Ficou comprovado este ano que o Festival de Internacional de Banda Desenhada de Beja não é só BD. É a BD sim, o centro e o que nos move do nosso lugar de conforto, mas é toda a envolvência deste festival que o torna único! Por isso mesmo nunca o comparo com nenhum festival de BD português.
Num ano de “vacas muito magras” se não houvesse toda aquela envolvência que o festival arrasta consigo, seria muito difícil arrancar visitantes de todo o País na peregrinação a Beja. Para quem não sabe ou desconhece os factores que propiciam essa envolvência, eu posso enumerar algumas: simpatia, proximidade e empatia da organização com o público visitante, gastronomia, a beleza intrínseca de Beja, aulas de história ao vivo e a cores, organização informal mas sempre presente, programação muito variada (música, cinema) e por fim, mas muito importante, um calor humano muito grande que propícia a formação de amizades e mini-tertúlias por todo reduto do festival, estendendo-se à cidade também. Todos estes predicados viciam os visitantes a quererem sempre mais “uma dose” deste festival.
Este ano pode não ter tido o brilho de outros devido ao orçamento zero de uma Câmara Municipal com dificuldades financeiras, mas esta Câmara colaborou como pode (gráficas, pessoal, etc.) com a organização para que este Festival se realizasse novamente. A coragem da organização foi enorme e acabou por dar frutos! Afinal mesmo sem artistas internacionais que arrastam normalmente muita gente, posso dizer que o festival teve sucesso. E teve sucesso pelos factores já referidos, mas também porque nunca parou. As diversas actividades existentes num programa cheio correram quase ininterruptamente, o que fez com que eu não assistisse a algumas para “descansar” um bocado! Assim se faz muito com pouco, e o Paulo Monteiro é um homem com prática nisto, visto que os orçamentos deste festival nunca foram muito grandes. Este ano ganhou o prémio nesta categoria: fazer muito com muito pouco!
Eu adoro este festival, é um passeio magnífico que eu recomendo, e só posso agradecer ao público presente por não terem deixado “cair” o festival nesta altura difícil. O público foi um pouco menor que nos anos passados mas mesmo assim esteve lá muita gente.
De notar que este festival, para além de ter mais de uma dezena de exposições, ainda teve lançamentos. Referindo-me às exposições quero destacar uma pelo seu layout e envolvência: Efeméride: Corto Maltese no Século XXI. Esta exposição teve como base o super-fanzine de Geraldes Lino e estava com uma excelente apresentação e um bom gosto enorme. Destaco também a sala de Shimamoto e o corredor de Eliseu Gouveia. Mas as exposições ficam para outro post…
Quanto a autores tivemos alguns bons interpretes portugueses de topo nesta arte, como Eliseu Gouveia e Rui Lacas.
Falando de outras vertentes deste festival, e das quais não abdico, a tradição manteve-se com o jantar de Sexta e almoço de Sábado no restaurante “A Pipa” com as suas excelente “Presas de Porco Preto Ibérico”, e o almoço de Domingo no restaurante “A Muralha” onde as “entradas” fazem as delícias de qualquer comensal. Ainda na parte gastronómica, a tradição do jantar de Sábado promovido pela organização também se manteve. A outra tradição da qual eu não abdico é a lição de História ao vivo com o professor Florival Baiôa Monteiro, que coloca todo o seu humor, e amor, pela História da cidade Beja nas vistas históricas promovidas pela organização do festival. Desta vez ficamos a saber como funcionava uma grande Villa Romana em Pisões (arredores de Beja).
E agora ficam as primeiras fotos!
A espera pela abertura...
Inauguração do Festival
Zona Comercial
Sala da exposição Efeméride: Corto Maltese no Século XXI
Lançamento do livro Hän Solo com o editor da Polvo (Rui Brito) e o Autor (Rui Lacas)
Panorâmica da sala de lançamentos, apresentações e debates
Debate sobre blogues de BD com Nuno Neves (Notas Bedefilas) e Nuno Amado (Leituras de BD)
Daniel Maia apresentando os X TCC e Andreia Rechena (D. Zarzanga) lançando o seu [R]Eject Zine #4
Diogo Carvalho nos autógrafos e Pedro Maneças apresentando o seu livro Manegas, o Indignado
Pormenor da exposição de Júlio Shimamoto
Pormenor das exposições Efeméride: Corto Maltese e uma oferta de Craig Thompson à Bedeteca de Beja
Originais de Eliseu Gouveia e Niko Henrichon
Jantar convívio nos arcos da Casa da Cultura
Pedro Manaças fazendo um sketch à lupa!
