Nuno Duarte (A Fórmula da Felicidade e O Baile) e João Sequeira (Psicose), através da editora El Pep, irão apresentar, lançar e dar autógrafos no já muito próximo Anicomics, o seu novo livro F(r)icções.
No âmbito deste lançamento o Leituras de BD resolveu fazer uma entrevista dupla aos autores deste livro.
Mas para já uma pequena apresentação dos dois:
Nuno Duarte
Nasceu em Lisboa em 1975, cedo descobriu ter histórias e piadas contar, algo mais exacerbado após uma colisão frontal com o curso de Direito.
Escritor freelancer associado das Produções Fictícias desde 2002, trabalhou em imprensa escrita, teatro e televisão, em projectos como “Manobras de Diversão”, “Inimigo Público”, “Bocage”, “Conta-me como foi” ou “Liberdade XXI”.
Escritor de obras em Banda Desenhada como “Paris Morreu” ou “A Fórmula da Felicidade”, foi o vencedor dos galardão de argumentista de BD de 2013 dos Prémios Profissionais e dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada pela obra “O Baile”.
Continua a escrever para televisão e a rir-se com o estado do país, tarefas paralelas a ser pai do Diogo, a sua melhor história de sempre.
João Sequeira
Licenciado em Arquitectura (1995).
Em 1993 conhece o André Lemos, no curso de “Design, imagem e criação por computador”, que lhe dá a conhecer publicações e autores alternativos, o que o motiva a arriscar fazer uma banda desenhada.
Em 1994 faz a sua primeira BD.”Big Joe and the phantom 309”, uma adaptação da música, com o mesmo título, do Tom waits, com letra de Tommy Faile, em seis pranchas, formato A3, a preto e branco com tinta-da-china.
Em 1997/98 frequenta o curso de desenho da “Sociedade Nacional de Belas Artes” e o curso de pintura no Atelier ”Arte Ilimitada, Lda.”, em Lisboa.
Participa, com a apresentação da Banda Desenhada “The black rider” nos “II Encontros de Ficção Cientifica e Fantástico”, em Oeiras.
Em 1999 Expõe uma colecção de desenhos a tinta-da-china s/ papel com o título “Rostos da Vila”, em Nisa.
Edita o fanzine “Apalpalhão”, feito em parceria com o Miguel Mocho e o João Portalete.
No ano 2000 participa, com a banda desenhada “Western a cores”, com texto do Miguel Mocho, no 10º Salão de banda desenhada de Moura.
Em 2001 Expõe uma colecção de desenhos a tinta-da-china e carvão com o título “Convívios e solidão”, em Portalegre.
Em 2002/2003 frequenta o curso de Banda Desenhada do CITEN. Produz duas ilustrações para o suplemento “Leitura furiosa”, do jornal “Público” de 2 de Fev. de 2003.
Em 2005 publica a banda desenhada “Metamorfina” com texto do Miguel Mocho numa edição da BDteca de Lisboa.
Em 2006 produz o fanzine “Alçapão – fanzine de arquitectura dura” nº 1. Uma edição da Ordem dos Arquitectos – delegação de Portalegre.
Em 2007 produz e edita o fanzine “150 facas” e publica um desenho no livro de poemas “Os anjos deixaram por aqui cair as asas” de Vasco Câmara Pestana.
Em 2008 produz o nº2 do “Alçapão”, no qual participa com ilustrações e a banda desenhada “tudo o que é sólido dissolve-se no ar” com texto de Luís Henriques. Publica a BD “O homem que passeava um papagaio atrelado a um rádio portátil” no fanzine “Gambuzine” nº1 – 2º série.
Em 2009 participa, em parceria com o Miguel Mocho, no fanzine “38 special” e publica 4 fotogramas no fanzine “Sandes de cebola” nº1.
Em 2010 participa na colectânea de desenho “Massive” editada pela “associação chili com carne”.
