotografias, tem de deixar a máquina aqui..."
"- Mas as fotos são para fazer divulgação da exposição na internet!"
"- Pois... tenho muita pena, mas são as nossas ordens..."
"- Posso falar com algum responsável?"
"- Não, não está cá ninguém."
"- Mas posso contactar com alguém?"
"- Não, nós não temos o contacto de ninguém, desculpe."
Ora, como eu não deixo a MINHA máquina fotográfica na mão de nenhum estranho, e como até 20 minutos não cobravam estacionamento, e porque estava a ficar danado com o insólito da situação... fui embora.

Desculpem-me, mas não há imagens, e nem sequer vi a exposição. Fiquei sem vontade.
Somos pequeninos mesmo... já fui ao maior festival de BD do mundo, Angouléme, já estive num monte de festivais em Portugal, já foi a incontáveis exposições... nunca me tinha acontecido!
Estão com medo de quê? Reproduções piratas?? Que haja divulgação e até APAREÇA GENTE PARA VER?

Bem, eu estou a fazer divulgação, pelo menos ficam a saber que existe uma exposição, mas que à qual não podem trazer uma única recordação.
Parabéns à organização.

Assim ainda fiquei com tempo para ir aplicar os meus novos conhecimentos de fotografia até à praia!

Bolas, tirei fotos em Angouléme em igrejas (sim exposições de BD em igrejas era mato...), em museus, dentro de edifícios oficiais... e aqui em Portugal ainda têm a mentalidade do Índio norte-americano do tempo da conquista do Oeste, em que eles pensavam que se lhes tirassem uma fotografia lhes roubavam a alma!
Somos tão atrasadinhos...

E já agora, se não se podia tirar fotografias não custava nada dizerem isso no texto de apresentação da Exposição - http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=859 - assim eu não tinha gasto combustível (que está caro) e portagens (que estão caras).

Uma nota aos seguranças. Nunca foram indelicados comigo, antes pelo contrário.
;)

Ficam com a foto da fachada da BNP e já vão com sorte!

Boas leituras

29 comentários:

  1. E os telemóveis também ficam na portaria?

    Bem sei que não saõ máquinas fotográficas, mas muitos gadgets recentes até têm câmaras razoáveis.

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  2. Ó Nuno

    Isso foi um problema de comunicação. Esse problema reside no verbo "tirar": tu pretendias tirar fotos, ou seja, registar imagens na tua máquina; os homenzinhos receavam que fosses tirar (subtrair) as que lá estão.
    O pessoal daquela banca deve ter lido esta notícia que veio da terra do Fabiano Caldeira:
    http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/quase_mil_fotos_somem_da_biblioteca_nacional.html

    Como vês, ali também não se podem tirar fotos. :)

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  3. Operário
    Eu sou cumpridor. Tenho um smartphone com uma excelente máquina fotográfica, mas nunca iria numa exposição sacar fotos às escondidas. Ou deixam, ou não deixam. Se deixam eu tiro, se não deixam... ou não tiro, ou vou embora!
    :\

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  4. Agora, a sério, Nuno.
    Não ias para ver cromos? Encontraste-os à entrada, porque dizes mais ou menos isto: "Uma nota aos seguranças. Nunca foram indelicados comigo, antes pelo contrário."
    Desde quando um "cromo" é indelicado com uma pessoa?

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  5. Santos Costa
    LOOOL
    O meu problema foi mesmo eles quererem ficar com a minha máquina em poder deles!
    Não me estava a apetecer voltar ao carro para meter a máquina e voltar, e também não me agradou de maneira nenhuma fazer 52 Km mais duas portagens para chegar lá e não poder registar nada. Assim fui-me embora.
    Pronto.
    (lol)
    :D

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  6. Santos Costa
    Eu ia para matar saudades de uma colecção que eu fiz (toda) e adorava, mas que me desapareceu, e na esperança de encontrar algumas das ilustrações em ponto grande que deram origens aos cromos.
    Não ia pelos cromos, ia pela arte do Carlos Alberto que eu admiro muito, tanto como pessoa, como artista.
    ;)

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  7. e comunicar isso à biblioteca? Nao no momento claro, mas à posteriori, um emailzinho, uma telefonadela para explicar q estao a ser... IDIOTAS!

