Desde 2014, a sua 1ª edição, que acompanho este evento (com a excepção de 2016) e o seu crescimento tem sido notório ano após ano.
Nasceu em Portugal na Exponor (Matosinhos) onde poucas pessoas acreditavam que conseguisse chegar às apregoadas 25.000 mil pessoas. Foi o caos na Exponor sobretudo na área alimentar pois ninguém se preparou, ou ligou aos avisos da organização.
Nos anos seguintes a estrutura foi crescendo na Exponor, e a organização mais à vontade com o espaço também respondia melhor às exigências deste evento.
Uma coisa também começava a saltar à vista: a Exponor tornava-se um pouco claustrofóbica para tanta gente.
Compreendo que as pessoas mais a norte do país tenham ficado chateadas, eu também ficaria, mas este era um salto que esta organização tinha de dar se queria continuar a crescer. Assim tivemos passados 4 anos de existência a Comic Con Portugal no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.
Em 2014 a área foi de 35.000 m2 e 32.500 visitantes, 2015 foram 45.000 m2 e 54.000 vitantes, em 2016 tivemos 60.000 m2 e 73.000 mil visitantes, 2017 manteve os 60.000 m2 e passou para 100.000 visitantes... lembram-se de eu ter falado em claustrofobia? Estive lá e foi o que senti.
2018, já em Oeiras a Comic Con aumentou a área para os 100.000 m2 e conseguiu um aumento de visitantes logo na sua primeira edição ao longo do Tejo: 108.000 mil visitantes.
O que aconteceu com esta nova área foi um respirar que já era difícil na Exponor, tanto para o visitante como para quem trabalha em stands, falei com várias pessoas sobre isto e foi unânime, as condições são bastante melhores, o calor abafado e os encontrões da área comercial acabaram neste espaço.
O único perigo para este tipo de evento é o tempo. O ar livre é óptimo, mas se chove, ou se faz o calor que tivemos umas semanas atrás, fica complicado.
Penso que será um risco calculado, e garantidamente uma aposta ganha. Muita gente e muito espaço como podem ver nas fotos.
Não vou falar nos convidados, houve inúmeros e de qualidade, tanto no cinema, séries, BD, enfim, o normal a que o evento nos habituou. De qualquer modo ressalto Mark Waid, Eddy Barrows, Batem, Maurício de Sousa, Yves Sente, Marjorie Liu e Sana Takeda na BD, Dolph Lundgren e Nicholas Hoult no cinema e séries.
Fiquei muito agradado porque sempre que passei pela Artists' Alley, esta estava com muito público. Este espaço foi onde os artistas portugueses se fixaram mostrando e vendendo o seu trabalho, onde tivemos Ricardo Cabral, Joana Afonso, Carlos Pedro, Nuno Plati, Daniel Henriques, Nuno Saraiva, Daniel Maia, Ricardo Tércio, e ainda os estrangeiros Eddy Barrows e Joe Prado.
Sendo eu um dos mandatários da organização da Comic Con para os Galardões da BD, garantidamente gostei do público que assistiu a esta entrega de prémios, foi a edição em que houve mais público até hoje. Como foi referido por várias personalidades do meio, estes prémios são importantes porque para além de serem completamente transparentes, com um júri completamente ecléctico, oferecem um prémio pecuniário com bastante valor não existindo igual no nosso país.
Público nos Galardões da BD |
Por fim, e finalmente... gostei, gostei muito e tenho a certeza que vai melhorar bastante, tem espaço para isso. Para o público e para quem trabalha no evento foi muito bom.
Marjorie Liu e Sana Takeda |
Batem e Yves Sente |
Miguel Peres e Filipe Melo |
Fernando Dordio |
Maurício de Sousa |
Boas leituras e até 2019!
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