Foi com surpresa que vi ontem este anúncio no blogue do Filipe Azeredo (A Filactera)!
Mas foi/é uma bela surpresa. Infelizmente comprei em Janeiro a versão norte-americana, visto que a Editora Polvo publicou há muitos anos atrás apenas a primeira parte desta auto-biografia gráfica e nunca mais publicou o segundo e último volume. A editora Contraponto (pertencente ao grupo Bertrand) vai editar de maneira diferente, ou seja, vai publicar esta obra de Marjane Satrapi num único volume, e diga-se, acho o mais acertado!
Fica a nota de imprensa da Contraponto:
Persépolis
Marjane Satrapi
«Um livro revelador, cativante e inesquecível. Uma obra extraordinária.»
The New York Review of Books
Com uma memória inteligente, divertida e comovente de uma rapariga que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica, Marjane Satrapi consegue transmitir uma mensagem universal de liberdade e tolerância.
«Estamos em 1979 e, no Irão, sopram os ventos de mudança. O Xá foi deposto, mas a Revolução foi desviada do seu objetivo secular pelo Ayatollah e os seus mercenários fundamentalistas. Marjane Satrapi é uma criança de dez anos irreverente e rebelde, filha de um casal de classe alta e convicções marxistas. Vive em Teerão e, apesar de conhecer bem o materialismo dialético, ter um fetiche por Che Guevara e acreditar que consegue falar diretamente com Deus, é uma criança como qualquer outra, mergulhada em circunstâncias extraordinárias.
Nesta autobiografia gráfica, narrada com ilustrações monocromáticas simples mas muito eloquentes, Satrapi conta a história de uma adolescência durante a qual familiares e amigos “desaparecem”, mulheres e raparigas são obrigadas a usar véu, os bombardeamentos iraquianos fazem parte do quotidiano e a música rock é ilegal. Contudo, a sua família resiste, tentando viver uma vida com um sentido de normalidade. Um livro inteligente, muito relevante e profundamente humano.» BBC
Em 2007 Persépolis foi adaptado ao cinema e das muitas nomeações para prémios que teve destaca-se a do Óscar para melhor filme de animação.
Género: Banda Desenhada
Tradutor: Duarte Sousa Tavares
Formato: 15 x 23,5 cm
N.º de páginas: 352
Data de lançamento: 5 de abril
PVP: 19,90€
Autora:
Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irão, em 1969, e atualmente vive em Paris. Estudou no liceu francês de Teerão, onde passou a sua infância. Bisneta de um imperador do país, teve uma educação que combinou a tradição da cultura persa com valores ocidentais e de esquerda. Aos 14 anos, partiu para a Áustria, e depois retornou ao Irão para estudar belas-artes.
Estabelecida em França como autora e ilustradora, Marjane conquistou a fama mundial com Persépolis, obra que ganhou alguns dos mais prestigiados prémios deste género literário, nomeadamente o prémio para autor-revelação e o prémio para melhor guião de Angoulême, e o prémio Eisner para melhor novela gráfica e melhor obra estrangeira. Este livro foi transformado num filme de animação em 2007, que estreou no Festival de Cannes e foi premiado com um Óscar.
As ilustrações de Marjane são publicadas em revistas e jornais de todo o mundo, incluindo The New Yorker e The New York Times.
Um livro que aconselho vivamente a toda a gente!
Boas leituras
Acerca de haver um ressurgimento da BD no catálogo da Bertrand, a resposta que tive da Rita Correia da Bertrand é que tudo depende das vendas. A Contraponto já tinha editado "Contos dos Subúrbios", de Shaun Tan, agora temos "Persépolis" e mais para o fim do ano surgirá "Fun Home", de Alison Bechdel. Além disto, logo se verá.
ResponderEliminarFilipe Azeredo
ResponderEliminarTítulos pouco chamativos, excepto este!
Não esperem grandes vendas do livro de Shaun Tan e muito menos do outro no fim do ano...
Existe tanta BD mais chamativa! Não percebo porque se teima em editar autores e obras completamente desconhecidas e pouco apelativas para o vulgar cidadão! Não é que não possam ser boas, mas não é por aí que se começa.
:\
Os meus parabéns à Contraponto e por inerência, à Bertrand. Ainda não decidi se adquiro o Persepolis em português, visto que, tal como o Bongop, mandei vir a versão americana à pouco tempo... Talvez o adquira para que os meus filhos possam fazer uma leitura comparativa Português/Ingês
ResponderEliminarpco69
ResponderEliminarPois... é sempre um problema! Se os meus filhos crescidos gostassem de ler comprava de certeza! Mas a ideia de a minha filha mais nova um dia poder fazer a comparação português/inglês também não é má!
Xiça que este já é o 3º livro importante em que isto me acontece... Marvels, Blankets e agora este!
:(
Apenas conheço a adaptação para cinema, da qual gostei bastante quando foi exibida na RTP2.
ResponderEliminarTalvez compre o livro para recordar.
CF
ResponderEliminarComo eu costumo dizer... os livros são melhores que os filmes!
(Bem... pelo menos em 99% das vezes!)
:D
Muitos leitores torcem o nariz para traços estilizados, impressões PB ou para estéticas que parecem alternativas, entretanto esta postura de aversão ao diferente, ao novo. Isto pode acabar privando estes leitores de experiencias que venham a promover um tipo diferente de percepção e sensibilidade.
ResponderEliminarJJ Marreiro
ResponderEliminarEu não torço o nariz a boa BD/HQ dita alternativa/estilizada. Mas para eu ler esse género ela tem de ser boa mesmo, e este livro entra nessa lote, é excelente!
Quanto ao P&B vs Cor é uma parvoíce, existem livros que nasceram para ser a P&B e outros que nasceram para ser a cores. Dizes e bem que quem faz esse tipo de discriminação acaba por passar ao lado de grandes obras... eu no limite já vi o contrário, um tipo que só lia a P&B! Daltonismo, de certeza...
:D