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  8. Desculpa, Nuno, mas não tens razão. Nem ninguém que aqui está a comentar este post.
    A Biblioteca Nacional proíbe a captação de imagens das peças expostas. Apenas em circunstâncias especiais, com a devida autorização, é que os meios de comunicação social - televisões, jornais e revistas - podem captar imagens dos documentos. E isto sob condições especiais de luz, humidade e número de pessoas presentes.
    Porquê? Como bem sabes, até mesmo pequenas variações de luz e humidade deterioram o papel e se fosse permitido tirar fotos, não to seria apenas a ti mas a toda a gente. Consegues imaginar o que seriam várias pessoas a tirar fotografias a documentos?
    Quanto à máquina ficar ao cuidado da segurança da BN... é o procedimento normal. Também os telemóveis têm de ficar e não são permitidos na sala de leitura nem nos espaços das exposições. Mais! Nem sequer podes levar material de escrita para a Biblioteca Nacional. Se levares, terão de ficar na portaria. O mesmo se aplica a computadores portáteis e tablets.
    Estas são as regras da BN e não apenas desta exposição, em particular. E há anos que existem estas regras, sendo actualizadas conforme a tecnologia evolui.
    Assim, não consigo compreender a tua indignação.

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  9. Osvaldo
    Eles devem ter as regras deles para a generalidade das situações. Mas deviam compreender que há situações particulares e nestas fazerem as respectivas excepções.
    Acho que não vale a pena mandar mails...
    :\

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  10. Storyteller
    Vamos lá por partes...
    Em que é que uma foto altera os níveis de humidade e luz de uma ilustração, cromo, ou qualquer outra coisa que esteja numa vitrine há espera que o público venha ver?
    É que não estou a ver!
    Por exemplo, um cromo está exposto numa sala. Esta sala já tem a sua própria luz e humidade relativa, controlada ou não, e está preparada para receber público (senão não era uma exposição). Em que é que uma foto altera a luz e a humidade desse cromo?
    E bolas não me venhas dizer que é por causa do flash, porque aí a resposta é simples: um letreiro a dizer : É proibido tirar fotos com flash!
    Porque só os "tótós" tiram fotos com flash a situações com vidro à frente (não é preciso curso de fotografia para saber isto). Qualquer foto com flash numa situação destas são estragado por causa do reflexo do flash...

    O museu da BD em Anggouléme está PREPARADÍSSIMO para tratar os seus originais que valem muitos MILHÕES, e toda a gente pode tirar fotos.

    E não acredito que os franceses não saibam estas coisas da humidade e luz. Havia por lá muitos sitios onde era proibido o flash, apenas isso, não era proibido tirar fotos.

    Desculpa mas para eu dar razão a alguém têm de me provar que eu não tenho razão. E para isso tens de me dizer como é que uma foto sem flash numa exposição pública altera a luz e humidade.
    ;)

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  11. Storyteller
    E já agora, posso estar enganado... mas o material exposto nem sequer deve pertencer à BNP, mas sim ao Sr. João Mimoso e outros particulares.
    ;)

