Existem arcos de estória clássicos, e este é um deles. A morte do Caveira Vermelha!
A Marvel decidiu-se a reeditar este momento da cronologia do Captain America, e o Hugo Silva decidiu-se a escrever sobre ele.
Fiquem com o Hugo Silva !
Death of the Red Skull
Existem sempre histórias que lemos nas nossas infâncias e que nos marcam, ficando para sempre na nossa memória, e para mim o arco do escritor J.M. DeMatteis no Capitão América, que a editora Abril publicou até ao número 99, onde vemos um Caveira Vermelha envelhecido à beira da morte é um desses casos.
Finalmente a Marvel editou estas histórias num TPB, Death of the Red Skull, possibilitando assim a releitura deste arco, ou dando a conhecer a uma nova geração um conjunto de histórias que mostra na perfeição esta rivalidade entre duas grandes personagens da companhia. Um dos maiores problemas deste livro é que o desenhista Mike Zeck, parceiro inicial de DeMatteis nas histórias do Capitão, não foi o artista neste arco de histórias e sim o menos talentoso Paul Neary. Não me entendam mal, ele é competente e aquilo não fere os olhos de ninguém, mas um arco daqueles merecia um artista à altura e ele não está no mesmo nível da qualidade do argumento.
Um bom elenco de personagens secundárias, um plot que vai crescendo de intensidade com o passar do tempo e um flashback fabuloso do passado de um vilão, que personifica a maldade pura, são os ingredientes principais deste arco de histórias. O livro começa mostrando o Capitão finalmente em paz com a sua namorada Bernie enquanto que o seu parceiro Nômade tinha estranhos pesadelos com um Steve Rogers extremamente envelhecido. Os dois visitam um amigo de Steve, que também andava tendo pesadelos inexplicáveis, e que dava assim o mote para a montanha russa psicológica que se aproximava.
Os primeiros rostos do mal não tardaram a aparecer, e estes eram a Madre Superiora e o Barão Zemo, que na primeira aparição raptavam outro amigo de Steve, um pacifista. Depois de uma lavagem cerebral vira um vilão de uniforme e enfrenta os dois heróis até entrar num coma profundo. O vilão principal aparecia apenas em silhuetas numa mansão tenebrosa enquanto berrava com os outros dois vilões, e nem quando os dois heróis invadem a mansão ele dá a cara! Ainda temos mais uns momentos de terror psicológico para assistir ao rapto da namorada do Capitão e do seu amigo Falcão, da tortura de ver o nosso herói a espancar um amigo que se encontrava vestido como o Barão Zemo e uma revelação surpreendente: o Capitão estava a envelhecer rapidamente devido ao seu parceiro o estar a envenenar sem se aperceber disso, depois de ter sido alvo de sugestão hipnótica.
O talento de DeMatteis neste tipo de histórias vem todo ao de cima, nós ficamos completamente embrenhados nas situações que acontecem, e sentimos a carga psicológica transmitida naquelas palavras. A parada sobe quando o escritor usa uma personagem sobre a qual já tinha deixado ligeiras dicas sobre a orientação sexual da mesma, e mostra-a de um modo ridículo como cantor de cabaret numa vestimenta à Liza Minelli e num discurso com tendências Nazistas desfalece, perante o olhar do nosso herói envelhecido que nada pode fazer para impedir isso. Entra então em cena o Barão Zemo que acha que ligando o Capitão a uma máquina, e o levando a reviver o dia em que Bucky morreu, o irá levar à loucura ou à morte, mas obviamente o nosso herói prevalece o que leva a que um Caveira Vermelha entre em cena, tire a sua máscara e mostre um rosto super envelhecido e doentio.
Nisso Ryan teve bem, mostrou na perfeição um velho que todos conseguimos odiar, e depois de uma história fantástica onde sabemos mais sobre a origem deste vilão, vemos os dois num bunker onde se irão defrontar fisicamente até que um deles morra. Entre uma coisa e outra vamos vendo todos os amigos do Capitão tentando fugir da mansão, com o Falcão como líder, e a lutas internas entre a Madre Superiora e o Barão Zemo onde ambos tentam mostrar que são os verdadeiros herdeiros da maldade do Caveira.