Villa Romana de Pisões
Por tudo isto vale muito a pena rumar todos os anos para este evento!
Próximo post sobre este evento: exposições.
Boas leituras
Ah, quero ir numa convenção europeia.
ResponderEliminarJá nos meteste com pena de não podermos ter ido este ano!
ResponderEliminarTarcísio
ResponderEliminarQuando decidires vir avisa! Serás bem tratado.
:)
Shoottokill
ehehehehe
Olha, vou tratar das fotos porque ficaram pequenas não sei porque razão... to a recolocá-las todas novamente! Daqui a meia hora já devem estar normais...
:\
Nuno, a tua questão está respondida.
ResponderEliminarSobre o post, que inveja. Ainda não foi este ano que pude ir a Beja. :(
Abraço. :)
Desculpa a resposta rápida mas ando com pouco tempo livre estes dias. :(
Muito bom, o pessoal responsável pelo festival mandou muito bem pelo visto aqui.
ResponderEliminarOCP
ResponderEliminarJá resolvi o problema. Não sei o que se passou! O HTML era igual mas as imagens não esticavam... como tinha carregado as imagens em HTML (como de costume) decidi substituir e carregar através da opcção "Redigir". E funcionou! Voltei a comparar os códigos HTML e estavam iguais, fiquei sem perceber o que se tinha passado.
:|
Um dia hei-de encontrar-te em Beja!
:)
Guy Santos
ResponderEliminarFoi muito fixe!
(Como de costume)
:D
Sou uma apaixonada pelo Prof. Florival Baiôa Monteiro, e tenho muita pena de não ter dinheiro suficiente para ser Mecenas no caso da Villa de Pisões.
ResponderEliminarAhhh e é claro que sou fã incondicional do Festival BD de Beja, e do Paulo Monteiro.
beijo d'enxofre
Eu nunca fui a Beja e está longe o dia em que vou conseguir. Para ir, só posso ir no sábado e tenho que voltar no mesmo dia, porque trabalho sempre ao domingo. Estou sempre a perder esta coisa, e nem me ia custar muito dinheiro, porque ficava em casa dos meus tios...
ResponderEliminarDiabba
ResponderEliminarEu fazia uma coisa engraçada com aquela Villa Romana. Acho que ia fazer muiiiiiito dinheiro!
:D
PC
Então??
Vais na sexta depois do trabalho, dormes lá e depois voltas no Sábado à noite!
Fui lá algumas vezes do tipo ir Sábado de manhã e voltar à noite. Há 4 e 5 anos fiz isso!
:P
Fiquei aqui viajando nas fotos...que barato o Leituras de BD está em todas!!!
ResponderEliminarTô babando no Festival... nas artes nem se fala!!! Parabens mesmo! Vocês merecem todos os méritos, já que o suor escorreu de vocês!!!!
ResponderEliminarVenerável Victor
ResponderEliminarO Leituras vai sempre que pode, e até aqui acho que está a cobrir todos os principais eventos em Portugal. A ver se para o ano dá para ir outra vez até Angoleme, o maior festival de BD do mundo!
:)
Alex D'ates
Para o próximo post virão as exposições onde pontificou o teu compatriota Shimamoto!
;)
Beja...
ResponderEliminarO festival de BD de Beja, tornou-se uma desculpa para sair de Lisboa - como se não se pudesse faltar a um festival de BD - e a oportunidade de estar com pessoal de que gosto num ambiente fantástico em que as apresentações se sucedem ininterruptamente, com um rigor horário quase inglês, em que após um máximo de 5 minutos de tolerância, temos a orquestra (o Fantástico Paulo Monteiro) a começar a tocar para pôr os que estão a andar e sentar os novos intervenientes, e isto até às tantas da madrugada. Foi pena só eu e o Verbal termos ido ao, também tradicional, "beber um copo naquele bar da rua inclinada", porque a música este ano estava para homens de barba rija....e cabelo comprido.....e tatuagens...e roupa preta...acho que já perceberam a ideia :-)
Luis
ResponderEliminarAcho que disseste tudo!
:D
Nunca fui ao bar do Desassossego. Acabo sempre por ficar cansado e a única vez que lá tentei entrar (há 2 anos) aquilo estava completamente cheio!
Nem deu para entrar...
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