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  12. Storyteller

    Quando refere que os comentadores não têm razão, a Storyteller quer referir-se a quê? Que desconhecem as regras da BN ou que, conhecendo-as, são os totós que não entendem o melindre dos objectos face às objectivas fotográficas?
    Não sei se a Storyteller é leitora registada da BN e, se o é, se tem acesso aos reservados. Eu sou e tenho. Como tal, quando vou à BN em investigação (tal como na Torre do Tombo) tenho acesso aos documentos sem necessidade de fotografia ou telemóvel. Eles próprios mos fazem chegar, pagando os respectivos suportes gráficos e fotográficos, o que é solicitado. Como investigador histórico e autor de monografias, assim tem acontecido, sem desagisados, qui pro quo ou outros dissabores.
    No entanto, o depósito legal obriga-me, como editor ou como autor, a entregar exemplares da minha obra para a BN, conforme o pode comprovar através dos registos on-line. Até chegou uma altura em que estes registos me davam - como autor - nascido em 1896 e falecido em 1978, lapso que mandei emendar e foi emendado.
    O meu comentário foi, como deve ter reparado, irónico, face ao caricato que o caso presente representa. O Nuno ia tirar fotografias a uma exposição - como o fazem os jornais e as televisões - porque este meio, do Nuno, também é um órgão de comunicação social, mais democrático e aberto. O Nuno, no caso, não ia como turista; ia como divulgador e, por que não dizê-lo, como jornalista.
    Há ainda a acrescentar outra coisa, já que me envolveu na sem razão dos comentários. O Nuno pediu para falar com alguém e pediu contactos. Nem uma coisa nem outra. Acha isto normal numa instituição nacional e pública?
    Como a insuspeita comentadora acaba de ser esclarecida, a razão nem sempre aparece onde deve estar e, quando está, por vezes não parece.

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  13. Não me ia meter na conversa mas depois deste último comentário sinto-me na obrigação de o fazer.

    Não, o Nuno não tem razão, porque como ele mesmo diz e eu sei que o faz, é um cidadão civilizado e cumpridor das regras e as regras da BN são a proibição de tirar fotografias ao que está exposto no seu interior e a única coisa que o Nuno se pode queixar é de não as ter verificado antes de ter saído de casa para ir tirar fotos a uma exposição.

    Terá o Nuno razão quando diz que o problema poderia ser ultrapassado permitindo a utilização de máquinas sem flash, mas como o Nuno sabe e infelizmente ao contrário dele, que é um cidadão civilizado e cumpridor, o que não falta é gente burra que se está borrifando para esta regra, tenho a certeza que terá sido esta indisciplina que terá levado à total proibição de entrada de máquinas fotográficas no edifício. Aliás o ultimo comentário, no pouco de útil que consegue acrescentar à discussão confirma isso, fotos e cópias dos documentos são fornecidos a quem os solicita e necessita de os ter.
    Quem dúvida da bestialidade do visitante Português que visite qualquer monumento nacional e observe as paredes dos mesmos onde não faltam mimos gravados nas pedras a registar a presença de X na data Y. Dou ainda outro exemplo numa outra vertente; o Zoo marine tem uma sessão de cinema 4D onde é proibido tirar fotos e quando lá estive neste verão, durante toda a sessão não pararam os flashs, a coisa é tão estúpida porque estão a tirar fotos a uma projecção 3D.

    Por fim o Nuno faz sem dúvida um trabalho muito bom e meritório de divulgação neste blog mas não é jornalista e não me parece que sem uma conversa explicatória prévia com petição, exista alguma entidade em Portugal que o reconheça ou o equipare a tal. Mesmo os jornalistas tem de pedir acreditações prévias para que os reconheçam em muitos eventos.

    Anormal seria também que um segurança fosse a correr chamar o responsável a pedido de qualquer um que aparecesse e quisesse violar as regras, provavelmente estaria a pedir para ser despedido. Aliás como o próprio Nuno disse, os seguranças foram bastante correctos e profissionais e não me parece que mereçam que os chamem de cromos...

    A ironia é uma arte difícil e não está ao alcance de qualquer um...

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  14. Nuno

    Quando aqui entro e ironizo, faço-o com manifesto prazer, porque é esta a minha forma de ser, de estar e de conviver. E continuarei assim, enquanto o permitires.
    Quando comento, faço-o quando quero e a quem quero. Por isso, não é de admirar que, a alguns, nem sequer resposta dou. Porque não a merecem. Daí, dirigir-me a ti.

