quinta-feira, 11 de junho de 2015

Séries TV: Lois & Clark as novas aventuras do Super-Homem



Hoje vou lembrar de uma série bem divertida relacionada com super heróis. Lois & Clark, que tornou Dean Cain e Teri Hatcher os símbolos destas duas personagens para toda uma geração. Abordando todo este universo de uma forma diferente da habitual, o programa acabou por conquistar público e conquistar audiências, chegando inclusive a influenciar o que acontecia nos comics do Super-Homem.

Vi esta série pela primeira vez na televisão Portuguesa, na TVI, e fiquei vidrado na mesma, adorando toda aquela interacção entre as personagens e a forma como eram retratados aqueles que eu conhecia da BD. Foram 4 temporadas de 12 de Setembro de 1993 a 14 Junho de 1997, num total de 87 episódios, que foram transmitidos por cá na segunda metade da década de 90 na sua versão original e legendada em Português.

Dean Cain foi o actor escolhido para o duo Clark Kent/Superman, enquanto que Teri Hatcher foi a beldade rebelde conhecida como Lois Lane e juntos conseguiram uma química dentro do ecrã que fez com que todo o mundo se interessasse por esta série. Cain era um galã com o físico ideal para interpretar este herói, tendo ainda uma jovialidade e um à vontade que nos cativava e ajudava a suplantar a sua pouca experiência numa série de televisão.

O elenco também ajudou muito ao sucesso que esta atingiu, afinal quando se tem um Lex Luthor interpretado pelo talentoso John Shea, as coisas só podem ser interessantes. Foi uma visão diferente deste conhecido vilão da banda desenhada, aqui ele era charmoso, cabeludo mas continuava maquiavélico, ganancioso e obcecado tanto pela Lois como pelo Super-Homem.

Alguns dos melhores episódios envolveram este vilão, que desapareceu durante algum tempo mas voltou em força e fez com que ele fosse de facto o maior inimigo do herói.

A primeira temporada mostra muito de Lex Luthor e dos seus planos para a cidade e com o passar do tempo, com os seus planos para derrotar o Super-Homem. Mas o destaque era para a relação entre Lois e Clark e com o desenrolar dela ao longo dos episódios, foi uma coisa gradual e que demorou temporadas até culminar num casamento que foi tão importante que a DC decidiu repetir o feito mas desta feita na BD.

O engraçado era ver que aqui Lex era também um inimigo do alter ego de Super Homem, mas desta feita devido a ser um vértice no triângulo amoroso que envolvia todos nesta série.

Aqui Luthor tinha a companhia de um mordomo, que era peça útil em todos os seus esquemas e era também bastante maquiavélico.

Os pais de Clark tinham um perfil aproximado ao da BD, eram uns idosos com uma mentalidade aberta, jovial e sempre prontos a ajudar o seu filho adoptivo. Martha (K Callan) e Jonathan (Eddie Jones) Kent foram uma presença constante e ajudaram à construção da personagem e ao torná-la mais humana aos nossos olhos.

No trabalho era Lane Smith que roubava a cena no papel de Perry White, o editor chefe do Planeta Diário que era também um amigo da dupla que protagonizava a série e um mentor para Jimmy Olsen (Justin Whalin) o jovem faz-tudo da redacção que motiva todos com a sua juventude e entusiasmo.

Curiosamente na primeira temporada o papel de Jimmy Olsen pertenceu a outro actor, Michael Landes, que foi afastado pelos produtores por este parecer ser da mesma idade de Clark Kent/Superman e até ter algumas parecenças. Concordo plenamente com esta decisão assim como o afastar do elenco regular da personagem Cat Grant (Tracy Scoggins) já que esta não se adequava muito ao espírito do programa e ficavam também muitos personagens em cena.



A Intergangue marcou presença em muitos episódios, assim como vilões surreais mas interessantes que por vezes representavam perigo quer para a Lois quer para o Super-Homem. Os efeitos especiais eram interessantes e nada "ridículos", ele voava de uma forma credível e muitos dos seus feitos também eram apresentados dessa forma. Andei a rever a série e afirmo que as primeiras três temporadas ainda são boas para se poder assistir, a coisa começa a piorar a meio da terceira e piora por completo no começo da quarta quando decidiram mostrar sobreviventes do planeta Krypton...

Os efeitos sci fi de classe B e o facto de se afastar do espírito inicial do programa, o relacionamento entre Lois e Clark, fizeram com que o público se fosse afastando e as audiências fossem desaparecendo. Em todo o caso é inegável o impacto da série, chegou inclusive a influenciar o destino dos comics com os escritores a terem que fazer coincidir acontecimentos, para atrair assim o público que via apenas o programa na televisão.

Acção quanto baste, alguns efeitos interessantes, diálogos corny mas com piada e uma atitude descontraída fizeram com que a série ainda hoje seja bem agradável de se ver, revi há pouco tempo os dvd's das três primeiras temporadas e pude comprovar isso.

Alguém aí fã do programa?











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