sábado, 4 de julho de 2015

Séries TV: Espaço 1999



Acho que todas as crianças sonham com as estrelas (leia-se Espaço)!
Deve ser um dos principais motores da imaginação de um jovem normal, o que será que existe para além do negrume profundo do céu estrelado nocturno?
Outras espécies sencientes?
Mistérios fantásticos à espera de serem descobertos?
Viagens espaciais?
Seremos capazes um dia de viajar à velocidade da luz, ou usarmos wormholes?
Colonizar outros planetas?
Monstros?

A série Espaço 1999 caiu que nem uma pedra na minha juventude por isso tudo. Havia um espaço vazio neste tipo de registo, e Star Trek ainda não tinha sido exibido em Portugal! Sim, internacionalmente o Espaço 1999 veio ocupar a lacuna do término da série original Star Trek uns anos antes, mas aqui funcionou ao contrário… O Caminho das Estrelas veio ocupar o vazio deixado pelo Espaço 1999… enfim, Portugal!



O Espaço 1999 começou a ser exibido na RTP1 a preto e branco em 1977 e foi um êxito imediato por mexer muito com a nossa imaginação. Para mim ainda hoje foi das melhores premissas para uma série de FC puro: a Lua afastar-se da Terra com humanos “a bordo”! E aí começa a saga, com efeitos especiais muito bons para altura.

A série teve duas temporadas de 24 episódios cada uma, imaginados por Gerry Anderson e Sylvia Anderson para a ITV. Os cenários da série foram muito baseados no filme de Stanley Kubrik 2001: Odisseia no Espaço, mas nós crianças nem sabíamos que esse filme existia. Eu tinha 12 anos, portanto uma idade muito impressionável pelo fantástico, e a série bateu-me que nem um pedregulho. A primeira temporada teve episódios bastante mais complexos que a segunda, por vezes bastante filosóficos, e sobretudo provocava-me medo e calafrios… nunca mais me hei-de esquecer do episódio “Dragons Domain”! Tive pesadelos durante vários dias…

A segunda temporada foi mais virada para a acção, por vezes bastante mais infantil, em que surgiram bastantes novas personagens (incluindo uma transmorfa), e assistiu-se ao desaparecimento de outras que não se coadunavam com o novo rumo da série. Os fãs hardcore detestaram esta segunda temporada… eu por mim, e com a idade que tinha, foi um alívio! Mais acção e humor em vez do terror latente que muitos episódios da primeira me provocavam!

A acção andava sempre à volta do Comandante John Koenig, da médica Helena Russel, do piloto Alan Carter e do professor Victor Bergman. Na segunda temporada este último desapareceu, e foi feita a inclusão de Maya (a trás referida transmorfa). Na segunda temporada alguém resolveu colocar romance na série e passamos a ter dois casalinhos… o Comandante e a médica (casados na vida real), e o chefe de Segurança (Tony Verdeschi) e a transmorfa. Mais uma vez os fãs hardcore da série ulularam de fúria e repulsa!

A Terra decidiu colocar o seu lixo atómico e radioactivo na Lua para não contaminar mais o planeta. Mas todos os exageros levam à catástrofe, e após uma explosão nuclear em cadeia do lixo atómico a Lua é expulsa da órbita terrestre a grande velocidade. A partir daí a imaginação é o limite!
Raças estranhas, planetas diabólicos, eventos a roçar o paranormal e uma “deliciosa” aparição da sonda terrestre Voyager, que tinha destruído uma raça quase por completo, e vindo atrás dela os sobreviventes em naves de guerra procurando vingança…

Ainda hoje sonho com os Eagles. O que eu adorava aquelas naves espaciais!
Para a série foi inclusivamente feito um Eagle à escala! Delicioso!
Ainda não perdi a esperança de conseguir um dia ter uma miniatura de uma nave destas, é um dos meus sonhos geeks.



Podem ver todos os episódios no Youtube, de vez em quando vejo um, eu por catarse já vi o “Dragons  Domain” várias vezes!

(Ninguém me oferece um Eagle?)
:D











Este texto foi escrito por mim originalmente  para o blogue do Hugo Silva:


Boas leituras



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