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  15. LBJ
    Quanto ao uso ou não de flash, isso é fácil de resolver. Quem usa flash onde foi avisado para não o fazer é convidado a sair por quebra de uma regra.
    Embora não tenha entrado propriamente na sala espreitei. A sala estava vazia.
    Uma coisa é a publicidade institucional feita pela BNP que "ninguém" lê, a outra é a publicidade activa. Se alguém por acaso tropeçar com a notícia institucional de que há uma exposição na BNP de cromos, nem liga mais aquilo. Se por acaso tropeçar nessa mesma notícia, com a opinião de alguém que já lá esteve e que MOSTRA por intermédio de imagens que a exposição afinal até é interessante, aí pode ser que por acaso se decida a dar lá um saltinho.
    E estavam dois seguranças à entrada. No mínimo acho que alguém de responsabilidade no assunto deveria estar por lá, ou então um segurança na sala onde está patente a exposição, para garantir que toda gente cumpre com as regras e inclusivamente que não roube nada. Ou então se não há ninguém de responsabilidade, fechem a exposição ao fim de semana.
    Outra coisa, continuo a dizer que o material dessa exposição é todo privado, e não da BNP, até prova em contrário.

    Mas pronto, ficaremos todos felizes porque eu cumpri as regras, a divulgação é um número próximo de zero, e a sala continuará vazia ou próximo disso.

    Sabes que eu tirei fotos em França aos originais das primeiras páginas do Akira no Museu da BD francesa?
    Aqui não posso tirar a cromos.
    Desculpa, podem dizer o que quiserem mas não me entra na cabeça.
    São maneiras de estar, e por alguma razão continuamos a ser dos mais atrasadinhos da Europa.
    Fotos sem flash não estragam nada, e se por acaso alguém usar flash, chama-se a segurança e é posto na rua. Pronto. É assim que se faz aos animais, o que não é correcto é logo à partida tratarem todos como os animais de que falas. É como te chamar ladrão e gatuno só porque neste país eles abundam. Desculpa, mas não concordo.
    :|

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  16. Santos Costa
    Na realidade não sou mesmo jornalista. Embora nos eventos de BD aqui em Portugal me deem esse título na entrada e cartão respectivo.
    Áhh... em França, no festival de Angouléme também tive um cartão de jornalista (posso provar, tenho-o guardado como recordação).
    Mas como é lógico, não sou jornalista. E não estou a ironizar. Um jornalista tirou um curso para poder dizer que o é, com os conhecimentos que adquiriu ao longo de uma série de anos de estudo. O problema é que eu não vejo jornalistas a cobrirem eventos destes, e praticamente de todos os que se relacionem com artes gráficas. É muito raro, a não ser que seja uma exposição de alguém muito conhecido, ou que faça parte da "ai só sai a ti".
    Se fosse a colecção de cromos da Lili Caneças, a sala estaria cheia de tias e muitos jornalistas a acompanhar o glamour das roupas usadas ( não os cromos, claro).
    :P
    Quanto ao resto... podes comentar quando quiseres e como quiseres dentro das boas regras de comentários que eu escrevi tempos atrás, e que estão no topo do blogue. Como sabes sou um pouco flexível, até certo ponto, e permito por vezes uma linguagem mais "agreste" desde que não resvale para o insulto gratuito.
    :D