Durante a luta, e com um Caveira já vencido, vemos o nosso herói a ameaçar dar o golpe final mas desistindo, deixando o seu eterno vilão morrer com a raiva de não ter sido morto numa luta e sim de problemas naturais de saúde. O final onde recuperam o Capitão do seu problema de envelhecimento é a parte menos boa de todo este arco, mas é algo que não estraga a qualidade demonstrada nas histórias anteriores. A cena do Caveira querendo matar a sua filha recém-nascida, ou dele a ser treinado por Hitler, ficaram-me para sempre marcados na mente e ainda bem que a Marvel deu-me a oportunidade de poder reler isto em toda a sua glória.
Texto: Hugo Silva
Espero que tenham gostado deste Death of the Red Skull, o Hugo gosta de nostalgia e traz-nos sempre momentos marcantes da história dos comics norte-americanos, relembrando-nos de estórias importantes já passadas há bastantes anos!
Boas leituras
Belíssimo arco, também adorei quando li nos "formatinho" da Abril, e concordo com o Hugo sobre a qualidade do argumento e a superioridade do Mike Zeck a desenhar o Capitão. Sofro do mesmo tipo de nostalgia...
ResponderEliminarA capa do TPB é horrível... terá dedo do Capitão Portugal??
Gustavo
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ResponderEliminarRapaz, isto me traz lembranças maravilhosas, de ir até a banca (mal aguentando pelo novo número), comprar várias revistas com ótimas histórias e, no final das contas, não me sentir lesado financeiramente.
ResponderEliminarBons tempos...
DeMateis foi um dos melhores escritores do bandeiroso e esse um dos melhores arcos do personagem, o melhor para mim, com certeza.
ResponderEliminarDiscordo que o Mike Zeck fosse o melhor artista para esta história. É claro que o Zeck é melhor no geral que o Paul Neary (que sempre foi mais arte-finalista... e editor), mas as distorções e o jogo de sombras ajudam a transformar esta história num conto de terror.
ResponderEliminarEstas são as primeiras histórias do Cap desenhadas pelo Neary, por isso ele ainda não tinha assumido um estilo. Explorou direcções que não eram normais no Cap, e talvez mais por coincidência que por consciência, encontrou o modo ideal de mostrar a componente psicológica deste conflinto a dois, que acaba por afectar directamente outras pessoas, tanto heróis como vilões. E todo o palco à volta parece irreal, quase um pesadelo.
Se tivesse sido Zeck a desenhar, ele não teria conseguido sair do seu estilo normal, mais apropriado para acção, porrada e explosões. Quando Zeck desenha o Capitão parado, é como se ele tivesse bichos carpinteiros e se quisesse mexer.
Infelizmente, as histórias seguintes foram mais comuns e, depois de trocar Dennis Janke por John Beatty como arte-finalista, Neary passou a ter uma arte mais convencional e menos interessante, logo a seguir ao confronto com o Madcap, com a introdução da Sociedade da Serpente.
Aí nas Serpentes virou um Ron Lim da vida.. aquele que não desilude mas não é lá aquela coisa.
ResponderEliminarE sim para mim este arco é fenomenal mesmo, há muito que "pedia" ele editado em TPB.
Gustavo
ResponderEliminarTambém li em "formatinho" da Abril!
E lembro-me foi chocante de bom!
E tens razão... a capa podia ter sido bem melhor!
;)
Alex D'ates
LOL estes formatinhos da Abril eram os únicos livros que eu conseguia comprar (e não era sempre). Tenho boas recordações das estórias desta altura, e lembro-me bem deste arco!
Bons tempos mesmo...
:D
Venerável Victor
DeMatteis fez um enorme trabalho no "bandeiroso" sim! Não me lembro se este foi o melhor arco dele, mas se não foi, terá ficado perto! Muito bom!
;)
PC
Também concordo que Neary esteve bem aqui! O seu traço ficou um bocado "noir" nalgumas cenas, mas isso só ficou bem aqui neste arco. Se ficasse "bonitinho" se calhar o resultado final não tinha sido tão bom!
Aquela página do Caveira a querer assassinar a filha logo após a nascença está brutal!
De qualquer modo, também gostei do arco da Sociedade da Serpente.
:D
Hugo Silva
Ainda pensei que o editassem na colecção Marvel Premiere Classic, mas não... saiu apenas em TPB!