Convidado especial da tertulia BD de Lisboa, ano XXV – 313º encontro.
Publica a BD “Havia um homem zangado com tudo”, baseada num excerto do livro “O cavalo a tinta-da-china” da autoria de Baptista Bastos, no Fanzine “tertúlia BDzine nº 153”
Publica a BD “Western a cores”, com texto de Miguel Mocho, no Fanzine “tertúlia BDzine nº 155-156”.
Ganha o 1º Prémio (escalão A+) no festival Amadora BD 2010 com a BD “República” com texto de Miguel Costa Ferreira
Em 2011 ganha 1º Prémio (escalão B) no festival MouraBD 2011com a BD “Movimento prepétuo”, com texto de Miguel Ferreira.
Participa com a BD “The road”, com texto de Miguel Costa Ferreira no festival de BD de
Em 2012 participa, com o Paulo Monteiro e o Geraldes Lino, no Workshop de banda desenhada organizado pela escola D. Sancho II em Elvas.
Publica a BD “Corto no Alentejo” com texto de Luís Pedro Cruz, no fanzine “Efeméride nº 5 – Corto Maltese no sec. XXI, editado por Geralde Lino.
Publica o livro “Psicose”, que reúne quatro BDs, com texto de Miguel Costa Ferreira, editado por “ElPep – edições”.
Publica a BD “Conto d´horror e outras quinquilharias” com texto de Cátia Alves no Fanzine “tertúlia BDzine nº 172”.
Em 2013 expõe as pranchas originais da BD “Psicose” no Festival de BD de Beja.
Exposição das pranchas originais da BD “Psicose” na associação cultural “Ficar” em Portalegre.
Exposição de Banda desenhada no Centro cultural Prof. José Maria Moura em Alpalhão.
Em 2014 publica o livro “F(r)icções”, que reúne quatro BDs, com texto de Nuno Duarte, editado por “ElPep – edições”.
Publicou Cartoons e desenhos no “Jornal de Nisa – série II”, de Dezembro de 2009 a Maio de 2011.
Vive em Alpalhão e trabalha Em Nisa.
Publica os seus trabalhos no blog jasaqui.blogspot.com
E agora a entrevista. As respostas de Nuno Duarte estarão a rosa escuro e as do João Sequeira a rosa claro:
Podes contar aos leitores deste blogue algo sobre o teu percurso na Banda Desenhada até chegares a este livro?
O meu percurso na banda desenhada está intrinsecamente ligado ao meu percurso como escritor e argumentista. Tudo começou pelo gosto da narrativa e de como a podia potenciar no campo da arte sequencial, algo que surgiu de muitas horas a ler BD, que sempre abundou no seio da minha família.
Daí surgiu a necessidade de criar, algo que ganhou forma em pequenos fanzines e colaborações como o “The Killer Season Fanzine” ou uma participação no álbum colectivo “Mutate & Survive”, ganhando uma expressão mais profissional e artisticamente deliberada após o contacto com a comunidade lisboeta de artistas e entusiastas de BD. Tudo isto culminou em projectos editoriais como “Paris Morreu”, os dois volumes de “A Fórmula da Felicidade”, ou o recém galardoado “O Baile”.
A biografia em anexo faz um bom retrato do meu percurso, posso, no entanto, salientar dois momentos altos, conhecer o André Lemos que me mostrou que a banda desenhada é muito mais do que patinhas e super-heróis e o Geraldes Lino que me transmitiu confiança e motivação.
Os prémios na Amadora e em Moura e a publicação do “Psicose” também ajudaram a dar alento para continuar.
Quais foram as tuas principais dificuldades neste teu novo projecto?
Cada projecto parte de premissas e desenhadores diferentes, pelo que a adaptação às idiossincrasias de cada um deles pressupões não dificuldades mas especificidades. O desafio é precisamente o de transmitir a cada um as ideias correctas que melhor potenciem a transposição da história para o formato gráfico.