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  17. Caro Santos Costa, caso tenha lido o que eu esscrevi, em lado algum chamei totó a quem quer que fosse. Nem totó nem outro epíteto qualquer. O que eu fiz, ao escrever que nem o Nuno nem os outros comentadores tinham razão, foi dizer que o Nuno não tem razão por ter ficado indignado por não poder tirar fotografias. Poderá ter ficado decepcionado, triste e até mesmo revoltado, mas indignado não. Bem como os comentadores. Porquê? Porque a Biblioteca Nacional tem regras e os seguranças não fizeram mais do que aplicar as regras. Só isto.
    Quanto ao facto de ser leitor registado da Biblioteca Nacional... já fui. Neste momento não sou porque a minha actividade profissional permite-me, perante perante um pedido de autorização fundamentando as minhas pretensões, aceder a qualquer documento que a Biblioteca Nacional abrigue.
    As suas palavras quanto à sua experiência de leitura e acesso a tais documentos vão ao encontro (surpresa!) do que escrevi: a Biblioteca Nacional e a Torre do Tombo (tal como a Hemeroteca Municipal e todos os arquivos dos jornais e televisões) disponibilizam-lhe registos gráficos e fotográficos dos documentos que lhe interessam. Onde é que, no meu primeiro comentário, eu disse algo contrário ao que o Santos Costa decidiu rebater? Não rebateu; apenas confirmou o que eu disse.
    Por fim, relativamente à actividade do Nuno... não conheço ninguém mais empenhado e apaixonado do que o Nuno em divulgar BD. Mas a realidade é que não é jornalista e o próprio Nuno tem noção disso. E deixe-me esclarecê-lo, se mo permitir, que um blogue, por muita informação que dê, não é um orgão de comunicação social. Órgãos de comunicação social são publicações periódicas, empresas jornalísticas, empresas noticiosas, operadores radiofónicos e operadores televisivos. Só estes. Mais nenhuns.
    Quando me pergunta se acho normal, após o Nuno ter pedido contactos para falar com alguém, terem-lhe dito que não seria possível, apenas lhe posso responder que sim, que acho normal. O que não me pareceria normal seria o segurança dar ao Nuno o contacto de alguém com quem falar naquele momento. Quanto a não estar ninguém na Biblioteca Nacional, funcionários da própria instituição para ajudar o Nuno no seu trabalho de divulgação, não, não acho normal. Considero que sempre que há uma exposição na Biblioteca Nacional deveria haver alguém da própria Biblioteca Nacional para apoiar a referida exposição. Mas isso escapa-nos, uma vez que está relacionado com a organização da própria instituição.
    Quanto à minha suposta insuspeição... não esteja tão certo dela.

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  18. Nuno

    Por incúria ou desatenção minha, só hoje fui consultar as regras dos comentários. Daí ter extraído, para os autos em apreço, as duas seguintes:

    -"Serão também apagados comentários que ofendam ostensivamente outros comentadores, ou a minha pessoa".

    -"São permitidas discussões onde o português usado seja mais "agreste" mas nunca ofendendo sem nexo ou despropositadamente".

    Ora, corridos os autos, não tendo eu infringido a primeira, posso ter beliscado a segunda no que toca ao termo "cromos"; um termo que, na gíria, pode significar um comportamento estranho ou ridículo, abusivamente em conotação fonética com os objectos expositivos.
    Enfim, se aplicado aos seguranças, peço-lhes desculpa por esta mesma via, embora na ironia não haja acinte para as suas pessoas ou actividade.
    Quis ser engraçado e perdi a graça. Enfim, também sei ver os limites, mesmo quando eles forem muito limitados, como neste meu comentário.
    Está visto e transitado em julgado, presumo eu.
    Da lição, retiro uma fórmula: ironizo com e para amigos, nos locais onde a ofensa não constitua melindre, capaz de fazer saltar a terreiro quem não esteja nessa roda.

    Abraço
    Santos Costa

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  19. Nuno,
    Concordo totalmente com o que dizes. Mais facilmente um ataque de gás rectal da Lili Caneças atrairia a comunicação social do que uma exposição na Biblioteca Nacional. Mas a cobertura de um evento e não de outro está relacionado com os critérios editoriais de cada orgão de comunicação social. Podemos lutar contra isso, da forma que está ao alcance de cada um de nós.
    Eu tento fazê-lo no meu trabalho diário, como bem sabes, (para quem não me conhece, não me atrevo a falr de BD) e tu tentas fazê-lo aqui neste teu espaço e noutros espaços que te dão oportunidade para o fazeres.
    Mas voltando ao que nos trouxe aqui, a esta discussão: as regras da Biblioteca Nacional são estas. Infelizmente, por causa de pessoas não cumpridoras, acabamos todos por «pagar a factura».
    No que diz respeito ao Museu da BD francesa, não faço ideia, mas no Museu da BD, em Bruxelas, não podes tirar fotografias das pranchas expostas. E as razões são as mesmas invocadas pela Biblioteca Nacional.

