Entrevista: Ethan Van Sciver - Interview with Ethan Van Sciver

Ethan Van Sciver tem-se vindo a destacar como desenhador nos comics norte-americanos, sobretudo depois da parceria com Geoff Johns em Green Lantern: Rebirth e Flash: Rebirth.

Agora está completamente entusiasmado em trabalhar no título Batman: The Dark Knight, e o Leituras de BD decidiu tentar uma pequena e genérica entrevista, e ela aqui está!
A entrevista está traduzida para português logo após da versão original em inglês.
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Ethan Van Sciver has been highlighted as a fan favorite comics penciler in the U.S., especially after the partnership with Geoff Johns on Green Lantern: Rebirth and Flash: Rebirth.

Now he is completely excited about working on the title Batman: The Dark Knight, and the blog Leituras de BD/Reading Comics decided to try a little generic interview, and here it is!
The interview is translated into Portuguese after the original English version.

Ethan Van Sciver

You started to work for DC, how did that happen? How was it like starting to work in a big comics publisher?

I worked to two smaller companies first, working on my own title, CYBERFROG. But soon, I needed to make some more money, and I had to try to go to work for one of the bigger companies. Some friends that I knew had worked for DC Comics, and I always liked their superheroes. So I auditioned for IMPULSE, and got the job. Just in time! My rent was due!

What were your major influences or references that initially influenced your work, if you have some?

Jon Bogdanove's work on FANTASTIC FOUR vs. THE X-MEN was a huge influence. That was some beautiful drawing and storytelling. His characters were so alive, and had so much humor and charm to them. Like simplified Norman Rockwell drawings. I also loved John Byrne. And then Todd McFarlane opened my eyes as to how wild you were allowed to be on a comic page. Once I saw Brian Bolland, though, I was really inspired.

How was the work with Geoff Johns? When you work with Johns you give him some ideas, or modifications, about the story?

Working with Geoff is a lot of fun. Geoff is like the captain of the football team, you know? He's positive, he's uplifting. You want to do good work to show him that you're a good player. I almost never gave him story ideas. I usually just gave him ideas for characters. And the idea of multiple Lantern Corps with the colors of the rainbow came from me.

How do you create your illustrations? 100% digital, or you still active in traditional methods?

I still draw by hand on paper. I use non-photo blue pencil lead to rough out drawings, and then proceed straight to inks to do the finished drawing. These days I ink myself, which I find much more pleasing.

How it was working on the big comic revolution that was the Green Lantern Rebirth and now, has I read on comic news, finishing the last issue of Geoff Johns in that title?

It was an honor. And it was kind of emotional to come back again, first for the Green Lantern Annual that Geoff asked me to do this past summer, and now again for the final issue of Geoff's run on Green Lantern. I'm glad I got to do it.

Which are the writers that you like to work more?

James Robinson comes to mind! Bill Willingham, too. And Robert Kirkman would be a lot of fun.

If you have to give advice to a young talent, what you tell him?

Enjoy what you do. Draw for yourself, to make yourself happy. If your drawings make you smile and give you goosebumps, you're doing it right!

The work you're most proud of?

I think GREEN LANTERN: REBIRTH is pretty good. I also love the SINESTRO CORPS One Shot we did back in 2007. I'm also having a lot of fun drawing Batman fighting the Mad Hatter on BATMAN: THE DARK KNIGHT right now. Issue #21 is so brutal. I can't believe I get to draw this.

Favorite writer and favorite illustrator?

Favorite Writer is Geoff, Favorite Illustrator is Brian Bolland

Your favorite food?

Steamed lobster with asparagus!

How is a perfect day for you?

A morning jog in crisp, cool air. Drawing something nice. Watching an old Hollywood movie. Having some fried chicken for lunch, and going to a Depeche Mode concert that evening. PERFECT day.

As an illustrator, what are your goals for the future?

To improve. To stand the test of time, like George Perez has. To do work that lasts. And to produce some creator owned work that becomes a feature film.

Thanks Ethan, for the kindness and availability!

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Começaste a trabalhar para a DC, como aconteceu? Qual foi a sensação de começar a trabalhar numa grande editora de comics?