:(
Me he leído varias historias de Spider-Man de JM DeMatteis pero me falta leer esta saga, se ve interesante.
ResponderEliminarBons tempos. Arco muito bom.
ResponderEliminarQue saudade da arte do Mike Zeck.
Arion
ResponderEliminarEsta é das melhores estórias do DeMatteis! Apesar de eu não ser grande fã do Cap. esta eu recomendo a leitura!
;)
João Roberto
Mike Zeck também fez alguns trabalhos muito bons, como Secret Wars, isto para além de muitos números no Aranha e no Capitão!
:)
Muito bom texto Hugo.
ResponderEliminarTambém eu li estas histórias do Captain America nas revistas da Abril e ainda conservo algumas. É realmente muito boa esta fase com o DeMatteis, e em particular estas histórias com o Red Skull.
Acho apropriado o estilo do Neary neste arco.
Vejam o grande nível dos primeiros trabalhos dele nas publicações da Warren (série Hunter e outras) e o “downgrade” que ele teve de fazer na sua arte para se adaptar ao estilo do Mike Zeck, que é menos trabalhado artisticamente mas mais virado para a acção.
Ainda não folheei este TPB, mas pela péssima capa, já sei que é o estilo típico da Marvel para estas reedições: cores primárias e planas em papel brilhante. Não resulta. Eu tenho as edições originais e prefiro, como em todas as séries destes anos, ler neste formato. Mas, é claro, ainda bem que a Marvel as reedita para que as novas gerações.
Não considero escrever sobre séries passadas um exercício de nostalgia, ainda mais se forem arcos ainda presentes na actualidade das personagens, que é o caso destas histórias e a sua influência nos argumentos de Ed Brubaker. Acho sim que é dar relevância histórica a grandes séries, ainda para mais com a baixa qualidade geral dos comics actuais.
Não considero que actualmente exista uma baixa qualidade geral dos comics... sempre houve bons e maus comics. De uma forma geral, actualmente, existe mais oferta e mais variedade. E mais facilmente se tem acesso a bons comics... provavelmente o que queres dizer é que a qualidade dos comics mainstream tem uma qualidade inferior à época da Abril, ou de à 20-30 anos. Mas também não nos podemos esquecer que grande parte dessas histórias, que na altura foram considerados grandes épicos, não envelheceram muito bem... reler algumas coisas dessa altura é quase insuportável, desde os diálogos até à própria história. Esta fase do Capitão América até pode ter sido razoavelmente boa, com uma boa arte do Mike Zeck e argumentos razoáveis do DeMatteis. Depois também tiveste algumas boas histórias do Gruenwald (cujo ponto alto foi a fase do The Captain). Pessoalmente a 1ª fase do Mark Waid (logo a seguir ao terrível Fighting Chance do Gruenwald) no Captain America foi muito boa e ainda é das minhas favoritas ao lado de 99% do que o Brubaker já fez.
ResponderEliminarRelativamente ao estado da indústria... actualmente tens um Brubaker no Captain America e Winter Soldier (e anteriormente no excelente CA & Buky), tens o Mark Waid no Daredevil e o Rucka no Punisher, o Abnett no Spider-Man, o Remender en X-Force, o histórico Peter David em X-Factor, o Snyder no Batman (o melhor dos últimos anos), o Johns em Green Lantern (maioritariamente boas histórias), o universo Hellboy/BPRD do Mignola (BPRD com arte do Guy Davis é excelente), Walking Dead, algumas coisas do Jason Aaron como o Ghost Rider... tudo coisas mainstream de excelente qualidade e superiores a muito do que era publicado na altura. E depois ainda tens o alternativo que na altura pouco existia: American Vampire, DMZ, Chew, Scalped, Powers, Locke & Key, Parker, Daytripper, o 100 Bullets do Azzarello, Y the Last Man... e isto é o que tenho lido. Dizer que a qualidade geral dos comics é baixa não me parece muito justo, e por vezes deixamo-nos levar pela nostalgia dos tempos em comprávamos 10-20 livros da Abril.