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  20. Santos Costa
    Que eu saiba não infringiste nenhuma regra de comentários.
    lol
    Ironizaste por ser uma exposição de cromos, depois depende da pessoa achar graça ou não ao trocadilho!
    :D
    Tudo uma questão de sensibilidades.
    Dentro do espírito que foi dito com certeza que nunca poderei achar que foste acintoso... de qualquer modo, o maior "cromo" nisto tudo fui eu!
    :P

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  21. Storyteller
    Sim, não havia ali ninguém que me valesse, fosse da biblioteca ou visitante. Quando falei em alguém responsável, queria dizer alguém que estivesse ali para dar apoio. Não existia. Foi só isso.
    ;)
    E a minha máquina garantidamente nunca ficará com alguém que eu conheça muito bem. Podem ser regras, mas quando não se concorda com alas, uma pessoa põe-se "ao fresco"... foi o que fiz, o tempo até estava bom para tirar umas fotos à minha linda filhota.
    :)
    O de Bruxelas não sei, eu garanto que o gigantesco Museu da BD Francês, em Angouléme, na altura do maior festival do mundo deixa tirar fotos a tudo o que está exposto. Hou vários sítios onde não deixavam usar flash, e onde a regra era mesmo apertado (com convite para os prevaricadores saírem) foi no Museu da História Natural (acho que o nome era esse) onde a exposição se séries históricas se misturavam com os próprios motivos exposto do Museu.
    ;)

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  22. Disto tudo, o que interessa é mesmo saber se a sessão fotográfica com a tua filha correu bem!

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  23. Storyteller, LBJ,

    Compreendo o que dizem em relação às regras da BN, mas sinceramente, essas regras apenas espelham o nosso provincianismo. Vão aos melhores museus em Londres e salvo raras excepções, vão poder tirar fotografias nas exposições. O mesmo acontece em França e aqui ao lado em Espanha. Dizem-me amigos que tanto na Alemanha como na Suiça o caso mantém-se. E não vale a pena numerar mais paises porque a norma mantém-se, com algumas excepções claro, mas no geral lá fora há muito tempo que se sabe que o conhecimento e a arte só tem valor e sustentabilidade quando é partilhado. É um 'segredo' que parece ainda só não ter chegado aqui a este extremo europeu.
    O resultado prático desta diferença de formas de estar em sociedade, é que é para mim mais fácil encontrar mais imagens de um qualquer artista da Califórnia que tenha vivido à 70 anos, do que de um artista famoso português que tenha feito as suas obras à 30 anos. É uma pena, mas infelizmente isto está tudo relacionado. E este tipo de argumentação "são as regras e como tal são para cumprir", deviam ser complementadas por um "porque..." e a devida razão cientifica ou sociológica deveria ser colocada à frente a justificar a tal regra. O que não é o caso. A do flash então...
    E concordo com o Nuno, não é por uns serem animais que todos devemos ser tratados como animais. Se assim fosse não havia espaços relvados nas cidades (devido a uns quantos donos de cães).

    Por fim, só um pequeno apontamento, ninguém aqui foi irónico. Foi sim, sarcástico. Ironia e sarcasmo são duas coisas completamente diferentes mas constantemente, não confundidas, mas trocadas no nosso vernáculo.

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  24. Cara Storyteller

    É evidente - evidência que se comprova na laitura retro - que a Storyteller não chamou totós a ninguém. Eu é que me referi ao temo
    "(...)são os totós que não entendem o melindre dos objectos..."
    Como não me referi a ninguém em especial, terei de pedir desculpas a toda a gente?
    Estou como o Nuno: de qualquer modo, o maior #totó" nistu tudo fui eu!
    Ficou claro que o meu acesso aos documentos é ilimitado, porquanto investigo e publico na esfera da História. Folgo em saber que a Storyletter, graças ao seu trabalho, também o faz.
    Não assumi claramente que, quanto a qualquer contencioso, próximo ou passado, não o tenho com a BNP ou os seus colaboradores. A única alusão que fiz foi relativamente à minha ficha biográfica (com data de nascimento e de morte, que aproveito para corrigir também) e que transcrevo, de acordo com o e-mail enviado para os responsáveis.
    Daí, solicito ao Nuno, este pequeno espaço, para transcrever:

    "Nas consultas que são efectuadas através dos diversos programas de pesquisa da BN, tenho verificado que a autoria dos meus livros, se bem que identificada sob o apelido com que assino, tem acoplada a data de nascimento e óbito, quando eu não nasci naquele ano e ainda estou vivo. Há confusão com outro Santos Costa, de quem conheço apenas uma obra, que foi ministro da Guerra e general - Fernando dos Santos Costa. Eu sou Fernando Jorge dos Santos Costa e assino Santos Costa, mas nos meus livros não se encontram datas bibográficas sobre o autor. Fiz o reparo a um funcionário da sala de consulta, mas a alteração não surgiu.
    Espero que sejam corrigidas essa datas entre parêntesis, porque não me dizem respeito - (1899-1982)."