Primeiro trabalhei para duas editoras mais pequenas, com a minha criação Cyberfrog, mas como precisava de ganhar mais dinheiro, sabia que a única solução era trabalhar para uma das grandes companhias. Eu sempre gostei de super-heróis, e como tinha amigos a trabalhar para a DC, tentei a minha sorte por lá. Fiz uma audição para o "Impulso" e consegui o trabalho. E foi mesmo a tempo, já que estava com a renda em atraso.

Quais foram as tuas principais influências, ou referências, que inicialmente influenciaram o teu trabalho, se é que tiveste alguma?

Jon Bogdanove foi uma grande influência para mim, especialmente pelo seu trabalho no Quarteto Fantástico vs X-Men, com alguns dos desenhos mais belos que eu já tinha visto na minha vida. As suas personagens pareciam estar vivas, com tanto humor, charme e carisma que pareciam pinturas simplificadas de Norman Rockwell.
Também amava John Byrne, e Todd McFarlane abriu os meus olhos para como podíamos arriscar e pisar o risco a desenhar uma página de banda desenhada. Mas foi quando vi uma página de Brian Bolland que fiquei realmente inspirado.

Como foi o trabalho com Geoff Johns? Quando trabalhaste com Johns deste-lhe algumas ideias, ou modificações, sobre a história?

Trabalhar com o Geoff foi muito divertido, ele é como se fosse o capitão da nossa equipa de futebol, tás a ver? Ele é extremamente positivo e inspirador, e acabas por querer fazer um excelente trabalho só para lhe mostrar que és um bom jogador.
Quase nunca lhe dei ideias para a história, normalmente apenas lhe dava ideias para personagens, como a ideia para múltiplas tropas de Lanternas com as cores do arco-íris.

Como crias as tuas ilustrações? 100% digital, ou ainda trabalhas com métodos tradicionais?

Eu ainda desenho normalmente no papel, uso o lápis azul para fazer os esboços e depois vou directamente para a arte-final do desenho. Hoje em dia costumo ser eu a passar a caneta no meu traço a lápis, o que acho muito mais agradável.

Como foi trabalhar na grande revolução dos comics que foi o Green Lantern: Rebirth, e neste momento acabei de ler que vais desenhar também a última edição de Geoff Johns neste título, ou seja, mais um marco na cronologia do Lanterna Verde?

Foi uma honra, e foi emocionante este regresso, quer no Annual do passado verão, quer agora para o último número da fase do Geoff no Lanterna Verde. Fico mesmo contente por ter conseguido fazer isso.

Quais são os escritores que tu gostaria de trabalhar mais?

O primeiro nome que me vem à mente é James Robinson. Bill Willingham também seria uma escolha minha e acho que seria muito divertido trabalhar com Robert Kirkman.

Que conselho darias a um jovem talento?

Diverte-te com o que fazes. Desenha para ti próprio, para que te sintas feliz. Se o teu desenho te diverte, te faz feliz e te arrepia, estás no bom caminho.

Qual é o trabalho de que mais te orgulhas?

Penso que Lanterna Verde: Renascimento é bastante bom. Também adorei fazer aquele one shot em 2007 da Tropa Sinestro, e agora divirto-me muito a desenhar o Batman a lutar contra o Chapeleiro Louco em Batman: The Dark Knight. O número #1 vai ser brutal, ainda nem acredito que vou desenhar algo assim.

Escritor favorito, e desenhador favorito?

O meu escritor preferido é o Geoff, enquanto que na arte é Brian Bolland.

A tua comida preferida?

Lagosta suada com espargos!

Como é um dia perfeito para ti?

Fazer jogging num dia fresco, desenhar algo bom e ver um bom filme antigo. Comer uma galinha frita para o almoço e ir a um concerto de Depeche Mode nessa noite. DIA PERFEITO.

Como desenhador, quais são as tuas metas para o futuro?

Melhorar, sobreviver ao teste do tempo como George Pérez conseguiu. Fazer um trabalho que perdure, e criar algo só meu que depois possa ser transformado num filme.

Obrigado Ethan pela amabilidade e disponibilidade!


Espero que tenham gostado desta entrevista. Espero fazer mais para o futuro e ganhar um pouco de prática para saírem sempre melhores!

Boas leituras!