O Jim Shooter é uma das vozes que frequentemente crítica o estado da indústria. Na opinião dele, talvez 90% do que é publicado não tem qualidade... e atenção que ele é um dos responsáveis pela fase que eu considero das melhores de sempre da indústria. Mas mesmo nessa altura havia muitos comics que estavam a milhas de serem uma leitura agradável!
Dinis
ResponderEliminarClaro que em todas as décadas sempre existiram bons e maus comics, mas este é um dado transversal a todas as artes.
Tu próprio dizes que o Jim Shooter foi “um dos responsáveis pela fase que eu considero das melhores de sempre da indústria”, ou seja os anos 80.
Exemplos? Todos os conhecemos: Alan Moore no Swamp Thing, Watchmen etc…e por ai fora, Miller e Mazzuchelli no Daredevil e no Batman, Mister X do Motter, Maus e Raw do Spiegelman, a Epic Comics com Sisterwood of Steel, Dreadstar e Six from Sirius, Nathaniel Dusk só a lápis do Colan, Byrne no Fantastic Four, a linha a preto e branco da Marvel com a Bizarre Adventures e a Savage Sword, New Titans do Wolfman/Pérez, Barry Smith nos X-Men, American Flag e Black Kiss do Chaykin, Jon Sable do Grell, American Splendor do Pekar, Master of Kung Fu do Moench, Sienkiewicz a publicar regularmente, The Nam, as várias editoras independentes, etc..
A lista é extensa e isto só nos EUA, quer no mainstream, quer no alternativo ou independente.
Nos dias de hoje existe mais oferta e mais variedade e mais acesso a bens culturais no geral, não são dados específicos só da banda desenhada, e obviamente haverá sempre séries que marcaram uma época e que deverão sempre serem lidas e apreciadas dentro do contexto em que foram produzidas e outras que são intemporais.
Mas os autores e editores arriscam menos hoje, a qualidade temática é inferior apesar da melhor reprodução técnica.
Entre as centenas de comics publicados por mês, quantos são realmente bons ou até medianos?
Captain América, Winter Soldier, Daredevil e Punisher são as únicas séries da Marvel que compro regularmente. 3 títulos entre os cerca de 30 que a Marvel publica actualmente.
De qualquer forma estou a começar a comprar os títulos da Panini, X-Men, Vingadores, etc… são muitas páginas e uma forma mais prática, e a preço acessível, de seguir as várias séries.
Pode ser que tenha algumas surpresas quanto à qualidade das mesmas
Dinis e André
ResponderEliminarNão acho que neste momento os comics na sua generalidade sejam piores agora que há alguns anos atrás.
A sensação com que eu fico é que a oferta agora é maior (posso estar enganado) e onde eles fraquejam mais neste momento é no chamado mainstream, porque estão naturalmete desgastados. Em relação aos comics sem ser super-heróis Marvel ou DC Comics acho que que existem neste momento em quantidade e qualidade. Aliás referiram muitos títulos de grande qualidade atrás!
Neste momento também gasto pouco de super-heróis, sobretudo da Marvel, mas sigo outros de grande qualidade! A Vertigo continua a ter séries imperdíveis para mim, estou a adorar American Vampire e Fables, e temos outras editoras a porem a cabeça de fora e a chagar aos tops de vendas como a Image, a IDW e a Dark Horse!
Da Marvel neste momento compro sobretudo os clássicos... isso quer dizer alguma coisa sobre o desgaste dos heróis Marvel...
:)
"Existem sempre histórias que lemos nas nossas infâncias e que nos marcam, ficando para sempre na nossa memória, e para mim o arco do escritor J.M. DeMatteis no Capitão América, que a editora Abril publicou até ao número 99, onde vemos um Caveira Vermelha envelhecido à beira da morte é um desses casos."
ResponderEliminarDesse arco até hoje só li esse numero foi o único que achei no alfarrabista da zona,porque o meu 1 cap novo foi 1 100 e picos com Avengers na Terra Selvagem vs Terminus.
Para mim essa edição serviu para ler a "morte" do Caveira que na verdade não morreu porque o Modock fez o Download da sua mente para um corpo Clonado do Steve,como seria revelado muita lá para a frente no finale do arco The Captain.