    Cara Storyletter
    Gostei de trocar ideias consigo, pode crer. E permita-me, trazendo para colar à minha pessoa, o desabafo que, como bloguista, deixou no ocaso do seu blog: "Neste mundo virtual há gente de todos os tipos, mas parece que os esquisitos - e as esquisitas, principalmente - estão a pulular. Será do bom tempo?"

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  25. Luis Sanches,
    Não disse que a existência das regras não espelham a sociedade portuguesa. O que eu disse foi que as regras existem e que existem porque - e agora entro num campo mais filosófico - todas as sociedades têm necessidade de regras. Umas vezes mais brandas, outras vezes mais rígidas. E durante as horas que permanecemos acordados, deparamo-nos com regras o tempo todo. Há regras para circularmos na estrada, há regras nos empregos, há regras para dar nomes e números a arruamentos e edifícios, há regras que regulam profissões, há regras que regulamentam medicamentos e actos médicos, há regras de convivência, há regras para andar de avião, há regras para dar o nome a uma criança.
    Da mesma forma, bibliotecas e museus têm regras. E, como disse anteriormente, a existência destas regras não me choca porque são necessárias. E por que são necessárias? Porque, infelizmente, há pessoas que tentam sempre fazer o que não devem. É justo que os que cumprem devam «pagar» pelos uncumpridores? Não é justo. Assim como também não era justo que, na escola, quando um colega se portava mal, a turma toda pagava por isso.
    A Museologia está a mudar em todo o mundo e é natural que os países que refere disponibilizem mais recursos para que os museus possam alterar os seus espaços de exposição, permintindo melhores condições aos públicos que os visitam. Infelizmente, em Portugal tal não acontece. Os recursos são escassos e quando os há são imediatamente suspensos ou cortados de vez.
    Quanto à questão da luz... está a brincar comigo, não está? Sabe perfeitamente que a luz (e o flash é isso mesmo: luz) acelera o processo de deterioração do papel. E sim, concordo com o Nuno quando diz que bastaria colocar um letreiro a dizer que as fotos com flash são proibidas e que quem prevaricasse, seria admoestado (na melhor das hipóteses). De certeza, Luis Sanches, que não leu palavras minhas a dizer «Fotografias?!?!?!? Nem pensar!!!». Sou tonta, assumo, mas não sou totalmente idiota.

    Já agora... não me lembro de ter lido o Nuno chamar «animais» a quer quer que fosse, neste post e respectivos comentários.

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  26. Xiiii! Há quanto tempo, Santos Costa... O blogue associado a esta minha identidade (sofro de personalidade múltipla, neste mundo virtual) há muito que está morto e enterrado. Agora só serve como objecto arqueológico. :D

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  27. Storyteller,

    Em relação ao flash, claro que estou ciente do que acabou de indicar, por isso é que disse que concordo com o Nuno. Use-se um letreiro. "É proibido usar Flash porque danifica a obra exposta". E chegaria para justificar pesada coima a quem não cumprisse. Mas isto é a minha opinião, decerto há quem não concorde.

    Em relação a animais, não foi o Nuno que chamou, fui eu que mencionei o termo. Gostaria de poder retirar o termo mas em boa consciencia não o posso fazer. Por muito que ame o meu país é por demais óbvio que o atraso que temos em relação à antiga europa deve-se na totalidade ao completo divórcio entre o individuo e a comunidade em que se insere. E não me refiro a coisas grandes, como os roubos dos nossos srs politicos, refiro-me a matérias mais pequenas, como parar em passadeiras, excessos de velocidade (de mais do dobro, mas sempre com muita naturalidade) em localidades ou zonas escolares, e sim, o cócó dos cãezinhos, (e tantas tantas tantas outras coisas infelizmente).
    Mas tem toda a razão no seu reparo. Não foi o Nuno que o indicou, fui eu.