Trabalhar à distância tem as suas desvantagens.
Apesar de, tanto o Nuno como o Pepe, terem acompanhado todo o processo, não é a mesma coisa que discutir ao vivo e em direto com um prato de caracóis e uma imperial à frente.
Acho que a proximidade entre os vários intervenientes pode dar origem a um trabalho melhor.
Como é trabalhar com o João Sequeira?
O João é um entusiasta do trabalho e da minúcia quer a título gráfico e de composição, quer da necessidade de algum input acerca das razões de alguns pormenores da narrativa. Nesse sentido, como escritor e argumentista é extremamente gratificante trabalhar com alguém que apesar das dificuldades do seu “day Job”, põe tanto de si no trabalho e no interesse pela coerência do mesmo.
Como é trabalhar com o Nuno Duarte?
É óptimo, ele sabe o que faz e os textos têm dinamismo e sugerem imagens que me apetece desenhar.
Depois de ver a BD “Sem escape” e concordar em avançar com o projecto, o Nuno, enviou-me umas quantas histórias para eu “escolher”.
O “Uivo” e o “Pistoleiro que gostava de dançar” foram as histórias que mais me aliciaram logo na primeira leitura.
Já “A dama vestia de negro” foi uma espécie de encomenda da minha parte, sendo o policial negro um género que gostava de experimentar.
Eu apenas sugeri ao Nuno um policial negro e resultou na minha história preferida e a que mais gozo me deu desenhar.
Como começou a vossa parceria? Qual foi o clique que fez com que iniciassem este trabalho juntos?
Este livro partiu de uma premissa interessante que foi a do João Sequeira pegar num conto meu e de o adaptar para o formato de BD. Tendo ficado extremamente agradado com o que daí resultou, decidimos partir para a elaboração de um álbum de histórias curtas, sempre baseadas em textos meus pré-existentes.
O processo passava pelo João ler o texto e me propor uma escolha de arranjo gráfico, que depois analisávamos e decompúnhamos em formato sequencial, dando eu retoques nos textos para os passar para uma linguagem mais tradicional de BD.
Em algumas histórias mais específicas como “O pistoleiro que gostava de dançar” trabalhámos propositadamente num arranjo de quadros largos para transmitir a sensação “cinemascope” dos velhos westerns, e no conto “A dama vestia de negro” a colaboração foi mais tradicional com um guião especialmente preparado por mim para ser directamente transposto para BD.
Mais uma vez foi uma nova abordagem a forma de escrever uma BD, mas que me deixou extremamente satisfeito.
Em 2010 comprei o nº 1 do TLS Mag e resolvi desenhar a história “Sem escape” do Nuno Duarte, que guardei até que, cerca de um ano depois, a mostrei ao Pepe na tertúlia BD de Lisboa.
O Pepe gostou, mostrou ao Nuno, ele gostou e propôs juntar mais três histórias curtas para o Pepe publicar.
Quais são as vossas expectativas em relação a este trabalho?
As expectativas são sempre que digam algo a quem o lê e que obviamente pague o investimento do editor, coisa que neste mercado nunca é fácil.
Eu, pessoalmente, acho que tem potencial para ser publicado fora de Portugal e agradar-me-ia muito que isso acontecesse.
Trabalhaste de que forma neste livro, tradicional ou digital?
Na profissão de arquitecto não me posso livrar da informática por isso na banda desenhada apenas uso o computador para digitalizar as pranchas e dar-lhes algum tratamento de limpeza.
Para este livro reduzi os materiais usados para lápis, caneta pincel com tinta-da-china e corrector ortográfico.
Tento que as pranchas impressas sejam o mais idênticas possível aos originais, por isso incluo os textos, também desenhados com caneta pincel e tinta-da-china.
Se a mancha de texto e os desenhos vão funcionar como um todo no livro, agrada-me que também funcione assim nas pranchas originais.
A aposta no preto e branco nos teus livros é escolha preferencial, ou tem a ver com facilidade no desenho e impressão?