Eu discordo um pouco da opinião de que os comics main-stream (penso que estamos a falar dos super-herois) são mais fracos hoje em dia do que foram em tempos. Não sei, mas eu gostei da Civil War, gostei do Siege, gostei do New Krypton, gostei da recente Saga dos Lanternas Verdes, o Conan da Dark Horse também foi uma agradável surpresa, Punisher MAX, gostei do World War Hulk, os primeiros Ultimate, e por aí fora, etc, etc.
ResponderEliminarClaro que tenho na recordação as sagas de outras décadas que todos temos, mas só o tempo é que vai dizer quais das histórias de hoje se vão tornar clássicos. Mas não me parece que os super-herois estejam fracos. Pelo contrário, quando eu olho para a maior parte dos titulos de super-herois dos anos 90, tanto em termos de arte, como em termos de argumento, raramente consigo passar das primeiras páginas. Penso que em todos os niveis, temos muita sorte com a oferta que por aí existe nos dias de hoje. Com alguns problemas na industria sim, mas com muito por onde se escolher e um mercado bastante aberto.
Também discordo que os autores e editores arriscam menos hoje em dia. Pelo contrário. Nesta ultima década vários pesos pesados das duas grandes tiveram uma alteração no seu Status Quo (e às vezes, infelizmente, por razões mais editoriais do que outra coisa).
Finalmente, penso que os super-herois estão tão desgastados com 70 anos de existência como quando tinham 50 anos. Hoje há muitos titulos, há umas décadas atrás o problema eram os titulos dos sidekicks, ou então o código de ética. O que são precisos são bons escritores e bons desenhadores para relançarem um personagem 'gasto' (New Krypton, Punisher MAX). E penso que eles estão cá. Podem haver muitos titulos menores, mas isso sempre houve. Acho que os super-herois continuam aí para as curvas.
(e não, nenhum super-heroi me pagou para os defender com este ENORME comentário :)
Explicando o meu ponto de vista, sendo mais conciso e objectivo:
ResponderEliminarNos anos 80 várias barreiras temáticas e de formato foram derrubadas ou ultrapassadas por diversos autores e diversas séries, quer no mainstream, quer no alternativo ou independente. Esta afirmação é um dado histórico, aceite por todos, certo?
O que eu afirmo, é que hoje em dia, apesar de se publicarem poucas mas boas séries, arrisca-se menos tematicamente e em formato.
Quem consegue referir uma única série que tenha arriscado alguma coisa, que tenha almejado ir mais além, nos últimos tempos?
Publica-se simplesmente mais do mesmo, poderão ser boas histórias com boa arte mas ficam-se apenas pelo entretenimento, o que também é válido, mas a bd pode e deve querer ir mais além.
Optimus
ResponderEliminarPor acaso este arco tinha-o completo em formatinho, de resto tinha muitos números salteados.
;)
Luís Sanches
Claro que existiram, e existem, boas estórias de super-heróis nestes últimos. Mas se eu comparar esse número com a míriade de comics publicados actualmente na relação entre aquilo que interessa e o que é dispensável, penso que existe uma grande diferença, coisa que algumas décadas atrás não era tão ostensivo.
:)
André
Como eu costumo dizer... devido ao desgaste neste momento existe muito feijão com massa nos comics de super-heróis, e por vezes é difícil diferenciar ou escolher o que nos interessa...
;)
Só me enganei numa coisa não foi o Modock que fez o Download ao Caveira foi o Arnin Zola,é que os 2 serem cabeçudos.
ResponderEliminarAndré, Nuno Amado,
ResponderEliminarSem duvida. Existem muitos titulos hoje em dia e parece-me que (enquanto os super-herois continuarem a sua onda de sucesso no cinema) vão continuar a crescer esses numeros sem que algo de pertinente esteja a ser feito na sua grande maioria.
Mas lá está, eu vi quando houve a explosão da Image, e comprei aqueles numeros todos entusiasmadissimo. Porém, passado alguns anos, quanto daquilo realmente ficou ou é significante para os dias de hoje. Arte espectacular etc mas passados alguns meses em que ficámos?
Penso que os anos 80 é que foram a excepção à regra. As situações do homem de ferro com o alcool, um personagem do universo Hulk a morrer com Sida, etc. Não sei se isso aconteceu em décadas anteriores, (não me parece), e posteriormente também penso que aconteceu muito pouco.