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  28. Antes de mais fico satisfeito em ver que se conseguem trocar argumentos e chegar a um ponto da discussão em que mesmo divergindo de opiniões se reconhecem os pontos onde os outros possam ter razão.

    Tivesse sido outro a contar, que não o Nuno, que em Angouleme se permitia tirar fotos sem qualquer restrição e eu não acreditaria. Se calhar isto quer dizer que o “público” de BD é visto como consciente e civilizado.

    Não me parece que fosse suficientemente disuassor para o “público” da BN apenas obrigar a sair quem usasse flashes e se calhar é por isso que são radicais ao ponto de nem permitirem a entrada de máquinas fotográficas.

    Não se trata de chamar animais a ninguém mas sim uma questão de cultura que falta ao nosso “público” e sobretudo uma ausência de conceito do bem comum que deve ser preservado e tratado como sendo nosso e de todos. E sim paga o justo pelo pecador.

    O facto do segurança não ter querido chamar ninguém pode ter a ver com a forma como se lida com a gestão e prevenção de possíveis conflitos (estou a especular) e confesso que me incomodou a forma como o desgraçado do segurança foi aqui apelidado quando apenas estava a desempenhar o seu papel e pelos vistos com profissionalismo e correcção, o que nem sempre acontece. Mas este assunto já foi esclarecido e sanado.

    Posso afirmar por conhecimento próprio, que existem muitos museus e locais públicos no mundo onde não é permitido fotografar e outros onde apenas se pode fotografar não utilizando flashs. Foi aqui dado o exemplo dos museus de Londres e esses posso garantir que até há algum tempo não era permitido e se mudou e uma vez mais especulando, porque pouco percebo de fotografia, essa mudança de atitude pode ter a ver com a evolução das máquinas fotográficas onde agora já é possível obter boas fotos com pouca luz ao contrário das antigas analógicas que obrigavam a filmes especiais e longas exposições que nem todas as máquinas permitiam.

    Por fim queria esclarecer que quando disse que o Nuno não era jornalista, o que queria salientar é que ele não tem carteira de jornalista que o identifique ao comum dos mortais como tal. Isso não quer dizer que quem saiba e reconheça o seu papel como divulgador não lhe permita ter as mesmas condições de trabalho dos jornalistas e ainda bem que assim é porque como o Nuno bem disse, a BD não é tema de interesse para a grande parte dos meios de comunicação.

    Ainda acrescento Nuno que o que poderias ter feito era ter pedido o livro de reclamações e expressar a tua opinião.

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  29. Bom, posso provar que em Angouléme se podem tirar fotos em todo o lado, desde museus, igrejas, lojas de roupa, restaurantes, farmácias, tendas dos editores, tendas de merchandise, Câmara Municipal e tenda dos profissionais. Em todos estes sítios se vendem e se encontram exposições! Esqueci os supermercados... também têm merchandise!

    Também já era tempo de se perceber que as máquinas fotográficas actuais (TODAS) conseguem tirar boas fotos sem flash desde que haja um pouco de iluminação ambiente, ou directa.

    Dou o exemplo de Angouleme... quem tira fotos com flash onde não é permitido tem direito a um aviso, se repetir a gracinha é corrido do espaço. Ponto.
    Isto é fácil de fazer! Basta expulsar um prevaricador que os outros se põem todos em sentido. As organizações de exposições deveriam ter isto em conta.

    Quanto ao resto, folgo em perceber que todos já encontraram pontos de acordo, sem terem opiniões iguais!
    :D

    Só uma nota, não estava lá ninguém da organização, eu pedi mesmo para falar com alguém que lá estivesse, e na realidade a sala estava mesmo vazia! Tinha sido espectacular para tirar fotos sem ninguém a atrapalhar!!!
    :D

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