Não sei bem porquê mas prefiro a BD a preto e branco, assim como os filmes e as fotografias.
Por outro lado, simplifica e acelera a produção.
Gosto da ideia de poder resolver tudo só com um pincel e tinta-da-china, além do prazer que dá manchar uma folha branca com tinta preta.
Grande parte das minhas referências são autores que trabalham sempre a preto e branco ou cujos meus trabalhos de eleição são a preto e branco, como por exemplo, A. Breccia, D. Battaglia, F. Miller, W. Eisner e mais recentemente, E. Baudoin, L. Mattotti, M. Larcenet, Gipi, D. McKean, M. Mignola, N. de Crécy…
E para o futuro, já tens projectos?
Tenho dois ou três projectos de BD no prelo para começar a trabalhar em meados de Junho, mas que por estarem em diferentes estados embrionários e em alguns casos sem artista ou editora definidos, não vale ainda a pena especificar.
Concretos ainda não, mas pretendo fazer um livro mais longo, com uma só história ou uma compilação.
Ainda não falei com o Nuno, mas já tenho algumas ideias para analisar com ele.
Também gostava de experimentar fazer uma BD biográfica ou de reportagem.
Podes falar um pouco do livro e já agora, que tipo de emoções pretendes que os teus leitores sintam após acabarem de ler o livro?
Este é um livro cru, com emoções fortes e onde como em poucas outras coisas que eu tenha escrito, faz mais sentido o preto e branco. O facto de ser um livro de contos quer demonstrar uma larga gama de sensações, mas sempre com o traço comum de uma ironia e de que uma história é tão mais marcante quanto provocar fricção no cérebro de quem a lê. Daí o nome, já que, idealmente, todas as ficções deviam criar a tal fricção.
O livro é o resultado de um longo processo, que se iniciou em 2010 e terminou em 2014 e que envolveu o empenho de três pessoas.
Gostava que os leitores, após acabarem de ler o livro, voltassem ao início, observassem os pormenores da edição, lessem a ficha técnica e tornassem a folheá-lo para rever algumas vinhetas ou lerem partes do texto, antes de o arrumar na estante ao lado da “Psicose”.
É isto que eu faço quando acabo de ler um livro de que gostei.
Quando idealizaste o livro, o resultado final depois de desenhado era o que tu esperavas, ou foi/é sempre uma surpresa no final?
O apelo da Banda Desenhada para um argumentista é de ver transformado estilística e graficamente um conceito abstracto na sua mente em algo que seja visualmente reconhecível. Neste caso o estilo cru e altamente matizado do João transportou para as minhas histórias uma qualidade crua e negra que me surpreendeu agradavelmente e que acho ser por vezes chocante mas quase hipnotizante na forma como a arte e as palavras se complementam. Daí que outra das qualidades que muito me agradaram na arte do João tenha sido a do lettering manual absolutamente incrível, que surge como parte do embelezamento das pranchas, unindo assim desenho e escrita de forma perfeita.
Ainda só vi fotos do livro, mas pelo que vi e tendo em conta a experiencia anterior com a “Psicose”, tenho a certeza que o resultado é excelente.
O Pepe gosta do que faz e isso nota-se no resultado final.
Toda a edição é pensada ao pormenor e todo o processo acompanhado pelo Pepe.
Demora, mas quando saí, saí bem.
Além disso, há dinheiro envolvido e, nos tempos que correm, é de louvar quem queira investir em livros.
Parabéns Pepe.
Qual foi a tua maior dificuldade, graficamente falando, com este novo livro, se é que houve alguma?
As dificuldades que me surgiram não são exclusivas deste livro mas sim transversais a todo o meu percurso e prendem-se com o método inicial de interiorizar o texto, que passa por ler e reler o mesmo, decompô-lo por páginas, escreve-lo todo à mão e em simultâneo recolher uma quantidade imensa de referências fotográficas e encher cadernos com estudos de personagens, cenários e de composição das pranchas.