Por fim, quando li a Civil War pensei que, mesmo que a história não valesse nada (e acho que vale) os escritores estavam de parabéns por colocarem nas páginas de uma forma metafórica todo um conjunto de situações que o povo norte americano sentia nesse momento. A troca de liberdade pela segurança, a prisão na zona negativa sem se saber bem em que legislação aquilo se enquandrava (Baia de Guantanamo), e um patriotismo fora de sintonia com o que aquele pais se estava a tornar no tempo da admnistração Bush (sendo o Capitão América a figura mais trágica desta situação).
Eu acho que histórias destas que reflectem os tempos correntes aparecem em todas as décadas. Mas tenho de concordar que talvez os anos 80 tenham sido os que mais histórias deste tipo tivessem.
Mas pronto, já deu para perceber que estou contente com a forma como a BD anda. Tanto nos super-herois como também com a onda mais independente :)
Optimus
ResponderEliminarLOL
Não sei quem fez isso, ou quando, porque essa parte já não conheço!
:D
Luis Sanches
Eu tenho lido algumas boas estórias de super-heróis nos últimos anos. É verdade! Uma das que mais me impressionou até foi com um herói pelo qual nunca tive grande afinidade: Planet Hulk. Dou esta como exemplo de outras.
Só que ultimamente tanto a DC como a Marvel estão a querer ser tão politicamente correctos que até já enjoa!! Exemplos? A criação de perfiz de grupos minoritários à força. Não tenho nada contra, excepto quando é forçado, e eles estão a forçar! O Northstar sempre teve um perfil homossexual, tal como o Apollo e o Midnighter, agora o Alan Scott não! Matar o Aranha para colocar outro no lugar do Peter Parker de maneira a agradar a minorias étnicas dos EUA? Não me parece bem. Já têm heróis de origem africana, se não chegam criem mais! Está tudo muito forçado... e está a chatear-me solenemente estas situações todas juntas (estórias mornas, heróis do politicamente correcto, desgaste de muitos heróis e a falta de estórias fracturantes).
Mas existem sempre algumas boas estórias e ainda bem!
;)
Nuno Amado
ResponderEliminarA mim a situação de mudanças de afinidades aconteceu-me não com o Hulk, mas com o Capitão América. Quando vi pela primeira vez o personagem a pôr em causa a sua devoção a um governo que pode não representar o sonho americano, pensei 'isto sim, é interessante'.
Mas claro que concordo, o mal destes ultimos anos é sem duvida o politicamente correcto. Isso e a multiplicação dos titulos em que um personagem aparece. Grande parte destas politicas editoriais provavelmente existem devido ao sucesso dos filmes.
Temi bastante por personagens como Wolverine e o Punisher quando a Disney adquiriu a Marvel. Será que esta recente onda de 'politicamente correcto' poderá também ter a ver com isso?
Luís Sanches
ResponderEliminarAinda bem que falaste nisso...
Já viste em quantas revistas diferentes o Wolverine anda???
Não há cronologia que aguente!
E o desgaste que estão a provocar a uma das melhores personagens do Universo Marvel irá reflectir-se no futuro... já aconteceu com o Aranha, penso que agora irá ser a vez do Wolverine. Já agora... reparaste que o Wolverine tem personalidades diferentes em vários dos títulos onde entra???
LOL
:D
Gustavo diz:
ResponderEliminarEm termos de técnicas narrativas e gráficas, a série que mais inovou durante o séc.XXI, daquelas que conheço, e embora iniciada em 1999, foi Promethea.
Ainda assim penso que, talvez por não estar ligada a nenhum universo "mainstream", nunca atingiu o devido reconhecimento pelo grande público.
Gustavo
ResponderEliminarPromethea é uma obra "ao meu jeito". Alan Moore está muito bem e J. H. Williams III num excelente nível.
Estou a comprar os Absolutes, já só falata o último!
Respondi ao teu comment no post Promethea, mas esqueci este pormenor do Enanenes.
O Enanenes nunca conheci pessoalmente, mas desapareceu completamente de vista mais ou menos na altura em que eu retornei à BD!
:)
Ainda não tive a oportunidade de ler este arco, mas me pareceu ser uma saga interessante.
ResponderEliminarGuy Santos
ResponderEliminarDo melhor que se fez com o Cap.
;)