sexta-feira, 28 de julho de 2017

Homem-Aranha: Aprender a Escalar



O primeiro livro da Goody no universo Marvel saiu hoje, e a escolha recaiu em Aprender a Escalar com o Aranhiço como protagonista.
E este livro tem importância porque é hoje que os leitores vão conhecer o produto com que a Goody entra no mercado português de super-heróis.

Falando do livro como objecto achei a capa pouco espessa para um TPB. As espessura das folhas está bem para o fim que se pretende, o papel têm um brilho médio que se vai adequar um pouco melhor ou um pouco pior conforme o tipo de história publicado.

Tecnicamente a parte mais fraca deste livro parece-me ser a legendagem, penso que será algo a melhorar para futuro.

Antes de passar ao livro queria partilhar com vocês a minha opinião sobre tudo o que se passou no passado. Emocionalmente este sempre foi o meu herói preferido da Marvel. Eu cresci com o Homem-Aranha durante anos, e ele foi crescendo comigo, foi envelhecendo, casou e por aí fora. Eu identificava-me com ele assim como muitos outros fãs, apesar da bandalheira de más ideias já ter começado começado a desgastar a imagem do Aranha, falo por exemplo de ele ter retirado a máscara em Guerra Civil. O Aranha NUNCA retiraria a máscara publicamente. Nunca.

E então passado pouco tempo vem One More Day e Brand New Day.  O meu Aranha morreu aí. Joe Quesada, o editor chefe da Marvel obrigou a esta situação que apagou 30 anos de História do Aranha.
Mas com isto não quero dizer que não tinha havido posteriormente boas histórias do Aranha. Mas para mim foi um ponto final no herói que eu conhecia.

Passando a esta história propriamente dita, ela acaba por mais um "One More Day", ou seja, é mais um retcon para "endireitar" a vida do Aranha. Foi mais uma interpretação do herói, com novas peças de informação passadas ao lado de eventos já bastante conhecidos, como a origem propriamente dita do herói, e em que viajamos ao lado da origem "oficial" do Homem-Aranha, vendo tudo por um novo prisma. Apesar da descrição gráfica do Peter Parker ser muito parecida ao Peter Parker inicial dos anos 60 , a imagem geral é actualizada com telemóveis e todas as outras modernices da nossa altura.
Esta nova visão inseriu-se no projecto Marvel Now, em que foi feito um retcon geral ao universo Marvel.

A história Dan Slot em si não me parece mal construída, tem visões de ângulos diferentes para os factos que aconteceram nos anos 60, como a morte do Tio Ben. Gostei muito da mudança do ângulo pelo qual o leitor observa de maneira diferente bastantes situações da vida de Peter, J. Jameson ou do liceu.

A arte em si, não é muito do meu gosto, mas cada um é como cada qual, e já ouvi/li falar muito bem dos desenhos Ramón Pérez... bom, posso ser eu o errado, certo? De qualquer modo a Tia May é velhinha, não é uma múmia milenar como é apresentada aqui neste livro... (ahahah)

As capas de Alex Ross... bem, são o costume: brutais!
E já agora, no final do livro têm extras, ou seja as capas das várias revistas, e um sketch a preto & branco de Alex Ross respeitante à capa deste TPB



Enfim, um livro que se lê bem, mesmo bom para levar para a praia :)




Boas leituras


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