Depois deste período angustiante e já com algumas certezas passo para os desenhos a lápis e posteriormente a tinta-da-china.
Curiosamente, depois de ultrapassar esse período inicial, a produção das pranchas finais é relativamente rápido e fluido.
Qual é o teu sonho como autor de Banda Desenhada?
O meu sonho é o de todos os autores: ter algo a dizer e a mostrar a um maior público possível.
Este livro já é o terceiro sonho que concretizo como artista de BD.
No entanto quero desenvolver um estilo próprio com o qual me sinta confortável para realizar banda desenhada de forma mais rápida, fluida e menos angustiante.
Qual o desenhador com que gostarias de trabalhar um dia, e porquê.
Tenho vários e todos nacionais com os quais acho que faz todo o sentido trabalhar por não ficarem a dever nada aos melhores do mundo, como o Jorge Coelho, o Filipe Andrade, o RUI Lacas e o Pedro Brito, entre vários outros.
Qual o argumentista com que gostarias de trabalhar um dia, e porquê.
O José Carlos Fernandes, porque adorei tudo o que ele escreveu, mas acho que está retirado da BD, o que é pena porque eu já me estava a preparar para lhe propor desenhar uma das “black box stories”…
Tenho acompanhado o trabalho do André Oliveira e agrada-me bastante a versatilidade com que escreve, além disso estou a ler a “Hora do saguim” e é fixe saber que há mais alguém no mundo que se lembra da reportagem sobre o senhor que tinha o tecto do restaurante revestido com porta-chaves, achou piada e passou a coleciona-los, não sabem ainda hoje o que fazer com eles.
Superou as minhas espectativas.
É um livro muito especial para mim porque compila duas BDs premiadas que, não sendo esta publicação, nunca veriam a luz do dia e nunca seriam lidas por quem não foi à AmadoraBD nesse ano (nem catálogo nem nada…) e a BD “Psicose” que é até à data o meu trabalho mais longo e mais experimental.
O Pepe entendeu isso logo no início e produziu um objeto digno e em sintonia com o conteúdo.
Lembro-me que surgiram comentários sobre ser uma edição demasiado luxuosa para um autor desconhecido.
Compreendo a opinião mas, para mim, o design do livro é muito importante e dá-me muito mais prazer ler um livro com capa dura e uma produção cuidada do que uma edição de usar e deitar fora.
Já vi edições que não dignificam nada o conteúdo.
O que pensas sobre a BD nacional e o seu rumo actual?
Acho que se fazem trabalhos de grande qualidade e há bastantes autores com talento.
O mérito é também dos pequenos editores como o Pepe, o Marcos Farrajota ou o Mário Freitas que criam condições para os autores serem publicados e promovidos.
Qual o teu sentimento/opinião em relação ao Anicomics?
Acho que o Anicomics tem o condão de ter um espírito muito próprio, com um público que apesar de díspar é bastante interessado, para além de uma organização que dá cartas e mostra como se faz a eventos com apoios estatais e o triplo ou o quádruplo de meios.
Nunca fui ao Anicomics, mas, apesar de não ser muito a minha onda, acho que este tipo de eventos são importantes e admiro quem toma a iniciativa de os organizar e promover.
Queres deixar alguma mensagem aos leitores deste blogue?
Comprem o meu livro.
Obrigados aos dois!
:)
Não se esqueçam, estes dois autores irão apresentar o seu livro F(r)icções no Anicomics este Sábado que vem, dia 12, às 14:20 no auditório da biblioteca Orlando Ribeiro.
Para conhecerem todo o programa deste festival de Lisboa sigam o link abaixo:
WWW.ANICOMICS-LISBOA.NET
Boas leituras
Para conhecerem todo o programa deste festival de Lisboa sigam o link abaixo:
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O Leituras de BD apoia o Anicomics!
Boas leituras
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